Escolha-me escrita por IaraEulb


Capítulo 10
Kaoru


Notas iniciais do capítulo

CUIDADO: LIME.
Até que para uma primeira vez, escrevi bem o lime ♥ Não vejo os gêmeos com tanto desespero e experiência para pularem para um sexo mais selvagem ou algo do tipo. No próximo cap tem mais ♥



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—Kaoru... Isso é muito...

—Egoísta, talvez? Parece ciúmes quando coloco dessa forma, não é? Desculpe... – Kaoru foi para um cantinho depressivo, agora arrependido do que disse de maneira tão simples. Toda a determinação que estava sentindo, reduziu pela metade quando Hikaru abriu a boca para tentar falar. Ainda estava tão inseguro!

—N-Não! Está... tudo bem. Vou comer esse bento sim. Muito obrigado... – Hikaru sorriu lindamente, com um leve rubor nas bochechas.

 Kaoru olhou para trás para seu irmão, de seu cantinho depressivo. Corou muito, mas voltou para o lado de Hikaru, esperando a aprovação do irmão.

—Nossa, está bom! – Hikaru diz alegremente, pegando mais e mais e enfiando na boca de modo exasperado.

—C-Coma devagar, Hikaru! Vai se entalar! – Kaoru se abaixa para tentar afastar o bento de seu irmão, mas recebeu um salmão na boca. – Hmph! Hikaru!

—Hahaha! Você deveria experimentar sua própria comida. Ficou ótimo! Quantas vezes treinou para fazer uma comida assim?

—Na verdade... essa é a segunda vez que monto um bento. Admito que houveram mais tentativas de cozinhar os ingredientes, mas... – Kaoru parou de falar, observando o irmão. Hikaru comia com gosto. Ficou tão feliz, e sentiu que o item “cozinheira” da lista valeu sim a pena, já que o resultado foi ver Hikaru comendo tão bem.

—Muito obrigado, Kao. Estava muito bom. – Hikaru dá um sorriso com ternura para o irmão.

—De nada... – Kaoru cora um pouco. Quer falar com Hikaru, mas gostaria de privacidade. Cadê a bendita coragem?

 Vendo a expressão um pouco urgente do irmão, Hikaru pensa rápido. Estava com uma certa urgência também. Quer falar para Kaoru sobre o sentimento de “saudade” que o rodeia, quer comentar sobre o que sentiu na viagem. Quer conversar com seu irmão.

—Você... poderia me ajudar a desfazer minha mala? Ela deve estar no quarto.

—Claro! Ajudo sim. – Kaoru suspirou aliviado. Talvez precise treinar um pouco mais sua coragem.

 Subiram as escadas, cada um perdido em seu pensamento. O que dizer, sem que o outro ache estranho? Como falar de algo tão delicado, quando sempre sentiam liberdade de falar ao outro o que sentem sem medo ou insegurança? O medo de se afastarem era maior...

 Chegando ao quarto, Hikaru trancou a porta. Não saberia a reação do irmão, e não gostaria de vê-lo sair correndo dali sem que pudesse impedi-lo. Quer dizer exatamente tudo que está em seu peito, mas é tão difícil...

 Porém, enquanto estava absolto em seus pensamentos, Kaoru começou a falar, de costas para ele. A coragem voltando a acender dentro de si.

—Hikaru, preciso comentar algo com você...

 Claro, Kaoru sempre tomava a frente. Por mais que Hikaru fosse o mais velho e talvez estivesse mais maduro agora, era sempre Kaoru o gêmeo direto: era sim ou não, vai ou volta, fala ou silêncio... não havia rodeios, senão em sua mente rápida e brilhante. Ele fica impressionado em como Kaoru é racional, inteligente e nem um pouco confus-

—Eu... estive um pouco confuso, enquanto você viajava.

 Okay, talvez um pouco confuso. Mas essa é nova. Hikaru encara bem Kaoru, querendo saber o que deixou o irmão assim. Logo ele, que adora tomar decisões sem dores de cabeça.

 -Eu... também estive, Kao.

 Kaoru se virou. O que pode ter deixado Hikaru confuso? Tudo bem, ele viajou com uma namorada e voltou sem uma, mas parece que não era só isso.

—O que te deixou confuso? – Kaoru colocou o irmão como prioridade, como sempre.

—Bem... – Hikaru corou e começou a coçar a cabeça enquanto procurava as palavras certas. Sabia que Kaoru se preocuparia com ele primeiro, e foi um erro ter comentado sua confusão. Era um sentimento muito estranho e acabou jogando em Kaoru tudo o que estava em sua mente, de maneira compreensiva ou não. – Eu... senti um aperto grande no peito ao entrar no avião e partir sem você. Eu sentia saudade, mas sentia uma coisa muito forte também, e estava me sufocando... E quando cheguei na praia, Haruhi só quis saber de estudar, e a saudade de você cresceu mais ainda. Foi quando tentei te ligar... me arrependi de não ter te forçado a ir comigo. Queria você ali mais do que qualquer coisa. Mais do que... qualquer pessoa. – Hikaru pausou, e encarou Kaoru. Acabou ficando um pouco ofegante por soltar as palavras quase sem vírgulas, e com o rosto mais corado por estar admitido aquilo para Kaoru. Mas sentia que precisava falar.

 Kaoru estava vermelho. Hikaru estava com indecisões tão parecidas com a suas nos primeiros dias sozinho. Mas com a lista, conseguiu definir seus sentimentos. Permitiu que Hikaru terminasse de falar, para não atropelar o momento.

—E-Então... – Hikaru continuou. – Haruhi terminou comigo. A questão é que... quando voltamos, ela disse que se tem alguém que eu posso afirmar de verdade que eu amo... essa pessoa é você, Kaoru. E quando comparo o que sinto por ela ao que sinto por você... – Estava difícil falar aquilo para o próprio irmão, mas palavras saíam feito água dos seus lábios, como se fosse muito natural. Passou as mãos nos cabelos negros, envergonhado. – A saudade apertou mais e mais. Eu senti uma necessidade muito grande de te ver e te abraçar. Eu não sei o que é isso Kaoru, mas, nesse exato momento, estou com muita vontade de te abraçar de novo e ficar abraçado por muito temp-

 Hikaru foi interrompido pelo abraço de Kaoru. Forte, como sempre, para esquentarem um ao outro.

—Sinto o mesmo Hikaru. Sinto o mesmo...

 Hikaru soltou a respiração que não sabia que estava prendendo. Abraçou Kaoru de volta, com muita ternura. Estava tão bom... estava completo. Mas sentia que ainda queria demonstrar mais, queria que Kaoru sentisse seus sentimentos. Não sabia como dizer, era péssimo com palavras.

 Mas Kaoru... Ah, Kaoru era o gêmeo direto, como ele mesmo pensou alguns minutos atrás. Era o gêmeo que tomava à frente. Tão à frente, que já sabia como demonstrar seus sentimentos. Foi quando Hikaru sentiu beijos no pescoço, que sentiu seus próprios sentimentos transbordando.

 Kaoru não aguentava mais. Quanto mais Hikaru falava de sua confusão, mais Kaoru queria pular nele e dizer que era recíproco. Mas sabia que amava demais Hikaru, sabia que era junto a ele que queria ficar para sempre. Mas não queria arriscar falar o que Hikaru poderia estar sentido... queria ver se o irmão corresponderia. Sendo assim, falou de seus próprios sentimentos.

—Hikaru...

 O hálito quente de Kaoru no pescoço fez Hikaru arrepiar. Estava com as sensações muito misturadas para falar qualquer coisa. A confusão em sua mente borbulhando cada vez mais. Só conseguia ouvir a voz do gêmeo.

—Quando você se foi... me senti desabar. Senti que uma parte minha havia sumido. Sabia que esse dia chegaria, mas não estava preparado... foi então, que decidi que não quero estar longe de você. – Kaoru se afastou para olhar para o irmão. Estava com receio da reação de Hikaru. – Eu... decidi ser como a Haruhi. Se ela o cativou, então foi pelas qualidades, e as minhas não mais te chamavam atenção. Resolvi ser simpático, gastronômico, valente, inteligente, humilde... ser tudo o que você via nela... para te ter de volta.

—Kaoru... – Hikaru estava de olhos arregalados, mas a única coisa que conseguiu dizer foi o nome do irmão. Ai, essa confusão em sua cabeça estava piorando...

—Por favor, deixe eu terminar. – Kaoru fechou os olhos. Estava sentindo o coração nos ouvidos, as mãos tremerem... – Parece extremamente infantil quando coloco dessa maneira, extremamente dependente, um sentimento egoísta de um irmão para o outro, mas..., por favor, entenda que... eu preciso de você mais do que tudo. Você é, e sempre será meu bem mais precioso Hikaru, porque... – Ele abriu os olhos e olhou diretamente nos olhos de Hikaru, que estava assustado e encabulado. – Eu amo você. Eu te amo muito, e sempre vou amar. Nunca deixarei você, e sempre estarei aqui, e farei de tudo para sempre estar do seu lado.

 Hikaru perdeu o fôlego. Sentiu as pernas tremerem, e se Kaoru não o estivesse abraçando, sentaria ali no chão por ter tantas emoções o atingindo. Apertou as palmas das mãos na porta atrás de si, para se apoiar um pouco mais. Tudo o que Kaoru disse, se encaixava exatamente com o que estava sentindo. Era como se as palavras que saíam do irmão montassem o quebra-cabeça em sua mente confusa, como se tudo o que Kaoru dizia moldasse todos os seus sentimentos para um só: amor.

—Hikaru... Não quero que se sinta preso a mim. Saiba que estou do seu lado, independente das suas escolhas de vida e-

 Kaoru estava sentindo o coração apertar ao dizer aquilo e apertou bem os olhos, mas lábios encontraram seu pescoço e sua mandíbula, o fazendo apertar mais Hikaru por susto e olhar espantado. Isso só fez a situação ficar mais íntima, pois Hikaru começou a o abraçar também, com braços mais firmes enrolados na cintura. Dessa vez, era ele quem estava sendo suportado pelo abraço.

—Kaoru... você é maravilhoso, do jeito que você é. Não tente mudar isso.

 Ouvir isso sair da boca do irmão de forma tão amorosa o fez se derreter e soltar um suspiro. Ainda estava nervoso, não ouviu a resposta do irmão sobre seus sentimentos. Mas seriam necessárias palavras, se os beijos de Hikaru estava ficando tão próximos de seus lábios? Seriam mesmo necessárias palavras, quando sentiu seus olhos fecharem, morder seu lábio inferior, a pele arrepiar, o abraço apertar e o rosto esquentar, por beijos ficando cada vez mais gostosos?

 Seria mesmo necessário falar... quando seus lábios se tocaram?

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—Kyouya, você acha que vão ficar bem?

—Acho que sim. Quando se trata de Hikaru, Kaoru pode ser muito impulsivo. Mas sei que não fará nada para magoar os dois, já que pensam de maneira muito parecida.

 Os dois amigos conversavam na limusine dos Ootoris, ainda preocupados com o Hitachiin mais novo.

—Sabe Kyouya... quando comecei o clube, não imaginei que tantos eventos assim aconteceriam... – Tamaki disse olhando pela janela. – Será que fiz bem para esses dois? Será que expandiram e vão continuar expandindo o mundo deles, agora que possivelmente estarão mais juntos?

—Como pode duvidar disso ainda?

 Tamaki olha espantando para o moreno.

—Tamaki, se não fosse por você, talvez eles nunca fossem notar a necessidade que tem um do outro. Ou melhor dizendo...

—O amor que tem um pelo outro. – Tamaki diz sorrindo.

 Kyouya balança a cabeça com um sorriso.

—Tenho certeza de que serão felizes juntos. E dessa vez, sem espantar a todos ao redor deles ou criar listas estranhas.

 Tamaki olha feliz para o moreno, contente por sentir que, para o mundo dos gêmeos, vão existir “eles”, mas também existirão “os outros”... Outros que eles darão as mãos e permitirão entrarem em suas vidas. Que permitirão que entrem e fiquem se quiserem, sem necessidade de trancá-los ou empurrá-los.

#*#*#*#*#*#*# ATENÇÃO: LIME. Não gosta, não leia. #*#*#*#*#*#*#*#*#

Quente. Os lábios de Hikaru eram muito quentes. Ainda em pé na porta, os gêmeos roçavam os lábios de maneira muito tímida. Rápidos selinhos, rápidos encaixar de bocas... ainda desajeitado, era algo muito novo.

 Kaoru nunca beijara. Estava com o coração muito acelerado, não conseguia relaxar no abraço. Estava estático, sem saber o que fazer para não magoar Hikaru.

 Já Hikaru, sentiu a insegurança de Kaoru e o quão desajeitado ele estava. Queria relaxar o irmão, então começou a passear as mãos pelas costas de Kaoru, levemente, permitindo que ele relaxe e sinta-se bem.

 Aos poucos, Kaoru foi cedendo. O corpo foi ficado mais mole, os lábios ficando mais firmes. Logo sentiu necessidade de usar a língua para deixar o beijo mais forte. Começou a passa-la de leve nos lábios de Hikaru, que aderiu à necessidade de Kaoru.

 As línguas dançavam e se roçavam levemente, de maneira necessitada, porém lenta. Kaoru levantou uma mão até a nuca de Hikaru, puxando-o mais para perto, querendo sentir mais... querendo transmitir toda a felicidade de ter seu sentimento compreendido e talvez correspondido. Não tinha jeito, queria ouvir dos lábios do irmão que era amado e necessitado da maneira que fez. Queria que Hikaru olhasse em seus olhos e dissesse que quer ficar com ele para sempre, sem se importar com qualquer regra ou maluquice que exista.

 Enquanto deixava a mente pensar em seus sentimentos, não percebeu que Hikaru estava os fazendo andar até a cama. Quebrou o beijo, um pouco surpreso, e um pouco sem ar.

—Hikaru... – Disse entre arfadas de ar pelos lábios semiabertos, olhando para o irmão com olhos cheios de ternura.

 Hikaru ficou surpreso com sua própria atitude. Começou a demonstrar seus sentimentos da mesma maneira que Kaoru fez, mas foi tão profundo... não pôde se conter ao ver os lábios de Kaoru e em como ele estava arrepiado pelo simples toque úmido no pescoço. Queria ver mais...

 Soltou-se do abraço de Kaoru, e segurando suas mãos, sentaram-se na cama. Encostou-se na cabeceira, e fez Kaoru recostar-se em seu peito, ficando de costas para ele.

“Meu Deus. “ Kaoru não pôde deixar de pensar isso quando Hikaru o fez sentar-se na mesma posição de seu sonho estranho. Hikaru sentado e encostado na cabeceira da cama, ele de costas para o irmão, sentindo o calor subir...

 Foi quando sentiu os braços de Hikaru o serpentear e beijos começarem a serem espalhados por sua nuca. Não pôde deixar de soltar um suspiro alto.

—H-Hikaru... – Aperta o tecido da calça do irmão na altura do joelho, que estava de pernas abertas, fazendo Kaoru parecer estar em um casulo de carinho e excitação.

 Hikaru imaginou que isso o faria sentir que seu sentimento estivesse completamente exposto, mas ainda sentia necessidade de demonstrar mais. Mais, mais e mais. Começou a subir e descer suas mãos, fazendo leves massagens por onde passava. Não sabia como essa necessidade surgiu de forma tão avassaladora, mas queria mais a cada segundo desse momento de amor com Kaoru. Estava com receio de o irmão não gostar, mas com esse último suspiro, sentiu-se mais encorajado de continuar seus carinhos. Passar a mão pelo peito de Kaoru o fez sentir duas voltas avantajadas por debaixo da camisa fina.

 Ele não pensou duas vezes, começou a investir em carícias nos mamilos de Kaoru. E por que não debaixo da camisa? Sentir o irmão arrepiado daquele jeito por seus carinhos era tão... tão...

—Kaoru... – Hikaru disse com a voz rouca no ouvido do outro, começando a mordiscar e lamber o lóbulo da orelha de seu amado, enquanto passava as mãos por debaixo da camisa e indo em direção aos mamilos, os acariciando e rodeando com os dedos.

 Kaoru sabia que aquilo significava um passo muito mais adiante do que imaginava. Sabia que estava ultrapassando o limite, pois sentia algo em suas calças querendo despertar. Estava com o coração acelerado, os lábios entre abertos, o rosto e o corpo queimando e formigando a cada toque de Hikaru. Segurou um dos pulsos de Hikaru, que apenas deixou as carícias mais fortes e determinadas.

 Deixou um gemido baixinho escapar, mas parece que foi o suficiente para um disparo na mente de Hikaru, que começou a lamber e mordiscar mais a orelha e pescoço de Kaoru, de maneira mais desesperada e sensual. Kaoru, por sua vez, se permitiu gemer mais algumas vezes, enlouquecendo tanto ele quanto Hikaru. Sentiu sua camisa ser retirada, seu pescoço ser consumido, seu calor subindo... queria se mexer, mas ainda estava inseguro. Quão difícil é se entregar, quão nova e diferente é essa sensação de prazer... Hikaru parecia saber tão bem o que fazer com ele...

 E percebendo os pensamentos do irmão, como sempre, Hikaru se permitiu sussurrar de forma rouca e reconfortante no ouvido do irmão.

—Está tudo bem, Kao... estou aqui com você. Vamos fazer isso juntos, está bem? Relaxe...

 Kaoru permitiu-se se entregar mais um pouco, jogando a cabeça no ombro de Hikaru, descansando mais o corpo. A primeira vez de algo sempre traz uma adrenalina e uma insegurança, mas a voz de Hikaru o acalmou tanto... sentia que estava fazendo algo tão querido, tão certo... sentia o coração bater mais rápido e mais feliz com Hikaru ali o tocando e o fazendo sentir tantas sensações deliciosas.

 Até que Hikaru lambeu seu pescoço, agora com melhor acesso, enquanto passava uma das mãos em suas calças apertadas pela ereção.

—A-Ah...

 Gemeu melosamente, jogando mais a cabeça para trás. As mãos de Hikaru pareciam toques ousados que sabiam onde ir a cada ação de Kaoru. Apertou mais o tecido da calça que segurava de Hikaru, se contorcendo à nova sensação. Era tão bom... queria que estivesse sem calças para sentir mais desse toque.

 E seu desejo foi atendido.

—Já está assim, Kaoru? – Disse Hikaru, com um tom divertido, para acalmar mais a situação tão queimante e ofegante.

—É-É claro, seu idiota. – Disse Kaoru abrindo os olhos e corando loucamente.

 Hikaru deu uma leve risada, relaxando Kaoru completamente. Era tão bom ver que estavam bem em uma situação como essa, um pouco constrangedora e até perturbadora se alguém de fora entrasse e olhasse o que estavam fazendo. Hikaru nunca havia feito aquilo, mas com Kaoru, aquilo parecia tão natural... Mas antes que Kaoru pudesse dizer mais alguma coisa, Hikaru virou o rosto de Kaoru para si e o beijou amorosamente, enquanto desfazia o botão e o zíper de Kaoru, abaixando o máximo que pode a cueca boxer tão agarrada ao corpo devido ao suor e excitação.

 Kaoru chutou as calças para algum lugar do quarto, que não importava agora. Estava com muito calor para se importar com roupas, e para piorar o fogo que sentia, Hikaru passou suas mãos macias como seda em seu membro inchado e pulsante.

—Ah...! – Não podia conter seus sons e acabou rompendo o beijo. Mesmo com tanta vergonha, aquilo era incrível. E ficou mais incrível quando Hikaru o segurou firme pela cintura e agarrou seu membro, bombeando-o levemente, tentando encontrar um ritmo que agrade a Kaoru.

 Kaoru gemia baixinho no ouvido de Hikaru, ainda com seu rosto virado para o irmão. Hikaru via aquela cena e sentia seu próprio calor o consumindo. A necessidade de se despir e subir em cima de Kaoru estava o deixando quase animalesco. Aumentando a pressão das mãos e a velocidade, permitiu-se encostar seu próprio membro nas costas de Kaoru, aliviando um pouco as suas necessidades de toque. O problema é que Kaoru estava gemendo mais alto enquanto sua velocidade subia, o sentimento de prazer de ambos subindo cada vez mais.

 Kaoru sentiu o membro rígido de Hikaru e sentiu-se mal por apenas receber prazer, como em seu sonho. Queria fazer algo por ele também, mesmo que esse sentimento de mãos tão maravilhosas como as de Hikaru em seu membro o fazendo ir à delírio o deixasse quase em outro mundo.

 Aos poucos, foi soltando o aperto aos tecidos ao redor e segurou a mão de Hikaru, a fim de pará-lo. Hikaru o encarou, um pouco em dúvida, e quando Kaoru virou-se e sentou-se em seu colo para beijá-lo, sentiu todo risco de dúvida ir embora e extrema necessidade de ter o corpo inteiro de Kaoru para ele. Kaoru separou suas pernas, uma ficando de cada lado do corpo de Hikaru. Ainda sentia vergonha do que fazia e em como estava desesperado em tocar Hikaru como foi tocado, mas resolveu pensar nisso depois, pois o outro começou a gemer enquanto mexia a cintura de Kaoru para roçar em sua calça avantajada.

—Hmmm... – Gemeram entre um beijo, enquanto Hikaru fazia Kaoru rebolar em seus quadris. Aquilo o estava enlouquecendo.

 Kaoru tomou atitudes rápidas. Quebrou o beijo e sem esperar o irmão tomar ar, começou a mordiscar e lamber o pescoço, desabotoando a camisa e passeando as mãos no peito quente de Hikaru até tirar as mangas dos braços. Este tentou tomar ar, mas toda vez que tentava, Kaoru lhe roubava qualquer oxigênio. Estava ficando louco, anestesiado de tanto prazer a carinho que o outro lhe dava. Segurou a cintura de Kaoru com mais força com as mãos, fazendo a fricção ficar mais forte e gostosa.

—Kaoru... Por favor... Mmm...

—Você é muito apressado, Hikaru. – Kaoru riu levemente.

—N-Não sou não! É que... ah...!

 Kaoru sentiu uma onda grande de prazer lhe subir e gemeu junto quando ouviu o gemido do irmão ao colocar as mãos dentro da calça dele. Rapidamente desfez o cinto com as mãos trêmulas, e abriu a calça de maneira lenta para se acalmar, pois sabia que estava muito afobado, e não queria que Hikaru se sentisse pressionado. Abaixou um pouco a calça e cueca de Hikaru, e segurou o membro do irmão com curiosidade e de maneira mais sensual, soltando um suspiro alto no ouvido de Hikaru ao ter a sensação de segurar algo quente em seus dedos. Já o mais velho soltou um gemido alto, pois estava ansioso para isso.

—Ah... Kaoru... Hmm...

 Hikaru não perdeu tempo e segurou o membro de Kaoru também, permitindo apreciar mais o toque dessa vez. Ambos começaram a se masturbar sensualmente, e gemiam juntos, rostos corados e corações acelerados conforme o prazer subia e o amor um pelo outro se apresentava de maneira tão intensa.

 Hikaru queria que Kaoru ficasse mais confortável. Beijou o irmão e foi o deitando aos poucos na cama, ficando por cima, os beijos abaixando os ruídos e gemidos que soltavam de prazer.

 A velocidade de suas mãos foi aumentando, e a necessidade um do outro ficava maior. Hikaru disparava beijos e lambidas na clavícula de Kaoru, subindo até o pescoço e indo até o peito.

—H-Hikaru... Ah! Hikaru...

 Hikaru estava ficando louco. Com certeza estava, porque de repente sentiu uma necessidade muito maior de ficar mais próximo de Kaoru. Este agarrou-lhe as costas, buscando mais contato, mais calor. Hikaru beijava seu corpo intensamente, uma necessidade grande de demonstrar o quanto amava o irmão se tornando mais e mais intenso. As mãos ficaram mais rápidas, mais firmes, mais quentes... os gemidos ficando graves, perdidos em algum beijo ou voando pelo quarto. Hikaru queria possuí-lo, quer dar prazer a cada milímetro do corpo do mais novo, despertar-lhe o sentimento mais sexual que há nele. Mas ao mesmo tempo, não conseguia parar, estava tão bom... tão perto...

—Kaoru... Eu...

 Ao dizer isso, Kaoru chegou ao seu ápice, espalhando sêmen por todo seu corpo e apertando mais o membro de Hikaru, bombeando de maneira mais forte a rápida, arqueando as costas e gemendo alto em puro prazer. Ao ver o rosto de Kaoru contorcido de prazer e seu membro ser mais estimulado, Hikaru não se aguentou e espalhou todo seu líquido no estômago de Kaoru, gemendo alto e fechando os olhos com força, fazendo com que o orgasmo tenha um efeito mais forte sobre si.

 Respirando rapidamente, se encararam e sorriram um para o outro, soltando seus membros e se beijando carinhosamente, para selar esse momento tão precioso, tão único, e tão prazeroso. Hikaru permitiu-se deitar ao lado de Kaoru, descansando a cabeça em seu ombro enquanto ouvia os batimentos cardíacos do irmão. Que momento maravilhoso... é tudo tão novo, e ainda sim, tão comum. É como se, com Kaoru, aquilo já estivesse destinado a acontecer. Estarem juntos tão intimamente o faz sentir ser a pessoa mais sortuda do mundo. Sorriu, e apertou o mais novo em um abraço, afundando o rosto da curva do pescoço quente e familiar.

—Eu te amo, Kaoru...

 Kaoru, também, sentiu-se a pessoa mais sortuda do mundo. Toda a preocupação em saber se Hikaru um dia esqueceria dele, se iria ser deixado para trás, de ter descoberto seus verdadeiros sentimentos e sentir-se inseguro se seria ou não correspondido... se foram. Toda estranheza ou confusão que sentia foram embora junto das palavras de amor de Hikaru. Todo esforço em fazer o irmão expandir seu mundo, toda confusão e dor que sentiu, todo plano para fazer Hikaru escolhe-lo, não são nada comparados ao amor e carinho que está sentindo de seu irmão, compartilhando esse momento tão inesquecível que finca para sempre seus laços.

 Queria demostrar mais, queria sentir-se mais único com Hikaru..., mas ainda está descobrindo esse novo sentimento que é amar tanto seu irmão, e ainda assim, sentir-se mais incrível que qualquer um.

—Eu te amo, Hikaru.

 O futuro que os aguarda, com certeza é um futuro muito brilhante e amoroso. Afinal, Hikaru escolheu Kaoru, e Kaoru escolheu Hikaru. E ninguém os contrariaria.

Me encontre aqui
E fale pra mim
Eu quero te sentir
Eu preciso te ouvir
Você é a luz
Que está me guiando para o lugar
Onde encontrarei paz... Novamente

Você é a força
Que me mantém caminhando
Você é a esperança
Que me mantém confiante
Você é a vida
Para a minha alma
Você é meu propósito
Você é tudo


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Notas finais do capítulo

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