Amor À Distância escrita por Apenas uma Sinner


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

"P.O.V." significa "ponto de vista", okay?!
Espero que gostem.



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P.O.V. de Pedro

Eu tinha uma pessoa muito frágil em minhas mãos. Ela era perfeita para mim, gostava do que eu gostava, não gostava do que eu não gostava, sempre concordava comigo e era simplesmente linda. Eu nunca amei alguém desse jeito, quando eu estava perto dela me questionava: como eu poderia deixa-la e ir embora para Recife novamente?? Não sabia se seria capaz de cometer esse erro. Por que um erro? Porque meus pais estavam em crise, piores do que os pais de Luana. Eu sabia que se eles se separassem eu poderia escolher para onde ir. E a minha escolha já era óbvia.

Os amigos dela eram muito super protetores, acho que deve-se ao fato de sua depressão. Eles se consideravam irmãos, e com razão. Ela precisava daquilo, Luana se sentia sozinha e desprotegida, achava que precisava se virar sozinha e concertar todos os erros dos outros.

-          Ás vezes eu acho que todos querem que eu seja perfeita... – Falou em meu ouvido enquanto assistíamos uma apresentação – Acham que eu não peco, que preciso gostar de todos... Que se eu não gostar de alguma coisa e ficar revoltada sou uma delinqüente, decaio...

-          Não se preocupe, isso vai mudar. Eu sei que as pessoas pensam assim, e sei que estão erradas, algum dia elas vão aprender. – Falei, tentando consola-la.

-          Eu quero te contar uma coisa... – Falou, abaixando a cabeça – Foi por isso tudo que eu entrei em depressão... E eu me curei dela só depois que me apaixonei por você... – Falava já olhando em meus olhos – E se eu perder você não sei o que será de mim...

-          Minha linda, isso é mesmo verdade? – Falei com uma voz calma – Não se preocupe, eu não vou te deixar, nunca! – Falei dando um beijo naqueles lindos lábios que ela tinha.

-          Obrigada, meu amor. Não sei o que seria de mim sem você! – Falou depois que desfizemos o beijo.

-          Agora vamos assistir a apresentação, okay? – Disse, tentando anima-la.

-          Tudo bem...

Não sei se ela prestou atenção no que estavam apresentando ou se ela estava preocupada com alguém, pois olhava fixamente para uma garota loura que estava do outro lado da arquibancada. Luana parecia irritada, e eu odiava quando ela ficava assim. A menina era horrível, e depois de um tempo que estavam se encarando perguntei para Luana quem era ela e o que queria.

-          Ela é minha ex-amiga, depois de uma crise de ciúme que ela teve Eu, Keyla e Schirlei nos afastamos dela. Daí em diante ela passou a nos odiar, e nós a mesma coisa com ela.

-          Sabe por que ela está nos encarando? – Perguntei olhando a garota com um ar de reprovação.

-          Acho que está interessada em você. Ela sempre fez isso comigo, tudo o que eu conseguia ela queria tomar de mim. Ah, e a propósito, o nome dela é Jhennifer. – Luana falou com uma calma que me assustou. Mas tentei manter a calma.

-          E o que pretende fazer em relação à isso? – Perguntei com muita curiosidade.

-          Se você colaborar eu consigo fazer ela se irritar... – Falou olhando com um sorriso que eu ainda não tinha visto aquela tarde. – Vamos aproveitar que os outros vão demorar para voltar e por meu plano em ação, okay?

-          Já tem um plano?? – Como ela podia ser tão frágil, mas quando quisesse, ter uma mente tão perversa? Isso era uma das coisas que eu adorava nela.

-          Tenho sim! Venha. – Falou, me arrastando para um canto meio escondido, mas que a tal de Jhennifer conseguia nos ver. Depois que chegamos ela me pediu se a garota estava olhando.

-          Sim, está. E com uma careta horrorosa. – Falei rindo.

-          Okay... – Depois que disse isso agarrou meu pescoço e falou no meu ouvido: - Apenas colabore. – E me beijou. De onde ela tirou aquele beijo?? Foi o mais maravilhoso que eu senti, e também o mais demorado. Ela era muito mais misteriosa do que eu pensava. Depois de um tempo desfizemos nosso beijo e a abracei, olhando para o outro lado. A garota estava vermelha de raiva, como Luana queria.

-          Funcionou! Como você consegue, hein? – Eu estava muito surpreso.

-          É como eu lhe contei, ela sempre quer tudo o que eu tenho. – Ela estava rindo. – Vamos nos sentar? Meus irmãos já estão vindo.

-          Vamos.

Nos sentamos e ficamos até o final da tarde com a garota nos encarando. Como uma pessoa podia ser assim? Mas apenas me lembrei que existem pessoas assim apenas para mostrar que a vida não é perfeita e sempre teria alguém para atrapalhar.

            Depois que todos as apresentações da abertura estavam encerradas fomos todos para a casa do “irmão mais velho” de Luana, Emerson. Quando chegamos fiquei surpreendido com a casa, como Luana disse, ele era mesmo “burguês”.

-          É aqui??

-          É sim. E vamos dormir aqui hoje. – Ela falou sorrindo.

Fim do P.O.V. de Pedro.

-          É aqui?? – Pedro me perguntou quando chegamos á casa de Emerson, que era enorme e muito bonita.

-          É sim. E vamos dormir aqui hoje. – Falei sorrindo, o vendo boquiaberto.

-          Sério? Você dorme muito aqui? – Pedro falou, ironizando.

-          Haha, não se preocupe, meu amor, eu durmo com a Keyla e às vezes com a Schirlei. Não tem com o que se estressar.

-          Tudo bem então...

Entramos pelo enorme portão e fomos direto para o lugar onde a churrasqueira se encontrava.

-          Sejam bem vindos á minha humilde residência. – Emerson disse se dirigindo á nós.

-          Emerson, para com isso! – Falei, com todos rindo.

-          Tudo bem, tudo bem... Podem se acomodar, vou buscar a carne.

Pegamos as cadeiras que estavam no canto do lugar e às colocamos perto da mesa. Ficamos um bom tempo conversando, rindo e bebendo energético enquanto a carne assava. Eu não gostava de beber, mas às vezes eu fazia isso para tentar esquecer dos meus problemas, mas não adiantava. Eu me arrependia muito depois, porque meu pai sempre bebeu e eu sempre odiei álcool. Mas depois das 2:00 horas da manhã fomos dormir, eu estava bêbada e capotei na cama de casal que havia no quarto de hospedes enorme da casa de Emerson.

No outro dia, levantei da cama com uma dor de cabeça horrível, como eu já esperava.

-          Bom dia, meu amor. Dormiu bem? – Pedro me perguntando, praticamente cochichando por minhas amigas estarem ainda dormindo nas outras camas.

-          Bom dia, Pedrinho. Estou com uma dor de cabeça dos infernos! – Falei, passando a mão onde doía.

-          Você não lembra do que aconteceu ontem à noite?? – Falou, um pouco preocupado.

-          O que houve?

-          Você sentou na cama, umas 5:00 horas da manhã e ficou um bom tempo ali, sem fazer nada.

-          Não se preocupe, meu amor eu tenho esse problema às vezes. Não é nada sério.

-          Okay... Vamos fazer o que hoje? – Pedro perguntou, se espreguiçando.

-          Primeiro vamos tomar nosso café, voltar para minha casa e à tarde vamos dar um passeio por ai.

-          Já tem tudo planejado, é? – Falou surpreendido.

-          Claro, vamos aproveitar cada minuto!

-          Então ta! Vamos então!

Tomamos nosso café, nos despedimos de meus irmãos que estavam lá e fomos para minha casa. Era um caminho um pouco longo, mas mesmo assim viemos a pé.

-          Olá! Bom dia! – Minha mãe falou, muito animada porque voltamos.

-          Bom dia, mãe! Tudo bem com a senhora? – Falei, tentando disfarçar a dor de cabeça que me atormentava.

-          Comigo está tudo ótimo, mas com você eu não sei... Bebeu o que ontem? – Como eu nunca conseguia esconder isso dela? Acho que fingia mal...

-          Energético... – Falei com vergonha. – Mas eu não vou fazer novamente, eu às vezes esqueço o quanto fico mal por conta disso...

-          É melhor mesmo! E você, senhor Pedro Lucas, não quero que faça isso também e quero que não deixe minha filha beber se você estiver perto, okay? – Se dirigiu para Pedro, que ficou sem jeito.

-          Tudo bem, senhora, me desculpe, não vai acontecer novamente. – Falou com a cabeça baixa.

-          Tudo bem. Agora deixem suas coisas no quarto e venham me ajudar com o almoço.

-          Já? Que horas são?? – Perguntei. Será que havíamos acordado tão tarde assim? Na verdade esse fato não era novidade para a hora que fomos dormir.

-          São 10:50 horas. Rápido, Luana! – Deu a ordem e eu a cumpri. Meu irmão estava no computador ouvindo rock quando entramos, e quase que fiquei ali com ele ouvindo.

Terminamos de almoçar e fomos tomar banho para irmos passear, dessa vez separados. Nos arrumamos e fomos, levando tererê e pipoca, pois primeiro iríamos no campo da universidade que havia ali perto. Depois que terminamos de tomar o tererê, ele deitou sua cabeça em meu colo e começamos a conversar.

-          Não sei se vou ter coragem de te deixar aqui... – Pedro falou, meio triste.

-          Eu também não sei se vou ter coragem de te deixar ir. – Falei, rindo um pouco.

-          Quando você vai para Recife comigo?

-          Vou nas férias de dezembro, passar o natal com você. Vão ser uns quinze dias, por ai... – Falei, tentando me lembrar quando estaria liberada daquele lugar (escola). – E também vou para lá em seu aniversário, em fevereiro, não é?

-          Acertou! Haha, pensei que não ia lembrar! – Falou rindo.

-          Como eu não iria lembrar, hein? – Rimos. – Como estão seus pais? – Mudei de assunto.

-          Estão brigando muito... Na verdade, estão quase se separando... – Falou triste novamente.

-          Nossa... Que pena, meu amor... – Eu também já estava triste.

-          Só consigo achar uma coisa boa nisso tudo... – Falou. Como assim? Eu não entendia nada. – Se eles se separarem eu vou ter o direito de escolher onde quero ficar...

-          Com sua mãe ou seu pai? – O interrompi.

-          Eu posso morar em qualquer lugar que eu quiser, até com você... Se você me permitir essa honra... – Disse. Fiquei pasma. Ele podia vir para cá? Esse era o meu maior sonho no momento.

-          E você ainda me pergunta se pode? Claro que pode! Você sabe que é o que eu mais quero! – Falei toda animada. – Vamos passear agora?

-          Vamos!

Caminhamos por todos os lugares que eu achava que eram precisos, fomos até o centro dar uma olhada nas vitrines andar por lá. Ficamos a tarde inteira andando, o que eu sabia que ia resultar em bolhas nos pés ou em muita dor nos mesmos. No fim da tarde voltamos para minha casa, e quando chegamos lá e tiramos nossos tênis, estavam muito doloridos, o que nos fez ficar sentados no sofá um bom tempo até a dor passar.

-          Acho que amanhã não vamos ficar andando por ai... – Falei, ironizando.

-          Concordo... – Rimos. – Que tal irmos na sua escola amanhã ver os jogos?

-          Não sei... Da última vez eu fui todos os dias e na semana seguinte fiquei meio estranha em voltar à rotina... – Falei descordando.

-          Isso vai acontecer de qualquer jeito!

-          Pior que é verdade... Vamos então! – Falei, mas não estava a fim de passar por tudo aquilo novamente. – Espero que não aconteça o que houve ontem...

-          Eu não vou deixar, não se preocupe.

-          Tudo bem, agora vamos dormir, estou exausta.

-          Vamos.

Deitamos abraçados, e fiquei brincando com meu anel de namoro até adormecer. Mas naquela noite eu tive um sonho. Sonhei que eu e Pedro Lucas estávamos nos casando.

-          Se alguém ter alguma coisa contra esse casamento que fale agora ou cale-se para sempre.

-          Eu tenho! – Eduardo falou, e depois dele muitas outras pessoas começaram a falar isso, até que levantei em um grito, assustando Pedro.

-          O que foi, Luh? – Me disse assustado.

-          Eu só tive um pesadelo... Não se preocupe... – Falei nos deitando novamente.

Eu sempre tive pesadelos quando alguma coisa não estava certa, nesse caso, os que me chamaram atenção naquele sonho foram os dois “vilões” de minha vida: Eduardo e Jhennifer. Acho que se eles não existissem minha vida seria quase perfeita...


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Notas finais do capítulo

Me desculpem se esse capitulo ficou menos interessante ou alguma coisa do tipo, mas não estou com a cabeça muito boa...
Espero que tenham gostado =)
Comentem, por favor.



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