Tomb Raider: o Caminho para Avalon escrita por gabrielcp350


Capítulo 5
Capítulo 3 - Glastonbury


Notas iniciais do capítulo

De acordo com o Professor Eddington, Avalon pode estar em Glastonbury, um dos lugares que guardam a maior riqueza das lendas do Rei Arthur.
Mas para "entrar" em Avalon, Lara precisa do Coração do Lago e é essa reliquia que nossa heroína vai procurar.



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O sol estava forte e o calor estava muito. Era o dia perfeito para um mergulho. Eu estava em um iate, em Glastonbury.

De acordo com Eddington, Avalon talvez não ficasse exatamente aqui, mas no fundo do oceano, poderia estar o Coração do Lago, para mim, a chave para Avalon.

Vesti uma roupa de mergulho e desci as escadas do iate. Cheguei ao primeiro andar, recarreguei uma de minhas pistolas e ouvi meu celular tocar. Peguei-o e atendi. Era Zip.

- Oi Lara, Alister voltou e não achou nada. - suspirei, mas já esperava essa resposta. Zip querendo mudar de assunto, perguntou - Já achou? Estamos no viva-voz.

Respondi.

- Paciência Zip. Achar lugares submersos na Bretanha é bem complicado.

Alister me cumprimentou e disse:

- Você têm certeza de que esse Eddington sabe o que esta falando?

- Se ele disse que a "chave" para Avalon pode estar aqui, eu não tenho motivos para duvidar.

Alister continuou:

- É que; tudo bem, talvez Avalon seja real, mas só porque uma mulher louca te conta que sua mãe não morreu depois de tudo; eu digo, olhe, não quero ser insensível, mas esta idéia se sua mãe estar vivendo em algum terra célitica, é um pouco doida, não é?

- Como eu disse a Eddington, eu não tenho ilusões sobre minha mãe estar vivendo em algum paraíso mistico, Alister. Eu só quero a verdade, qualquer que seja.

Alister aceitou a resposta. Compreendeu que eu tinha de resolver esse mistério.

- Eu ligo, quando voltar.

Desliguei o celular. Recarreguei minhas pistolas, chequei o equipamento para mergulho (óculos para mergulho e oxigênio), coloquei minha bolsa nas costas e dei uma ultima conferida. Estava tudo certo. Pistolas, luz, binóculo, granadas e equipamento para mergulho.

Eu estava pronta, por isso, pulei na água em busca de respostas!

 

Mergulhava cada vez mais fundo. Por enquanto não via nada, só áagua e alguns peixes e corais. Continuei mergulhando. Se existisse alguma coisa naquela região, com certeza, seria mais embaixo.

Mais fundo, já se podia ver algumas algas maiores e peixes também. Mergulhei até o chão do mar. Não havia nada de ruínas ou fortalezas submersas. Será que Eddington se enganará?

Mas de repente, vi peixes nadando perto de várias pedras. Resolvi investigar.

Cheguei perto das pedras e vi que havia uma pequena entrada. Poderia ser ali?

Com muito com cuidado, empurrei algumas pedras para que a entrada ficasse mais fácil. Consegui retirar poucas, mas depois, fiquei satisfeita com o resultado, pois a entrada já ficara mais fácil de entrar.

Entrei no monte de pedras, acendi a luz(pois, pelo visto, era uma caverna, e bem escura) e continuei nadando. Me perguntei porque aquele lugar estaria escondido? Digo, eu estava nas profundezas do oceano, sendo que não há lugar melhor para se esconder coisas. Enfim, o que os antepassados queriam manter escondido?

Cheguei em um ponto que tive de descer mais uma vez. Imaginei que deveria haver uma sala logo a frente. Depois da descida, continuei seguindo reto e percebia que a caverna ficava menor.

Consegui ver que já havia ar em cima. Subi e retirei o equipamento de mergulho da boca. Ao longe, pude ver o que havia ali.

- Oh meu Deus - disse para mim mesma.

Nadei até a escada da sala. Sai da água, subi os poucos degraus e olhei novamente o que havia me surpreendido.

No enorme salão havia um grande círculo, onde estátuas de várias mulheres (provavelmente sacerdotisas) dançavam em volta. Mais a frente do salão, havia uma porta, que por sinal, estava fechada!

Desliguei a luz, pois o salão era iluminado por tochas na parede, todas com o fogo aceso.

Fui ver as estátuas das mulheres primeiro.

Como descrito, elas estavam todas em volta de um círculo, e pude perceber que ela não dançavam, mas sim, adoravam uma outra mulher, que ficava no centro.

Seria Vivianne, Senhora do Lago e Senhora de Avalon?

Procurei na estátua do meio, alguma referência a um nome ou a uma figura. Mas não tinha nada, só a forma da mulher. Procurei nas outras 9 estátuas a mesma coisa, mas nada encontrei. Se eu achasse alguma coisa relacionada a Avalon ou a Mitologia Céltica, eu poderia ter certeza que este era o lugar!

Andei pelo salão. Realmente, não havia uma outra porta ou uma alavanca. Enquanto observava a belissima arquitetura daquele lugar, pude notar que em cima da porta que estava fechada, havia letras, apesar de estarem escritas em tamanho minúsculo.

- Runas Pré-Célticas. Deixe-me ver.

Peguei o binóculo e li o que estava escrito.

- Ynys Avallach, que pode ser traduzido por Ilha das Maçãs, num claro simbolismo paradisiaco! Mas que eu saiba, Ilha das Maças é o mesmo lugar que Avalon! Será que não?

Somente minutos depois, fui entender o enigma que tinha resolvido. Ao pronunciar as palavras Ynys Avallach, ass estátuas ganharam nomes. Só percebi quando olhava novamente em volta do salão e vi que todas as estátuas brilhavam nos seus respectivos suportes.

Fui ver a esstátua do meio. Me abaixei para ler o que estava escrito de forma brilhante no suporte. Li em voz alta.

- Vivianne, a Dama do Lago!

Então era mesmo o que eu pensava. Aquelas eram as principais sacerdotisas de Avalon.

Vi o resto das estátuas e os nomes das principais sacerdotisas eram iguais aos nomes da lenda. Tudo se encaixava.

Quando vi o nome da última mulher, estranhei. Estava faltando um. Morgana La Fay, meia irmã de Arthur e pai de seu fiho.

- Por que você não esta aqui, Morgana?

De acordo com as muitas lendas, Morgana e Arthur eram meio-irmãos. Quando pequenos, foram separados, pois Morgana deveria ir para Avalon se tornar uma sacerdotisa e Arthur deveria treinar para se tornar um guerreiro, para que no futuro, pudesse liderar os exércitos de seu pai. Cresceram e seus destinos foram cumpridos. Morgana se tornara uma sacerdotisa da Ilha sagrada e Arthur um nobre guerreiro.

- Isso é muito estranho. - disse. - Todos sabem que quando Artur foi ferido mortalmente em batalha pelo seu próprio filho Mordred, ele teria sido supostamente levado de barco à ilha por sua meia irmã Morgana. Quando estavam próximos da bruma que cobre a ilha, Morgana é recusada por ter desprezado a Deusa e o único jeito de retornarem a Avalon é Arthur devolvendo Excalibur ao Lago, onde habitava a Deusa. Mas nada adianta, pois depois que Arthur joga Exacalibur na bruma, Avalon deixa de existir para os humanos, tornando- se um lugar mistico!

Enquanto procurava por indicios a estatua de Morgana, percebi que uma estatua havia sido retirada do círculo.

- Será Morgana? - perguntei para mim mesma!

Procurei a estatua em todos os cantos do salão, mas ela não estava ali.

Ela deveria estar mais bem escondida, por isso, mergulhei novamente na água. Não foi dificil de acha-la, pois o formato era grande e muito chamtivo. A estatua indicava uma mulher, mas parecia que em suas costas, usava asas, que por sinal, estavam quebradas. Para acabar com aquele mistério, li o suporte.

Tive a maior surpresa de todas!

Não estava escrito Morgana La Fay ou qualquer outra sacerdotisa. As palavras eram bem claras.

"Jacqueline Natla."


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Notas finais do capítulo

Como vocês podem perceber, peguei referências a história de As Brumas de Avalon, pois a achei mais interessante.

Espero que estejam gostando e comentem!
Obrigado



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