That Should Be Me escrita por TahRodriguess


Capítulo 4
Just One More? - Part. 2


Notas iniciais do capítulo

Uhul! Demorei menos para att! o/ ~festa~
Então, aí um capítulo putamente grande para vocês.
Desculpe os erros desde já e Boa Leitura (;



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/222305/chapter/4

– Minha filha...

– Pode para! Ou melhor, nem começa!

Fui direto para o meu quarto, minha mãe deve ter ficado um pouco decepcionada comigo, culpa dela por não ter se acostumado com isso ainda e porque ia querer vir falando do Justin, ia querer falar que eu to apaixonada por ele e isso não é verdade – ou é? – e outra que, ninguém mandou ela ficar me fiscalizando antes de entrar em casa ou será que ela acha que eu não percebi aquela cabecinha na janela da frente?

Fechei a porta do quarto e fui tomar um banho, tirei a roupa da escola, entrei no boxe, deixei a água cair sobre meu corpo o relaxando, enquanto as memórias do dia passavam em minha mente com perfeição, parecia que – infelizmente – eu estava passando por aquilo de novo, mas – enfim – chegou a parte que acabara de acontecer, foi aí que percebi que já estava tempo de mais no banho. Fechei o chuveiro, me enrolei na toalha e saí do banheiro, no mesmo instante minha mãe veio me chamar para almoçar, troquei rápido de roupa e desci. Só foi eu aparecer na cozinha que minha mãe foi abrindo a boca.

– Mãe! Não! Por favor.

Ela fechou a boca e colocou a comida em cima da mesa, comi com um pouco de pressa, eu sabia que minha mãe não ia segurar por muito tempo com a boca calada. Assim que terminei coloquei meu prato na pia e subi para o meu quarto, liguei o computador, comecei a mexer no blog e no twitter, quando meu telefone toca.

– Lua?

– Justin?

– Eu! Oi!

– Ah! Oi, a preguiça é tão grande assim? – ele morava em frente a minha casa, tinha a necessidade de ligar?

– O pior é que era! – eu ri no telefone e ele também. Me levantei e fui para janela, e como eu imaginava, ele estava lá olhando para mim agora – Mentira minha é que eu estou arrumando algumas coisas aqui, só que está um saco! Vem para cá me ajudar?

– Eu? Até parece! Para que eu iria ai? Por que eu iria?

– Porque você me ama! – eu ri e corei.

– A ta bom! Então AMOR DA MINHA VIDA – eu gritei na janela, acho que ele ouviu, para falar a verdade, acho que o bairro todo ouviu – vou fuçar mais um pouco aqui no computador e já apareço ai ta bom? – ele ainda ria por causa do meu grito.

– Então ta! Até daqui a pouquinho!?

– Até daqui a pouquinho!

Voltei para o computador, dei um tchau no twitter e quem foi o primeiro que me responde? O próprio! Eu ri quando eu vi aquilo, ele disse: “No meu caso vai ser “oi” né amorzinho da minha vida?“ eu respondi um “ahsuashaush” e depois um “sim”, fechei tudo rápido antes que aumentasse a quantidade de pergunta e de “O.o” sobre o que ele me falou, prendi meu cabelo em rabo de cavalo – cabelo cacheado não é problema, basta você saber aproveitá-lo – e prendi a minha franja, esperei o computador desligar – não sabia o quanto ia demorar – e então desci as escadas correndo e fui em direção a porta, sem nem parar, como sempre fazia.

– Mãe, vou à casa do Justin! – gritei.

– Ta bom minha filha, mas não esquece do jantar.

Fechei a porta e corri em direção a casa dele, não sabia se ia bater, chamar – gritar – ou bater palmas, sei lá né, mas – ainda bem – nem precisou, antes que eu chegasse perto da porta, ela já a abriu, eu freei antes que batesse de frente com ele, o que foi quase. Subimos até o quarto dele que era realmente gigante! Tinha uma cama de casal, só que tinha muita caixa e coisas espalhadas por todo o lado.

– Tinha como ficar mais bagunçado não? E olha que você estava arrumando antes que eu chegasse aqui – ele riu.

– O pior que não tinha! – eu ri e ele continuou rindo – Por isso que pedi sua ajuda, é muita coisa e estava um saco para arrumar isso, quando ta entediante eu consigo fazer menos coisa ainda.

– Só que eu cheguei para alegrar a sua vida! – e retornamos a rir, é assim o tempo inteiro. – Mas é melhor começarmos logo, se não, não é hoje que terminamos.

– Isso!

– Mas antes me responde uma coisa.

– Fala – ele disse olhando para todo o quarto pensando por onde começar.

– Como você conseguiu meu celular?

– Ah! Ontem lá na sua casa, você tinha deixado o celular em cima da mesa do computador, aí eu tomei a liberdade de ver ser número – ele me olhou e sorriu.

– Ah!

– Por quê? Algum problema? – ele disse meio assustado.

– Não, não, imagina, é só bom avisar ás vezes.

– Ah! Desculpa – alguém resiste a uma carinha de cachorro sem dono?

– Tudo bem J.

– J?

– Seu nome e muito grande, dá preguiça de falar às vezes.

– Sua preguiçosa! – eu sorri.

– Então, vamos começar né? – olhei para ele.

– Sim! – ele me devolveu o olhar ao responder.

Ficamos ali por horas, muito tempo mesmo, era muita coisa e a gente brincava mais do que arrumava. Dentro de alguma caixa, eu achei uma foto muito fofa dele quando era criança, e – não sei por qual motivo – ele quase que conseguiu arrancar a foto da minha mão, então saí correndo pelo quarto cantarolando e o chamando de coisinha fofa da mamãe, ele por sua vez, saiu correndo atrás de mim, demos várias voltas pelo quarto, eu subia em cima da cama e pulava para o outro lado, numa dessas vezes eu quase fui de cara no chão, eu ri, mas não parei de correr, até que uma hora , ele conseguiu me derrubar na cama, pulou em cima de mim, segurou meus pulsos, eu ria muito, ele realmente estava furioso comigo, mas eu estava achando graça, sabia que aquela fúria não ia durar por muito tempo.

– Eu não sou filinho da mamãe – ele disse baixinho para mim, até porque o seu rosto estava bem próximo ao meu.

– Ah é? Prova! – dei um sorrisinho de lado.

– Você não vai querer que eu prove.

– Como você tem tanta certeza?

– Você tem certeza que quer que eu prove?

– Sim!

– Então ta, lembre-se que você que pediu – ele foi se aproximando mais do meu rosto.

– Crianças, é melhor descerem para comer algo, vocês já estão aí há muito tempo.

A mãe do Justin, a Sra. Pattie, nos interrompeu, não sei se foi bom, não sei se de fato queria aquilo, sua boca já estava bem próxima da minha, mais alguns milésimos de segundos e já estaríamos no beijando. Demos sorte que ela não abriu a porta, só bateu, nessa hora, o Justin se jogou para o meu lado na cama saindo de cima de mim.

– Er... é melhor a gente descer né?

– Sim, sim, é melhor! – respondi.

Ele se levantou e foi andando até a porta, eu o segui até a cozinha no andar de baixo da casa, a mãe dele havia preparado alguns sanduíches e suco, nos sentamos ao redor da bancada da cozinha e começamos a comer, eu estava morrendo de fome – não sei por que – e de sede também, de fato havíamos ficado muito tempo dentro do quarto, como eu imaginava. Ih! É mesmo! E agora para voltar para lá? Vai que... não, não, é melhor eu ir para casa, mas eu não quero ir embora, e agora? Não sei com que cara vou voltar para aquele quarto, sozinha com ele.

Terminamos de comer, bem rapidinho, realmente estávamos com muita fome, ele se levantou e eu fiz o mesmo, fomos andando até a escada, ele subiu os três primeiros degraus e eu? Bom, não consegui subir, parei entre a porta e a escada, será que eu subia ou será que iria para minha casa? Vai que acontece o que não aconteceu se eu subir? O Justin se virou, nós nos encaramos por alguns segundos.

– Vem, eu prometo me comportar – ele estendeu uma das mãos para mim e sorriu, tinha como resistir? Não!

Dei de ombros, segurei a sua mão e subi o primeiro degrau, depois ele soltou a minha mão e subiu as escadas correndo. Fiz o mesmo. Chegando lá, ele fez questão de me deixar longe das caixas de fotos e de varias outras coisas de quando ele era pequeno. Já tínhamos arrumado bastante coisa apesar das brincadeiras e de... deixa para lá, então resolvemos deixar o resto para o dia seguinte, aí eu já teria um pretexto para voltar, então sentamos na cama, um de frente para o outro, começamos a conversar, falamos de várias coisas, até que entramos num assunto, que eu preferia que nem existisse.

– E a Louise? – pronto!

– O que tem?

– Ela e bem bonita, loira, tem um corpaço, olhos azuis lindos! – a não! Eu tenho mesmo que ouvir isso? – acho que fiquei parecendo um bobo perto dela – acha? – mas ela é muito linda – eu já não to aguentando mais – ela é uma gata! – foi a gota d’água.

Me levantei da cama rápido, saí correndo, quando cheguei na parte de baixo, ouvi a mãe dele falar comigo, mas não quis nem saber, abri a porta e continuei correndo, no meio da rua eu pensei em volta, mas para que? Para ele perguntar por que corri, eu mentir o motivo e ele voltar a falar sobre ela? Não, não mesmo! Continuei correndo, entrei em casa, minha mãe perguntou o que tinha acontecido, mas não estava a fim de responder, subi a escada correndo, entrei no quarto e tranquei a porta, foi só aí que eu parei de correr, foi só aí que eu percebi que algo gelado escorria no meu rosto. Fui para o banheiro e quando me olhei no espelho percebi que meu rosto estava bem vermelho, coloquei as pontas dos dedos no rosto e depois encarei aquelas gotas de lagrimas, para mim isso tudo é muito confuso, não sei como se gosta de alguém, nunca gostei de ninguém, na verdade já sim, mas não era tudo isso que eu sinto, não, não, como posso gostar dele? O conheço há um dia apenas, mas porque isso tudo então? Lavei o meu rosto, não importasse o que fosse não valia apena chorar, não por ele. Me sentei na cama, peguei uma folha e uma caneta, liguei o Ipod coloquei o headphone no ouvindo, sentei na cama, e comecei a escrever, não sabia o que muito bem, só escrevia as primeiras palavras que viam na minha cabeça. Eu ouvia a música “About you Now” da Miranda Cosgrove quando terminei de escrever e assim que olhei para cima, lá estava ele, parado na porta, provavelmente com medo de entrar e com uma expressão confusa como sempre, aumentei o volume do Ipod e do headphone o máximo, amassei a folha e joguei para o alto, nem vi aonde ela caiu, encostei na cabeceira da cama e o fiquei encarando, meu Deus como ele podia ser tão perfeito? Perfeição assim não poderia existir, para que nesses momentos a gente não tivesse vontade de desistir da raiva. Ele veio até mim, se sentou na cama, bem na minha frente, eu continuei o encarando, ele tirou meu headphone e me olhou durante um tempo.

– Por que...?

– Eu sei o que você vai dizer.

– Então por que não para de bancar a louca e me explica tudo de uma vez?

– Não é uma coisa fácil de explicar.

– Você não confia em mim?

– Confio.

– Então por que não fala? – a culpa não era dele, Louise era realmente bonita, ele não sabia de nada, nem do começo da história, como eu poderia ficar com raiva dele? A culpada sou eu, por não contar nada.

– Já disse que não é uma coisa fácil de explicar – me sentei direito, deixei de ficar escorada na cabeceira e cheguei mais perto dele – Desculpa novamente Justin, eu devo está te enlouquecendo só nesse pouco tempo.

– Deve não, está!

– Me desculpe, você não tem culpa de eu ter saído correndo, me perdoa de verdade.

– Claro! Mas só se você me prometer não bancar a louca de novo e me deixar sem entender nada.

– Ta bom! – nós nos abraçamos, o abraço era confortante, quente, carinhoso, o melhor que eu já recebi.

– Bom, agora eu vou ter que ir embora. – ele deu um pulo da cama, ficando em pé.

– Mas já?

– O jantar está quase pronto e eu nem troquei de roupa ainda, to com a mesma roupa que fui para escola de manha – blusa xadrez meio azul, uma jaqueta meio bege, tênis roxo e calça jeans preta.

– Amanhã a gente se vê então?

– Claro! – eu sorri e ele devolveu o sorriso, depois saiu correndo porta a fora, olhei pela janela, só o vi correndo e entes de entrar em casa, ele se virou, sorriu e acenou para mim.

Voltei para o computador, mas não fiquei muito tempo lá, minha mãe chamou para jantar, desci, jantei em silêncio, graças que a minha mãe não veio me perguntar o que havia acontecido, a única vez que tentei explicá-la sobre o “problema” na escola, ela disse para ignorar – como se isso fosse possível – e então, nunca mais falei nada do que acontecia na escola para ela e outra que ela ia falar do Justin e que eu estava gostando dele e bla, bla, bla... Subi para o meu quarto, coloquei o antivírus para passar no computador e enquanto isso, fui tomar banho, desliguei a tela, peguei a toalha e uma roupa já para dormir – não ia sair do quarto mais mesmo – apesar de que dormir mesmo só bem mais tarde. Terminei de tomar banho rápido, coloquei a roupa e grudei no computador, o antivírus já tinha terminado de passar, então fui da uma olhada no movimento do blog, do twitter e do e-mail, caixa lotada como sempre, vários replys e comentários, fui tentando responder todo mundo, até que bateram na porta.

– Entra!

– Oi!

– O que você ta fazendo aqui? Já está bem tarde e não faz muito tempo que você veio – eu o olhava e ele fazia o mesmo.

– Poxa! É assim que você me trata? – ele fez um biquinho perfeito se querem saber – Se quiser eu vou embora!

– Não Just, desculpa.

– Sempre! Na verdade eu vim porque minha mãe pediu para falar um negocio com a sua e eu resolvi vim te dar um “oi”.

– Ah ta! Traduzindo, você não consegue viver sem mim! – ele acabou rindo.

– Não! Não mesmo.

Ele se sentou na cama, enquanto eu terminava de responder os replys, ele estava quieto lá trás, mas era tanta coisa, que nem deu tempo de olhar o que ele tanto mexia.

– Ah! Agora ta tarde mesmo, eu tenho que ir. Até amanhã!

– Até Justin.

Ele saiu, dessa vez não fui olhar na janela, já estava bem escuro, não ia consegui vê-lo direito. Desliguei o computador, já estava com muito sono, deitei na cama e rápido dormi.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não esqueçam dos meus reviews ok? Façam uma escritora BEM feliz. Vou ver se não demoro para postar mais ta? Bom, bzs e até. NÃO ESQUEÇAM OS reviews!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "That Should Be Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.