Tricks of Fate escrita por Sali


Capítulo 40
"Hey!"


Notas iniciais do capítulo

Então...
Ora, pelo menos não é um capítulo de aviso!
Ok, ok. Não me matem, por favor. Eu sei que foi ridículo e absurdo isso de demorar taanto tempo pra postar, mas eu não vou me desdobrar em desculpas que vão fazer vocês me acharem culpada e ficarem com raiva de mim, afinal, o capítulo está aí, e logo teremos outro.
A fic tá na reta final, poxa.
E esse bloqueio criativo foi ridiculamente absurdo.
Pelo menos eu voltei >.
E vocês achavam que eu tava na pior u_u
Tá, parei. Leiam o/



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Prendi a respiração sem perceber, parando no lugar com os olhos direcionados ao chão. Meus dedos apertavam com certa força a alça da sacolinha branca.

– Victoria. – Eva repetiu e eu levantei os olhos, vendo a mulher andar até mim.

Era algo realmente estranho ter Eva me chamando. Estranho porque, desde que eu saíra de Fort Lauderdale, nunca mais a ouvira me chamar pelo nome, e também estranho porque a sua voz não tinha o tom arrogante de sempre.

Levantei os olhos.

– Sim, Eva. – Respondi, olhando-a.

– Eu quero falar com você. – Ela disse rápida, sem hesitação ou dúvida.

Eu não sabia o que ela queria, e diversas suposições se passaram na minha mente. Desde um diálogo sobre o estado de Madison até uma intimação para tirar-me do apartamento.

– Sou toda ouvidos. – Respondi simplesmente, sem expressar muitas emoções.

Por um ou dois segundos ela pareceu hesitar, mas logo voltou a ter a postura que lhe era comum.

– Veja, Victoria. Eu amo muito a minha filha, como qualquer mãe. E eu sou obrigada a admitir que Madison realmente ama você. E pelo que eu posso ver, você também a ama. E, diante isso, tudo que eu posso dizer é... Me desculpe pelo que eu fiz com você, Victoria.

Aquelas palavras me pararam. De repente, me veio à memória uma situação semelhante, mas que teve a sala de estar de uma casa de Miami como pano de fundo. Mas havia uma diferença. Jordan realmente parecera honesto, parecia sofrer naquele dia. Já Eva fazia isso parecer um tipo de obrigação. Franzi as sobrancelhas e abri a boca, inclinada a perguntar os motivos daquele pedido tão repentino, mas de repente a imagem de Madison me veio à cabeça. Lembrei-me de como ela ficara triste ao discutir com a mãe, e comecei a pensar no quão ruim deveria ser ter duas pessoas que você ama se odiando.

– Tudo bem, Eva. Eu aceito as suas desculpas. Madison ficará feliz em saber disso. – Respondi simplesmente, tentando soar o mais educado possível.

A mãe de Maddy assentiu com a cabeça.

– Você vai vê-la agora? – Perguntou, desviando o olhar para a sacolinha que eu trazia.

– Sim, eu vou.

– Tudo bem. Até outra hora, Victoria.

– Até outra hora. – Respondi com um aceno de cabeça e Eva passou por mim, atravessando a sala de espera às minhas costas.

. . .

– Mãe? – Maddy perguntou logo que eu empurrei a porta de seu quarto, olhando na minha direção.

– Hey, Maddy. – Sorri.

– Vick! – Ela exclamou, também sorrindo. – Achei que fosse a minha mãe. Ela veio aqui agora e a gente conversou... – Murmurou, deixando a frase incompleta.

– Eu acabei de esbarrar com a sua mãe no corredor. – Respondi, vendo a expressão de Maddy ficar preocupada.

– O que ela falou? Ela brigou com você?

Sorri.

– Não, Maddy. Ela me pediu desculpas.

Maddy me olhou com certa surpresa, como se não acreditasse no que ouvira.

– Isso é… Sério? – Ela arqueou as sobrancelhas.

– É, Maddy. Eu também fiquei surpresa quando ela falou, mas é verdade.

E então sua surpresa se transformou em alegria, e ela abriu um sorriso.

– Mas... Isso é ótimo, Vick! – Ela exclamou, me fazendo sorrir novamente.

Era realmente bom poder ver o sorriso no rosto da minha namorada, e eu percebi que, provavelmente, era aquilo que Eva queria quando derrubou o seu orgulho para falar comigo.

– Maddy... – Chamei, mirando seu rosto, e ela olhou para mim. – Eu trouxe um presente para você.

– Sério? – Ela perguntou, os olhos brilhando como os de uma criança.

– Sério. – Sorri. – Aqui está.

Peguei a sacolinha que eu segurava com uma mão e tirei a pequena caixa de dentro, abrindo-a e entregando nas mãos de Maddy.

– Vick! – Ela exclamou ao ver o pingente em forma de coração. – Isso é... Lindo! Muito obrigada! – Ela sorriu, olhando para mim.

– Não é nada, meu amor. Eu vi e me lembrou você. É pequeno, delicado e prateado. Da cor dos seus olhos.

Ela sorriu e me entregou a caixinha, pedindo que eu prendesse o colar em seu pescoço.

. . .

– Está tudo bem, Maddy? – Perguntei, mirando novamente o rosto da minha namorada.

Ela revirou os olhos.

– Sim, Vick. Tá tudo ótimo. Eu estou bem.

Sorri.

– Mas você sabe, pequena. Eu fico preocupada com você.

– Pois não precisa. O médico já me deu alta, não deu? Eu não estou aqui? Então. Pode relaxar, ok? – Ela sorriu e colocou as mãos na minha cintura, aproximando o rosto do meu.

Segurei as suas costas e a puxei para um selinho demorado.

– Ok.

Abri a porta do passageiro com uma reverência e Maddy deu uma risada, balançando a cabeça e se sentando no banco. Fechei a porta com outra reverência menos elaborada e dei a volta no carro, entrando no lado do motorista.

– Saudades de casa?  – Perguntei, vendo Maddy em silêncio por metade do trajeto até o prédio do East.

– Demais.

– Relaxa, pequena. Daqui a pouco a gente vai estar lá de novo. – Sorri, segurando a sua mão.

Ela também sorriu e fez um carinho leve no meu rosto.

Ao chegarmos em casa, tentei convencer Maddy a descansar um pouco, mas ela rebateu meus argumentos dizendo que já tinha descansado demais no hospital.

– Eu quero ir para a praça, encontrar os meninos. – Ela disse, e a mim não restou nada a não ser concordar.

– A gente podia ligar para a sua mãe e ver se ela deixa o Will ir conosco. Ele queria passear na pista de skate, lembra? – Eu sugeri e Maddy sorriu.

–É uma boa ideia. Se não eles vão embora e eu nem aproveito meu tempo com aquele garoto.

– Então liga pra ela? – Perguntei, estendendo-lhe o celular.

Ela sorriu novamente e pegou o celular da minha mão, ligando para a mãe enquanto eu tirava meu moletom e amarrava-o na cintura.

Minutos depois, ela desligou o aparelho e sorriu.

– Combinado. – Respondeu. – Desde que a gente vá buscá-lo no hotel e que você não o deixe andar de skate sem proteção ou em lugares perigosos.

Revirei os olhos e dei uma risada.

– Eu não vou matar o seu irmão, Maddy.

– Então convença a minha mãe disso. – Ela sorriu e eu ri novamente.

– Vamos lá buscar o pirralho.

. . .

– Isso, Will, isso mesmo. Não se esquece de flexionar um pouco os joelhos. Dá um impulso e... Isso!

Sorri, vendo o irmão de Maddy fazer um flip perfeito, enquanto ela aplaudia e comemorava.

–Victoria, quando eu vou conseguir fazer aquelas manobras legais que você faz na rampa? – Will perguntou, aproximando-se de mim.

Mordi o lábio inferior e olhei pra Maddy, que também me lançou um olhar.

– Olha, Will. É preciso muito treino e prática para fazer aquilo, e também é bastante perigoso.

– Mas você não usa nada disso para fazer esses giros e manobras. – Ele disse, indicando o capacete e os outros aparatos de proteção.

– Mas ela não usa porque é teimosa e não me obedece. – Maddy sorriu, se levantando do banco e colocando um braço ao redor da minha cintura. – Eu já perdi a conta das vezes que vi essa garota se machucar aqui.

– E é por isso que você tem sempre que usar equipamentos de segurança. – Sorri, batendo de leve com os nós dos dedos no capacete que Will usava. – Por isso e porque a sua mãe arranca a minha cabeça se você voltar para casa com um arranhão que seja.

Os dois irmãos riram e eu dei um sorriso torto.

– Eu não entendo por que a minha mãe é tão preocupada comigo... – Will murmurou, tirando o capacete e mexendo nos cabelos tão negros quanto os de Maddy.

– Toda mãe é preocupada, Will. Isso é normal. Você pode estar completamente seguro, mas sua mãe sempre vai estar lá querendo te proteger. – Sorri, colocando uma mão no ombro do garoto que já estava mais alto que eu.

– É... isso é verdade. – Maddy concordou, sorrindo, no momento em que o seu celular começava a tocar. – E falando em mães...

– Eva ligando? – Perguntei, franzindo as sobrancelhas e Maddy assentiu. – Mas são quatro horas agora.

Ela deu de ombros e fez um sinal para que esperássemos, atendendo o telefone. Depois de pouco tempo de conversa, ela desligou.

– O que foi? – Perguntei assim que Maddy guardou o aparelho no bolso da calça.

– Nada de mais. Ela só queria saber se estava tudo bem e lembrar que o Will tem que estar em casa às seis. – Maddy deu de ombros e eu sorri.

– Viu? Preocupação de mãe. – Olhei para Will e o vi sorrir.

– Então... vamos comer alguma coisa? – Maddy perguntou. Depois a gente volta, ou sei lá.

– É, vamos lá. – Concordei. – Tá com fome, Will?

– É... sim. – Ele sorriu e eu ri.

– Claro. Você é um moleque em fase de crescimento. – Falei e ele deu uma risada. – Vamos lá.

. . .

– O que é isso?! – Tom perguntou, franzindo as sobrancelhas.  

– É... um cartaz? – Perguntei, me colocando ao lado dele correndo os olhos pelo cartaz de cores chamativas que estava colado em uma das paredes do colégio.

– Isso é óbvio, minha cara. Eu só quero saber o que diabos é isso que está escrito no cartaz.

– É o baile de inverno, meus queridos. – Me sobressaltei com a voz feminina que surgiu, me virando e vendo Sienna saltitar para perto de nós, seguida por Kori. – A comissão de formatura do nosso ano resolveu organizar esse baile de fim de ano para as turmas do Ginásio.

– E como você sabe disso, Sienna? – Arqueei uma sobrancelha, me virando para ela.

– Sabendo. – Ela deu um sorrisinho travesso.

– Ou participando dessa comissão de formatura. – Yuri revirou os olhos, se aproximando de nós e dando um beijo rápido em Tom.

– Então quer dizer que nós vamos ter um baile de inverno? – Maddy perguntou, aproximando-se de mim.

– Exatamente. E todos vocês irão. Não quero desculpas! – Sienna ordenou.

– E nós temos que escolher pares para o baile? – Kori perguntou.

– Essa é a ideia.

– Então... A senhorita gostaria de me acompanhar para o baile de inverno? – O japonês fez uma reverência diante de Sienna, que deu uma risada baixa e corou levemente.

– Claro. – Ela sorriu e segurou a mão que Kori lhe esticava.

– Yuri? – Ouvi Tom chamar, fazendo o moreno virar-se para ele. – Já que a sua irmã nos obrigou... – Ele murmurou, corando levemente.

Yuri sorriu e se aproximou do namorado, abraçando-o.

– Nós vamos juntos, loirinho. – Ele abriu um de seus sorrisos radiantes e segurou o queixo de Tom, puxando-o para um beijo rápido.

Próximo de nós, Louie sorria para Amber.

Finalmente, me virei para Maddy.

– Então, Maddy?

Ela sorriu e se aproximou de mim.

– Você vai usar um vestido?

– Hey! 


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Notas finais do capítulo

Minha declaração foi feita nas notas iniciais. Não digo mais nada, só peço que vocês não me abandonem D:
Mesmo que vocês estejam me odiando agora, deveriam deixar um review nesse capítulo pra me xingar, pra dizer o que acharam do cap ou simplesmente pra me darem feliz aniversário. É, eu fiquei mais velha há duas semanas XD
Bom, é isso.
E pra não fugir da tradição, cá estão as lindas que comentaram o último capítulo:
»Dark
»Baunilha
»Beatriz Moreira
»Hachimenroppi
»Leah Shintekyo
»Amanda Melquiades
»Liu
»Baka Senpai (essa linda que deixou uma recomendação mais-que-perfeita aqui *--*)
»Laira Leão
»Samyni
»Nataly Agron (ó só, Bia!)
»Hatiko (curti a foto do perfil. Tu é gatinha u.u)
»HeeyEmilly
E... é isso.
Gostaria que vocês comentassem nesse capítulo.
E que seguissem o exemplo da Baka-chan e deixassem uma recomendação.
Presente de aniversário, gente. Por favor!
Tá bom, já me mandei.
Au revoir! o/