What Doesnt Kill You Makes You Stronger escrita por Beatrix


Capítulo 1
How It All Started


Notas iniciais do capítulo

Olá, essa é minha segunda fic da 1D. Espero que vocês gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/222560/chapter/1

Olá, meu nome é Catelyn Thompson e sou brasileira. Não, não é porque eu sou brasileira que eu tenho um corpinho violão, bunda de dar inveja na J-Lo e Nicki Minaj e amo um pagodinho com churrasco, não. Na verdade eu sou gordinha e curto mais ficar em casa no meu computador me entupindo de doces. Bom, pelo menos essa era eu de 2010, quando eu cometi o erro de me apaixonar...

Abril de 2010

Eu tinha apenas quinze anos e morava desde os meus 5 anos em Holmes Chapel, que fica em Cheshire na Inglaterra junto com minha mãe (que é brasileira) e meu pai (que é britânico). O garoto por quem eu estava apaixonada tinha 16 anos e se chamava:
-Harry, Harry, oi! – eu disse enquanto corria ao seu encontro depois da aula.

-Olá, Cat, tudo bem?  - ele perguntou abrindo um pequeno sorriso.

-Tudo ótimo. Eu só queria te desejar muita sorte na audição amanhã.

-Ah, valeu. Eu tô muito nervoso, mas espero que dê tudo certo. – seu olhar transparecia preocupação.

-Vai dar tudo certo, você vai ver, você ainda vai ser muito famoso! – dei uma mordida em meu cupcake de morango.

-E aí, Harry, pronto pra festa de hoje à noite? – disse um amigo do Harry sem nem mesmo perceber a minha presença.

Harry’s P. O. V

Pronto, agora estou ferrado, vou ter que convidar a Cat. Não é que eu tenha nenhum preconceito ou algo parecido, na verdade ela é uma pessoa legal, mas os meus amigos iriam me zuar pelo resto da minha vida.

-Ahn, claro – respondi meio hesitante, mas logo me recuperei – Claro, cara, a gente se vê. Então, Cat, vão dar uma festa de boa sorte para mim, você quer vir?

Cat’s P.O. V

OMG Eu mal podia acreditar, Harry Styles estava me convidando para sua festa. Eu estava surtando na hora.

-C-claro que sim, estarei lá. – respondi mordendo outro pedaço do meu cupcake e sai praticamente saltitando.

Cheguei em casa e subi as escadas correndo. Abri as portas do meu guarda roupa e fui jogando tudo quanto era roupa em cima da cama quando eu escuto uma pessoa berrando em português no andar de baixo:

-Catelyn, você chega igual a um furacão nessa casa e suja tudo de lama, menina! – obviamente só poderia ser a minha mãe. Apesar de eu ter saído do Brasil muito nova, minha mãe fez questão de me ensinar a falar português fluentemente.

-Lama? – perguntei a mim mesma, e quando olhei pela janela, percebi que estava chovendo –Desculpa, querida mãe, nem percebi que estava chovendo.

-Desça aqui agora para almoçar! – revirei os olhos e desci de má vontade.

-Onde você estava com a cabeça que nem percebeu a chuva. – ela perguntou assim que me viu ao lado da mesa.

-Mãe, chuva nesse país é tão comum, que nem percebi. – olhei para baixo tentando fazê-la evitar olhar em meus olhos.

-Catelyn, você acha que eu não sei quando você está mentindo? Sou sua mãe, garota.

-Harry Styles me convidou para sua festa de boa sorte. – falei rapidamente ainda olhando para baixo para que ela não me visse corar.

-Aaah, aquele menino por quem você tem uma paixonite?

-Mãe, tô com fome, vamos comer? – encerrei o assunto enchendo o meu prato de macarrão.

-Catelyn, você vai conseguir comer isso tudo? – ela me olhou preocupadamente.

-Já vai começar com esse papo chato de que eu tô acima do peso , né?

-Eu me preocupo com você, só isso. – ela deu um suspiro e começou a comer.

O almoço prosseguiu em silêncio e depois fiz menção de me levantar para ajudá-la a lavar a louça, mas ela me parou:

-Eu sei que você tá louca pra decidir o que vestir, então vai logo. – dei um rápido beijo em sua bochecha e subi as escadas correndo para o meu quarto. Peguei meu celular e digitei o número da Hayley, uma das minhas melhores amigas, que demorou o que pareceu séculos para atender:

-Alô?

-Hayley, Haaaaaaaaayley, você não vai acreditar. Harry Styles me convidou para a festa de boa sorte pra audição do X Factor que é hoje e eu não sei o que eu vou vestir. Eu preciso que a senhora mova a sua bunda para cá AGORA! – falei muito rápido, sem nenhuma pausa. Ela ficou em silêncio por um tempo e disse:

-Ahn?

-HAYLEY, VENHA PARA A MINHA CASA, NOW!

-Nossa, que grosseria Catelyn, não precisava gritar.

Hayley era uma garota extremamente lerda, o que poderia irritar qualquer pessoa que passasse pelo menos cinco minutos ao seu lado, às vezes as coisas que ela falava não faziam o menor sentido e nem queira irritá-la, pois sua voz ficava muito fina. Porém, apesar disso tudo, era uma pessoa de enorme coração e estava quase sempre rindo e fazendo as pessoas rirem. Tinha cabelos e olhos castanhos claros, tinha um belo rosto, porém não estava em forma, assim como eu.

Depois de algum tempo (um longo tempo) Hayley finalmente chegou na minha casa. Nós duas fomos para o meu quarto e comecei a explicar bem devagar para que ela entendesse:

-OMG Cat, o que você fez?

-Bom, eu tentei agir normalmente e voltei correndo para casa.

-E quando é essa festa?

-É óbvio que é hoje, né Hayley, se a audição é amanhã! – revirei os olhos.

-Então isso quer dizer que você tem que arrumar alguma coisa pra vestir! – ela disse como se tivesse feito uma grande descoberta.

-Foi exatamente por isso que te chamei aqui! Deixa de ser lerda, Hayley.

Ficamos nessa de procurar roupas à tarde inteira... Literalmente. Quando dei por mim, faltavam apenas duas horas para a festa. Apressamo-nos o mais rápido que pudemos, mas quando olhei no relógio, percebi que iria chegar bem atrasada. Despedi-me da Hayley e da minha mãe e fui caminhando nervosamente para o local onde seria a festa.

Cheguei lá e me arrependi nesse exato momento. Afinal, o que eu tinha na cabeça de ir para uma festa onde eu não conhecia ninguém além do Harry? “Bom, Catelyn, agora não dá para voltar atrás”, pensei. Respirei fundo e continuei caminhando. O lugar estava lotado, a música parecia estar no último volume e várias pessoas já se acabavam de dançar.

Como eu era uma pessoa extremamente invisível naquela festa, decidi ir procurar pela única pessoa que me conhecia. Harry. Eu andava e olhava para todos os lados a sua procura, mas tava difícil. Fazia mais ou menos uns quinze minutos e eu estava começando a ficar nervosa. “Ai meu Deus, o que eu faço agora? Foco, foco. Preciso achar o Harry!”. Uns cinco minutos depois, meus pés já doíam e eu precisava beber alguma coisa. Peguei um copo de água e foi quando finalmente vi aqueles cachos tão familiares.

-Harry! - tentei chamar seu nome, mas ele não me escutou por causa do alto volume da música da festa. Abri caminho o mais rápido que pude ao encontro dele, só que ele já havia saído com os amigos para a área externa.

-Tá gostando da festa, cara? – escutei um de seus amigos falar.

-Eu tô amando essa festa, obrigado mesmo, pessoal! – quando ouvi sua voz, um sorriso bobo surgiu em meu rosto.

Já havia decidido que conversaria com ele depois que ele falasse com os amigos, quando escutei algo que me chamou atenção.

-Hazza, o que você tava falando com aquela garota brasileira hoje? – ouvi outro amigo dele.

Me escondi atrás da parede para que eles não descobrissem que eu estava lá e continuei ouvndo:

-Hm... Nada, ela só veio me desejar boa sorte. – pelo seu tom de voz, ele parecia meio desconfortável falando sobre isso.

-Vai dizer que tá afim dela? – disse o primeiro amigo novamente.

Não pude evitar abrir um sorriso maior ainda.

-O quê? Não, óbvio que não! – eu não sabia o que fazer na hora. Acho que meu coração estava tão partido, que não consegui me mover – Ela não faz meu tipo, sabe? Eu prefiro garotas que tenham o corpo mais definido.

-É assim que se fala garoto! – ouvi um dos garotos cumprimentando Harry.

Deixei o copo de água cair no chão e antes que ele pudesse perceber, saí correndo da festa. Não consegui chorar ou sentir qualquer tipo de emoção. Quando finalmente cheguei em casa, encontrei minha mãe e meu pai sentados seriamente no sofá.

-Catelyn, a gente precisa conversar. – disse meu pai.

-Pai, agora não dá. – segurei as lágrimas e estava prestes a subir para o meu quarto, quando minha mãe diz:

-Catelyn, sente-se, agora! – como queria que tudo acabasse logo, sentei-me no sofá.

-Hm, filha, você sabe como o meu trabalho é... – meu pai me olhou preocupado.

-Tá, para onde você vai viajar dessa fez? – perguntei tediosa.

-Não, Cat, eu fui transferido... Para o Brasil. – ele esperou minha reação.

Levantei-me e fui calmamente para o meu quarto, sem dizer uma única palavra. Quando cheguei lá, tranquei a porta e comecei a chorar na minha cama. Que dia mais maravilhoso, hein. Minha paixão diz que eu não sou magra o suficiente para ele e eu teria que voltar para um lugar que eu mal lembrava como era.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Gostaria de agradecer a colaboração da Drika que vai me ajudou nesse cap. e que provavelmente me ajudará nos próximos também. Deixem reviews :)