That Should Be Me escrita por TahRodriguess


Capítulo 65
Birthday Don’t So Happy


Notas iniciais do capítulo

É capaz do nome estar errado, masok.
Boa leitura e desculpa algum erro aê.



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Pov's Houston

Ótimo! Parabéns Lua, duas vezes ainda, uma por ter conseguido magoar o Justin de novo, não contando que vai se mudar, segunda vez, pelo seu aniversario, que agora, por ter deixado a mãe dele contar e não você, é bem provável que ele não vá. Era tudo que eu queria. Meus pais concordam em ir após o meu aniversário, para eu poder ter uma última alguma coisa com os meus amigos, e nesse “alguma coisa” quem eu mais gostaria que estivesse não vai estar, meu último dia em Stratford, talvez, para sempre e Justin está bravo comigo, ou seja, ele não vai estar ali, simplesmente porque eu estraguei tudo!

 A casa do Luka não precisou ser muito decorada e os ameacei de morte caso colocassem algo como “Feliz aniversário” ou “Boa viagem” quem sabe os dois? Tanto faz! Antes de ir, mataria os três, então, não teve muita decoração. O andar de baixo é amplo, dando um bom espaço para o DJ – Jimmy era o nome do garoto, nunca falei com ele na minha vida apesar de estudarmos na mesma escola, mas achei legal ele ter se colocado a disposição para DJ, também, ele tem cara de quem gosta de uma festa, seja lá qual e de quem for – e para as danças, mais os comes e bebes – que era consideravelmente exagerado.  

Lá estava eu, no meio de varias pessoas, todas que eu ao menos vi uma vez na vida – ou seja, a escola inteira praticamente –, vários abraços e alguns presentes, com um vestido curto vermelho que se eu não usa-se minha mãe me proibiria de vir na minha própria festa e com o cabelo de novo liso, logo agora que eu estava feliz dele estar “normal”.

- E esse cabelo que vai e vem? – Karol tentava falar mais alto do que a musica, era “3” da Britney Spears.

- Era a condição da minha mãe! – eu gritava, sentia que mais um pouco e a minha voz iria falhar.

- Condição de que?

- Ou eu iria alisar ele de novo ou teria que vir de salto – ela olhou para os meus pés e começou a ri.

 Geral estava dançado e quando falo geral, eu realmente quero dizer todos presentes, menos eu. Não estava tão animada assim, quem eu queria que estivesse não estava, então aproveitei para pensar no porque das pessoas que nunca falaram comigo – ou vice e versa – vieram me abraçar e algumas ainda disseram que iriam sentir minha falta. Quebrei o narizinho da princesinha, certo, fiz o que todo mundo queria, mas ninguém teve coragem de fazer, certo também, mas mal me conhecem, como iriam sentir a minha falta?  

- E aí Jimmy? – subi ao palco e fiquei do lado dele observando todos dançarem.

- Oi Lua.

- Valeu por tocar aqui.

- De nada. Por que você não está dançando? A festa é sua não é? Estou tão ruim assim?

- Nada! Você está ótimo! Eu não estou muito animada.

- Acho que você deveria ir dançar e se divertir, e deixar o Justin de lado.

- Ah! Por acaso alguém não sabe disso? – falei meio indignada, com um pouco de raiva, desde quando o céu e a terra sabem sobre nós dois? Um garoto normal e uma garota normal, por que tanta fofoca? Desde quando sabem tanto da minha vida? Jimmy apenas riu.

- Achei que ela não iria aparecer aqui – ele ficou olhando para uma direção.

- Quem? – acenou com a cabeça e eu acompanhei seu olhar até saber para onde olhava. – Ah não! – saí de perto do DJ e fui até a porta. Senti olhos me acompanhando, mais exatamente os dos meus três melhores amigos, o resto estava empolgado demais comendo, bebendo e dançando, para perceber a minha cara de raiva e meus passos rápidos. – O que você está fazendo aqui? Acho que não foi convidada.

- Só quero falar com você – a olhei desconfiada.

- Vem – segui para fora da casa, bem enfrente, na calçada. – O que você quer Louise?

- Eu não to aqui para ficar de bem com você, não mesmo, mas meus pais me falaram que você ia se mudar e me fizeram vir aqui com essa coisa na minha cara – ela estava com o rosto imobilizado por causa do nariz, é – para pedir desculpas e não, eu não vou pedir.

- Desenrola logo? Isso já esta estressante e tenho outros problemas por hoje.

- É sobre esse outro problema – ela me corrigiu – que eu quero falar. Você não vai estar aqui mesmo então que se dane! Justin não fez nada de errado. Eu o procurei naquele dia, fui pedir uma coisa que não vem ao caso e eu sabia que você iria encontrá-lo, então aproveitei e peguei o caminho mais curto do refeitório até lá. Ele nunca, quis magoar você – cada palavra que saia parecia que doía no fundo da alma dela, imagino como deveria ser difícil fazer isso, sou alguém orgulhosa, mas ela é pior do que eu.

- Já acabou?

- Já.

- Então, adeus Louise.

- Adeus e... – ela olhou para trás de mim, me virei.

- Achei que você não viria – minha voz de áspera se tornou doce, senti meu rosto formigar, fiquei com vergonha do que fiz e mal também por ele estar sério.

- Quero...

- Não termine, a última vez que ouvi isso, ou melhor, li, não foi um bom resultado – olhei para a Louise atrás de mim e depois o olhei de volta. – Vamos lá para dentro – fomos caminhando em direção a casa, mal dei dois passos e me direcionei a Louise – e você ainda não está convidada – foi gentil da parte dela vir e me contar a verdade, desfez um belo nó na minha mente, mas ainda sim é tarde demais. Ela se fez de amiga por muito tempo, fez a minha vida um inferno, por mais que eu tenha a perdoado pelo que fez, afinal, agora não adianta voltar mais atrás, eu não iria convidá-la para entrar e duvido ela que iria estragar a reputação entrando lá com o rosto todo imobilizado, mas custa nada garantir e deixar bem claro.

 Voltei a andar em direção a casa, Justin já me esperava na porta quase. Entrei e ele veio logo atrás de mim. Todos os meus amigos me viram indo para a escada junto com o Justin, fiz um sinal que iria subir, Luka assentiu e lá fomos nós dois. Agora eu tenho certeza que tinha mais do que os três pares de olhos me olhando. Fomos até o quarto do Luka, fechei a porta abafando completamente o som do andar de baixo.

- Achei que não viria depois de ontem.

- Assim parece que não queria me ver aqui – ficamos frente a frente.

- Pelo contrario, queria muito. Mas pelo tempo, já tinha desistido de ter esperanças que você viria – silêncio.

- Lua, eu pensei muito, muito mesmo e realmente fiquei muito zangado por você não ter me falado que iria se mudar, mas, ficamos muito tempo longe e você já vai amanhã, acho que eu não me perdoaria se não viesse. Quero aproveitar cada segundo que eu possa te ter ao meu lado. Garota, eu te amo como jamais amei ninguém e digo isso do fundo do meu coração e alma, não suportaria ao menos a ideia, de você ir, e até mesmo nossos corações estiverem separados. Prefiro que você o leve para Manhattan amanhã, do que o ter sangrando aqui comigo por ter deixado você ir assim – eu queria dizer muitas coisas, mas não achava a palavra certa, sentimentos e mais sentimentos passavam por cada centímetro do meu corpo e as palavras que seria bom, não vinham. Eu apenas o olhava nos olhos e apesar do silêncio, tive a impressão que entendeu o que se passava em mim.

- Que bom que você veio – foi o que consegui dizer e fora isso só um sorrisinho escapou. Queria dizer mais! Milhões de coisas! Mas nenhuma palavra que eu conhecia expressava o quanto eu estava feliz por ele estar ali.

- Ah! Há um tempo eu queria te dar isso, eu iria te dar antes, mas como seu aniversário estava chegando resolvi esperar chegar – ele puxou uma caixinha vermelha de camurça, bem fininha, do bolso, abriu e puxou uma corrente de prata com um pingente no formato de um J.

- Um J?

- É. Há tempos eu to usando isso – ele puxou uma corrente do pescoço, uma bem mais fina do que a minha, porém do mesmo tamanho e com o L na ponta – nunca tirei.

- Mas quando dormi na sua casa você estava sem ela.

- Ok, nem tão “nunca”. Tirei quando você olhou na minha cara e disse que não me amava mais – ele olhou para cima, lembrando do infeliz dia.

- Eu estava mentindo, não notou?

- É, percebi que você hesitou, mas no momento não dei muita importância – ele me olhou. – Acabou que as coisas se resolveram por si próprias e nós estamos aqui, consideravelmente de bem, de novo.

- O que me mata é esse “consideravelmente bem” – fui até ele e dei as costas, levantando o cabelo para que ele pudesse colocar o colar e assim fez. Soltei o cabelo e me virei para ele, olhei em seus olhos castanhos que desde sempre fixavam toda a atenção, eu me rendia sempre que os via –, mas ainda gosto da parte do “bem” – ele segurou meu rosto e me deu um beijo.

- Já passamos muito tempo aqui, as pessoas lá me baixo devem estar preocupados por o motivo da festa, ter sumido.

- Eu não sou o motivo.

- Mas é por você que eles estão aqui – fiz um cara de “fala sério” e ele riu. – Vem, vamos.

- Espera aí – ele parou de me puxar pelo braço. – Você vai se despedir de mim amanhã, todos vão a minha casa antes de eu ir.

- Desculpa, mas acho que eu não serei capaz de fazer isso – mais alguns segundos de silêncio constrangedor que graças, acabaram logo. – Agora vem! – ele voltou a me puxar pelo braço e eu fui com ele. Descemos as escadas juntos.

 O som era “Sweet Dream” dessa vez e todos insistiam em dançar.

- Você está linda! Já disse isso? – Justin gritava.

- Hoje não!

- Você está linda e não está alta.

- É! Por causa disso! – apontei para os meus pés, ele desceu os olhos até chegar nos meus sapatos, depois disso riu.

- Como a sua mãe deixou você sair de all star?

- Meu cabelo foi a condição – revirei os olhos e depois ri. – Vem! Vamos dançar! – o puxei pelo braço e o levei até o meio da pista, no exato momento começou a tocar “DJ Got Us Falling in Love Again” do Usher. Começamos a pular e a dançar feitos loucos! Gritávamos cantando a música, tentando ser mais alto do que o som.

 A música tinha praticamente tudo haver. É engraçado, essa noite é mais uma em que procuramos não nos importar com o amanhã e sempre que fizemos isso, o amanhã acaba sendo um dia não tão bom. Amanhã vou para Nova York, mas é como se eu fosse e logo estivesse de volta, esse fato não me importa mais, o que eu quero saber por hoje é que o garoto com o sorriso mais lindo do mundo, com o olhar mais hipnotizador do mundo, ou melhor, mais importante do que “do mundo”, o garoto com o meu sorriso mais lindo, com o meu olhar mais hipnotizador, ele estava ali perto de mim. Meu coração pulava dentro do meu peito, a cada sorriso, a cada abraço, a cada beijo durante toda a festa. Até que foi bom, para quem antes pensava que esse iria ser um aniversário não tão feliz.      


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Notas finais do capítulo

Cadê vocês lá no blog velho?? Vocês não vão me abandonar né? Só tem um comentário lá! Cara, eu tenho mais leitoras do que UMA. Por favor gente, deem sinal de vida!!!!!!!!!!!!
http://seasondois.blogspot.com.br/



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