– Victoria, essa é Miranda, a minha namorada. – Robert disse, gesticulando para a mulher à nossa frente. – E Miranda, essas são Victoria, a minha sobrinha, e Madison, a namorada dela. – Ele completou.

Nós estávamos na frente do restaurante, afinal havíamos acabado de chegar. Assim que Robert apresentou Miranda, observei a mulher à minha frente. Ela era alta e bonita, seu sorriso nos lábios pintados de batom cor de vinho lhe dava um ar simpático e amável e as roupas que ela vestia lhe traziam um estilo elegante.

– Muito prazer! – Ela exclamou, aumentando o sorrindo e exibindo os dentes muito brancos. – Robert me falou muito bem de vocês duas. – Completou, estendendo a mão em nossa direção.

Dei um sorrisinho e olhei para o meu tio pelo canto do olho. Ele apenas riu.

– Prazer em lhe conhecer também, Srta. Carter. – Sorri abertamente para ela, respondendo com o tom mais gentil que consegui. – Meu tio também falou bem de você

– Muito prazer. – Maddy disse simplesmente, mas em um tom tão gentil quando o meu, apertando também a mão de Miranda.

– Vamos entrar? – Robert perguntou logo que os cumprimentos cessaram.

– Claro. – Miranda sorriu e eu e Maddy assentimos.

O restaurante que era não era muito grande, mas era muito bonito, como eu pude perceber enquanto caminhávamos até a mesa que Robert escolhera. Assim que nos sentamos um garçom deixou três cardápios sobre a mesa. Miranda e o meu tio começaram a ler um, enquanto eu e Madison pegamos outro. Depois de pouco tempo o garçom voltou e nós fizemos nossos pedidos.

– Mas então, Victoria? Quando você e Madison se conheceram? – Miranda perguntou a certo momento, enquanto aguardávamos que os pratos chegassem.

Dei uma risada.

– Não deveria ser eu a fazer essa pergunta para vocês? – Arqueei uma sobrancelha e ela riu.

– Robert não te contou? – Ela perguntou, arqueando uma sobrancelha e olhando para o meu tio pelo canto do olho.

– Na verdade não. – Desviei o meu olhar para ele com um sorrisinho.

– Não acredito, Robert! – Miranda exclamou em um tom de falsa reprovação, que fez eu e Maddy rirmos.

– Conta para a gente você, Miranda. Aposto que a sua versão é melhor que a dele, de qualquer jeito. – Eu exclamei e ela deu um sorriso.

– Certo. – Respondeu, tomando um gole do vinho que estava à sua frente para logo depois começar a contar a curta história de como eles haviam se conhecido em um quase acidente de carro.

Ao terminar, nós sorrimos.

– Isso é que é jeito diferente de começar um namoro! – Madison exclamou.

– É verdade. – Concordei.

Continuamos conversando depois disso. Eu e Maddy contamos à Miranda – de um jeito meio confuso e atropelado – como havíamos nos conhecido na escola e nos tornado amigas depois de uma certa inimizade inicial, e ao longo do jantar eu pude perceber que ela era uma mulher muito simpática, educada, inteligente, elegante e mais alguns milhares de elogios que Robert sempre usava para descrevê-la. Pelo menos agora eu sabia que eles tinham fundamento.

– Mas você tem muito bom gosto, Victoria. – Miranda disse assim que terminamos a pequena história, referindo-se à beleza de Madison.

Dei um sorriso e olhei para o lado, vendo o rosto de Maddy corar. Coloquei um braço à volta de sua cintura e fiz um carinho em sua bochecha.

– Não se preocupe, Madison. Isso também se aplica a você. As duas são muito lindas. – Miranda completou logo depois, nos arrancando pequenos sorrisos.

Ao longo do jantar ainda conversamos sobre diversas coisas agradáveis. Uma característica de Miranda era ser simpática em todos os momentos, e ter assunto até com duas adolescentes.

Logo o jantar chegou ao fim. Miranda despediu-se nós com beijos no rosto e o sorriso carinhoso que não havia deixado seu rosto em quase nenhum momento. Eu e Madison também não conseguíamos parar de sorrir. Robert se voltou para nós assim que Miranda entrou em seu carro.

– Fui aprovado? – Ele perguntou, fazendo-me rir.

– Claro que sim, tio. Ela é incrível. – Sorri, tocando o braço dele. – Você tem sorte em ter encontrado uma mulher assim.

– Tem mesmo, Robert. Não a deixe ir! – Maddy completou.

– Podem deixar, garotas. Se depender de mim isso não vai acontecer. – Ele sorriu, colocando uma mão em meu ombro esquerdo e a outra no ombro direito de Maddy.

O abraçamos ao mesmo tempo.

– Até outra hora, tio. – Eu e Maddy falamos em uníssono, mas ela trocou a palavra “tio” por “Robert”.

– Até, minhas filhas. – Ele sorriu e nós caminhamos até o carro de Madison.

...

– Maddy, que horas são? – Perguntei assim que cheguei ao mezanino, ainda enrolada na toalha.

– Quase nove agora. – Ela respondeu, olhando para mim com sorriso de canto.

– Sério? – Perguntei enquanto tirava do armário uma calcinha, shorts e uma camiseta.

– É o que o celular tá dizendo. – Ela deu de ombros, checando novamente a tela do seu aparelho.

– Está cedo. – Murmurei, jogando a toalha sobre a cama e vestindo as roupas que eu pegara. – A gente devia fazer alguma coisa. – Dei de ombros.

– Como por exemplo... – Ela deu um sorrisinho com tom de malícia.

– Assistir a um filme! – Exclamei, abrindo um sorriso enorme e fazendo-a rir.

– Nossa! Que interessante! – Ela revirou os olhos e eu dei uma risada.

– Ah, pequena... – Eu murmurei, aproximando-me dela e segurando a sua cintura com as duas mãos. Puxei seu corpo para o meu e beijei rapidamente seus lábios, o queixo e o pescoço, ouvindo sua risada baixa. – Vem, vamos ver um filme. – Chamei, interrompendo a trilha de beijos e puxando-a pela mão até a cama.

– Tá bom. – Ela sorriu. – Você ganhou. Mas eu ainda tenho que tomar banho e trocar de roupa!

– Te espero aqui. – Sorri de canto, me deitando na cama. Ela pegou no armário alguma roupa íntima e soprou-me um beijo antes de descer as escadas do mezanino.

Apoiei a cabeça no travesseiro e comece a mirar o teto. Na minha cabeça aparecia Robert. Sem querer, comecei a me lembrar dos anos que passamos juntos, tentando nos acostumar lentamente com aquela vida totalmente nova para nós. Ele era, definitivamente, a melhor e mais compreensiva pessoa que existia. E, a meu ver, Miranda não era muito diferente.

Ouvi os passos de Maddy nas escadas de madeira do mezanino e logo ela apareceu em meu campo de visão. Momentos depois meu celular vibrou em uma sms. Estiquei-me até a mesa de cabeceira e agarrei o aparelho, mirando o nome que aparecia logo acima do desenho de um envelope. Abri a mensagem, lendo o texto “deu tudo certo!” e não consegui reprimir um sorriso. Era Yuri quem me mandava aquela mensagem, referindo-se à conversa com a mãe.

Respondi com um “que ótimo!” e coloquei o celular de lado, desviando meu olhar para Maddy que estava de pé em frente ao armário. De onde eu estava só era possível ver suas costas nuas e semi cobertas pelos cabelos negros e ondulados.

Me levantei da cama e andei com passos silenciosos até lá. Afastei delicadamente seu cabelo do pescoço e dei leves beijos naquela área, sorrindo ao ver sua pele se arrepiar. Enquanto fazia isso, deslizei lenta e delicadamente a ponta dos dedos da outra mão pelo seu colo até o baixo ventre, vendo sua pele reagir a esse ato também.

Continuei beijando seu pescoço enquanto voltava a subir a mão lentamente, até tocar a base do seu seio. Assim que o fiz, Maddy girou rapidamente, abraçando minha cintura e colando seus lábios nos meus.

Sorri contra os seus lábios quando o beijo acabou. Maddy puxou a minha blusa para cima rapidamente, jogando-a de lado e colando seu corpo novamente ao meu.

– Ainda quer assistir o filme? – Ela perguntou em um sussurro, também sorrindo.

– Tenho quase certeza que não. – Respondi no mesmo tom.

– Isso é ótimo. – Ela mordeu meu lábio inferior e afastou-se um pouco de mim, colocando as mãos nos meus ombros e me empurrando até que eu caísse deitada de costas na cama.