Músicas Para A Vida escrita por Polly S


Capítulo 26
Capítulo 02/07 - Every Music Has An End


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde girls...
Então, capítulo novo. Drama reforçado e um ou dois socos saíndo aqui.
Beijos.
Um muito obrigada a pessoa a quem vou dedicar esse capítulo: Reeh Bertília, que deu a primeira recomendação da fic.
Muito obrigada.



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Every Music Has An End picture by SwordCastle1180 - Photobucket

- Onde foi que a Carrie se enfiou? – Leah perguntou a Nessie na segunda-feira. – Ela tinha que ter feito um trabalho em dupla pra gente e agora estou sem nota.

Nessie hesitou, mas optou por responder.

- Ela foi conhecer a mãe biológica dela.

Leah ficou surpresa.

- Não sabia que ela queria conhecer a vaca que a abandonou. – disse friamente.

- Um filho sempre quer ter contato com o pai. – Nessie disse – vai por mim. Eu sei do que estou falando. Mas, sim. A Carrie vai passar uns dias lá com a mãe dela pra conhecê-la melhor e tentar convencê-la a vir passar uns tempos em Forks.

- Porque? Quando foi que você falou com ela?

- Sábado de manhã. Eu liguei pra saber se estava tudo bem. Acho que essa viagem vai fazer bem a ela. Leah eu não to brincando, ela está sofrendo de Depressão.

- Deveria depois do que me aprontou. Ainda não engoli essa última dela. E acho duvido muito que um dia consiga. Mas não foge do assunto. Ela gostou tanto assim da mãe dela?

- Ahn, bem... a Jean é uma pessoa legal, falei com ela por Webcam... É só que... bem, ela tem câncer.

Leah perdeu a pose arrogante.

- A mãe da Carrie tem câncer?

- E parece que em estágio terminal. A Carrie disse que a Jean estava comprando a passagem dela para Forks quando ela apareceu na porta da casa dela. A Jean já queria passar um tempo com ela, só tinha medo.

Leah engoliu em seco.

- Espero que a Carrie não fique pior quando a Jean morreu. – Nessie disse – É sério, Leah... Estou preocupada com ela. O estado da saúde mental dela não é dos melhores... você sabe, os traumas de abandono, aquele lance com o Jake, agora com o Seth também, a família do pai dela que, por sinal, deveriam ser presos. Você sabe o terrorismo emocional e o Bullying que eles fazem com ela. Carrie não é de ferro. Do psicológico de nós três o dela é o mais fraco!

Leah também estava preocupada. Mas não daria o braço a torcer nem que Osama Bin-Laden saísse da tumba com uma metralhadora e a ordenasse para dar o braço a torcer ela faria isso.

- Você lembra aquela fase meio gótica dela.

- Lembro. Claro que lembro. – Leah disse – Pessoalmente eu estou adorando essa fase Punk dela. A fase patricinha dela não combinou com ela.

Nessie assentiu

- Só evita olhá-la como se quisesse matá-la. E se não conseguir, evite olhar para ela. Ponto final.

- Isso eu posso fazer. – Leah disse.

Nessie suspirou.

Era um caso difícil.

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- Então... você furou o olho da sua melhor amiga e agora é a Vadia Mór da escola... – Jean disse repetindo o que a filha dissera.

- Basicamente isso. – disse.

Jean assentiu.

- Sei como é isso. – disse a mais velha – Uma vez eu furei o olho da minha irmã. Não se preocupe, isso é genética.

Carrie poderia ter rido, mas não riu. A situação não era engraçada.

- Ao menos, Nessie não me virou as costas.

- Nessie... Esse é realmente o nome dela? Parece que a mãe dela é macabra. A filha do Monstro do Lago Ness se chama Nessie.

Carrie deu um pequeno sorriso.

- Na verdade o nome dela é uma junção dos nomes das avós dela. Rennée e Esme. Renesmee Bob Swan Cullen Black.

- Isso é um puta nome. – Jean disse impressionada.

- Bob é em homenagem a um cachorro dos avós maternos dela. Segundo a Sra. Swan ele era marrento e durão, e a Nessie é marrenta que nem ele. Até o início do ano o único sobrenome que ela tinha era Swan, mas aí ela conheceu o pai dela e acrescentou o Cullen, depois ela se casou e adicionou o Black.

- Quantos anos essa sua amiga tem? – Jean perguntou curiosa.

- Quinze.

- E ela se casou? Peraí... com quantos meses ela está?

Carrie não conteve o riso dessa vez.

- Ela não está grávida, Jean.

- Ela perdeu o bebê, foi isso? Não me surpreende. O útero dela não estava completamente desenvolvido para isso...

- Ela se casou virgem. – Carrie interrompeu. – Ela se casou por amor. E porque os pais dela disseram algo sobre “Adolescente rebelde grávida presa em uma clínica de reabilitação”.

Jean gargalhou.

- Entendi o porquê de eles permitirem. – disse por fim. Um silêncio confortável surgiu entre elas. Carrie cortava o tomate cuidadosamente e então, Jean comentou – Não quero que perca aulas por mim, Carrie.

- Eu não me importo.

- Mas eu sim. – disse a mais velha – Você tem déficit de atenção, Carrie. Herdou isso de mim. Déficit de atenção e dislexia. Você naturalmente não leva muito jeito para aprender coisas rapidamente.

Carrie sorriu levemente.

- Eu sou um tipo loiro de Percy Jackson.

- Annabeth Chase. – Jean disse sorrindo – O que? Rick Riordan é atualmente o autor de livros infanto-juvenil mais, ahn... como vocês dizem hoje em dia... Ah, sim... mais Troll de todos os tempos. Perdendo apenas para Suzzane Collins a autora de Jogos Vorazes.

- E quanto a Stephenie Meyer? – Carrie sugeriu.

- Ela não é Troll. Ninguém morreu, ela não parou a história em um momento tenso que você esperou dois livros para ler. Não vou negar, adoro as histórias dela, ela tem uma escrita impressionante, as histórias são lindas, mas vamos combinar que de Troll ela não tem nada.

- Discordo totalmente. – Carrie disse fazendo Jean rolar os olhos.

- Vamos ter essa discussão depois. Não quero que você babe em cima dos tomates.

Carrie riu.

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- Garrett fez o que? – Edward guinchou ao ouvir de sua filha o que Garrett fez no ensaio anterior, quando ele não pôde ir por ter que acompanhar Bella ao médico para uma consulta de rotina.

- Isso mesmo que o senhor ouviu. Ainda quer que eu faça um dueto com ele? Eu não tenho tanta certeza de querer isso não. – ela disse – Até porque Jake não gosta dele. E a última coisa que eu quero é confusão com ele.

- Você não contou a ele, não é? – Edward perguntou.

- Não e nem vou. – Nessie disse convicta – Senão ele vai surtar e vai querer dar porrada no Garrett e eu não quero o meu marido metido em brigas.

Edward suspirou.

- Se fosse eu também daria um soco. – ele disse – se você ainda estivesse debaixo da minha asa eu daria um soco nele agora, mas você já fez o favor de sair debaixo dela e, portanto, isso é um problema seu, mas eu posso sugerir que você conte a Jacob. Ele precisa ficar sabendo disso.

- Claro. E aí eu vou ter que apartar uma briga. Não obrigada. – Nessie disse sarcástica. – E eu consigo dar conta disso, papai. Eu sei me cuidar.

Edward suspirou levantando as mãos em sinal de rendição.

- A vida é sua. Faça o que bem entender.

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Leah estava fazendo brigadeiros.

Bem, por um lado ela era super grata a Bella por abrigá-la e insistir para ela ficar ali mesmo depois de Nessie ter dado no pé.

Leah achava que a amiga era doida.

Ela saía de casa. Uma casa onde ela era quase uma princesa (sim porque pra princesa só faltava coroa), tinha pais amorosos e uma família perfeita... e se casava com um bunda seca feito Jacob.

Ta legal. Jacob não era um bunda seca, mas era um cara de ânus (ela aprendera a falar assim porque era vulgar demais falar a outra palavra) por tirar sua melhor amiga de uma vida perfeita.

A campainha tocou.

Devia ser o pacote que Bella disse que chegaria.

Ela apagou o fogo do brigadeiro, satisfeita por ter conseguido fazer o doce sem queimá-lo.

A campainha tocou outra vez.

Ela pegou um guardanapo para limpar as mãos e gritou:

- JÁ VAI!

Ao abrir a porta deu de cara com a pessoa que menos queria ver na face da terra.

Seth.

- Eu não sabia que o diabo me odiava tanto assim. – murmurou irritada.

Seth pareceu confuso.

- Pra mandar me mandar um demônio desse jeito, só pode ser muito ódio. O que você quer?

- Conversar.

- Já conversamos. Pode ir.

- Isso não foi uma conversa. – ele protestou.

- Você falou, eu falei. Quando duas pessoas falam entre sim, isso é chamado de conversa, diálogo. Entendeu ou quer que desenhe?

Seth se afastou pelas palavras ácidas. Ele sabia que merecia, mas isso não o impediu de ficar magoado.

Leah parecia estar com o coração em pedra, mas a verdade era que ela queria desmanchar em lágrimas, socar seu travesseiro, comer brigadeiro e então assistir algum filme de Super herói idiota, como Os Vingadores que não tinha romance nenhum.

- Eu só queria pedir desculpas. – ele disse baixinho, mas Leah ouviu.

- Já pediu. Agora dá o fora.

E antes que ele pudesse dizer algo ela fechou a porta na cara dele. Tentando em vão segurar o choro.

Suas pernas tremeram e ela foi escorregando pela porta até parar sentada e chorando no chão.

Maldito! Maldito! Maldito” ela pensava furiosamente enquanto chorava.

Ela só não sabia o que era mais maldito. Seth, ou o seu coração traíra.

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Nessie estava tentando fazer um ajuste na música com Jayden.

- Seria melhor dobrar a introdução. – ele disse. – Assim você tem três minutos para se trocar.

- Ou você pode colocar Garrett Keller para cantar enquanto você se arruma. – uma voz conhecida soou.

Nessie se virou.

- Garrett agora não. Estou trabalhando.

- Eu sei. Seu pai conversou comigo e eu me perguntei porque você não me disse que era casada?

Jayden conteve o riso, mas Nessie respirou fundo.

- Eu te falei. Para mais de mil vezes.

- Mas ele estava ocupado demais olhando para os seus peitos para notar. – Louisa disse travessa.

Garrett rolou os olhos.

- Não se intrometam ok? Então, como uma forma de pedir perdão Garrett Keller vai cantar no seu show pra te ajudar a se trocar. Três músicas o que te dá uma margem de uns dez minutos. O que acha?

Nessie o olhou desconfiada.

- Você vai dar em cima de mim?

- Nunca mais. – ele prometeu.

- Ok, então. – ela disse.

Garrett sorriu satisfeito e disse aos músicos.

- Aprendam as três músicas principais do novo CD de Garrett Keller. Está com uma estrelinha do lado. E foram para a Billboard.

E ele saiu do estúdio.

- Esse cara é um otário. – Louisa disse.

- É. Mas ele só quer ajudar.

Jayden colocou uma mão no ombro dela.

- Caras como o Keller sempre tem uma segunda intenção. Não confie nele. Sei que você não consegue ver maldade nisso, mas nós vemos. E seria melhor você manter no mínimo uma distância de um metro e meio dele. Ou então...

Ele começou a tocar a marcha nupcial e depois uma marcha fúnebre.

- Seu casamento vai por água a baixo.

Nessie engoliu seco, mas assentiu.

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Jacob sentou-se no banco do Sue’s e parecia muito cansado.

- Oi, Jake. – Sue saudou colocando um copo com água para o rapaz. – Muito treino ou a Nessie fez isso?

Jacob riu.

- Muito treino, mas a Nessie não me deixa muito diferente.

Sue sorriu.

- Sabia disso. – ela comentou – você conhece a sua esposa. Sabe que ela tem um fogo danado.

- Ô se sei. – ele disse bebendo a água avidamente.

Sue gargalhou e Sarah saiu da cozinha.

- Oi filho.

- Oi mãe. – Jacob sorriu colocando mais água em seu copo.

Sarah sorriu.

- Muito treino aposto.

- É. Pra variar... – ele disse e bebeu o mais esse copo.

Sarah hesitou e olhou para Sue que balançou a cabeça e disse:

- Conta você. Ele vai ficar sabendo de um jeito ou de outro.

- Sabendo do que? – Jacob perguntou curioso.

Sarah hesitou mais uma vez e disse:

- Eu e seu pai voltamos.

Jacob arqueou uma sobrancelha.

- Voltaram? Tipo assim... a senhora voltou a ser esposa e saco de pancadas dele?

- Jacob... – Sarah começou a repreendê-lo.

- Por que é isso que a senhora é pra ele. Máquina de sexo e saco de pancadas. E não venha me repreender eu tenho a capacidade de pensar sozinho e você sabe que é verdade.

Sarah respirou fundo.

- Jacob... é melhor para nós dois.

- Com certeza. Sexo e porradas juntos. Excitante. – ele disse sarcástico. – Eu to indo nessa. Valeu pela água Sue.

- Disponha sempre, querido. – Sue disse.

E ele saiu dali, com raiva, irado e magoado.

Entrou em seu carro e quando ia dar a partida a porta do passageiro se abriu.

- E aí, suadão? – Garrett Keller saudou dando seu sorriso Colgate.

- O que você quer Keller? – ele perguntou desligando o motor do carro.

- Te contar a novidade. Provavelmente a Nessie já deve ter te contado, mas repetir não faz mal... Eu vou com ela na Turnê. E ela vai a minha também, afinal, Garrett Keller também é famoso e também troca de roupa.

Jacob ficou vermelho.

- Seu mentiroso! Sai do meu carro. Agora.

- Vamos manter a calm... – Garrett pediu antes de ser interrompido por um soco de Jacob. – Ai! Seu filho da puta mal educado. Você bateu no nariz famoso de Garrett Keller!

A essa altura, Jacob já tinha saído do carro e dado a volta no mesmo. Abriu a porta do passageiro e puxou Garrett pelo colarinho.

- Fica longe da minha mulher seu cantorzinho de bar. Nessie é minha esposa. MINHA. Ta me entendendo? E eu não vou deixar que nenhum filho da puta idiota, metido a Super Star, um retardado que fala na terceira pessoa a tire de mim. E se não quiser precisar de cirurgia plástica para esse seu rostinho ridículo é melhor ficar longe de mim também.

Jacob o colocou no chão. Garrett abriu a boca para falar algo, mas Jacob lhe deu mais um soco, forte o suficiente para fazer o cantor cair na calçada com o nariz sangrando.

- Está avisado, Keller. – disse dando a volta e entrando em seu carro.

Assim que o carro se foi, Garrett puxou um espelho de seu bolso e quase gritou com voz fina.

Seu nariz estava sangrando.

- Você está bem? – ele ouviu uma voz perguntar.

Haviam duas mulheres grávidas, uma loira e um menino.

- Não. Eu não estou bem. – ele gritou. – Um troglodita socou o meu lindo rostinho de cantor. E ele vai enfrentar um processo judicial fudido para isso.

- Se você não limpar sua boca meu rapaz eu vou ser forçada a lhe mandar para a ala psiquiátrica de um hospital. – a mulher com um menino disse – Lave sua boca que tem uma criança aqui.

- Qual é o seu nome? – a outra grávida perguntou.

- Garrett Keller. Não acredito que não me conhece.

- Ah sim. Estou lembrando de você agora. – ela disse – meu noivo é seu produtor musical.

Garrett arregalou os olhos.

- Isabella Swan. – ele disse com a voz fina.

- Sim. Noiva de Edward e mãe de Nessie e tenho que lhe avisar que não gostei nada de você.

- Nem eu. Vamos Chad, vamos comer alguns Brownies. – a mulher grávida disse.

A loira o olhou e disse:

- Nós não gostamos de você. Fique avisado.

Ele engoliu em seco assistindo as mulheres entrarem na Cafeteria.

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Carrie finalmente teve a sensação de pertencer a um lugar. Ao lado de sua mãe, usando uma velha camiseta dos Ramones, uma calça jeans surrada e escutando The Cure.

- Você não nasceu para ser uma patricinha, Carrie. – Jean disse após observá-la. – Nasceu para ser assim. Do jeito que está.

Carrie sorriu.

- Eu me sinto bem assim.

Jean sorriu para a filha.

Carrie estava adorando passar um tempo com ela. Jean era totalmente diferente de Alice. Claro que Carrie adorava Alice, amava-a como mãe, mas Jean era a sua mãe. E o que a entristecia era saber que tinham pouco tempo.

Como se lesse seus pensamentos, Jean comentou:

- Não quero que se isole do mundo novamente quando eu morrer Carrie. Você tem uma personalidade incrível. E muitas pessoas ficarão honradas em conhecê-la.  Você é linda e especial. Só precisa deixar que mais pessoas saibam disso. Não passe o resto dos seus dias sozinha, isolada e afastando todo mundo em sua melancolia. Eu demorei a perceber isso e quando me dei conta já era tarde demais. Meus dias estavam sendo contados.

Carrie sentiu as lágrimas chegarem a seus olhos.

- Como vai ser quando você morrer? – ela perguntou – Não é justo. Eu te encontrei agora e você já vai ir embora.

Jean abraçou a filha.

- Não é o fim do mundo Carrie Jean. Toda música tem um fim, um momento final. Mas isso por acaso é motivo para não gostar dela? Para não apreciá-la? A vida é como a música. Tem seu início, seu meio, sua dificuldade, e seu término. E assim como a música, nós não devemos temer o fim dela, apenas aceitar que a música tem fim. Tudo é uma questão de aceitação.

Carrie engoliu em seco.

- Não tenha medo de viver. Sua vida pode começar com Bring me to Life do Evanescence, e pode terminar com um Friday I’m in Love do The Cure... Nunca se sabe.

Carrie abraçou a cintura da mãe e disse com a voz fina e soluçante:

- Eu não quero te perder.  Não agora que eu acabei de te encontrar.

Jean acariciou os cabelos cacheados da filha.

- Não vai me perder. – prometeu – eu vou estar sempre com você.

Então tirou as mãos da filha para tirar de seu pescoço um cordão. O pingente era uma coruja de prata e bronze com olhos de ônix.

- Tome. – ela disse e Carrie se soltou dela para olhar o cordão que a mãe lhe estendia. – Minha avó me deu no dia em que morreu. Ela tinha 98 anos. Eu tinha mais ou menos a sua idade. Está na minha família há trinta e nove gerações. Como eu sou filha única e você é minha única filha, nada mais justo do que ficar com você.

Carrie pegou o cordão e o colocou em si.

- Lindo. – Jean disse carinhosa. – Quero que fique com mais uma coisa... Ou melhor algumas, quando eu morrer elas serão suas. Você pode fazer o que quiser... A casa, o Tric, minhas blusas de bandas que eu sei que você adorou. – ambas riram e Carrie limpou as lágrimas – e a minha jaqueta.

- Sua jaqueta?

- Minha jaqueta de couro. – Jean disse – Quero que fique com ela porque ela é sinônimo de força. Eu passei por muita coisa na minha vida e ela sempre esteve comigo. E espero que não deixe minha filha na mão, como nunca me deixou na mão.

Carrie abraçou a mãe e Jean sentiu um aperto no coração.

Sim, ela sabia que havia feito uma besteira ao abandonar Carrie.

Deus! Sua filha era frágil, uma criança, precisava da mãe por perto o tempo inteiro e por mais que Alice tenha suprido parte de sua carência, ela sabia que poderia ser diferente se ela não tivesse fugido.

Apertou sua filha entre seus braços.

Tinham pouco tempo, mas Jean estava determinada a fazer com que esse ‘pouco tempo’ fosse muito bem aproveitado.

.....................................................

- Oi amor! – Nessie saudou Jake ao entrar em seu apartamento.

O marido estava quieto na sala, pensativo.

- Tudo bem? – ela perguntou preocupada.

- Você vai sair em turnê com Garrett Keller? – ele perguntou.

- Eu ia te contar, ele vai cantar na minha turnê. Mas como você ficou sabendo? – ela perguntou confusa.

- Não interessa muito. – ele disse – Você vai cantar na turnê dele não é?

- O que? Claro que não. – ela disse – nunca falei sobre isso com ele e nem cogitaria essa possibilidade. Serão três meses de turnê e eu não quero passar seis meses longe de casa se eu fosse cantar na turnê dele. Não, sinto muito, mas eu sou uma estudante e eu realmente amo Forks, para agüentar ficar longe por muito tempo. De onde foi que você tirou essa idéia absurda?

Jacob suspirou aliviado.

- Keller me procurou há umas duas horas e...

- Safado! – Nessie exclamou indignada não deixando o marido terminar de falar – Safado! Idiota! Retardado!

Ela puxou o telefone da bolsa ainda despejando ofensas.

- Garrett! Sou eu. Que história é essa de ficar fazendo fofoca?... – ela fez uma pausa e olhou para Jacob – Que bom que ele te deu um soco, senão eu daria um soco em você e nele por não ter te dado um... Não tenho mais tanta certeza disso, Keller... Vê se morre seu... idiota com pênis atrofiado que fala em terceira pessoa! E não me liga de novo!

Ela largou o telefone e pulou em Jacob beijando-o ardentemente, fazendo o mesmo ficar confuso.

- Isso, é por ter dado um soco nele. E isso... – ela deu um chupão no pescoço de Jacob fazendo-o rolar os olhos e gemer – é por ter vindo falar comigo ao invés de brigar comigo e me acusar injustamente. Eu te amo, seu gostoso inseguro e deliciosamente violento.

Jacob estava confuso demais para o divertimento de sua esposa.

Ele não sabia o que tinha feito, mas parecia ter agradado a sua esposa.

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Sue estava terminando de limpar o balcão quando Keith chegou com uma mulher alta de longos cabelos castanhos.

- Sue! – ele chamou.

- Oi Keith. – ela saudou.

- Quero te apresentar minha noiva... Jenna.

Jenna sorriu amigável a ela e disse:

- Prazer em conhecê-la, Sue. Keith me falou muito sobre você.

Sue estava mais que surpresa. Estava atônita, confusa e... estava com ciúmes.

- Verdade? Me desculpe se soar indelicada, mas Keith nunca falou sobre você.

- Nos conhecemos na Europa e combinamos que se nos reencontrássemos iríamos nos casar. – Keith sorriu.

Sue assentiu compreendendo.

Isso não significava que gostava da situação.

Na verdade... ela estava odiando.

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Colar que a Jean deu a Carrie:

Vintage Style Owl Necklace - Mango - Polyvore


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Notas finais do capítulo

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