X-THEM escrita por Vamp Bella Swan


Capítulo 7
I Love You




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/223260/chapter/7

I Love You

O que é que seria de mim, daqui para a frente, se ela não acordasse?

Não sei á quanto é que eu estava ali. Em pé. Agarrado á mão dela. Sentia-me triste. Angustiado. Com medo de a perder.

Eu sei que só estive praticamente uma manhã e um bocado da tarde com ela, mas para mim foi o suficiente para a fazer parte de mim. Estando assim com a minha musa… ela inconsciente e eu sem forças para qualquer coisa.

Estive ali parado a olhar para o seu rosto bastante tempo. Alguém abriu a porta e ficou parado ali a olhar para nós os dois. Eu sabia exatamente quem é que estava ali. Não lhes liguei nenhuma. Não queria que ninguém nos incomodasse.

- Edward. – Chamou-me a minha mãe.

Não me mexi.

- Filho.

A Esme pousou a mão no meu ombro e apertou-o delicadamente. Era como se estivesse a dizer-me sem palavras que me acalmasse ou que tivesse apenas calma.

Querido, calma. Ela vai safar-se disto. Pensou a minha querida mãe.

Suspirei.

- Espero bem que sim, mãe, espero bem que sim. Porque eu já não me imagino num mundo em que ela não esteja.

Respirei fundo e pousei a sua mão na cama.

---.---

Tinha passado quase 10 semanas e a minha musa ainda não tinha acordado. Os seus batimentos cardíacos estavam normais, estáveis e só de saber isso relaxava-me ligeiramente.

Não tinha feito muitas coisas ali. Os meus pais e os meus irmãos vinham todas as semanas e contavam-me o que é que se passava por aqueles lados. Uma vez que os negócios do meu pai passariam para mim e teria de saber tudo o que se passava.

O meu pai uma das quatro vezes que me veio ver, foi para eu assinar os papéis da transferência dos documentos para mim.

Hoje fiquei a noite toda com a minha musa. Fui caçar durante, aproximadamente, trinta minutos. Quando voltei a entrar na sala estaquei no sitio.

Haviam enfermeiros á sua volta. Inquietos, e o meu pai estava ali, quase aos gritos. Ele olhou-me com pavor e baixou a cabeça. Eu não ouvia nada, estava concentrado na musa em risco, que estava ali deitada e sob massagens cardíacas.

Havia mãos a tentar puxar-me para longe dela, mas eu resistia a todas elas. Até que senti os braços dos meus irmãos á minha volta.

Flashes começaram a vir-me á cabeça e deixei-me levar pelos meus irmãos…

Vamp? O que é que se passa?

Estamos a ser atacados pelo Ripper!

Agarra-te!

Por acaso algum de vocês foi á Floresta Amazónica?

Nós.

Vamp… Fizeste o Impriting…

Teve um Impritin. Contigo.

Um Impritin? O que é um Impritin?

É quando neste caso, a Vamp te viu. Mais nada importou, é ser qualquer coisa que tu necessitasses. Uma amiga. Uma irmã. Uma protetora.

BELLA!!!

Quando voltei á realidade, estava num quarto. Deixei-me ficar quieto. Uma dor apoderou-se do meu peito… uma dor horrível. Estava a perdê-la.

Não sei quanto tempo é que fiquei ali quieto. Assim que me decidi levantar, senti umas mão nos meus ombros, a empurrarem-me para baixo para que me voltasse a deitar, mas não dei parte fraca.

Olhei para o dono daqueles braços. Era a Esme. Olhava-me preocupada, assim como o resto da minha família que estava no quarto, até mesmo a Roselie.

Levantei-me e dirigi-me á porta, mas o Emmett impediu-me de o fazer.

- Espera, filho! – Disse o Carlisle. – Tenho de te dizer o que é que se passou.

- Estou a perdê-la! É isso que se passa!!

- Edward, calma. Tudo vai acabar bem. – Disse o Jasper.

- Espero bem que isso seja verdade, Jazz. Não sei o que seria da minha “vida” sem ela. Não sei mesmo.

- Filho… a Vamp… ela teve uma paragem cardíaca. – Disse o Carlisle aos bocados.

- Diz-me alguma coisa que eu ainda não saiba! – Eu praticamente gritei. – Paragens cardíacas é o que ela quase todos os dias, quase todas as semanas tem! O que me dói verdadeiramente é a minha Impriter está ali dentro daquela sala a morrer e eu não posso fazer nada, porque o que a está a matar é o veneno de uma filha da puta aranha. A mesma filha da puta que eu tirei a vida. Que eu arranquei a cara. EU! Eu por ela faço tudo. Percebo isso agora, depois de quase três meses sem a ter nos meus braços. Por mim, metiam-lhe a porra do antidoto na boca e metiam-lhe um regulador cardíaco no peito! Estou farto de estar tão longe, mas ao mesmo tempo estar tão perto dela.

– Edward, ela entrou em coma e não sabemos se realmente vai acordar. As probabilidades são muito poucas.

- Preciso de apanhar ar. - Dizendo isto, tiro o braço do Emmett de sima de mim e saio do quarto.

Sei que fui rude com eles, mas não tenho culpa. A minha Impriter, a minha musa, a razão do meu viver, estava a morrer e o que é que eu posso fazer?! NADA!!!

Dirigi-me á sala onde ela estava. Desde o que aconteceu, não voltei a confiar muito noutras pessoas se não na meia-vampira que se tornou, para mim, a criatura mais importante.

Claro que confiava na minha família, mas por alguma razão, não lhes confiava certas coisas. Com a separação de bens, não podia dar-me ao luxo de confiar em muitas pessoas.

O próprio Carlisle também já o disse: Mesmo rodeado de amigos e inimigos, não confio em ninguém, se não na minha família, mas existem coisas para as quais não estão preparados para saber agora. Talvez daqui a algum tempo.

Dirigi-me para o meu quarto, sim, porque dantes estava no quarto do Carlisle e da Esme, para ir buscar duas caixas de veludo. Numa caixa estava o anel de noivado da minha mãe, Elizabeth Masen, e na outra um anel que o meu pai, Edward, me deu dias, antes de morrer. Um anel que nunca mais ninguém viu, a não sei a minha mãe e eu.

No caminho para a sala em que a minha musa estava, encontrei a Equipa Especial no Jardim.

- Hei, Edward! – Chamaram-me.

Olhei para eles e a Storm chamou-me outra vez.

- Olá.

- Olá! – Responderam todos juntos.

- Como te sentes? – Perguntou a Lince.

- Estou bem, obrigado. – Respondi-lhe.

- Hei, Edward! – Chamou-me o Wolverine. – Vai tudo correr bem, não te preocupes. A Vamp é bem resistente, quando poe uma ideia na cabeça vai com ela até ao fim e acredita, ela já pôs na cabeça que vai acordar e não tarda muito para ela abrir os olhos, se é que não abriu já.

- Achas? – Perguntei-lhe.

- É muito provável. – Disse o Bobby.

Fica-mos ali a conversar e passado um bocado decidi que estava na altura de ir ver a minha Impriter. Despedi-me deles e fui para a sala.

Olhei para os anéis e lembrei dos meus pais, assim como no quanto felizes eles ficariam, se tivessem sobrevivido e transformado. Quando voltei para a sala espantei-me com o que vi.

Ela estava acordada e com a mão sobre o curativo que lhe tinham pôs-to na barriga.

- Não sinto nada. – Disse ela. Aproximei-me, devagar, dela. – No lugar onde deviam estar os órgãos, a carne morta do meu corpo… os ossos congelados… não sinto nada. NADA!

Ela começou a chorar e eu corri para a abraçar e beijei-lhe o topo da cabeça.

- É meu dever proteger-te agora que te tenho como Impritin. É meu dever não deixar que nada te magoa. E consegui. Protegi-te com a minha vida. Eu estava preparada para morrer. Não era suposto aquela filha da mãe estar viva. Como é que ela ainda estava viva quando me virei? Como?!

Abracei-a com mais força e ela também. Estivemos assim durante muito tempo. Minutos. Talvez horas.

- Eu amo-te. – Disse-lhe olhando-a nos olhos.

- E eu a ti. Mais do que a mim mesma.

Sorri em grande e fui-me aproximando dela. Sempre olhando para ela, nos seus olhos até que os nossos lábios se juntaram. Apenas um pequeno toque. O beijo foi-se tornando urgente, mas pouco tempo depois, paramos. Sorrimos um para o outro, dei-lhe mais um beijo e deitei-me ao lado dela, esperando que ela adormecesse, mas não foi bem isso que aconteceu.

Ela não adormeceu, apenas se enroscou mais em mim e disse:

- Leva-me daqui. Não quero ficar aqui deitada. Leva-me para a rua, quero apanhar ar.

- Um pedido teu é uma ordem para mim.

Ela sorriu.

- Mas como é que te sentes? – Perguntei-lhe pondo a mão em sima da ligadura. Ela entendeu o que é que eu quis dizer com aquilo.

- Bem. Não sinto nada. Já não tenho veneno quase nenhum dentro de mim. Os osso estão restaurados mas ainda demorar um bom bocado para que os órgãos se restaurarem. Não vou sentir nada até se restaurarem completamente. Por isso, estou bem. Como já deves ter reparado, o buraco que estava aqui está fechado, de um lado e de outro.

- Ontem parecia que estava aberto.

- Pois… é o que o veneno faz. O poder do veneno é tão poderoso que fez com que os meus poderes se “desligasse” durante bastante tempo. Mas á pouco quando acordei, devem ter-se “ligado” porque eu senti os buracos a fecharem-se.

- Okay. Então vamos lá levar a minha musa a apanhar ar.

Ela riu-se. Peguei nela com cuidado e quando a sustentei nos meus braços, ela enroscou-se melhor contra o meu peito.  Saímos da sala e fomos na direção da Equipa. Quando o Wolverine nos viu, gritou de alegria e os outros assim que nos viram fizeram o mesmo.

No momento em que eles nos deixaram sentar, pu-la sentada no colo, com as suas costas contra o meu peito.

Dei-lhe um beijo no pescoço, sorrimo-nos e prestamos atenção ao que os outros diziam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "X-THEM" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.