Eu acordei com um meio sorriso no rosto, sim eu estava feliz, estava radiante por estar do lado da pessoa mais importante da minha vida, o Douglas, virei pro outro lado reparando que ele estava dormindo de boca aberta e rocando baixinho. Dei um beijo no pescoço dele e ele riu encolhendo os ombros, e abriu os olhos verdes profundos que brilhavam intensamente. Eu sempre o acordo desse jeito, é a parte mais sensível do seu corpo.

- Ah mãe! – ele reclamou se despreguiçando e com um sorriso lindo e preguiçoso naquele rostinho lindo.

- Está na hora de ir pra escola – eu falei tirando a coberta do corpo dele – Então chega de preguiça, pois ontem chegou atrasado ao colégio por causa disso – eu o peguei no colo o levando ao banheiro.

- Hã… Mãe… - ele falou sem jeito enquanto o sentava na cadeira de banho dele, logo após tirar o pijama dele.

- Sim filho?

- Eu… Eunãoqueroiraocolégiohoje – ele falou tudo embolado.

- Espera aí, fala devagar que assim eu não estou entendendo nada – eu falei ligando o chuveiro no quente mais dando todos os ouvidos a ele.

- Eu não quero ir ao colégio hoje – ele falou mais calmo, mas o seu rostinho ficou vermelhinho de vergonha.

- Por que filho? – eu me agachei ignorando a água que me molhava – Está desde semana passada pedindo pra não ir ao colégio, aconteceu alguma coisa?

- Nada, eu só quero ficar mais tempo com você – ele falou olhando pra uma parte qualquer do banheiro menos pra mim.

- Está bem, mas só hoje – ele abriu um sorriso de orelha a orelha – Só que vai ter que ficar na sua vó, já que a mamãe vai ter que ir trabalhar – ele concordou com a cabeça, eu dei banho nele e logo estava na rua indo até a casa da minha mãe que ficava perto do meu apartamento, chegando lá eu toquei o interfone.

- Oi quem fala? – ouvi a voz da minha mãe que parecia estar muito sorridente coisa que não era de costume.

- Oi mãe, sou eu – falei sorridente.

- E eu também! – o Douglas gritou em meio a uma gargalhada gostosa, ele estava um pouco distante, pois a entrada da casa da minha mãe é uns seis degraus até a porta.

- Ah oi filha – ela aparentou se sentir desconfortada com algo e depois de uma pausa – Já vou atender – ela desligou, fui até o Douglas desatei o cinto e o peguei no colo – Pensei que o levaria pra escola – ela falou descendo os degraus e eu subindo com o Douglas, minha mãe pegaria a cadeira de rodas como de costume.

- Ele não quis ir ao colégio hoje mãe, ele estava pedindo há um tempo já, achei maldade não deixa-lo fazer isso pelo menos um dia – falei percebendo que minha mãe vinha logo atrás e parei vendo que tinha visita – Ah oi, perdão eu não sabia que tinha visita – uma mulher bonita sorria forçado pra mim.

- Sem problemas!

- Olhe filha vamos a cozinha deixe o Douglas aí no sofá sentadinho – eu o coloquei no sofá e ele já ficou puxando assunto com a mulher.

- Fale mãe – eu falei assim que entrei na cozinha.

- Ouça, eu te apoiei muito quando você ficou grávida e o pai não queria nem olhar tua cara – eu concordei querendo disfarçar que aquilo me doía ainda – Te dei um apartamento, te ajudo até hoje e gosto muito do Douglas mesmo, mas… – eu vi que não seria nada bom o que ela me diria – Mas agora a luta é sua, não posso para minha vida por causa de um erro seu… - eu olhei pro lado e concordei, mesmo que aquilo me assustou de começo e doeu lá no fundo, ela é minha mãe, nunca esperei que do nada ela diria isso pra mim.

- Sim, entendi… - eu rir de nervoso – Sim, entendo é melhor eu ir – ela me olhou meio que arrependida do que disse.

- Filha perdão…

- Eu entendo mãe, o que você falou veio do seu coração – a interrompi – Melhor eu ir mesmo já tenho que trabalhar. Ah, eu levo o Douglas comigo – eu fui pra sala peguei o Douglas no colo.

- Filha, o deixe aqui hoje – ela falou ainda com mesma expressão de arrependimento.

- Não mãe, eu o levo pro trabalho hoje, ele sempre quis conhecer onde eu trabalho mesmo – eu olhei pra ele que já ficou com um sorriso de orelha a orelha – Não é filho?

- É mesmo, lá vai muita gente conhecida! – ele gritou alegre.

- Nossa pra um menino de seis anos é bem esperto – mulher falou com um sorriso sincero agora.

- É mesmo – eu sorrir de orgulho pelo meu filho – Mãe poderia me ajudar com a cadeira, pedindo, por favor – ela pegou e formos pra entrada.

- Sabe que não precisava disso – ela falou enquanto eu colocava o Douglas na cadeira, enquanto ele tagarelava o quanto seria legal o seu dia no meu trabalho.

- Mãe já disse não tem problemas, tenho que ir agora, beijos – dei um beijo na bochecha dela e fui esperar um táxi num ponto a poucos metros dali. Com ajuda do taxista eu e o Douglas chegamos ao meu local de trabalho. Que é uma revista teen bem conhecida e fui conversar com a minha chefa de departamento.

- Olha, eu tive uns imprevistos e tive que traze-lo comigo, prometo que ele vai ficar quietinho junto a mim – eu falei pra ela tentando um efeito parecido do gatos de botas com a ajuda do Douglas que fez uma carinha fofo ao meu lado, que só faltava uma “argolinha” de anjo pra completar a cara de santo.

- Deixo, mas só hoje, olhei lá hein – eu dei um abraço nela e ela soltou uma risada – Só por causa do sorriso lindo desse bonitão aqui em – ela se agachou dando um beijo no Douglas que ficou todo bobo.

- Não elogia muito não, pois ele já fica todo bobo – eu avisei divertida.

- É mesmo Douglas?

- Sim – ele concordou rindo e ela fez cócegas nele o fazendo dar risadas altas.

- Melhor eu indo trabalhar logo – eu falei logo após a sessão cócegas.

- Até depois Douglas – demos tchau e formos até a sala de entrevista, hoje seria a One Direction a ser entrevistado e bem, eu sou mais como editora da revista, mas mesma assim eu participo da entrevista nos bastidores pra eu ter uma escrita mais na realidade.

Estava eu e os rapazes dentro da van indo pra revista Pop Teen da uma entrevista sobre nossas vidas e tirar fotos pra capa, estava uma bagunça, na verdade o Louis ficava gritando e orquestrando a zona, mas eu estava no canto da van, pensando um pouco na vida, não que eu tivesse triste ou entediado da minha vida. Só estava naquele momento de querer ficar quieto no meu canto sem ter ninguém me perturbando.

Descemos da van e logo eu tive que dar meu melhor sorriso pras fãs que nos esperavam na porta da revista, não que estava sendo falso, meu sorriso era o mais sincero possível, eu ficava muito feliz pela forma que elas mostram se importar com a gente. Dei autógrafos, conversei (leia-se: tentei conversar, muita gente falando e gritando no mesmo tempo) e tirei fotos assim como o resto da banda e entramos no prédio da revista sem muita dificuldade. Lá já estava um pessoal pra nos auxiliar até onde teria a entrevista e formos logo levados junto com uma penca de seguranças e um monte de pessoal filmando e tirando fotos da gente.

- Tomará que não façam perguntas constrangedoras – o Zayn disse mais pra ele do que pra mim, coitado, quem mandou ser tímido e está em uma boyband de sucesso.

Chegamos a uma sala com trinta pessoas organizando, conversando e rindo que logo se alertaram em nos darem auxilio, ajeitar microfones, câmera, gravador e etc. Tá bom eu falei que era revista, mas a revista tem um site onde coloca bastidores das entrevistas, então tinha que tá o áudio e tudo certinho pra não ter erro na hora. Niall já olhou pra uma mesa farta como se estivesse no meio de um deserto e avistasse água, Liam soltou uma piadinha pra ele, que logo Louis adotou isso fazendo piadas e fazendo a maioria do pessoal próximo da gente soltar umas boas risadas.

- Olá – uma mulher com penteados da moda, que na verdade eu acho bem esquisito, não leve a mal mais tem gente que parece entender tanto de moda que chega até andar que nem palhaço na rua.

- Olá – falamos em conjunto.

- Como estão?

- Eu estou ótimo – Niall respondeu com um sorriso Colgate, tá na cara que ficou interessado.

- Eu estou na boa hoje – Louis respondeu e Zayn concordou.

- Estou bem – eu e o Liam respondemos juntos e acabamos caindo na risada que nem retardados, o pessoal deve tá pensando que temos problema na cabeça.

A entrevista rolou normalmente, se alguém (Louis) cair da cadeira de tanto rir e o Zayn que tentou segura-lo cair junto ser normal, então digamos que correu normalmente mesmo.

Levantamo-nos pra ir ao estúdio de fotos e ouvi uma voz berrando nossos nomes no meio do pessoal da revista, era voz de uma criança, olhei na direção vendo que era um garotinho de cabelos castanhos claros e na cadeira de rodas todo sorridente, então decidi ir até ele levar um papo rápido, percebi que o resto teve a mesma decisão já que Niall e Liam já foram correndo até ele.