76th Hunger Games escrita por Liz Ambrose


Capítulo 18
Uma Ajuda e um Bombardeio


Notas iniciais do capítulo

Digam o que acharam do capítulo o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/222667/chapter/18

Sinto mãos acariciando meu cabelo em um cafuné desajeitado. Meus sentidos estão voltando, junto com uma dor de cabeça.

Abro os olhos aos poucos, e encontro Jev me encarando. Ele é quem acaricia meus cabelos. Por um momento ele suspira aliviado.

— Ainda bem que está viva, não me imagino nessa arena sobrevivendo sem você e um arco e flecha… — É a primeira coisa que fala. Dá um sorriso debochado, que me faz lembrar Math.

Math… Ao pensar nisso, começo a olhar o lugar onde estou. É como se a sala da casa de Jev estivesse ali. Só que um pouco mais rustica que o normal. Percebo que estou deitada em um sofá. Fico totalmente confusa.

— Voltamos para casa? — Pergunto. Jev balança a cabeça fazendo que não.

Era obvio que não. Eu tinha sido praticamente morta por um gigante nojento e praticamente burro. Se eu voltasse para casa, provavelmente seria para o meu enterro.

— Cadê o Math?

Jev faz uma careta, e aponta para o outro lado da sala. Lá está ele, sentado em uma cadeira, os pés apoiados numa mesa de mogno velha. Está de olhos fechados, e parece cochilar tranquilamente. Para minha surpresa, vejo Meeh ao seu lado. Acordada e olhando para a janela. Parece um pouco assutada olhando os prédios da cidade.

Finalmente percebo, estamos em um projeto de casa. Falo assim, pois ela mais parece um quadrado com sofás, cadeiras, mesas, tapetes e uma unica janela com cortina rasgada, do que uma casa perfeita como a de Jev. A casa parece ser o bastante para quatro pessoas.

— Eu não sabia que tinha um amigo… — Fala Jev, o rosto inexpressivo.

Ergo as sobrancelhas.

— E eu não sabia que tinha achado Meeh… — Digo — Sem matar ela, claro.

Ela da uma risada baixa, fazendo Meeh olhar para nós. Logo vejo um sorriso aliviado em seu rosto.

— Mas ele tentou me matar… — Murmura, passando devagar por Math, até correr e se sentar na beirada do sofá. Ela parece realmente feliz em me ver acordada. — Eu fui mais esperta.

Olho para os dois com uma interrogação gigante. Eles percebem e ambos começam a falar rápido demais. Embaralhando minha mente.

— Ei! Me expliquem devagar… — Exclamo, quase fazendo Math acordar.

Meeh está prestes a abrir a boca, mas Jev mais rápido.

— Eu conto. — Fala — Eu tava no centro da cidade, tentando encontrar comida. Então eu vi a garotinha aqui correndo que nem uma maluca, em direção ao prédio mais alto. Eu até pensei em mata-la quando vi a aljava, porque pensei que pudesse servir para você. E…

— E então eu o vi parado na calçada com cara de abobado, e fui falar com ele. Por que eu sabia que era o garoto do seu distrito, e pensei que pudesse ajudar você na luta lá na segunda cornucópia — Ela interrompe com uma careta.

A imagem me passa pela cabeça. Jev parado observando a pequena Meeh correndo em direção ao prédio com uma aljava no braço e quase perdendo o folego. A cena se torna até um pouco engraçada.

— E o que aconteceu depois? — Pergunto.

Jev e Meeh começam a dar risadinhas.

— Ele tentou me matar… — Fala Meeh rindo.

— Nossa, que engraçado.

— Mas é serio, foi engraçado. — Diz Jev — Ela veio na minha direção correndo e gritando coisas que não faziam sentido. Eu tentei nocautear ela, mas ela desviou e me deu um chute na canela.

Jev faz uma careta. A cena de Meeh dando um chute nele me faz rir.

— Eu gritei tanto que aquele gigante foi até lá. Tivemos que correr para essa casa, e não conseguimos sair. Por que o gigante ficava andando por essa rua sem parar. Eu contei para Jev sobre você, e ele não calava a boca dizendo que tínhamos que resgata-la. Só quando não vimos a sua foto e a de Math no céu é que ficamos tranquilos.

Olho para Jev, que me encara. Ele tinha ficado preocupado. Lembro então do que ele disse na entrevista, sobre estar tento uma queda por mim, que faria de tudo para me proteger dos tributos. Tiro esse pensamento da cabeça, voltando a realidade da arena. Estava quase anoitecendo, e não sabíamos se ficaríamos ali, e se tínhamos comida e água suficiente para os quatro. Me levando devagar, e percebo que minha coxa não doí mais.

— Que milagre vocês fizeram aqui? — Pergunto, me levantando e andando um pouco.

Jev pega um cilindro prata e estende em minha direção.

— Um presentinho de algum patrocinador. E um bom patrocinador.

Pego o cilindro e olho dentro. Tem uma agulha de um tamanho grande o bastante para me deixar assustada.

— Você invejou em mim? — Pergunto. Ele assente devagar, um sorriso brotando em seus lábios. — Que medo… Imagina se você injeta errado…

Jev estava prestes a dar algum tipo de resposta sarcástica, quando o céu se ilumina. Instantaneamente corro para a janela e observo. Vejo que não teve nenhum morto, mas aparece as fotos de todos que já tinham sido mortos até aquela altura dos jogos. O sorteio dos mortos começa. As fotos passam rapidamente, como se estivessem embaralhando. E então a imagem da garota do 12 pisca no céu por alguns segundos, até se apagar completamente.

— O que pode ser? — Pergunta Math. Percebo que ele esta do meu lado na janela também.

Estou prestes a argumentar, quando uma explosão treme a casa toda. Olhando para a rua, vejo que uma boa parte do asfalto está pegando fogo. Explosões… Fogo. O meu grito fica preso na garganta quando a casa é atingida por um circulo em chamas.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ok, tá confuso... É que eu to tentando encurtar os capítulos :/
Mais informações: The-hunger-fanfics.tumblr.com