Sinhá Diva O/ escrita por maa_XD_zeti


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

voltando a continuar (?) a escreverm zénti



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[b]Capítulo 5[/b]

- PIERRE! – David gritou no ouvido do empregado, fazendo-o pular – Tenho uma
surpresa para vosmecê.

Pierre sentou-se em seu colchão mole no chão e se balançou pra frente e pra
trás para que pudesse espantar o sono.

- Que surpresa, patrão? – suspirou, enrolando os dedos no lençol que o
cobria.
- Pieeee, para com esse dramaaa! – gritou, dando pulinhos pesados – Eu achei que vosmecê fosse ficar extasiado
quando eu dissesse ‘surpresa’ – fez bico e sentou-se na cama, fitando os pés
– Sem graça.
- Own, não fique assim – ele e aproximou delicadamente do delicado patrão e
sorriu, passando os braços pelos seus ombros, sentindo uma arrepio e
imaginando que David fosse o empurrar. O que – para sua alegria interna e
externa – não aconteceu. – Eu não fiz por mal. Agora me conta, qual é a surpresa?

Ele se levantou saltitante e feliz e pegou nas mãos de Pierre, puxando-o
para fora do aposento e levando-o até a sala.

- Podemos ir, papai? – dirigiu-se a seu pai formalmente, enquanto este
levantava-se do sofá e ia até eles – O Pierre quer saber qual é a surpresa.
- Vosmecê tem certeza disso, meu filho? – encarou o maior por alguns
instantes, enquanto este tremia as pernas de medo – É isto mesmo que quer?
- Sim papai, eu já disse! – cruzou os braços emburrado, logo depois sorrindo
– Vamos looogo!

Pierre caminhava atrás deles, enquanto David dava pulinhos de alegria até o
carro antigo e arrumado do pai, onde haviam dois escravos
negros-quase-verdes na frente, para poderem puxa-lo.

- Vem Pierre, vosmecê não tem com o que se envergonhar – com muita timidez,
Pierre entrou no carro fechado puxado por negros e sentou-se ao lado de
David, que repousou as mãos sobre sua coxa e a cabeça em seu ombro – Vamos?

David sorria alegremente em todo o percurso e conversava alegremente com o
pai, enquanto fazia carícias quase invisíveis na perna de Pierre, que tremia
freneticamente ao lembrar-se do sonho e do quanto parecia real. Avistou ao
longe uma cidade pequena, que conforme foram se aproximando, ficava cada vez
maior. Seus olhinhos castanhos pequenos brilhavam de maneira incrível,
igualmente aos de David, apenas com uma excitação maior.

- Pra onde estamos indo? – perguntou a David, que ainda massageava suas
pernas, fazendo algo crescer relativamente rápido entre elas – David, pare
com isso.
- Isso o que? – o garoto o olhou inocentemente, logo depois descendo os
olhos para as pernas de Pierre – Vosmecê não gosta?
- Não David, não gosto – suspirou pesadamente, empurrando a mão do menor
dali, enquanto esse insistia em continuar com ela por lá – Eu já disse para
vosmecê parar, David.
- Chegamos! – anunciou o pai de David, sorrindo radiante e fazendo-o vibrar
com a notícia – Vamos, vamos. Vosmecês façam o que quiserem e David, nada de
gastar tudo que nós temos com produtos para a pele e perfumes. Roupas são
essenciais.
- Pode deixar, papai! – ele sorriu, puxando Pierre pelas mãos suadas pelas
ruas da cidade grande que até então ele não conhecia – Olha Pierre, não é
lindo? E...romântico?

Este que ainda se admirava com tal grandeza e sorria absurdamente parou,
encarando David assustado. ‘Romântico’? O que ele quis dizer com
‘romântico’? Talvez fosse melhor nem perguntar. Mas como Pierre era muito
curioso e tinha fogo no cú ele resolveu matar sua curiosidade.

- Porque romântico? – os olhos de David brilharam e ele apertou mais a mão
do maior.
- Porque romântico, oras. – ele sorriu radiante e levou-o até uma loja de
produtos para a pele, perfumes e acessórios da moda 1724. – Olha, esse
perfume é TU-DO de bom! – ele dá seu ataque pra-lá-de-Diva e começa a correr
pela loja, arrastando Pierre junto. – Pie, olha isso! Vosmecê ia ficar tão
cheiroso nesse perfume e tão belo nesse chapéu! – borrifou um litro de
perfume sobre o rapaz, e jogou um chapéu enorme sobre ele – Olha só! –
pousou as mãozinhas delicadamente sobre a cintura e admirou-o, sem dizer
sequer uma palavra.
- Eu estou parecendo uma florzinha – suspirou, jogando o chapéu de lado – A surpresa era a cidade, patrão?
- Sim, sim! – saltou sobre seu pescoço, afagando seus cabelos –
Vosmecê...não gostou?
- Mas é claro que gostei! – ele riu e afastou David o máximo que pode,
tentando fazer seus hormônios se controlarem – Mas eu acho que se eu tivesse
condições de comprar algo seria bem mais divertido.
- E quem disse que vosmecê não tem? – seus olhos brilharam de forma
fascinante, fazendo David derreter – Vamos nos encher de roupas da última
moda, meu bem. Vamos ficar estonteantes para o baile que terá esta noite.
- Baile? – sua expressão de interrogação fez o menor rir escandalosamente,
atraindo olhares curiosos de todos – Não estou sabendo de nada.
- Mas não era para ficar sabendo, bobinho. – ele tapou a boca numa expressão
divertida – Nem eu deveria ter contado.

Ficaram algum tempo ainda na loja de perfumes escolhendo alguns bem
cheirosos para Pierre estar extremamente apresentável essa noite. Claro que
David com todo o seu ótimo gosto para esse tipo de coisa escolheu os mais
cheirosos e, por ventura, os mais caros.

- David, vosmecê gastou demais nessa loja! – exclamou, erguendo os braços e
soltando-os com certo peso – E pior ainda, comigo!
- Não tem importância, Pie. – ele sorriu, passando o braço sobre o de Pierre
– Por vosmecê eu não ligo.

Pierre arregalou os olhos em confusão, porém logo esqueceu ao entrarem em
uma loja com as melhores roupas sociais de grife.

- Vosmecê não espera comprar algo parecido com isso – pegou um terno
maravilhoso e colocou sobre o corpo, maravilhado – para mim, não é?
- Olha como vosmecê ficou lindo, Pie! – correu até ele, empurrando-o para
uma portinha de madeira que imaginou ser o provador – Entra ai e veste.

Quando ele esperou que fosse entrar sozinho para provar a roupa, David o
empurrou mais, entrando com ele. Semi-cerrou os olhos imaginando o que ele
esperava agora e tirou a blusa, enquanto David sentava em um banquinho ali
dentro e – literalmente – babava pelo corpo do outro.

- Nossa hein, Pie – ele riu, escondendo o rosto com as mãos – Suas costas
ainda estão machucadas?
- Um pouco – virou-se para o espelhinho que havia ali, vendo marcas fundas
em suas costas.
- Ainda dói? – aproximou-se dele, tocando de leve as feridas – se eu tocar?
- Não, não dói – fechou os olhos, enquanto David passeava com os dedos por
ali – Nem um pouco.
- Sério? – sussurrou perto de seu ouvido – Não dói? – nisso Pierre abriu os
olhos, sentindo que deveria parar por ali. Empurrou David e leve, vestindo o
terno que este o havia passado – Ficou uma graça, Pie.
- Eu... – corou levemente ao sentir as mãos do outro em sua cintura – Também
gostei.
- Pode ser esse então? - perguntou, passeando com os dedos agora pelos seus
cabelos.
- Pode. – virou-se, retirando a roupa e vestindo a sua – Vamos sair.

Abriu a porta do provador, com as bochechas mais vermelhas que o normal e
um David sorridente logo atrás. Seu pai já estava ali fora, e sua expressão
naquele momento ao vê-los saírem juntos do provador não foi – diga-se de
passagem – Nada boa.

- Então, decidiram-se? – veio até David, puxando-o para se afastar um pouco
de Pierre – David, porque estava no provador com esse escravo?
- Ele precisou de ajuda para arrumar o terno – mentiu, soltando-se dos
braços fortes do pai – E eu entrei para ajudá-lo. Podemos ir agora?

Saíram da loja rumando à carroça puxada pelos escravos e voltaram para
casa, onde iriam se arrumar para uma noite inesquecível.


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Notas finais do capítulo

*--------------* vou postar tudo hoje we!



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