Lances da Vida escrita por CaahOShea


Capítulo 2
Capítulo 1 : Vidas Opostas


Notas iniciais do capítulo

Olá flores, tudo bem?
Ai fiquei imesamente feliz com os reviews de vocês, de verdade! Vocês são minha inspiração flores! E como prometido, aqui está o primeiro capitulo fresquinho de Lances da Vida! Vivaaa!
Queria agradecer de coração a Lih,Rafah_Sampaio,lili-alice,Bryda18,luizamartins e Sandy Beatriiz pelos reviews! Muito obrigada lindas, e espero que continuem acompanhando a fic!
Bom, esse capitulo mostrará um pouco de vida da Bella e do Edward. ;D
Há, aviso, essa fanfic também foi postada no Twiligth Brasil Fanfics por mim, okay? Estou avisando pra evitar mal entendido né flores linda do meu jardim. ^^
Sem mais, bo leitura, espero que gostem, e comentem, sem comentários, sem post ein. ;D



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# Nova Iorque, Mansão dos Cullen #.

POV. Edward Cullen:

Eu saí do banheiro com a toalha em torno da cintura. Nada melhor do que um banho para revigorar a mente e o corpo. Minha cabeça latejava por causa das cinco doses de uísque que eu havia tomado na boate Fire ontem. E para completar, meu lábio inferior estava inchado e dolorido por causa da briga com o idiota do Tyler. Briga que me fez passar quase 10 horas preso na Delegacia por mau comportamento e desacato a autoridade.

Travei o maxilar quando vi meu pai sentado em minha cama, segurando o The New York Times*, o qual provavelmente eu estava na primeira capa. Ótimo, tudo que eu NÃO precisava no momento era de um sermão de Carlisle de como eu era irresponsável e manchava a carreira politica dele com o meu comportamento ‘’ rebelde’’.

– Obrigado por pagar minha fiança ontem. – Falei enquanto vestia minha camiseta e uma calça de moletom – Prometo que pagarei centavo por centavo do que gastou.

– Edward, aquele advogado custou 450 dólares a hora, acha mesmo que pode me pagar? Eu tive que cancelar uma reunião importante para tirar você daquela Delegacia! – Ele disse exasperado. – Sua foto está espalhada em todos os principais jornais da cidade, tem noção do que isso causou? Tem noção no que isso pode abalar minha reeleição daqui alguns meses? O Senador que não consegue ser responsável nem pelo próprio filho!

– Claro, agora eu entendo. Tudo se trata da sua carreira não é? Por você eu mofaria atrás daquelas grades! – Acusei cerrando os olhos. Estava claro que nada mais importava o meu pai além de sua carreira, e manter uma imagem de vida e família perfeita diante da mídia e das pessoas que votavam nele. – Afinal, eu não um dos seus queridinhos não é? Eu não sou Emmett nem Alice!

– Edward, pra que todo esse teatro? Diga-me! Eu dou tudo que você, seus irmãos e sua mãe precisam! Dou casa, as melhores roupas, as melhores escolas, o que mais você quer?!

– EU. NÃO. PRECISO. DO SEU. DINHEIRO! – Falei devagar tentando controlar meu timbre de voz, afinal, todos deveriam estar dormindo, eram apenas 07h00min, não queria acordar ninguém - Será que você é tão cego assim? Não consegue ver que todos nós somos completamente infelizes nessa casa? Tudo por causa da sua obsessão absurda por poder! Mas eu tenho uma novidade pra você Senador Cullen, a nossa família não é perfeita, nunca foi!

Sai do quarto batendo a porta com força antes mesmo que ele respondesse. Eu podia ouvir os gritos de Carlisle me chamando, mas eu não me importei em olhar para trás. Respirei fundo fechando os olhos. Só então percebi que meus punhos estavam cerrados fortemente.

O dinheiro havia acabado com a felicidade da nossa família. Desde que meu pai entrara pra politica, se tornara um homem frio que só pensavam em alcançar o poder e que poderia comprar as pessoas com seu dinheiro. Aquele era só mais um dia de rotina, acreditem.

Desci as escadas de mármore e me deparei com Alice sentada no sofá, encolhida feito uma bola, e mesmo da escada eu podia ouvir seus pequenos soluços.

– Lice, o que foi? – Perguntei preocupado se sentando ao lado dela. Alice era a mais animada e extrovertida da família, pra ela, não existia tempo ruim. A coisa mais rara do mundo era vê-la triste pela casa, portanto, algo muito sério deve ter acontecido pra ela estar desse jeito. - Eu ouvi os gritos de vocês... – Ela disse baixinho. – Estou me sentindo culpada. Ele não deveria ter brigado com você! Você só tentou me defender... E você, você foi preso, passou horas na cadeia!

– Alice, você não teve culpa de nada. – Assegurei sorrindo. – Já estou acostumado em ser a ‘’ Ovelha Negra’’ da família Cullen.

Ela riu baixinho, mas sua expressão se tornou uma expressão de dor e desgosto.

– Eu não sei o que teria acontecido se você não tivesse aparecido lá àquela hora. -Ela murmurou baixinho. Ninguém sabia, mas eu havia sido preso por agredir Tyler por que ele tentara agarrar Alice a força e sabe lá Deus o que ele faria se eu não tivesse aparecido. Alice ainda tinha algumas marcas roxas no braço e mordidas no pescoço feitas pelo idiota do Tyler, só de pensar me dá vontade de quebrar de novo a cara dele pra ele nunca mais encontrar na minha irmã!

– Sabe de uma coisa, eu não me arrependo de nada. Devia ter quebrado o nariz daquele cretino! Sorte dele que Emmett não estava lá!

– Então, esse vai ser um segredo nosso, ok? Não quero que ninguém saiba o que aconteceu, se isso parar no ouvido de algum repórter ou paparazzi, papai vai querer trucidá-lo. – Ela pediu e eu apenas assenti – Agora vem, vamos cuidar dos seus machucados.

Revirei os olhos ao ver um jornal jogado em cima da mesa de centro, onde tinha um foto minha na primeira capa como noticia principal: ‘’ Filho do Senador Cullen preso após briga na boate Fire, em Nova York. ‘’.

Eu sabia que aquela noticia não ficaria muito tempo em circulação. Com certeza meu pai daria um jeito de subornar as redatoras pra que ela saísse de circulação antes que causasse mais prejuízo pra sua campanha de reeleição no Senado.

E aquele era mais um dia da minha realidade ‘’ perfeita’’ em Nova York. Depois que Alice foi para o colégio, eu peguei meu Volvo prateado e sai pelos grandes portões da Mansão Cullen. Eu precisava respirar. Eu tinha que fazer alguma coisa, ou acabaria enlouquecendo naquela casa.

POV. Bella Swan:

Eu nunca acreditei em contos de fadas. Nunca acreditei em contos de fadas em que os mocinhos vencem sempre os vilões, e vivem felizes para sempre. Ou talvez a minha vida devesse se resumir ao um conto de fadas ao avesso, quem sabe.

Desde que deixei a casa dos meus pais, em Forks - uma pequena cidadezinha chuvosa de Washington, no Condado de Clallam, com uma população de cerca de 3240 habitantes – e me mudei pra Nova Iorque, aprendi o quanto a vida pode ser dura e desafiadora.

Cada dia, um novo desafio a enfrentar. Como um grande labirinto infinito, poucos vencem tais desafios, mas eu não iria desistir. Otimismo demais? Talvez. Mas, meus pais haviam me ensinado que devemos sempre seguir em frente de cabeça erguida, pois ‘’ por mais difícil que seja o caminho e por mais escura que seja à noite, um novo dia sempre surge para que possamos seguir em frente’’.

Suspirei, subindo as escadas em direção ao segundo andar às presas, apertando meus livros em meus braços, pra que eles não caíssem. Todos me olhavam como seu eu fosse uma louca correndo pelos corredores. Olhei pela milésima vez para meu relógio de pulso. 07h25min. Eu estava 20 minutos atrasada.

O transito lá fora estava caótico devido à neve que tomava conta dos carros, casas e calçadas, e dificultava o acesso dos ônibus as principais avenidas, o que resultou no meu atraso. Sim, Nova Iorque havia sido surpreendida aquela manhã por uma nevasca fora de época.

Apesar de estar extremamente atrasada, eu poderia ser chamada de sortuda naquele momento. Eu fazia parte dos cinquenta alunos que conseguiram uma bolsa integral no Golden Eage College, um dos melhores colégios de elite de Nova Iorque, que prepara os alunos para entrarem nas melhores Universidades do país. Entre elas, estava a Universidade de Cornell, onde eu sonhava me formar em Medicina, e me tornar uma pediatra. Se eu conseguisse passar no vestibular para Cornell, minha vaga como médica residente no Hospital New York Presbyterian estava praticamente garantida.

Mas infelizmente, aquele sonho parecia estar cada vez mais distante. Eu trabalhava quase 12 horas por dia como garçonete no conceituado Buffet Denalli, mal parava em casa, quando não estava trabalhando, estava estudando, e nos finais de semana eu cuidava da Jessy, uma garotinha de três anos que era filha da vizinha que era enfermeira plantonista no Hospital Mount Sinai. Minha rotina não é nenhum pouco monótona, pelo contrário, tenho que me desdobrar para me sustentar sozinha nessa grande cidade onde impera o capitalismo.

Respirei fundo, antes de bater na porta da sala 31A. Aquela era minha sala. Aquela altura a senhora Morales já devia ter iniciado aula. A maçaneta da porta foi girada e eu finalmente entrei na sala sentindo os olhares queimarem em minhas costas.

– Perdoe-me pelo atraso senhora Morales. O transito estava caótico. – Murmurei baixinho.

– Sente-se senhorita Swan. Eu já havia começado a minha aula – A senhora Molares murmurou me encarando através dos óculos. – Talvez devesse sair um pouco mais cedo da próxima vez, sim?

Apenas assenti sentando-me na última carteira vaga. A senhora Morales me encarava novamente com a expressão azeda e carrancuda de sempre. E ela não era a única. Todos me olhavam de esguelha e murmurinhos tomaram conta da Sala. E eu tinha certeza que eu era o assunto em questão.

Através de cada olhar eu podia notar o asco e o ódio que cada um deles nutria por mim. Era como se eu fosse portadora de uma doença altamente contagiosa que devesse permanecer afastada de todos ali. No fundo, eu sabia que toda aquela hostilidade não passava de uma questão socioeconômica.

Eu estava fora do padrão com as minhas roupas modestas e surradas, assim como meus tênis all star desbotado e meus cabelos com longos cachos castanhos que caiam nos ombros. Nada de roupas de grife, sapatos caros, carros importados, festas regadas a muito luxo e glamour e eu não sou filha de alguém importante, como a maioria dos alunos aqui.

As aulas se arrastaram devagar e finalmente os murmúrios cessaram me permitindo prestar melhor atenção na aula. A hora do intervalo chegou e todos se dirigiram ao amplo refeitório que tinha uma bela vista para o jardim do Campus, coberto por flocos de neve. Mais uma vez eu comeria sozinha num canto do refeitório.

Peguei minha bandeja com apenas uma maça suculenta e uma caixinha de leite desnatado e andava a passos largos até uma mesa no fundo no refeitório quando uma voz me fez levantar o rosto e encarar o grupo a minha frente.

– Olha quem está aqui, a garçonetezinha do Bronks. – Falou Mike Newton. Mike e o seu grupinho de filhinhos de papai, sempre zombavam de mim pelos corredores da escola. Eles uma vez até mesmo chegaram a dizer por ai que eu havia ido pra cama com o diretor do colégio, Aidan Collins, pra conseguir a minha bolsa, já que eu era a única garota que havia conseguido passar na prova. O que era uma tremenda mentira, eu nunca faria isso e sentia repulsa só de pensar no assunto.

Eu respirei fundo, ignorando-os e tentando seguir em frente, mas Riley, outro garoto do grupinho de Newton entrou na minha frente.

– Riley, me dá licença, por favor. – Pedi encarando-o. Eu não iria abaixar a cabeça pra eles, não mesmo.

– Pra que a pressa Swan? - Ele respondeu debochado e pegou a maçã da minha bandeja mordendo-a. Eu não tinha percebido, mas eu estava cercada por eles que faziam um circulo ao redor de mim. – Só estamos nos divertindo.

– É Swan, não precisa ficar com essa cara de espanto. Sabe, só queremos te dar as boas vindas ao Golden Eage College a maneira que você merece. – Mike disse. Eu cerrei os olhos, eu realmente estava ficando assuntada, me dar às boas vindas?! Tentei me esquivar deles, mas eu estava cercada no meio do refeitório, não tinha pra onde correr.

Meus olhos acompanharam as mãos de Mike, que foram até a minha bandeja e pegaram a caixinha de leite, abrindo-a. Eu podia ouvir murmurinhos e risinhos no refeitório, todos me encaravam. Pude sentir o cheiro forte exalando da caixinha, o leite provavelmente estava estragado.

– Gosta de leite Swan? Sabe, ouvi dizer que leite é muito bom. – Ele disse dando um passo e frente em minha direção. Assuntada eu dei uma passo, recuando e acabei caindo sentada em uma cadeira do refeitório. Então antes mesmo que eu pudesse processar a situação, ele havia despejado todo leite azedo sobre a minha cabeça.

– Seja bem vinda Swan. – Mike disse as gargalhadas saindo do refeitório com seu grupo. E eu fiquei ali petrificada, sem saber o que fazer, enquanto o leite azedo escorria pelos meus cabelos e manchava a minha roupa. Grossas lágrimas escorriam pelo meu rosto até meus lábios. Todos á minha volta riam de mim.

Por quê? Por que eles faziam aquilo comigo? O que eu fiz de errado? Por quê? Era a única coisa que eu conseguia pensar. Eu nunca fui tão humilhada em toda minha vida.

Uma garota pequena, de cabelos acobreados espetados em todas as direções e intensos olhos cor de mel entrou em meu campo de visão. Ao contrário da maioria ali ela não ria de mim, me encarava com uma expressão de carinho. Ela parecia uma fada. Uma pequena fada.

– QUAL É O PROBLEMA DE VOCÊS, HÃ? EU NÃO VEJO GRAÇA NENHUMA NISSO, PELO CONTRÁRIO! GOSTARIAM QUE ALGUÉM FIZESSE ISSO COM VOCÊS? – Gritou a pequena mulher, encarando todos no refeitório. As risadas cessaram imediatamente e todos voltaram suas atenções para suas comidas. Minha boca se abriu em formato de O. Ela estava me defendendo?!

– Vem, eu vou te ajudar a limpar toda essa sujeira. – Ela disse virando-se em minha direção com um sorriso encantador de dentes perfeitos e brancos. Ela entendeu a mão pra mim e eu pisquei várias vezes, atônita.

– O-o-bri-ga-da – Respondi gaguejando, segurei sua mão, aceitando sua ajuda. Eu estava cheirando a leite azedo, não poderia ficar daquele jeito, tinha que tomar um belo.

– Ah, me desculpa, eu nem me apresentei. – Ela disse aos risinhos enquanto caminhávamos até o banheiro feminino – Eu sou Alice.

– Prazer – Respondi dando um sorriso muxoxo – Isabella. Mas pode me chamar de Bella.

– Olha Bella, eu quero deixar bem claro que eu sou totalmente contra o que aqueles idiotas fazem você. Eles são ridículos. – Ela disse do nada. – Tenho certeza que você não merece toda essa humilhação. Sou totalmente contra qualquer tipo de preconceito.

– Eu sei Alice, muito obrigada mesmo, de verdade. Ninguém nunca me defendeu daquele jeito.

– De nada. – Disse Alice sorrindo, agora, ela estava praticamente saltitando. – Agora vamos você está cheirando leite azedo, e você não quer ficar com esse cheiro no seu lindo cabelo não é? Vamos dar um jeito nisso, você vai ficar novinha em folha, pode acreditar!

Eu ri do jeito de Alice. Era incrível como parecia que não havia tempo ruim pra ela. Rumamos até o meu armário onde por sorte eu guardava algumas roupas limpas, para imprevistos. Tomei banho no vestiário da quadra de esportes. Esfreguei-me com força até tirar aquele cheiro horrível de leite estragado. Felizmente, em pouco tempo eu estava limpa.

Meu estômago protestou, roncando, afinal, eu não havia me alimentava há bastante tempo. Alice me olhou de divertida quando eu corei, envergonhada.

–Gosta de Donuts, Bella? Soube que na cantina vendem uns deliciosos. Que tal darmos uma passadinha lá? – Alice disse empolgada. Sorri involuntariamente. Eu estava realmente faminta, e adorava Donuts.

– Eu não sei Alice...

– Ora vamos Bella, é só um lanche. Você é minha convidada e não aceito um não como resposta.

– Tudo bem Alice, você venceu. Vamos lá. – Eu disse sorrindo. Eu tinha uma leve impressão que eu e Alice nos daríamos muito bem dali pra frente.


# Horas Depois...#

[...]

POV. Edward Cullen:

Truddy servia o jantar com esmero. Ela trabalhava na Mansão desde que eu era apenas um bebezinho. Ela era muito querida por todos nós, era como uma segunda mãe para eu, Emmett e Alice.

Alice e Emmett estavam com um sorriso estampado no rosto e conversam animadamente com a nossa mãe, Esme. Eles tentavam me incluir na conversa, mas eu estava disperso demais para prestar atenção em qualquer coisa.

– E então querido, como foi seu dia? – Esme perguntou sorrindo. Esme é arquiteta e paisagista e trabalha até as 19h00min. Apesar de nossa família estar completamente desestruturada, minha mãe tentava tornar as coisas mais amenas, mais confortáveis. Ela era uma boa mãe, com certeza, se preocupava conosco, e tentava ser o mais presente possível em nossa vida. Mas por atrás do seu sorriso, eu sabia que ela também era infeliz.

– Foi normal mãe. – Respondi remexendo em meu prato, que estava quase intocado. O que eu iria dizer? Que eu estava com uma baita ressaca, que havia discutido com Carlisle e faltado na Universidade? Obvio que não.

Naquele momento agradeci mentalmente por Carlisle ter permanecido em silencio enquanto degustava a sua lagosta ao molho de ervas.

– O meu foi fantástico – Alice disse animada - Conheci uma garota muito legal no colégio. Acho que vamos nos tornar grandes amigas.

– Ela é gostosa? – Emmett perguntou aos risinhos e Alice o encarou com um olhar raivoso. Emmett poder ter dois metros de puro musculo e força, mas às vezes agia como uma criança.

– Emmett, olha os modos! Não deve usar tais palavras com uma dama! – Mamãe o repreendeu fazendo-o rolar os olhos.

– Eu fiquei com muita dó dela. Lembra-se de Mike Newton? Ele jogou uma caixa de leite azedo sobre ela e todos riram da situação e a humilharam. Me dá arrepios a forma como eles a odeiam. E tudo por quê? Por que ela é bolsista no Colégio. – Alice disse suspirando. Pobre garota, eu realmente não gostaria de estar na pele dela. Conheço bem aqueles alunos mauricinhos de Golden Eage, com certeza faziam a vida dela um inferno.

– Certas pessoas não se dão conta do seu lugar na Sociedade. Talvez o garoto apenas quisesse mostrar a ela que Golden Eage não seja lugar pra ela. – Carlisle disse fazendo todos na mesa o encarar boquiabertos. – E você filha, esses tipos de amizades não são boas pra você. Essa garota só deve querer sua amizade por estar atrás do nosso dinheiro.

Era inacreditavelmente nojento e hipócrita. Nos seus belos discursos políticos Carlisle pregava a igualdade a todos, o fim do preconceito, mas em casa não passava de um ser sem escrúpulos e preconceituoso.

– Com licença, perdi a fome.– Falei antes de me levantar de mesa. Aquela conversa havia me deixado sem apetite.

– Sente-se Edward. – A voz disse de Carlisle disse autoritária. Ele pousou os talheres sobre a mesa, me encarando. – Isso é uma ordem!

– O que?!

– O jantar ainda não terminou. Estamos em família, portanto, não seja grosseiro e me obedeça!

– Carlisle... – Minha mãe murmurou baixinho.

– Nada disso Esme, você mima demais esse garoto, ele tem que aprender que nos deve obediência!

– Ah, você quer um jantar em família? Muito bem. – Falei sentando-me novamente na mesa, encarando-o – Afinal, somos uma família feliz e unida não é? A perfeita família Cullen.

Antes mesmo que ele pudesse responder, o celular de Carlisle tocou tirando-me dos meus devaneios. Ele pediu licença ao se retirar da mesa para atender ao celular.

Eu sabia que aquele seria um dos dias em que Carlisle sairia falando que ia trabalhar, e só voltaria no meio da madrugada. Minha mãe ficaria no sofá, esperando-o até que fosse vencida pelo sono, e eu ou Emmett a levasse para o quarto. E mais uma vez eu estava certo.

– Sinto muito, surgiu um imprevisto lá no partido, vou ter que ir até lá. – Carlisle disse passando as mãos pelos cabelos. Era obvio que ele estava mentindo. Com certeza ele se encontraria com uma de suas amantes. Eu tinha quase certeza que a minha mãe sabia que era traída e ainda aguentava tudo calada. Aquilo realmente não entrava em minha cabeça. – Devo voltar tarde, não me esperem.

– Cuidado com os paparazzi pai.– Falei sarcástico enquanto me retirava da mesa- Vou para o meu quarto.

Subi para meu quarto. Ele havia sido decorado pela minha mãe Esme. A cama havia sido forrada por um lençol de seda preto, e atrás havia um grande quadro de uma Ferrari prateada. Respirei fundo ao ver um impecável smoking Armani sobre a cama. Com certeza aquela roupa era pra eu usar na festa de amanhã à noite, uma espécie de coquetel onde as famílias mais influentes de Nova Iorque se encontrariam. Para mim era mais uma festa sem graça regada a champanhe e conversas tediosas.

Guardei o smoking no meu closet e notei que não passava das 21h30min. Olhai para o antigo piano de cauda que repousava no canto do quarto, iluminado pela luz prateada da lua, que entrava pela janela. Há muito tempo eu não o tocava, e tocar era uma das coisas que me faziam sentir bem. Meus dedos dedilhavam sobre o teclado e uma melodia suave começou a ecoar:

No meu tempo eu derreti em muitas formas

In my time I've melted into many forms

Desde o dia em que eu nasci, eu sei que não há lugar pra se esconder

From the day that I was born, I know that there's no place to hide

Preso entre sombra ardente e a claridade.

Stuck between the burning shade and the fading light

Eu estava quebrado, por um longo tempo, mas está terminado agora.

I was broken, for a long time, but it’s over now

Assim você andar por essas ruas solitárias que as pessoas mandam, as pessoas mandam

Well you walk these lonely streets that people send, People send.

Há algumas feridas que não posso consertar

There are some wounds that just can't mend …

(I Was BrokenRobert Pattinson)


POV. Bella Swan:

Joguei-me no pequeno sofá de couro alaranjado. Eu estava completamente exausta. Meus pés doíam e latejavam, afinal, eu passei horas de pé trabalhando, servindo champanhe aos convidados de uma festa da Mansão dos Black.

Tirei meus sapatos de salto alto, que faziam parte da minha roupa de trabalho e rumei até a pequena cozinha pra colocar agua para ferver. Eu não precisava andar muito, já que morava num pequeno apartamento de três minúsculos cômodos no Brooklyn. Meus pés estavam cheios de bolhas, agua quente com sal ajudaria a tornar a dor mais suportável, ou eu não aguentaria trabalhar na Segunda. Depois de colocar a agua quente com sal num recipiente, deixei meus pés afundarem na agua.

Pouco tempo depois, abri os botões do meu uniforme, colocando-o na máquina de lavar. Amanhã ele teria de estar limpinho e passado novamente, mas antes, tirei os 60 dólares que eu havia ganhado hoje de comissão. Graças a Deus amanhã eu pagaria o senhor Thurman, dono do Armazém, que me vendia mercadorias fiadas. Se não fosse eu realmente passaria fome. Estremeci com o pensamento.

Um toque estrondoso me tirou os meus devaneios. Era meu celular. Abri o fliper onde piscava o nome ‘’ Erick’’ na dela. Erick era o namorado de Ângela, ela trabalhava comigo no Buffet e era única amiga que eu tenho desde que cheguei à Nova Iorque. Franzi o cenho, afinal, por que eles me ligariam à uma hora dessas?

– Alo?

– Oi Bella, tudo bem? Aqui é o Erick. – Ele respondeu e eu podia ouvir vozes ecoando do outro lado da linha. – Bella, precisamos da sua ajuda.

– O que foi aconteceu alguma coisa Erick? Cadê a Angie?

– Estamos no Hospital Mount Sinai. A Ângela foi atropelada por uma moto. Ela está bem, o médico garantiu que não foi nada grave, mas ela teve uma fratura no pé, vai ter que ficar engessado.

– Céus! Ainda bem que não aconteceu nada mais grave! Estou indo ai encontrar vocês! - Não Bella, não precisa. Angie está dormindo. Só que temos um probleminha. Irina ligou atrás dela e Ângela não poderá trabalhar na festa dos Cullen amanhã.

– Não me diga que...

– Sim Bells, você é a única disponível. – Ele disse suspirando. – Irina quase teve um ataque. Ela vai demitir Ângela se não encontramos alguém pra substituí-la.

Respirei fundo encostando minha cabeça no sofá.

– Bells?

– Tudo bem, eu substituo a Ângela amanhã. Eu vou trabalhar na festa do Cullen, a que horas tenho que estar lá?

Continua...





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Notas finais do capítulo

E ai flores, gostaram? Bom, espero que sim!
Antes de qualquer coisa, eu gostaria de explicar algumas coisas sobre o capitulo. hehe. Talvez algumas de vocês tenham achado o Edward um pouco revoltado, kkk, mas gente, pensem bem, ele está passando uma barra viu, como vocês percebemram apesar de nascer em berço de ouro a vida familiar dele está um caos, o relacinamento com o pai então nem se fala. Mas no próximo capítulo ele vai conhecer alguém muito especial que vai ajudá-lo, sim, é a Bella. hehe.
Segunda explicação, quem assistiu o filme Lembranças? Bom pra quem assistiu eu baseei a parte da briga do Carlisle e do Edward de um cena desse filme, então, não, não foi conhecidencia. kkkk
E gente, tadinha da Bella né? Que barra, ainda bem que a fadinha Alice ajudou ela! E vocês perceberam que a Alice não falou o sobrenome? Sim, a Bella não sabe que ela é uma Cullen. =O
Bom gente, por hoje é só. kkk. O próximo capitulo será a festa da Mansão Cullen, e deve sair só na semana que vem, vou fazer o possivel pra não demorar okay? Mas vai depender de vocês também minhas linda, quanto mais reviews mais rápidos os posts!
Um beijão e até o próximoooo!