Stole Your Love! escrita por MyLittleTime 3


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Continuação...



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-Interessante. – Retribui-lhe o sorriso.

Dirigimo-nos até ao pedregulho e Lianna começou a ler o aviso. Falava sobre uma norma respeitada há séculos pelas Sárfias dos outros milénios, e que consistia na frase “Respeita o mundo em si e não os Homens em particular”. Ao princípio não tinha percebido o seu significado, mas depois explicara-me que não deviam amar os homens porque tornavam-nas impuras.

  -Então mas se vocês não podem estar com os homens como é que vieram ao mundo? – Perguntei-lhe, curioso.

  -Somos deusas que vêm do céu através da Luz.

  -Através da Luz como?

  -Somos envolvidas pela Luz, quando chegamos à terra um brilho rodeia-nos o corpo. É por isso que somos criaturas muito brancas.

  -Espantoso. – Fiquei encantado com o nascimento das Sárfias. Nem mesmo os guardiães nascem de uma maneira tão majestosa.

 Gostava de saber mais sobre as Sárfias, mas principalmente sobre ela. Sentia o enorme poder que guardava e queria liberta-lo mas como? Eu não sabia.

  -Como é que consegues controlar aquelas mulheres quando são elas mais velhas que tu?

  -Perdão?

  -Perguntei-lhe como é que consegue controlar as senhoras quando se tem a essa idade.

  -Que idade me dá? – Perguntou ela agradada.

  -Se me perdoar a rudeza dou-lhe mil anos de idade. – Respondi-lhe.

  -Vou aceitar o seu perdão, mas está enganado acerca da minha idade. Não tenho mil anos.

  -O quê? Será possível?

  -Bem…eu penso que sim. Mas se o senhor acha que não, não negarei a sua crença. – Disse Lianna com um sorriso nos lábios.

  -Mas, então, quantos anos tem?

  -Tenho quatro mil e duzentos milhões de anos.

  -Inacreditável. Parece impossível uma menina como você ter essa idade.

  -Será que foi um elogio? Ou terei de considerar como uma ofensa? – Perguntou Lianna.

  -Não…Claro que não! Sem duvida alguma que é um elogio.

  -Muito obrigada, então. – Riu-se delicadamente.

  -Por favor trate-me por tu, não gosto que falem comigo formalmente, nem os meus súbditos o fazem, portanto.

  -Então prometa-me que vai tratar-me por tu também.

  -Está combinado.

Sorrimos os dois e continuamos a conversa. Falara-lhe do meu reino e do meu poder e ela da sua vida. Perguntei-lhe tantas coisas mas quando foi a altura da despedida o meu rosto entristeceu. Ela declarou que nos voltaríamos a encontrar o que encheu o meu espírito de vitalidade.

O problema é que aqueles encontros nunca deveriam de ter acontecido.

Voltei ao mundo real quando a minha editora telefonou-me a perguntar o que fazia, disse-lhe que estava a magicar ideias acerca do próximo livro mas era tudo mentira. Na verdade estivera a pensar na mulher que amo.

  -Vou passar pela tua casa. – Disse a desinteressante editora.

Minutos depois estava alguém a tocar-me à porta. Clara, a editora mais forreta do mundo, conheço-a à bastante tempo e foi ela que me sugeriu a profissão de escritor. Era uma mulher bem formada, tinha cabelo louro até aos ombros, era bronzeada e vestia-se sempre como uma mulher de negócios. Qualquer homem apreciaria a sua beleza, mas quando descobrissem o seu génio fugiriam a sete pés.

  -Já viste o teu aspecto? Não me digas que foste à rua assim? És um homem jeitoso, ver-te assim deprimiria qualquer estilista.

  -O que tem haver o meu aspecto para aquilo que vieste aqui fazer? – Perguntei-lhe com desdém.

  -Se dissesse que te vim ver não acreditavas portanto queria saber das tuas ideias.

  -Ainda não tenho nenhumas.

  -Deves estar a gozar? Acabaste de dizer que estavas a magicar ideias e agora não as tens?

  -Puf! Desapareceram, quando as tiver digo-te. – Disse-lhe ao acaso.

  -Olha para ti. És o homem mais bonito que eu alguma vez conheci. Tens um cabelo que dá inveja a todos, negro como a noite, os teus olhos são surpreendentemente fantásticos nunca vi o cinzento a definir a íris dos olhos. Qualquer mulher deseja-te, até mesmo as velhotas dos lares de idosos.

  -Cala-te, Clara. Preferia ser gay do que ser apreciado por mulheres mais velhas do que eu.

Que grande ironia da minha parte, afinal era muito mais velho que elas.

  -Que desperdício. Voltando ao que interessa, vai tomar um banho e compõe-te, vamos às compras. – Informou-me.

  -Achas que sou alguma das tuas amigas? Vou às compras porque alma? – Perguntei-lhe um pouco enfurecido.

  -Meu caro, nós vamos a uma festa, por causa do teu sucesso. Vão estar lá vários famosos e editores bastante conhecidos. Ou seja, está na hora de comprarmos um fato.

  -Não tenho outra escolha pela tua cara.

  -Estás a ver como pensas. Devias de ter essa atitude relativamente às ideias para o livro, mas enfim o que poderei fazer…

  -Parares de vir, por exemplo, ou então não me chateares.

  -Era uma pergunta retórica. – Ripostou a mulher.

Fui tomar um banho e vesti umas calças de ganga e uma t-shirt. Reuni-me com a Clara e fomos à caça das lojas, uma tarefa um pouco deprimente para o meu espírito.

Saímos de várias lojas com três sacos na mão, um com os sapatos, outro com o fato e o último com os acessórios, importantes para qualquer festa, dizia a minha editora. Ao passarmos por um restaurante convidei-a para um almoço, o que a surpreendeu mas aceito-o com enorme agrado. Quando a refeição terminou saímos do local e algo inesperado aconteceu e arregalei os olhos, senti um cheiro agradável e familiar, tinha passado por mim uma adolescente com o mesmo aspecto que Lianna. Olhei de novo para confirmar mas já estava longe, tinha sentido o cheiro, a alma e principalmente o poder, reparara na aparência superficialmente e era bastante semelhante. O seu cabelo com a cor viva do crepúsculo, a pele tão branca quanto a neve e os seus magníficos olhos verdes-esmeralda.

  -Estás a olhar para onde? – Perguntou Clara.

  -O quê? Ah…Eu não estou a olhar para ninguém. – Disse embaraçado.

  -A sério…bem se tu o dizes.

Dirigimo-nos para casa. Vesti o fato que comprara e a rapariga que editava os meus livros ajeitou a gravata que tinha ao pescoço, saímos da habitação e deslocamo-nos para a festa, umas horas mais tarde estava em casa cansado e sem paciência, queria dormir e nunca mais acordar mas a vida é demasiado malévola para conceder desejos, no entanto, desapertei a gravata e deitei-me na cama. Estava a rebobinar o dia que passei quando cheguei à parte da rapariga que encontrei a passear, nesse momento fechei os olhos e adormeci.


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