Tricks of Fate escrita por Sali


Capítulo 20
"E eu vou te ensinar a ser uma mulher de verdade."


Notas iniciais do capítulo

Olá, minhas gurias mais sexy do mundo! *-*
Como vão?
Sentiram minha falta?
Bom, espero que gostem do capítulo novo e POR FAVOR leiam as notas finais. Tem uns bagulhos importantes lá.
Ah, e vamos dedicar esse cap á s2 Bruna (antiga Sweet Morphine e pá), por que ela recomendou LINDAMENTE a fic.



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Depois da discussão com Jordan, eu fui para o meu quarto sem esperar resposta para as minhas palavras. Estava triste, meio deprimida.

Não poderia dizer que sempre quis ter um pai, já que a minha vida com a minha mãe e depois com Robert fora ótima. Mas encontrá-lo deveria ser uma coisa boa, certo?

Bom, diante da experiência própria, nem tanto.

Naquele momento, eu apenas chorava. Não por um motivo só. Na verdade, por uma confusão que se instalava dentro de mim. Eu sentia falta de Madison, dos meus amigos e... de um pai.

Não de um pai como Jordan, mas de um pai como Robert. Sim, Robert. O meu tio, que sempre me ouvia, me entendia, me ajudava e me aceitava, acima de tudo. Dormi pensando naquilo.

No outro dia, acabei acordando mais cedo que o esperado. O sol brilhava e o dia estava quente. Tomei um banho frio e vesti uma roupa fresca.

Numa bolsa, coloquei todo o meu material de história e um estojo com lápis, borracha, canetas e marca-texto. Deixei-a sobre a cama e fui até a cozinha.

Como Jordan já havia saído, eu tomei um café da manhã de verdade pela primeira vez naquela casa. Fiz torradas e peguei cereal para mim, mas antes que eu pudesse começar preparar isso, a campainha tocou.

Acreditei que fosse alguma visita de Jordan e revirei os olhos, mas ao abrir a porta vi o garoto alto, de cabelos morenos e um sorriso radiante no rosto.

– Yuri! – Sorri. – Ainda são... – Olhei o relógio do meu celular. – nove e vinte! O que você está fazendo aqui?

– Eer... – Ele coçou a nuca. – Minha mãe foi para o shopping com umas amigas e praticamente me expulsou de casa. – Ele sorriu de canto e eu ri.

– Já tomou o café de manhã? – Perguntei.

– Minha mãe me expulsou antes disso.

Eu ri novamente e dei espaço na porta.

– Entra aí.

– O seu pai não está? – Ele perguntou, dando passos incertos para dentro.

– Não. Ontem a gente discutiu e ele sumiu. – Dei de ombros.

– Por causa do visual novo? – Ele perguntou e eu assenti.

– E poderia ser outra coisa?

Ele riu.

– Vem, vamos comer. – Chamei-o e ele se sentou na mesa. – O que você quer? Cereal, torradas, geleia, pasta de amendoim...

– Tanto faz. – Ele deu de ombros.

Adicionei duas torradas à torradeira, e cereal, pasta de amendoim, biscoitos, geleia, leite, açúcar, tigelas, facas, colheres e xícaras na mesa, junto com as quatro torradas prontas.

– Pode escolher.

– Uau. Nunca vi alguém arrumar uma mesa de café tão rápido.

Eu ri.

– Eu sei que sou demais.

Ele riu e pegou uma torrada. Passei pasta de amendoim em um biscoito água e sal e coloquei açúcar por cima, comendo-o logo depois. Yuri já tomava uma tigela de cereal com leite.

Assim que acabamos de comer, peguei no meu quarto a bolsa com os materiais de história e nós saímos da casa. Na praça nos sentamos no lugar habitual e estudamos até mais ou menos uma hora da tarde.

Depois disso almoçamos numa lanchonete perto dali e o resto do domingo se passou exatamente como os outros dias.

...

O dia seguinte era segunda-feira novamente. Eu acordei meio atrasada, mas logo estava nas dependências do colégio Haymitch Abernathy. A aula de história foi no terceiro horário, e logo eu e Yuri nos livramos dela.

No intervalo eu já esperava que Nicholas viesse me irritar, mas ele parecia quieto e indiferente para comigo. O que, de toda forma, era um alívio. E assim eu lanchei em paz com Yuri, Ryan e Lily.

Os três horários seguintes também se passaram inteiramente normais, sem qualquer alteração digna de um comentário. E quando o sinal do último horário tocou, segui para a biblioteca antes de encontrar-me com Yuri e Sienna; precisava entregar uma ficha.

A biblioteca ficava na parte de trás da escola, então eu acabei demorando pouco mais de dez minutos para chegar ao gramado frontal.

Comecei a procurar Yuri ou Sienna, mas não encontrava nenhum dos dois. Peguei meu celular e tentei ligar para o número do garoto. Ele não atendeu, mas algum tempo depois recebi uma mensagem de texto:

Tori, vc demorou e o onibus foi embora :s
Eu tentei te ligar mas não consegui, foi mal.

xoxo Yuri.

Soltei um suspiro e dei um chute no ar.

– Não acredito!

– O que aconteceu, Victoria? – Ouvi uma voz masculina conhecida perto de mim.

Virei-me e vi aquela montanha de músculos conhecida como Hector. Senti o seu perfume enjoativo e dei um passo para trás.

– Perdi o ônibus. – Respondi meio secamente, para acabar com a conversação.

Não deu certo.

– Eu já estava indo pegar meu carro no estacionamento. Não quer uma carona?

– Não, obrigada. Eu pego um taxi ou vou andando. – Respondi.

– Um carro é bem mais confortável. Tem certeza mesmo que não quer ir?

– Tenho. Muito obrigada, Hector.

Tentei sair de perto, mas ele me cercou como da primeira vez que conversamos.

– Hey, Vick. Por favor. Não vai negar um convite desses, principalmente vindo de mim, né?

– É Victoria. – Corrigi. – E eu vou sim negar, sinto muito.

Dei um passo para trás e ele se aproximou de mim.

– Claro que não vai. Vamos lá, Victoria. – Ele deu mais um passo na minha direção, e seu tom não estava mais tão calmo. Parecia um pouco agressivo.

Dei outro passo para trás e Hector cobriu a distância mais uma vez. Ele já estava me assustando, então resolvi acabar logo com aquilo.

– Ok, eu vou. – Respondi simplesmente e ele sorriu.

– Sabia que você iria aceitar!

Dei o sorriso mais falso que pude e segui Hector pelo gramado até o estacionamento, que era na lateral do prédio.

Andamos até uma Ferrari preta, que Heck abriu e nós entramos. Assim que estávamos fora do estacionamento, ele me perguntou onde ficava a minha casa.

Dei as coordenadas, mas ele dirigia como se já conhecesse o caminho. Era realmente estranho, mas preferi relevar.

Depois de um tempo, estávamos em frente à casa de Jordan.

– Obrigada pela carona. – Agradeci secamente enquanto saía do carro. Heck também saiu e me encontrou na calçada.

– Não foi nada, Victoria. Ei... sabia que você é muito bonita? – Ele disse.

Arqueei uma sobrancelha.

– Legal que você acha, mas não precisa dizer assim. É desconfortável. – espondi.

Ele riu.

– Adoro esse seu humor ácido. Sabe, Victoria, eu ficaria com você. – Ele se aproximou de mim.

– Hm... pois é, né, Hector. Legal isso, mas eu gosto de mulheres. Tenho até uma namorada, caso você não saiba. – Sorri e andei em direção à porta, colocando a chave na fechadura.

Ele se aproximou de mim e agarrou meu braço, praticamente prensando-me contra a porta.

– Isso não existe, Victoria. A mulher é destinada a gostar do homem, e vice-versa. E eu gosto de você.

Seu rosto estava muito próximo do meu. O perfume me embrulhava o estômago, e ele parecia querer contradizer a lei de que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Eu não sabia o que responder; estava assustada demais para isso.

Senti a porta às minhas costas se abrir e vi que quem havia feito isso fora Hector.

Ele me empurrou para dentro e bateu a porta. Ainda me agarrando pelo braço continuou andando até chegar no meu quarto, e ali fez exatamente o mesmo.

Seu aperto no meu braço me machucava, e por mais que eu gritasse coisas como “me solta”, ele apenas apertava mais forte.

Hector me jogou sobre a cama e ficou de pé ali, me encarando.

O medo me impossibilitava a fala e os movimentos; eu estava congelada dentro do pavor.

– Mulheres não namoram mulheres, Victoria. Eu vou te ensinar a ser uma de verdade. – Ele disse enquanto se aproximava de mim.

Diante dessa ação, meu corpo retomou o movimento. Tentei me levantar e fugir dali, mas o garoto agarrou novamente meu braço e me jogou na cama.

– Fica quieta, garota. Você acha que é um homem? Acha que é mais forte que eu? – Ele balançou a cabeça. – Você não tem como fugir.

Ok. Eu estava apavorada. Desde quando Hector, o capitão idiota do time da escola era tão... ameaçador?

Eu não tinha tempo para pensar nisso enquanto o via arrancar e rasgar minha blusa. A saia do uniforme também não ajudava em nada. Senti sua mão deslizar em meu colo e na parte dos seios que o sutiã não cobria. Sua outra mão avançava com lentidão na minha coxa esquerda. Eu tremia, minha respiração estava entrecortada e as lágrimas se empoçavam em meus olhos.

Eu ainda oferecia alguma resistência. Puxava a perna e cobria o corpo com os braços, mas ele era infinitamente mais forte e logo desarmava minhas fracas defesas.

Será que Yuri não tinha visto ou ouvido nada? Ninguém?

Meu sutiã foi logo arrancado também. Tentei cobrir os seios com os braços, mas Hector segurou-os contra a cama.

Eu não tinha como fugir – isso era óbvio. E o que aconteceria depois também era.

Quando senti sua boca tocar minha pele – logo abaixo do pescoço – não consegui conter as lágrimas, que rolaram pelo meu rosto.

Meus soluços já eram audíveis, mas ele não parecia nem ao menos perceber; continuou o que fazia até que a porta do quarto foi aberta com um estrondo.


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Notas finais do capítulo

Aeeeeee, gurias sexy que leem essa história!
O que acharam desse fim? Mudou um pouco o foco do ódio de vocês?
Bom, eu preciso avisar uma coisa importante. Aqui acaba a primeira parte da fic. CAAAAAAAALMA, eu não vou acabar com ela nem nada, relaxem. É só um pedaço da fic, a Parte I, narrada pela Victoria. A partir do próximo capítulo começamos a parte II, okay? É só para avisar.
Ah, e outra coisa MUITO importante:
Vocês gostam de one-shots? Espero que sim > <
É que eu comecei a postar uma fic nova. Na verdade, é um grupinho de one-shots que saem da cabecinha dessa doida aqui. One-shots yuri, românticas etc.
Até agora eu só postei duas, mas se vocês pudessem dar uma passadinha lá pra dar uma forcinha e tal, seria bem legal.
Ah, e talvez possa ter o orange que algumas de vocês querem aqui! xD
O link: http://fanfiction.com.br/historia/267501/Claroes_Criativos
E meus parabéns se você leu até aqui, você é muito legal e merece um abraço.
Ah, claro. E pra finalizar essas notas finais quilométricas (mas não tanto quanto as de um cap aí atrás), quem comentou no cap 19.
> s2 Bruna (acho que já dá pra saber quem é essa né? kkk)
> BeehMonsen
> queelDuck
> debicullen
> Volta Maria (antiga LeahAddams)
> mistermy (já comentei que amo seus reviews?)
> mande12
> Alice Ferrocosta
> Samyni
e... SÓ!
É isso.
Amo vocês, gurias sexy. Au revoir!



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