Por Jashin-sama! escrita por anabnas


Capítulo 1
Capítulo 1: Missão


Notas iniciais do capítulo

No primeiro capítulo serão esclarecimentos da história... A partir do capítulo dois vai melhorando. :D



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Mais um dia de minha interminável rotina.

Acordos segundos antes do despertador, mania minha. Esfreguei meus olhos negros, tentando me lembrar o que me levou a acordar cedo.

Ah sim, Akio-chan me pediu para acordá-lo... Provavelmente uma missão. Ou treinamento. Ele está tão animado esses dias... Bem, pudera. Ele se tornou genin faz pouco tempo. E eu sou a única que ele pode ficar contando suas ‘proezas’, já que somos os últimos da família.

Confesso que tenho saudades de quando eu realizava missões tão banais – sem querer desmerecê-lo. Ser uma jonin médica é complicado, principalmente para mim.

 

Prendi meus cabelos prateados em um alto rabo de cavalo, sem penteá-lo. Já em pé, fui ao banheiro, que fica do lado do meu quarto, joguei uma água no rosto para me despertar, mas de nada adiantou. Tudo bem, não tem importância. Olhei no relógio na mesa de cabeceira do lado de minha cama. Seis e meia da manhã. Akio vai ficar bravo, era para eu despertá-lo às seis! Não quis atrasar mais nem um segundo; cada instante perdido a mais serviria apenas para aumentar seu mau humor. Saí correndo sonolenta, até me chocar diretamente com a porta de seu quarto.

 

- Akio! Acorde, está atrasado! – bati três vezes consecutivas em sua porta. Sem resposta, adentrei o quarto, encontrando-o vazio, para minha surpresa.

 

- Akio...? – estudei o ambiente. Não havia muito tempo desde que ele saiu da cama. Minutos, diria.

 

Ajeitei minha camisola e preparei-me para o pior. Ele teria sido raptado? Não... Eu teria sentido a presença do invasor. A única resposta era...

 

- Yume-chan! Te peguei! – senti uma kunai gelada em meu pescoço.

 

...Uma armadilha para ele me pegar de guarda baixa, sonolenta. Em parte, o plano funcionara. Mesmo que por pouco tempo, eu fui enganada. Eu realmente fiquei preocupada com ele. Mas agora...

 

- Desculpe, mas o jogo virou. – sorri e fiz um rápido movimento, aparecendo atrás dele, pegando a kunai com facilidade de suas mãos, e em seguida, colocando-a em seu pescoço.

 

- Ah! Yu-chan, quando você vai me ensinar isso? – ele fingiu uma carinha triste, abaixando a cabeça. Desarmei a kunai, jogando-a no chão.

 

- Não se preocupe, vou ensinar quando você tiver idade suficiente. – dei-lhe um beijo estalado na bochecha. Em seguida, levantei-o do chão, abraçando-o, desajeitando seu cabelo castanho, coisa que eu adoro fazer.

 

- Você fala isso, mas não é muito mais velha que eu!

 

- Tem razão... Só cinco anos, não é...? – mostrei a língua. – Mas você esta certo... Quer mesmo aprender meu estilo de luta?

 

- Quero! – seu rosto iluminou-se por um instante, mas um pouco depois ficou pensativo. – Nee-chan, você realmente acha que eu já posso aprender?

 

- Oras, é como você disse, eu não sou tão mais velha que você!

 

- Mas nee-chan... Todo mundo fala que você não aparenta ter dezessete anos... Falam que você é muito mais madura e experiente para sua idade... – ele comentou isso com tristeza. – Apesar de ser baixinha. – ele acrescentou, rindo.

 

- Seu tosco! Tá me chamando de velha e baixinha!? – dei-lhe um tapa na cabeça, fingindo braveza.

 

De certa forma, eu entendo seu ponto de vista e sua tristeza. Sempre, todos na vila comentam que eu não pareço ter dezessete... Aliás, comentam isso. E embora eu seja uma ninja médica, sou muito requerida em missões de rastreamento, quero dizer missões em geral (além de ficar no hospital), por causa de minhas habilidades com ninjutsu e taijutsu, alem da minha rapidez. Putz, enumerando assim, até que eu sou bem fortinha. Sem querer me gabar, é claro. Não suporto pessoas que se acham.

 

- Nee-chan... – ele me puxou de meus pensamentos, trazendo-me de volta à realidade. -... Você não vai me deixar, né? – o senti me abraçando por trás.

 

Esse fofinho não existe! Ele está com medo de me perder?

 

- Hei, só porque eu faço muitas missões, não significa que eu vou embora! – retribuí o abraço emocionada, mas sem deixar nenhuma lágrima cair. Muito difícil algo me fazer chorar. – O Raikage me solicitou para uma missão hoje, quando eu voltar nós treinamos juntos, ok? Agora vá se arrumar, está atrasado! – sorri com sinceridade, enquanto ele saiu de casa apressado.

 

O vi desaparecer de vista, quando percebi que estava de pijama no meio da rua. Entrei rapidamente para casa e fui me arrumar. Eu também tinha uma missão, já ia me esquecendo. Arrumei-me correndo, não queria me atrasar. Coloquei meu short roxo que ia até a metade da coxa, minha blusa lilás de manga longa, minha habitual sandália preta e arrumei com muito cuidado minha bandana da Vila da Nuvem Oculta em meu pescoço. Saí pulando casas, chegando ofegante na porta da sala do Raikage. Respirei fundo e bati na porta, abrindo-a em seguida.

 

- Raikage-sama, você me chamou aqui para...? – perguntei careca de saber que era uma nova missão.

 

- Yume-san! – ele me saudou sorridente. - Como você sabe, a vila foi invadida há umas semanas atrás, por dois ninjas desconhecidos. Sua missão, junto com mais três jonins, será atacá-los em uma emboscada. Há rumores de que eles foram para o lado leste da do País da Nuvem, ataque-os lá!

 

A princípio parece uma missão simples... Com certeza de simples ela não tem nada. Ah... Preguiça...

 

- Ok, mas eu vou como ninja médica, para dar suporte...? – comecei, sendo interrompida.

 

- Você vai lutar normalmente, acredito que não haverá necessidade de recorrer ao uso de suas habilidades médicas. Hiroshi, Ken e Akira vão acompanhá-la na missão. É só.

 

É só. Simples. Vem e faz no meu lugar, velhote. Fica falando como se fosse fácil... Ainda mais com esses companheiros de equipe. Esse trio... Hiroshi, Ken, Akira... Eu não os conheço muito, mas isso não me cheira bem.

 

- Encontre-os no portão da vila em meia hora. – o Raikage acrescentou, enquanto eu me retirava.

 

Cheguei em casa e peguei meus equipamentos ninjas. Coloquei em minha bolsa, shurikens, kunais e peguei meus dois leques, que dobrados, cabiam na pequena bolsa.

Guardei tudo e rumei ao local de treinamento onde eu sabia que Akio estava. Quis despedir-me, já que ele estava tão tristinho hoje de manhã por minha causa.

 

- Akio! – gritei, avistando-o, treinando com seus dois companheiros de equipe, um garoto de cabelos castanhos espetados e uma garota de cabelos negros lisos, muito bonita.

 

- Yu-chaaan! – ele gritou empolgado quando me viu, correndo em minha direção, pulando em cima de mim. Algum dia eu ainda o deixo cair.

 

- Só vim aqui dar tchau, eu vou para minha missão agora. – sorri sem graça. Afinal, seus companheiros de equipe e seu sensei estavam me encarando.

 

- Algum motivo em especial? – ele ficou confuso. Não é muito normal eu avisá-lo quando vou a uma missão.

 

- Não... Só vim aqui dizer o quanto você é especial, e que mesmo se você não me veja, eu sempre estarei com você, ao seu lado, te apoiando, te amando... Porque você é a pessoa que mais importa pra mim... Aliás, a única pessoa que importa pra mim. O resto é resto. Te amo, tá irmãozinho? – não me pergunte por que eu falei isso, eu mesma não sei explicar. Só sei que... Saiu. Junto com um aperto em meu coração, que também não sei explicar.

 

Tadinho, o Akio-chan ficou apenas me fitando confuso. Dei um beijo em sua bochecha, desarrumei seus cabelos uma última vez e rumei em direção ao portão principal. Ninguém estava lá, portanto, fiquei esperando embaixo de uma árvore, já começando a cochilar.

 

- Oi! – escutei uma voz agradável, algum tempo depois de minha chegada. – Você é a Yume-chan?

 

- Yume-san para você. – falei, virando a cara. – Está atrasado! Aliás, estão atrasados. – Acrescentei, vendo dois ninjas surgindo atrás dele.

 

- Desculpe-nos, é que apenas agora o Raikage-sama nos falou da missão. – falou o último ninja, de cabelos castanhos. – Me chamo Ken. Aquele é o Hiroshi – ele apontou para um homem que diria ter uns vinte anos, de cabelos negros, o que me dera ‘olá’ – e aquele é o Akira. – apontou para o mais calado, loiro e alto, uns vinte anos também.

 

Só agora que o Raikage avisou para eles? Ele tem que estar de brincadeira.

 

- Okay, vamos logo! Eles foram para o leste. – falei impaciente, enquanto todos me seguiram quando comecei a pular de árvore em árvore. Pelo menos eles são rápidos.

 

- Yume-san! – escutei Hiroshi gritar, logo atrás de mim. – Alguém já comentou de sua... Baixa estatura? – pude ver que ele media as palavras com cuidado, com medo de minha reação, mas sua curiosidade era maior.

 

- Já. Repita isso e vai se arrepender. – fuzilei-o com o olhar, e ele pareceu entender o recado. Não é minha culpa se tenho 1.58 de altura.

 

Depois disso, apenas silêncio. Ninguém se atreveu a falar e nem quebrar o silêncio.

Paramos um pouco à frente, com um pedaço de roupa rasgada. Uma pista, finalmente.

 

- Tem idéia de quem seja? – falou o Akira, observando o pedaço de pano. – Talvez a coloração seja de alguma importância... Nunca se sabe.

 

Encarei o pedaço de pano preto com uma nuvem vermelha pela metade, intrigada.

 

-

 


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Notas finais do capítulo

Reviews, por favooor...? *olhar de gato de botas* XDD