Tricks of Fate escrita por Sali
Notas iniciais do capítulo
Vish! Agora a coisa começa a ficar séria...
Leiam! u.u
Vesti a roupa que eu usara no dia anterior e dobrei perfeitamente o pijama de caveiras. Arrumei a cama, recolhi minhas coisas e saí do quarto. Eva e o sr. Dale estavam na sala de estar, enquanto Madison fazia sanduíches na cozinha, junto a um Will esfomeado.
Dei bom dia a todos e entrei na cozinha.
– Bom dia, Vick. – Madison sorriu e eu aproximei-me dela.
– Bom dia. – Sorri, mas não passou disso.
– Argh! Vocês podem se beijar. Eu sei que vocês namoram. Mas me deixem pelo menos virar de costas antes. – Will exclamou e eu não consegui conter uma risada. – E não. Eu não vou contar pra mamãe nem pro papai. – Ele completou.
– Muito obrigada. – Maddy sorriu e fez um movimento circular com o dedo. Will virou de costas e ela agarrou minha cintura, beijando-me como se não o fizesse há mais de um mês. Uma ironia, sem dúvidas.
Apoiei as costas na bancada alta e ela encostou-se ainda mais em mim.
– Já terminaram? – Will.
Empurrei-a com delicadeza e ajeitei minhas roupas.
– Sim, pode se virar de volta. – Madison respondeu e o garoto voltou à posição inicial.
– Você é um fofo, sabia? – Sorri para ele e baguncei seus cabelos negros e cacheados. – Muito mais legal que os garotos da escola. – Beijei seu rosto e ri ao vê-lo ficar vermelho.
Madison terminou os sanduíches e nós três comemos rapidamente.
– Madison, Victoria! Vocês têm aula hoje, esqueceram? – Eva gritou-nos da sala. Mirei o relógio da cozinha e vi que eram nove e cinco.
– É mesmo! – Eu e Madison exclamamos ao mesmo tempo.
– A gente vai daqui? – Ela perguntou.
– Quero trocar de roupa antes. – Dei de ombros, apontando minhas roupas.
– Concordo. Não quero esses garotos babando em você com esses shorts curtos. – Maddy respondeu, apontando minhas pernas. Eu ri, mas concordei.
– Ok, mas isso é injustiça! Olha essa camiseta! – Exclamei.
Madison estava com uma camiseta azul clara justa de alças – que destacava seus seios e modelava a cintura fina –, uma bermuda branca parecida com a do dia anterior e um par de all star. O cabelo estava solto e caía pelos ombros e uma bolsa média completava-a.
– Está ótima. Agora vamos deixar de discussão e ir logo para a sua casa. –Ela respondeu-me. – Não temos mais que vinte minutos para chegarmos na escola.
– Tudo bem.
Maddy pegou sua bolsa e avisou aos pais que estava indo. Assim que deixamos Will no ponto do ônibus, começamos a andar para a minha casa.
Assim que chegamos, abri a porta e acendi as luzes. Madison e eu subimos as escadas e ela sentou-se na minha cama enquanto eu vestia rapidamente uma roupa composta por camiseta branca, colete fechado com capuz, shorts e um par de tênis estilo skatista. Troquei os livros da bolsa, agarrei meu skate e estava pronta.
– Vamos? – Perguntei, sorrindo para Maddy. Ela assentiu e saímos do quarto, descendo as escadas e chegando à porta.
O trajeto da casa de Madison até a minha não durava mais que dez minutos, e dali até a escola, no máximo quinze. A pé. De carro era ainda mais rápido. E dessa forma, acabamos chegando á escola um pouco atrasadas, mas não a ponto de perdermos o primeiro horário.
– Tá muito calor aqui! – Exclamei. – Aqui, segura pra mim? – Entreguei minha bolsa a Maddy e retirei o colete, que puxou minha camiseta branca até quase as costelas, deixando todo o meu abdome á mostra.
Ouvi os assobios e comentários de garotos que passaram e revirei os olhos, olhando para o rosto de Maddy que estava quase vermelho.
– Isso tudo é ciúmes? – Perguntei com um meio sorriso.
– Não é engraçado! Você viu como eles te olharam! – Ela respondeu-me.
– Ah, deixa eles. – Falei, pegando a bolsa de sua mão. – Eles sabem que não têm chance. E mesmo que não saibam, eu não tenho o menor problema em mostrar...
Aproximei-me dela, uma mão em sua nuca e outra em sua cintura.
– Mostrar... – Beijo. – Que... – Beijo. – Sou só, apenas, e sempre sua. – inalizei a frase, beijando-a de verdade.
– Olá, garotas apaixonadas! – A voz de Kori interrompeu nosso beijo. Olhamos para ele sorrindo enquanto víamos os outros quatro garotos se aproximarem.
– Bom dia, meus queridíssimos amigos! – Abri o sorriso mais largo que consegui e rodeei os quatro a minha frente.
– Olha! A Inglesa tá felizinha hoje! Que houve, hein? – Tom perguntou.
– Ela dormiu lá em casa ontem. – Madison respondeu e vi quatro sorrisos maliciosos.
– Ah, já entendi. – Kori riu e eu dei um tapa nele.
– Ai, gente! Eu dormir na casa da Maddy não significa que nós... bem... vocês entenderam. – Respondi, gaguejando no final.
– Significa quando no outro dia você está quase saltitando. – Kori riu.
Revirei os olhos.
– Ok, ok. Vocês venceram. Mas nada de comentários sobre isso!
– Nada de “nada de comentários”, isso sim. – Era Amber que chegava. – O sinal vai tocar daqui a um minuto. Você, Victoria, vai me contar tudo mais tarde. Vocês podem ir para suas aulas. – Ela disse quase como uma professora.
– Ok, professora Amber. – Louie brincou e eu vi a garota ficar levemente avermelhada. Relevei.
– Haha, morri de rir. – Ela respondeu, mostrando a língua para ele.
– Ok, podem parar de expressar publicamente seus romances por um minuto? – Sean entrou no meio dos dois e esticou os braços.
– Romance? Nunca! – Amber e Louie gritaram exatamente ao mesmo tempo. Eu ri.
Antes que mais alguém pudesse fazer uma afirmação óbvia sobre aqueles dois, o sinal tocou e nós começamos a andar para as salas. Eu, Maddy e Kori para a de História, que era nosso primeiro tempo.
Entramos um pouco atrasados e nos sentamos nas últimas cadeiras vazias, lá no fundo. Eu não prestei muita atenção no que o professor dizia, distraindo-me com rabiscos no caderno.
O segundo horário correu normalmente, e a metade do terceiro também. Até que...
– Victoria Mitchell! – O professor chamou-me. Levantei o rosto, imaginando que ele me pediria para prestar atenção, mas não foi isso.
– Sim?
– A diretora está lhe chamando. – Ele respondeu. Arregalei os olhos assustada e ouvi alguns sussurros e murmúrios das outras pessoas da sala.
– Ok. – Levantei-me comecei a andar pela sala.
Antes de sair, fixei Maddy e Kori, que olhavam-me preocupados.
Segui a estagiária pelos corredores do colégio enquanto pensava no que podia ter acontecido. Talvez alguém houvesse contado à diretora que viu eu e Maddy nos beijando na frente da escola. Mas se fosse isso, ela seria chamada também, não? Imaginei que poderia ser Robert, que deixou de pagar a escola e eles estariam cobrando. Talvez poderiam ter pais e alunos reclamando de mim. Inúmeras possibilidades, mas nada concreto até que eu atravessasse aquela porta.
Mas a porta não chegava. O caminho havia triplicado de tamanho, e a marcha lenta da estagiária começava a me irritar. Eu olhava tudo em volta com certa aflição, até que finalmente visualizei a porta de madeira clara com um pequeno retângulo de vidro e a placa escrita “Diretoria”. Respirei ainda mais fundo e entrei quando a estagiária empurrou a porta para mim.
A sala da diretora não era muito grande, havia uma mesa, algumas gavetas, um sofá pequeno para acomodar os alunos e duas cadeiras a frente da mesa. E naquele momento estava a diretora, imponente em seu terno feminino de um tom de rosa queimado atrás da mesa e na frente dela, em uma das duas cadeiras, Robert.
E aquilo simplesmente me deixou em pânico. O que eu havia feito de tão grave para que meu tio também estivesse ali?
– Seja bem vinda, Victoria. – A diretora sorriu para mim. – Sente-se.
Me sentei em uma das cadeiras que ela me apontou e esperei que ela começasse. Mas não foi ela, e sim Robert que começou a falar.
– Antes que você entre em pânico, não, você não fez nada de errado. – Ele sorriu para mim. – É um problema um pouco mais grave. – Completou e eu arregalei os olhos.
– O que houve?
– Com licença. – A diretora saiu da sala, deixando nós dois sozinhos.
– Bem. Ontem eu estava na Filadélfia quando recebi uma ligação de um cara. Ele me disse que se chamava Jordan Richards, e que há quinze anos havia conhecido uma mulher chamada Rosie Mitchell. – Congelei um pouco quando ouvi o nome da minha mãe. – E perguntou se eu havia algum parentesco com ela. Contei que ela era minha irmã e que havia falecido há cinco anos. Então ele me perguntou se ela tinha algum filho ou filha. Eu perguntei o motivo e ele disse-me que era... bom, que era seu pai. – Robert terminou de falar com certa velocidade e eu abri a boca em um “o” quase perfeito.
Ok. Como se respira mesmo? Coração, pode parar de brincar e volte a bater. Meu Deus, como é que se mexe? Meus músculos pareciam ter paralisado. Eu não sentia absolutamente nada. Até que como se acendessem um interruptor, tudo voltou.
– O que?!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí? O que acharam? Tenso, né? Deixei suspense no ar? Diz que siim! *-*
Sejam bem vindas as novas leitoras, e agora o nome de quem deixou comentários no último capítulo (3. I'm Yours)
»Luuh
»Samyni
»Ray
»Bruna Biersack
»debicullen
Ah! E esse capítulo é dedicado à Bruna Biersack, que me disse que começou a gostar do gênero Yuri por causa de Perfect Life! *-*
É isso. Não se esqueçam de comentar, seus lindos!
Bjos >.< (esse emoticon sempre fica sem um olho ¬¬)