"A neve caia levemente sobre meu rosto,alguém segurava a minha mão,a minha frente,além do branco,eu somente via ela.Seus cabelos esvoaçavam com o vento,e ela corria.Eu sentia que deveria para-la mas o sorriso em seu rosto me paralisava por completo.

– Vamos lá! - Ela falou sorrindo.

Quis gritar seu nome,senti lágrimas virem aos meus olhos...E a última coisa que vi foi o seu sorriso se apagando e tudo desaparacendo na minha frente.

– Len!Acorda,LEN ACORDA AGORA PÔ!"

Acordei arfando,e suando.Meu peito descia e subia rapidamente.Olhei para o lado e vi minha irmã gêmea pulando e sorrindo.

– Len,finalmente acordou! - Rin falou,ao mesmo tempo que saltitava.

– O que houve,Rin? - Perguntei preocupado.

– Você não vai acreditar,vamos poder ir visitá-la!Recebemos autorização! - Falou me abraçando.

Logo ela parou de pular e senti que ela tinha apertado o abraço.

– Len...Não sei se...Poderei vê-la naquele estado...- Falou com uma voz de modo que pude perceber que ela estava chorando.

– Rin... - A tirei do abraço e a olhei. - Vai estar tudo bem,quem sabe tiraram somente um aparelho.

Ela sorriu e saiu correndo do meu quarto,gritando que o café estava pronto.

Fazia 5 anos que não iamos visitá-la.

Tomei banho,escovei os dentes e me vesti com uma calça jeans,um all star,uma camisa azul escuro e um casaco branco com capuz.

Desci e tomei café da manhã.

10h nós fomos de carro para o hospital.

Rin estava usando um vestido azul claro,meia-calça preta e sapatilhas da mesma cor que o vestido.

Ela olhava pela janela do seu lado e eu pela do meu lado.

Logo pus a imaginar ela sentada do meu lado,com suas maria-chiquinhas típicas.

Ela estaria sorrindo e cantarolando alguma coisa.Eu então perguntaria.

– Não está preocupada em estar indo para outros exames?

– E por que estaria? - Perguntaria sorrindo. - Sabe,Len,toda vez que entro lá eu me sinto mais esperançosa.Quem sabe eu saia de lá com um sorriso enorme e diga "Estou curada".Por isso,eu não me preocupo com mais nada.

– Então,espero que isso aconteça logo. - Eu responderia sorrindo.

Então começariamos a rir,pois a Rin iria reclamar que estavamos ignorando ela.

Miku,você sempre esteve esperançosa.Mas nunca aconteceu o que tanto queríamos.Você sair e estar curada.

Sai de meus devaneios quando chegamos no hospital.Entramos.

Rin pegou em minha mão e eu a olhei.Ela estava com um semblante de medo.Apertei a mão dela,queria que ela sentisse coragem,apesar de eu estar com muito mais medo.

Passávamos pelos corredores,acompanhando uma enfermeira.

Ela parou em frente de uma porta em que estava escrito em letras esverdeadas "Paciente Hatsune Miku".

Senti meu coração pulsar mais rápido.Ela abriu a porta e...