Músicas Para A Vida escrita por Polly S


Capítulo 25
Capítulo 02/06 - It Doesn't Hurt That Much...


Notas iniciais do capítulo

Oláááááááá...
Boa noite.
Segunda feira. Aqui estou eu postando mais um capítulo em vez de estudar biologia, mas tudo bem. Vamos nessa.
Queria agradecer aos comentários.
Realmente foram o ponto alto do meu dia.
Amei cada um, apesar da maioria estar escandalizado.



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Por onde quer que andasse todo mundo a encarava. Aquilo a fazia querer chorar e socá-los ao mesmo tempo.

Havia dois dias em que ela era xingada no Facebook. Ela e Seth.

Ela sabia que merecia, mas isso não significava que gostava.

Ela se sentia sufocada com todos aqueles olhares e, querendo um tempo, correu para o refúgio do banheiro feminino.

Péssima idéia.

Nessie e Leah estavam lá, aparentemente retocando a maquiagem.

Leah guardou o gloss labial e dirigiu a loira um olhar gélido.

Nessie evitou olhar para Carrie enquanto se dirigia a porta.

- Você vai mesmo ficar me evitando, Nessie? – ela perguntou.

A garota parou e sinalizou para Leah esperá-la do lado de fora do banheiro.

Quando Leah saiu Nessie disse com a voz mansa:

- Não estou te evitando, Carrie. Estou te dando o seu tempo e espaço que você deve ter para repensar em suas ações e planejar suas ações futuras.

- Eu estou arrependida ok? Não foi algo que eu planejei. – Carrie guinchou com os olhos marejados.

- Acredito em seu arrependimento. – Nessie disse – mas isso não muda o fato de você ter transado com o Seth... – ela suspirou e disse – Carrie você pode ser uma grande amiga quando o assunto é consolo, força, levantamento de astral e tudo o mais. Eu posso contar com você para me ajudar com qualquer coisa e você sabe que pode contar comigo também, mas não se é confiável quando o assunto é namorado. Você é uma excelente amiga, Carrie. Mas já provou que é muito fura-olho.

E sem esperar por uma resposta a garota saiu do banheiro.

Carrie queria bater em si mesma.

E foi isso o que fez.

Abriu sua mochila a procura da tesoura de unha que sempre levava para emergências e perfurou sua pele deixando um rastro de sangue em seus pulsos.

Dor era bom! A dor física a ajudava a esquecer o buraco-negro que estava seu peito e sua mente.

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Jacob estava achando toda a situação no mínimo estranha.

Seth estava sendo visto como “O Canalha” pela população feminina, e como “O Fodão” pela população masculina da FHS.

Claro que ele já traíra suas ex-namoradas, mas ele nunca foi pego por uma webcam.

E ele nunca se imaginou traindo Nessie. O amor que sentia por ela e o amor que ela demonstrava ter por ele o fazia ter respeito para não pensar em mais ninguém que não fosse a não-tão-mais-ruiva Renesmee Bob Swan Cullen Black.

- E aí? – Seth saudou no vestiário.

- Nessie ta puta com você. – Jacob disse dispensando os cumprimentos.

Seth suspirou.

- Eu já imaginava. Ela me mandou uma mensagem privada no Facebook que xingando de coisas que fariam a mãe dela arregalar os olhos.

- Nessie xingou algum palavrão? – Jacob se assustou.

- Não. Mas ela me xingou de “Traidor com pênis atrofiado” – Seth fez careta.

Jacob explodiu em uma gargalhada.

- Bem... fazer o que? – Jacob disse ainda rindo. – Minha garota é durona, valentona... e tem um pavio meio curto.

- Eu e meu facebook sabemos disso muito bem. – Seth resmungou fazendo o irmão rir ainda mais. – Ei, preciso te falar algo. E não é sobre o meu atual problema. Na verdade o problema ta vindo pra cima de você.

- O que foi?

- Garrett Keller. – Seth disse – eu vi ele hoje de manhã aqui na frente da escola. Fazendo eu não sei o que, mas já deu pra sacar que o cara ta afim da Nessie.

Jacob ficou sério.

Ele também já tinha notado que o famoso Garrett Keller estava interessado em Nessie. Provavelmente usando a desculpa do dueto para fazê-la cair na dele.

- Valeu por avisar. – ele disse – vou ficar de olho no Keller.

Seth assentiu.

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Nessie estava saindo da sala de tutoria quando seu celular tocou.

- Alô? – ela atendeu.

- Olá, estrela da música adolescente. – a voz disse e ela reconheceu imediatamente.

- Olá, Garrett. Vem cá, você não tem mais o que fazer não? Eu já disse que vou pensar sobre o dueto.

- Insistir não faz mal.

- Mas me deixa irritada e se eu me irritar vou acabar dizendo um não sem pensar direito.

- Ok. Garrett Keller calado. – ele disse. – Mas e aí? O que acha de um jantar hoje a noite? Você, Garrett Keller, velas e música do Jack Johnson?

- Eu sou casada, seu imbecil. Me respeite. – ela brigou.

- Ok, desculpe o furo estou vendo agora sua entrevista com a Ellen. Esse vestido ficou sexy em você... devia usar no nosso encontro.

- Vê se morre, Garrett. – ela disse antes de desligar na cara dele e bloquear o número do cantor.

Ô cara chato!” ela pensou

- Idiota, narcisista que fala na terceira pessoa! – resmungou irritada.

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Leah estava nada menos do que puta com todo mundo.

A hora do almoço, então foi o cúmulo.

- Ignore os olhares. – Nessie aconselhou quando Leah sentou-se com Nessie e Jacob.

- Falar é fácil não é pra você que estão olhando com cara de coitada! – Leah bufou – Já chega! Pra mim já deu.

Ela se pôs de pé e subiu em cima da cadeira.

- CALA A BOCA TODO MUNDO E PRESTA A PORRA DA ATENÇÃO EM MIM. PAREM DE FICAR ME ENCARANDO COMO SE EU FOSSE UMA COITADA. OLHEM PROS RABOS DE VOCÊS E VEJAM O QUE É COITADO E SEU EU PEGAR ALGUÉM OLHANDO O MÍNIMO PRA MIM EU JURO QUE DESÇO O CACETE EM CIMA DO FILHO DA PUTA. AVISADOS. BOM ALMOÇO PRA VOCÊS.

Ela desceu e sentou-se.

Sua expressão mais tranqüila.

Nessie possuía os olhos arregalados, seu espanto também era refletido em Jacob.

- Então, como foi a manhã de vocês nesse inferno chamado escola? – Leah perguntou após engolir sua salada.

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Bella não sabia o que dizer a Alice.

- Eu nunca imaginei a Carrie se metendo numa situação dessas. – Alice disse séria segurando uma xícara de leite quente em suas mãos – Estou passada e engomada com isso. Jasper está em choque, nenhum de nós está sabendo o que fazer.

- Nessie me disse que ela virou o Judas Iscariotes na escola. Todo mundo está fazendo Bullying com ela. Acho que a última coisa que ela precisa são brigas em casa. Converse com ela e mostre que você estará com ela para o que der e vier. – Bella aconselhou.

- Não é fácil passar por isso, Alice. – Rose disse – eu sei como é, a diferença era que eu não tinha feito nada e a Tanya me acusou injustamente. Ela disse que eu tinha transado no carro da mamãe sendo que foi ela.

Alice suspirou.

- Eu agradeço meninas, mas ultimamente, desde que soube disso eu tenho estado fora de mim. Fui ao médico e ele disse que era para eu tomar cuidado, a gravidez é de risco e eu tenho que ter cuidado em dobro.

Bella assentiu.

- Você deveria descansar um pouco. – ela instruiu. – pode usar o quarto da Nessie, ela não vai se importar de qualquer jeito. – disse em tom de brincadeira fazendo Alice dar um riso mínimo.

- Obrigada, Bella. – Alice disse – estou realmente precisando descansar e não consigo lá em casa.

- A casa é sua, Alice, fique a vontade. – disse a morena.

Foi só Alice subir que Rose cochichou:

- Carrie agiu igualzinho a Tanya, senão for pior.

- A gente não pode julgar uma adolescente com hormônios a mil, Rose. – Bella disse – Nós duas sabemos o que é ser uma adolescente com hormônios a mil por hora. E sabemos que a culpa não é inteiramente de Carrie. Seth partiu pra cima, Carrie+Hormônios= Furou o olho de Leah.

- E quebrou o coração da coitada.

Bella suspirou.

- É uma situação difícil. – disse por fim.

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Nessie estava fazendo uma massagem nas costas de Jacob quando comentou:

- Estou pensando em aceitar o dueto com o Garrett.

Jacob ficou tenso e hesitou.

- O que foi? – ela perguntou preocupada.

- Nada... Ok, eu vou falar. – ele disse se virando e fazendo com que ela parasse a massagem. – Não gosto do Keller. Ele, sei lá, parece o tipo de cara que só quer te levar pra cama. E ele fica dando em cima de você, não gosto disso.

- Isso tudo é ciúmes ou insegurança? – ela perguntou.

- Um pouco dos dois.

Nessie deitou em cima dele e disse em um suave sussurro:

- Tudo isso á toa. Sou bem casada, amo meu marido e é só com ele que eu adoro fazer sexo... E por sinal, estou com muita vontade de ver o meu marido lindo e gostoso pelado. O que acha?

- Boa sugestão. – ele sorriu malicioso beijando a esposa. – Mas você tem que estar pelada também. Justiça para todos.

Ela gargalhou feliz.

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NO DIA SEGUINTE...

Nessie estava no meio do ensaio. Sua turnê se iniciaria em cinco semanas e todos estavam meio tensos.

- Vamos passar a Flying Machine mais uma vez. – ela pediu.

- Você furou comigo! – ela ouviu a voz de Garrett Keller soar indignada – me deixou plantado até as onze da noite num restaurantezinho precário e sem opções de boa comida a noite inteira.

Nessie suspirou e disse:

- Pausa. – então virou-se para Garrett erguendo a mão esquerda. – Que parte de ‘Eu sou Casada’, você não entendeu? E o Hambúrguer do Sue’s é ótimo.

- O que você ficou fazendo que não foi até o tal restaurante ontem?

Nessie suspirou pesadamente e disse:

- Transando com o meu marido. Agora dá o fora. – ela disse empurrando-o a porta a fora do estúdio.

Assim que a porta se fechou ela se virou e deu de cara com todos a encarando.

- O que foi? Eu não menti. – ela disse e foi até a mesa de lanche comer um donuts.

.........................................................

DUAS SEMANAS DEPOIS.

Nessie entrou no banheiro feminino e sentiu um cheiro estranho.

Não era de drogas, até porque os drogados ficavam do lado de fora. Era sangue.

Ah droga! Alguém está menstruada e esqueceu a porcaria da descarga” ela pensou, mas então se tocou que o cheiro não era de sangue menstruado.

Ela engoliu em seco apenas para confirmar suas dúvidas, lavou suas mãos e bateu a porta do banheiro, mas continuou dentro.

Abaixou-se, olhou para dentro dos boxes e viu o sangue respingado no chão. Então os tênis.

Sua respiração falhou ao reconhecer os velhos e pichados tênis Adidas.

Carrie!” ela pensou aterrorizada.

Não! Não podia ser! Carrie era mais sensata! Não iria ficar se cortando como uma depressiva sem cérebro.

- Porcaria! – ela ouviu o praguejo da amiga e silenciosamente se escondeu em uma das cabines.

Carrie saiu e ela viu a amiga limpar o sangue dos pulsos na pia, com água limpa e corrente e em seguida enfaixar os cortes. Então lavou uma tesoura e a guardou na bolsa e saiu como se nada tivesse acontecido.

Aquela foi a primeira vez que Nessie pensou igual a Leah:

Puta que paril”.

MAIS TARDE...

- Estou te falando Leah. – Nessie disse – eu vi o sangue nos pulsos dela. Não ouvi isso de ninguém eu vi.

- Isso não combina com ela. – Leah disse decidida. – Carrie nunca faria isso.

- Mas ela fez. E eu vou te provar. Já notou como os pulsos dela estão sempre cobertos pelas mangas do casaco e como ela está com os pulsos enfaixados e mesmo assim pratica vôlei na educação física?

Leah assentiu.

- Ela está se cortando. Está se matando. Leah acorda!

- Não vou ficar com pena dela. – Leah disse – Aliás, Kebi está na cidade. Eu vou levá-la a festa de hoje à noite, na casa do Embry. Drew me disse que não liga pra isso. Pra o que a Carrie fez, estou dizendo. E a Kebi é a minha nova amiga falsa favorita.

Nessie balançou a cabeça.

- Eu não vou nem por os meus pés lá. – avisou. – Eu vou falar com a Carrie.

- Boa sorte. – Leah desejou.

Nessie achou Carrie sentada próxima ao prédio da biblioteca.

- Hei... – saudou.

Carrie olhou surpresa para a amiga.

- Oi. – disse cuidadosamente.

- Eu acho que você já teve tempo demais para pensar e agora já é hora de falar. – Nessie disse sentando-se ao lado dela – Como está esses dias?

- Ah, bem... pior não dá pra ficar. – Carrie disse – Todo mundo me chamando de vadia pelas costas é algo que eu possa conviver apesar de não gostar nada.

- Bem, eles tem razão. Sobre você ser uma vadia, mas eu gosto de você, vadia. – Nessie disse em um tom brincalhão.

Carrie forçou um sorriso.

E foi com aquele sorriso forçado que ela notou algo que nunca pensara que aconteceria com a loira: Depressão.

- Eu vou procurar a minha mãe. – a loira disse. – Minha mãe biológica.

Nessie olhou surpresa para a amiga.

- Não sabia que tinha vontade de conhecer sua mãe.

- Você queria conhecer o seu pai. – Carrie disse – eu quero conhecer a minha mãe. Papai me disse que ela mora em Vancouver. Estou indo atrás dela na sexta-feira que vem.

- Porque isso?

- Eu quero conhecê-la. – Carrie disse – você sabe como é.

Nessie assentiu.

- Ponto pra você. Vem, vamos almoçar.

- Ah, eu passo essa. Eu vou almoçar no Burguer King como tenho feito ultimamente.

Nessie assentiu.

- Ok, a gente se vê mais tarde. – disse antes de ir ao refeitório juntar-se a Jacob.

FESTA NA CASA DO EMBRY 22:56

- Não acredito que você me convenceu a vir. – Nessie reclamou a Jacob.

- Vai ser divertido, você vai ver.

Nessie bufou e foi buscar uma coca-cola na geladeira.

Tinha acabado de tirar a coca do congelador quando notou Kebi e Leah chegando.

Ela suspirou e foi até lá.

- Carrie! – Leah chamou – Lembra da Kebi, ela é a minha nova Vadia favorita. Você perdeu esse posto também.

Carrie estava sem expressão. Seus olhos nada diziam. Nessie se aproximou da amiga.

- Soube que você está interagindo com Drew e Danneel. – Kebi disse.

- Isso não é da sua conta. – Carrie disse sem emoção. Nessie apertou o braço dela em um apelo de “Por favor, fique quieta”.

- É sim. É minha filha e você se afaste dela.

Carrie riu sarcástica.

- Não sou você pra largar uma criança assim. – disse.

Kebi ficou vermelha e empurrou Carrie.

A mesma bateu com as costas na geladeira e quando teve seu equilíbrio normalizado partiu para cima de Kebi fazendo a egípcia cair em cima da mesa.

Carrie estava sentada em cima de Kebi batendo nela e gritando:

- FICA LONGE DE MIM SUA VADIA. VOCÊ FALA DE MIM, MAS ABANDONOU UM CARA INCRÍVEL COM SUA FILHA. VOCÊ NÃO TEM CARALHO NENHUM DE MORAL COMIGO NESSA PORRA, VACA DE QUINTA. PROSTITUTA. VADIA RODADA. PUTA ARROMBADA!

Ela só parou de gritar quando separaram as duas garotas.

- Carrie, controle-se por favor. – Nessie pediu ao puxar a amiga para a varanda.

- Desculpa. Eu perdi o controle. – Carrie disse, mas viu que os olhos de Nessie estavam fixos em seus pulsos repletos de cicatrizes.

Carrie escondeu os pulsos.

- Não são nada. – disse.

- Eu não acho que não são nada. – Nessie disse quietamente.

..........................................

SEXTA-FEIRA 17:30 VANCOUVER, CANADÁ.

Carrie olhou para a casa a sua frente, nervosa. Ela deveria ter vindo acompanhada, mas não! Foi teimosa o suficiente para pedir e insistir em viajar sozinha.

Atravessou o jardim e tocou a campainha.

Uma mulher loira atendeu alguns segundos depois.

Carrie poderia jurar estar se olhando em um espelho. Era ela só que com quarenta anos de idade.

- Posso ajudar? – a mulher perguntou.

- Você é Jean Harper? – perguntou.

- Sim, quem deseja?

- Carrie Withlock. – disse após engolir em seco.

Jean arregalou os olhos.

- Não brinque comigo mocinha. – disse Jean parecendo raivosa.

- Não estou brincando. – Carrie disse segurando a emoção – Meu nome é Carrie Jean Withlock, meu pai é Jasper Hale Withlock. Nasci no dia 03 de Setembro de 1997. Se quiser a minha certidão de nascimento pra conferir ela está no meu bolso.

Jean parecia sem palavras.

- Entre. – disse por fim.

A casa era aconchegante. Pequena e apertada, mas aconchegante.

- O que a trás até mim? – Jean perguntou – Desculpe, quer um café, suco, água, chocolate quente?

- Não obrigada. – ela agradeceu – estou bem. Na verdade eu... eu vim porque queria te conhecer.

Jean encarou a filha e disse sombriamente:

- Não sou alguém que você gostaria de conhecer, Carrie.

Carrie engoliu em seco.

- Você é minha mãe. – ela disse – e eu tenho o direito de conhecer você.

Jean suspirou.

- Meu nome é Jean Locke Harper, fui casada durante um ano e meio com o seu pai. Tenho 39 anos. Adoro Punk Rock. Sou dona de um Pub para Jovens adultos chamado Tric, não tenho muito dinheiro, mas o que tenho dá pra sobreviver. Alguma outra pergunta?

Carrie não procurou esconder sua irritação.

- Sim, mas pelo visto, você não está disposta a responder. Aliás, acho que nem contato comigo você queria ter na verdade. Mamãe tinha razão! Eu não deveria ter vindo.

Ela pegou sua bolsa, e se levantou do sofá onde sentara.

Jean não soube dizer se foi o fato de ela ter chamado outra mulher de ‘mamãe’ ou a evidente decepção que causara na filha, mas ela se arrependera de ter sido tão grosseira.

- Carrie, espera. – pediu em um tom menos ácido. – Não é que eu não queria ter contato com você, é só que... Eu tenho câncer. E eu não queria te procurar por isso. Não quero que você se sinta obrigada a ficar perto de mim por pena, pelo fato de eu estar com câncer. Eu iria lhe procurar eventualmente... só precisava me sentir pronta.

Carrie sentou-se novamente. Os olhos preocupados e cheios de uma dor que Jean nunca vira em sua vida.

- Você tem câncer? – Carrie perguntou.

- Sim. Nos pulmões. Muito cigarro. – disse fazendo piada do assunto. Uma piada que nenhuma das duas conseguiu nem forçar o riso.

Carrie tinha certeza de que ela tinha sido amaldiçoada. Ela não queria ser fura-olho, mas ela era. Não queria ser uma vadia, mas era. Não queria que Jean tivesse câncer, mas ela tinha. E não havia nada para se fazer a respeito disso.


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Notas finais do capítulo

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