O segurança levou-nos até à porta dos bastidores, onde nos encontrámos com o agente da banda, que parecia a minha mãe:-Não gritem, não levem bebidas lá para dentro, não abraçem os rapazes com muita força, o Liam tem namorada, e sobretudo, tenham cuidado com o Harry: ele pode ser um tarado de primeira, mas ainda é menor, por isso nada de deslizes, ok?
-  Sir, yes, sir! – respondeu a Sam, com um sorriso radiante e batendo continência. – Não é o Harry que me interessa, muito menos o Liam. Até mais! – disse acenando enquanto víamos o estranho ir embora a rir.Quando eu ia a bater à porta, a Sam quase que desmaiou:- Oh, Nick! E se eles só estiverem a gozar connosco? E se eles não quiserem mesmo conhecer-nos? Oh, estou tão nervosa!
A minha resposta para ela foi um “seja o que Deus quiser” e um bater à porta.Quem nos abriu a porta foi um sujeito loiro, de olhos azuis profundos. Pareceu-me simpático.
- Hello! – saudou-nos com um irish accent. – Entrem, e ponham-se à vontade.Indicou-nos um sofá, em frente ao que estava ocupado por mais um rapaz, moreno, e de aspecto árabe.
- Vas hapenin’ , miúdas? – (acho que) saudou ele, com um hi-five a cada uma. 
Quando nos sentámos, a Sam perguntou logo pelos outros. Como resposta, os dois rapazes naquela sala apontaram para uma porta que dizia “vestiário”. No momento seguinte, ouvimos vozes vindas de lá:- Não, tu não podes ir nu lá para fora!- Mas eu gosto! Não quero vestir mais nada!- Sabes que eu gosto de te ver assim, four-nipples, mas há duas miúdas lá fora, e ia ser desconfortável para elas, entendes?- Okay, podem ir indo, eu consigo vestir-me sozinho.
Nesse momento, a porta abriu-se, e saiu um rapaz de lá, murmurando “louco!”. Sentou-se no sofá e suspirou. 
-Sabem, eles não vão sair dali tão cedo.
- Quem disse? – ouviu-se. Virei-me e vi mais dois rapazes atirarem-se para o sofá.
- Então, - disse o que nos abriu a porta – é preciso apresentarmo-nos? Eu estava a preparar-me para ficar calada o tempo todo, pegar num autógrafo e ir para casa. Mas todos os meus planos foram por água abaixo quando a Sam disse:
- Sim, por favor! Quer dizer, não é que eu não vos conheça – emendou ela, ao ver a cara de surpresa dos rapazes – mas a minha amiga nunca se quis informar sobre vocês. Por isso, se fizerem o favor de dizerem o vosso nome, o vosso papel na banda e uma ou outra curiosidade sobre vocês…
-Claro! – disse o que saiu primeiro do vestiário. Vestia uma camisa azul, umas calças de ganga e calçava umas sapatilhas vermelhas e brancas. – O meu nome é Liam Payne, segundo uns, sou o líder, segundo outros, sou o esperto. – Sorriu e acrescentou:  - Curiosidades sobre mim… bem… tenho um estranho medo de colheres. Continuas tu? – perguntou ao loiro que nos abriu a porta.
-Okay. Chamo-me Niall Horan, e acho que sou o divertido. Curiosidade? Como já devem ter descoberto pelo sotaque, sou irlandês. – Disse piscando-nos o olho e apontando para a sweat, que tinha inscrito “kiss me, I’m Irish”. Não consegui evitar sorrir. Até não estava a ser mau.
- Eu sou o Zayn, Zayn Malik. – Apresentou-se o moreno do “vas hapenin’?” de há bocado. Tinha vestido um casaco tipo raguebi  e uns jeans. – Para a banda, eu sou o vaidoso, não entendo porquê. – queixou-se ajeitando o cabelo no vidro da mesinha de centro à sua frente.  Todos nos rimos. – Uma curiosidade… não é bem isso, é mais um vício: eu fumo.
- Ok, vamos esquecer os teus vícios, Zayn. Eu sou o Louis Tomlinson, conhecido por muitos nomes: desde Boo Bear – e aqui a Samantha guinchou e deu um pulinho no sofá – até “o marinheiro” – e apontou para a sua roupa, ridiculamente parecida com a da Sam: camisola com riscas, calças beges, e sapatilhas vermelhas. – O meu papel na banda? Sou sem dúvida o engraçado. Se calhar por este passo de dança… - e fez o que a Sam me contou mais tarde ser o “which way are we going?... oh, that way”. Achei-lhe graça e bati-lhe palmas. – Obrigado. Curiosidade  sobre mim… gosto de miúdas que gostem de comer cenouras. Agora tu, curly hair.
- Eu? Bem, o meu nome é Harold Styles, Harry para a banda e para as miúdas giras – disse piscando-nos o olho. Não lhe achei graça, pareceu-me um convencido. – o meu papel na banda… talvez o pervertido, não sei… Um facto curioso sobre mim… adoro pussys. Que foi? – perguntou quando me viu com uma expressão chocada – Ah, associaste pussy a…. Ah, não! Eu estava a falar de pussy em relação a gatos! E ainda há quem me chame tarado a mim… - Disse entre gargalhadas e acabando com um sorriso atrevido. – bem, acho que acabamos as apresentações… falta alguma coisa, Louis?