Amy me acordou já era meio dia. Ela estava preocupada e queria saber se eu estava bem, se eu tinha tido alguma crise de dor de cabeça. A tranquilizei dizendo que só havia chegado muito tarde e acabei dormindo de mais mesmo. Pedi que ela me arrumasse algo para comer, e contei a ela que tinha um encontro para hoje a noite.

Amy ficou quase mais empolgada que eu, e queria saber tudo sobre o garoto. Contei que ele parecia mais velho, tendo uns vinte e cinco, talvez mais. Era muito bonito e sedutor. Tinha um jeito misterioso, e que eu tinha concordado em sair com ele por ter perdido uma aposta. Contei que ele tinha me trago em casa e não tinha tentado nada mais atrevido em nenhum momento.

Amy ficou parecendo Alice. Pensei em escrever para ela contando que teria um encontro, mas achei melhor escrever depois que já tivesse saído ai sim teria algo para contar.

Depois que comi resolvi tirar um cochilo. Sonhei com um vestido azul petróleo numa loja do shopping. Acordei, peguei minha bolsa e chamei Peter. Pedi desculpas por não o ter dispensado mais cedo na noite passada e ele disse não haver problemas. Me deixou no shopping e fui direto na loja com que tinha sonhado. A vendedora estava acabando de colocar o vestido do sonho no manequim. Ele era tomara que caia, com micro botões nas costas, o corpo do vestido bem acinturado, a saia se abria e ia até os joelhos, ficando um pouco rodada, com uma saia de tule sobreposta com detalhes em renda na barra. Pedi para experimentar e parecia feito para mim. Comprei um par de peep toe preto e vi uma tornozeleira de ouro branco numa joalheria que não resisti.

Eram cinco horas quando cheguei em casa e Amy me preparou um banho na banheira.  Depois me ajudou a secar meu cabelo e fiz alguns cachos nas pontas com o babyliss. Fiz um olho bonito na maquiagem, destacando o bem,caprichei no rímel, coloquei um pouco de blush rosado e o meu batom preferido cor de boca.

Mantive meus cordões de diamante rosa e pérola, eles eram quase um amuleto e nunca os tirava. Coloquei o anel que Rose havia me dado e abotoei a tornozeleira nova.

Como já eram quase oito Amy me ajudou a colocar o vestido. Calcei os sapatos e dei uma olhada no espelho do closet. Me senti perfeita. Amy me trouxe uma bolsa da cor do vestido e uma manta marfim para jogar sobre os ombros se ficasse frio. As oito em ponto o telefone tocou e Amy atendeu dizendo que poderiam deixá-lo subir. Ela foi para a sala abrir a
porta e eu borrifei um pouco do meu perfume nos pulsos e na nuca. A
campainha tocou.

Ouvi Amy dizendo que entrasse. Ela ofereceu algo para beber e ele recusou agradecido. Ela lhe disse que ficasse a vontade. Contei até dez mentalmente e sai do quarto.

Damon estava maravilhosamente lindo em um terno preto que parecia ter sido costurado ao corpo dele de tão perfeito. Usava uma camisa preta e uma gravata coincidentemente da cor do meu vestido. Assim que me viu entrar ele me olhou e pude sentir o fascínio dele pois tinha “ligado” meu poder. Ele segurava um pequeno vaso com orquídeas
azuis, que eram lindas. Me estendeu o vaso com um sorriso brincando
nos lábios...

- parece que estamos combinando... - ele apontou para sua gravata.

- Realmente, parecemos um casal de baile de formatura. - respondi divertida.

Peguei o vaso com um sorriso agradeci e passei para Amy. Me despedi dela que abriu a porta e desejou que eu me divertisse. Damon chamou o elevador e fez sinal para que eu entrasse primeiro. Nossa como o perfume dele era bom, e seus cabelos hoje cuidadosamente arrumados para trás. Ele ainda mantinha o ar de mistério de sempre. Martin nos cumprimentou na saída e o manobrista trouxe o carro de Damon, ele abriu a porta para mim e foi para o lugar do motorista.

- você está  incrivelmente mais bonita hoje Isabella.

- Você também caprichou!

- Pronta?

Concordei e ele ligou o motor.

Chegamos  no restaurante francês afastado do centro, que eu já tinha ouvido comentários de ser um dos melhores restaurantes da cidade. O manobrista abriu a minha porta e me ajudou a descer. Damon me encontrou e ofereceu seu braço que aceitei. A recepcionista perguntou pela reserva.

- Salvatore, mesa para dois.

- Ah sim! Por aqui senhor. - a mocinha loira fez uma expressão de “UAU” e nos acompanhou até uma área ao ar livre com quatro mesinhas, nos indicou a maior delas, que estava ornamentada com um arranjo baixo
com rosas e velas.

Damon puxou minha cadeira e sentou-se. Ele tinha um sorriso malicioso brincando nos lábios.

- espero que hoje possamos tomar algo mais suave com um vinho...

- vou abrir essa exceção hoje – disse com o mesmo sorriso malicioso.

O maitre trouxe uma garrafa de vinho e o mostrou a Damon que concordou. Ele serviu minha taça e depois a dele. Colocou a garrafa no gelo e se retirou. Um garçom trouxe um cesta com pãezinhos variados e disse q Damon que começaria a servir o jantar assim que ele quisesse. Damon deu um aceno de cabeça e o garçom se retirou.

- Quantas garotas você costuma trazer aqui por semana? - não resisti e perguntei.

- Por que acha isso? - ele levantou sua taça de vinho para tocar a minha.

- Dei um gole no vinho, era uma boa escolha, encorpado, com um toque frutado.

- o maitre e o garçom já sabem o seu cronograma. - disse não dando muita importância ao assunto.

- Oh! Por isso! Não, apenas combinei o cronograma antes por telefone – ele disse divertido - Essa noite é para nos conhecermos melhor, não seria agradável pessoas nos observando, ou garçons nos interrompendo. Espero que goste do cardápio que selecionei.

Se eu entendi bem, elereservou essa área do restaurante só para nosso encontro. E cuidou de todos os detalhes com antecedência. Muito atencioso. Bebi mais um gole do meu vinho.

- então, se é para nos conhecermos conte-me sobre você Damon!

Ele bebeu do seu vinho,pousou a taça na mesa e se inclinou para mim.

- o que você quer saber?- perguntou com um daqueles olhares misteriosos dele.

- O que você quer me contar?-devolvi com um olhar desafiador.

- Eu Damon Salvatore, tenho 25 anos, e vivo viajando pelo mundo. Tenho um irmão, mas nós não nos damos muito bem. Problemas de família – ele disse em meio a uma piscadinha.

- Um irmão! Interessante. E você além de viajar, o que faz do seu tempo? É claro, além de entrar de penetra em festas vips – OK provoquei só um pouquinho.

Bem, além de ser
penetra... não faço nada. - ele disse se divertindo com minha
piada – Cuido de negócios de família, por isso viajo por ai. Mas
agora é sua vez.

- Eu sou Isabella Swan. Terminei o colegial a pouco tempo. Estou num momento de  férias, aproveitando Chicago, e me preparando para ir para Londres.

- Londres! Que boa escolha! Mas gosto da Itália por motivos de raízes. Você gostaria da Itália!

- Na verdade tenho um apartamento em Londres, vou começar a viajem por lá. Mas tenho um tour inteiro para fazer  pela Europa.

Conversamos por alguns instantes sobre lugares que Damon achava que eu iria gostar de conhecer. Lugares que ele tinha paixão. Mudamos para assuntos que tínhamos em comum, como literatura, gosto por artes, até que ele fez sinal para o garçom começar a servir o nosso jantar.

A comida era perfeita, de tudo que Damon tinha escolhido comi quiche de alho poró, Coq Au Vin,  e um crepe de chocolate.

Após a sobremesa tomamos mais um pouco de vinho e ele me perguntou se eu estava pronta para ir embora. Concordei ele puxou a cadeira para mim e colocou minha manta sobre meus ombros, e com a mão nas minhas costas me encaminhou para a saída.

Damon estava sendo altamente educado e cavalheiro. O que me intrigava era “onde estava aquele toque de maldade que me fascinava nele?”

- quando você vai ser você realmente?

Ele me olhou surpreso. Como se tivesse sido pego assaltando a geladeira.

- você sempre foi tão misterioso e sombrio, não precisa fazer esse tipo bom moço para me encantar....

- o carro chegou e após pegar as chaves com o manobrista Damon fez um movimento muito rápido e me encostou no carro, apoiando suas mãos na porta, não me deixando espaço para fugir do seu olhar. Ele aproximou seu rosto do meu, tirou meu cabelo do ombro, alisou meu pescoço com o nariz e disse no meu ouvido “Eu sei...”, se desencostou , me puxou delicadamente pela mão e abriu a porta para mim.

Meu coração vacilou uma batida, quando Damon entrou no carro atirei meus braços em seu pescoço e nos entregamos a um beijo furioso.

Ele era firme e urgente, e num único movimento me colocou sentada em seu colo. Eu agarrava seu cabelo e sentia seu perfume enquanto ele beijava a curva do meu pescoço. Ele me colocou sentada no meu banco novamente e começou a dirigir.

Não sabia para onde estava indo.

Não queria saber.

A única coisa que eu queria era um lugar para ficar a sós com Damon.