POV BELLA

Chegamos no aeroporto e ficamos aguardando a chamado do vôo de Justin que logo a recepção anunciou. Meu coração se despedaçou naquele momento e toda a minha tristeza escorreu por meus olhos pesados que marejavam milhões de lágrimas.

– Eu vou sentir tanta falta de você sua chorona. - Falou Justin tentando conter as lágrimas e acariciando meu rosto molhado

– Quanto tempo você vai ficar fora? - Perguntei entre soluços.

– Não sei, 12 a 13 dias no máximo.

– Meu deus, como eu vou sobreviver até lá? - Perguntei fazendo bico.

– Não, não faz bico por favor. Isso é jogo sujo belinda.

– Jogo sujo é você me largar sozinha em L.A por 13 dias. - Cuspi a verdade em sua cara.

– Você não vai porque não quer. - Justin fez jogo sujo.

– Você sabe que eu queria ir. - Menti.

– O pior de tudo é que eu sei. - Falou ele já triste.

A recepção anunciou a última chamada do vôo deles e Justin teve de partir. Eu queria muito ir com ele, poder acompanhar o desempenho de seu ídolo em uma turnê de tão perto não é pra qualquer uma. Mas precisava deixar ele agir de cabeça fria. Se eu fosse, eu só traria problemas a ele.. Dali a algumas horas ele estaria fazendo feliz milhares de minhas irmã loucas e isso era o que me reconfortava. Tive de voltar para casa no carro de chaz já que a Ranger Rover de Scooter teria de ficar no aeroporto. Estava realmente deslumbrada com aquele carro, aquela cor vibrante me deixava hipnotizada.

– Seu carro é incrível. - Tentei puxar conversa. Chaz me olhou de lado e deu um sorriso.

– Obrigado.

Resolvi não atrapalhá-lo já que ele estava bastante concentrado no trânsito, então calei-me logo. Mas logo chaz quebrou o silêncio.

– Então, o que te trás a Los Angeles. - Perguntou ainda concentrado no trânsito.

– Na verdade eu vim para Londres por causa de meus pais que moram a quase 3 anos lá. Mas dai eu conheci o Justin e enfim, uma longa e chata história.

– Você é Belieber? - Perguntou chaz.

– Sou - Respondi curta.

– A quanto tempo?

– Quatro anos e meio.

Chaz olhou pra mim indgnado e depois voltou a focar no trânsito. Finalmente chegamos na mansão. Quando entravamos no portão principal um dos seguranças entregou uma chave para chaz e avisou que a avó de Justin só chegaria a noite. Entramos e chaz foi logo ligando o video-game.

– Bom, eu vou me trocar e já desço para preparar o almoço.

– Tudo bem. - Respondeu chaz agora concentrado na tela da TV.

Chaz era uma pessoa muito focada e determinada, isso eu pude perceber logo de cara. Subi, me troquei e logo desci para aprontar o almoço. Chaz continuava a jogar seu video-game.

– O que você quer pro almoço? - Perguntei amarrando o avental.

– Ah, qualquer coisa. que seja comida é claro.

– Ok. - Falei pegando algumas coisas na dispensa para começar a lasanha.

Lasanha era uma de minhas receitas preferidas que aprendi com minha avó. Faltava apenas o molho de tomate que não tinha ali. Resolvi pedir para Chaz ir comprar na padaria ali perto.

– CHAZ, SERÁ QUE VOCÊ PODE COMPRAR MOLHO DE TOMATE PRA MIM LÁ NA PADARIA? - Literalmente berrei.

– TÁ, MAS EU AINDA NÃO SOU SURDO OK? - Chaz gritou de volta.

– Desculpa. - Desta vez falei mais baixo.

– Ok - Falou chaz rindo de meu jeito.

Com pouco tempo chaz já estava de volta.

– Toma aqui seu milho de tomate. - Falou me entregando o molho.

– Muito obrigada. Mas vem aqui colocar na panela por favor, é que eu não posso parar de mexer. - Pedi.

– Claro. - Respondeu chaz indo despejar o molho na panela.

Chaz se destraiu com algo e sem querer derramou molho em minha blusa. Ele se desesperou e pegou um pano e começou a limpá-la.

– Olha me desulpa, desculpa mesmo. Eu sou um idiota. - Disse limpando minha blusa.

– Chaz, chaz não precisa disso. Chaz ta tudo bem - Falei tentando convênce-lo a parar com aquilo.

– Desculpa. - Falou meio sem jeito.

– Esquece, vou lá em cima trocar a blusa e já volto para terminar o almoço. - Falei subindo.

Cheguei no quarto e procurei outra blusa para trocar. A blusa que chaz havia derramado molho era braca então daria o maior trabalho para tirar aquela mancha. Eu tava realmente furiosa. Aquela era minha blusa preferida. Mas eu não gritei muito menos demostrei raiva dele. O que o garoto ia pensar de mim? E também, ele não fez nada demais. Troque rápidamente de blusa e desci para terminar a comida.

– Me desculpa ta, eu não fiz de propósito. - Falou chaz ainda nervoso.

– Ei, relaxa. Eu sei que não foi porque você quis. Foi uma acidente. - Disse rindo de seu desespero.

Voltei para a cozinha e terminei o almoço. Almoçamos no maior silêncio. Justin, Pattie e Kenny ja faziam uma falta imensa.. Terminei de comer e fui jogar video-game no quarto já que chaz havia tomado posse do da sala. Passamos a tarde todinha assim, ele lá e eu aqui. Terminei de jogar quelas partidas super intediantes de Mario Bross e me joguei na cama. Começei a pensar no quão chato seria esses dias sem Justin para perder no mario para mim, para implicar comigo me chamar de chorona, pra me pegar de surpresa e tentar me beijar, me seduzir. Então percebi que eu estava totalmente dependente de Justin.

– Porque você me deixa assim hein bieber? - Falei em voz alta.

– Falando sozinha? - Chaz adentrou no quarto.

– Não, só pensando alto... - Falei fitando o teto branco.

– Então tá. Eu tava pensando, será que você não quer sair pra jantar comigo, daí eu te mostro a cidade. - Falou sem jeito.

– Se isso não significar um encontro, eu aceito. - Falei ainda concentrada no teto.

– Não, imagina. Eu só quero me divertir.

– Então tá. Preciso de 1 hora. - Falei me levantando e indo para o banheiro.

– Ok, te espero lá em baixo. - Disse chaz saindo do quarto.

Tomei um longo banho. Me vesti com a primeira roupa que achei em minha frente. Desci e chaz já me aguardava sentado no sofá.

– Demorei muito? - Perguntei percebendo Chaz olhar o relógio.

– Não, você ta... Linda. - Falou quase babando.

– Brigada chaz, você também ta muito bonito. - falei meio sem jeito.

– Vamos? - Disse chaz me dando o braço.

– Claro. - Puxei seu braço

Saimos de casa e entramos no Posher dele. Chaz acelerou até uma boate um pouco distante dali. Fomos vendo as ruas, a paisagem. Los Ageles realmente encantadora. Chaz parou em frente a uma boate baladíssima de L.A onde tinha um ótimo restaurante também.

– Não sabia qual você preferia, então misturei um pouco dos dois. - Chaz saiu do carro e abriu a porta para mim.

– Não, tudo bem. Tô precisando me divertir mesmo. - Falei me lembrando de Justin.

Entramos ali que estava lotado por sinal. Vários homens ficaram me olhando de cima a baixo e chaz fazia cara feia para cada um dele. Só consegui rir daquilo. Chaz já havia reservado uma mesa, o que ficou bem mais fácil. O jantar foi bem tranquilo. Depois resolvemos dançar um pouco. Chaz dança muito bem por sinal. Cansei e meus pés doiam muito por conta do salto então fomos no open bar pedir uma bebida.

– Me vê uma tequila. - Pediu chaz.

– Você vai ingerir bebida alcoólica? - Perguntei incrédula.

– O que tem? é só um copo. - Falou recebendo a bebida do garçom.

– É só um copo até você pedir o 2, o 3 e daí vem o 4. Duas coca-colas geladas, por favor. - Pedi para o garçom devolvendo o copo de bebida.

– Você é chata hein. - Se deu por vencido e ficou com a coca mesmo.

– Eu só quero chegar viva em casa. - Faleu dando um gole em minha coca.

Ficamos mais um pouco e depois resolvermos ir embora. Chegamos tarde em casa e todos já haviam dormido. Tava com tanto sono que não lembrei de tiar a roupa e dormir de vestido e salto mesmo. Acordei com uma baita dor de cabeça e quase surda, com a luz do dia penetrando na janela de vidro do quarto, o que só fez pior minha dor de cabeça. Desci para tomar café e todos já estavam a mesa.

– Bom dia. - Falei com uma mão na cabeça e a outra em um dos ouvidos

– Bom dia, tudo bem? - Chaz perguntou vendo minha situação.

– Acho que fiquei surda com aquela música alto demais. E tô com um pouco de dor de cabeça. Fora isso isso? é, eu tô bem. - Falei dramática

Diane me disse onde havia remédio então tomei e logo a dor de cabeça passou, mas meu ouvido ainda doia um pouco. Me sentei a mesa para tomar café, mas mal consegui enolir direito. Chaz queria me mostrar um parque que havia ali perto antes de entardecer. Coloquei uma roupa fresca e desci para irmos. O parque era lindo e tinha várias crianças brincando e casais apaixonados. Conversamos muito e depois paramos para tomar sorvete. Sentamos em um banco próximo dali. Havia um casal de idosos sentados olhando seus netos brincarem bem em nossa frente. Fiquei imaginando eu e Justin assim, velhinhos, juntos, felizes e com nossos netinhos. Eu sempre quis viver ao lado de Justin e agora que eu tenho essa oportunidade, tô deixando ela escapar.

– Você ama muito ele né? - Perguntou chaz me tirando de meus pensamentos.

– Do que você ta falando? - Perguntei tentando me safar daquela conversa.

– Ah, vamos. Você sabe. Você ama o Justin? - Insistiu.

– Quer sabe? Amo. Amo até muito mais do que deveria. - Disse de cabeça baixa.