A brisa fresca da manhã inundava o quarto da pequena Elle Dowrney, que estava á essa hora espatifada em sua cama com o seu típico pijama azul floral. Logo a brisa fora mudando devagar e deu seu espaço para o cheiro de cigarro, já era sexta feira. Oh, o dia que os idiotas-sem-nada-pra-fazer amuntuam-se na janela da querida Elle para fumar... Justo hoje que ela havía esquecido a janela aberta? 

Abriu rapidamente os enormes olhos esverdeados e deu o maior pulo de sua vida para fora da cama... Ou, ou, essa não. Esbarrou com seu pé no teclado que caiu sobre o violão que fez o favor de bater na xicára de café que tal caíra em cima de Elle. 

— Droga. Droga! E mais uma vez: Droga! – Resmungou observando a enorme mancha de café no vestido. Ótimo, agora teria que tomar mais um banho e chegaria pela centésima vez atrasada em seu trabalho... Tudo bem. Suspire e não mate ninguém Elle! 

Tomou o banho mais rápido que pode e colocou uma roupa que graças a deus já estava separada desde ontem á noite! 

Elle era filha de cantor, um que claro não deu muito certo na carreira. Tem uma pequena e pacata família em Minnesota, uma família na qual tal nunca se enquandrou. Sempre foi a diferente, até achar seu cantinho em Londres... Em um pequeno apartamento de segunda, que apesar de todos os defeitos ela pagava todo mês o aluguel direitinho com o pouco salário que ganha trabalhado em uma locadora. 

Não é o tipo de garota que sai pra balada e fica com dez ou até vinte, é uma garota pacata romântica porém ao mesmo tempo selvagem. É o conjunto do fofo com o mais... apimentado. É como se fosse morango com queijo. 

Suspirou pegando por último a bolsa e caminhou até a pequena escrivaninha agarrando a chave com pressa. Colocou por último uma calça qualquer que achou jogada pelo caminho e saiu as pressas.

Entenda, a locadora na qual trabalhava apesar de atender gordos apaixonados em Doritos de Coca-Cola (N/A: Ei, eu amo doritos e coca, me processem!) lá também atendia vários famosos em questões Elle já atendera inclusive o querido Johnny Depp. 

Colocou-se em seu lugar atrás do balcão em quanto ligava a lesma com qual trabalhava, ou como a chamam: Computador. Sentou na cadeira amolfadada sentindo o peso sobre as pálpebras.

— Glória que já é sexta! – Exclamou olhando para cima como se agradecesse por amanhã não ter que trabalha, ou seja não ter que acordar cedo. 

Quando estava prestes a dormir o som de cininhos agudos que davam raiva em qualquer um atingiu seus ouvidos. Tacou o cabelo negro para trás e elevou os olhos para ver quem chegava. Era um garoto, de topete e fios de cabelos negros. Usava uma daquelas jaquetas de time de futebol, nada de interessante até tal virar-se para Elle. 

Se ela estivesse bebendo algo, como sua sorte é tamanha cuspiria tudo na cara do garoto ou engasgaria e morreria sufocada sem ao menos ter a chence de dizer um "Oi, minha amiga te ama" , apesar de não ter amiga... Não, nenhuma se quer. Que tal voltarmos ao assunto principal? O garoto do topete lembra? Enfim, vou te explicar porque ela cuspiria água nele ou morreria sufocada, pois bem o garoto era nada mais nada menos que Zayn Malik. 

Se não conhece procura no Google aí, preguiçosos! Pois bem, o garoto da banda que Elle tanto sabia as músicas. Sério era tão fácil gravar as músicas deles na cabeça, que Elle nem se quer fazia esforços. 

— É... Oi. Você tem atividade paranormal? – Zayn fez uma careta confusa como se um enorme ou até gigante ponto de interrogação se formasse em sua cabeça. Elle gaguejou. 

— É, claro... O u-um, o doi ou o três? – Graças, apenas um gaguejo que passou por despercebido pelo rapaz. Elle suspirou aliviada agradecendo por sua voz não abandona-la nesses tempos difíceis. 

— Todos se possível. – O garoto soltou um sorriso encantador enquanto se apoiava no balcão de madeira tingida de branco. Elle sem pensar duas vezes entregou os DVD's para o rapaz, ou Zayn como chama.

— É... Você é Zayn não é? Da banda sabe One Direction. – Elle e sua artimanha de fingir não saber quem a pessoa é. Enfim, os olhos de Zayn arregalaram-se que agora mais parecia duas bolas de boliches carameladas.

— Você não vai gritar se eu falar que sou né?

— Eu? Não! – Elle rolou os olhos fingindo estar infiguinada, o fato é que um lado dela queria gritar porém o lado da esperteza ainda era maior que o idiotisse. Ainda bem né, já que o lado do azar já massacrou o da sorte! Elle colocou mais que depressa os DVD's em uma sacolinha da locadora e entregou para o garoto.

— Até mais. 

— Até, Zayn. – Suspirou vendo-o se afastar. Wow, ela acabara de atender Zayb Malik... Ah, vai dá um desconto para Elle, tal achava o garoto perfeito, maravilhoso e vai dizer que ele não é? Então. 

Então caiu na real ouvindo sua barriga resmungar, claro por culpa do teclado e do violão e da maldita xicára de café ela tinha saído de casa sem o maldito café da manhã e olha que sorte faltam apenas três horas para a hora do almoço!