A Descoberta Da Semideusa escrita por Tia Malu


Capítulo 22
A Ilha de Creta.




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O barco seguia em direção a ilha cada vez mais rápido e eu me perguntava como um barco daquele tamanho conseguia ser veloz. Já havia entregado os colares aos meus amigos e durante o resto da viagem continuei encostada na amurada do barco apenas observando o pontinho que era a praia do acampamento, pensando nos vários significados do último verso da profecia, aquilo podia dizer muitas coisas, positivas tanto quanto negativas, eu esperava que seu significado fosse positivo, porém porque algo me dizia que eu estava errada novamente? E ainda porcima eu não tinha só isso para pensar, também tinha a questão sobre eu me juntar ás Caçadoras de Ártemis, mas estava tão confusa que eu não sabia se era mesmo o que eu queria. A viagem até a ilha demorou apenas uma meia hora. Bem isso já era de se esperar uma vez que aquele barco estava correndo mais do que meu pai com o seu carro quando ele estava atrasado para o trabalho. Quando o barco por fim parou, vi que estávamos na praia da ilha. Os meninos pegaram suas coisas e desceram do barco e eu saí logo atrás deles. Fomos para a praia da ilha juntos então percebi que já estava quase escurecendo e eu não queria começar a andar por aquela ilha durante a noite. Fiquei calada assim como eles esperando que alguém falasse algo, mas então notei que os três me olhavam esperando eu EU falasse algo.

- O que foi? - perguntei.

- Bom para onde vamos? - perguntou Leandro e eu não entendi muito, então ao perceber isso ele suspirou e falou. - "E  a filha da Sabedoria, os guiará."

- Ah sim... Ei espera está faltando coisa ai. "E a filha da Sabedoria, com a ajuda do filho dos Céus, os guiará."- falei. - Parece que você vai ter que me ajudar.

- Tá, tá. Tanto faz, mas vamos para onde? Ou vamos passar a noite aqui? - perguntou ele.

- Acho que podemos ficar algumas horas por aqui, depois começamos a explorar a ilha.... se bem que eu não faça a menor ideia para onde devemos ir. - falei.

- Bom já que vamos ficar parados aqui passem isso então. - disse Leandro tirando da mochila um vidro pequeno cheio de pó dourado e preto.- É pó de monstro, vai disfarçar um pouco o nosso cheiro. Pelo menos foi isso o que o Doug me falou.

- Ah cara, temos que passar isso mesmo? - falei com uma careta, mas ainda assim quando chegou a minha vez eu passei o pó de monstro.

*

Já havia escurecido totalmente quando fizemos uma pequena fogueira e nos sentamos ao redor dela. Não conversamos muito, então aproveitamospara comer um pouco, eu havia levado biscoitos já Renato e Leandro levaram doritos e algums latas de coca-cola e o Rafael, frutas. Eu e Rafael comemos biscoitos e frutas, enquanto Renato e Leandro comiam doritos e bebiam coca-cola. Ainda tínhamos algum tempo para descansar antes de começar a andar pela ilha, então falei aos meninos para descansarem que eu iria ficar vigiando, já que não estava cansada. Não precisei falar duas vezes, Renato e Leandro encostaram a cabeça em suas mochilas e logo estavam roncando, me perguntei como ele conseguiram isso tão rápido. Já por sua vez Rafael continuou sentado ao meu lado, mexendo na fogueira com um graveto. 

-Vá dormir, já disse que vou ficar de vigia - falei.

- Não estou a fim de dormir, e mesmo se quisesse não sei se conseguiria fazer isso aqui. - disse ele.

- O que você quer dizer?

- Você não sente Malu? Tem realmente algo maligno aqui, um grande perigo que vai botar não só a nós em um grande perigo, mas também todos no acampamento.

- Sim, isso eu sei. Mas por que isso agora?

- Não sei Malu, não sei...

- Olhe vá dormir, se algo acontecer eu chamo a vocês O.K?

- Está bem, acho que não seria ruim eu dormir um pouco. - falou ele deitando e se encostando em mim, me usando como travesseiro, suspirei, e simplesmente fiquei observando a lua me perguntando o que estaria acontecendo no acampamento agora.

*

Ainda faltava umas duas ou três horas para o sol nascer quando acordei os meninos. Eles ficaram de pé rapidamente e logo pegaram uas mochilas. Começamos a andar pela praia da ilha até que por fim adentramos á floresta. Andamos pela floresta por algum tempo mais sem realmente saber para onde íamos.  O Sol já estava nascendo e eu já estava considerando o fato de que estávamos perdidos, quando de repente escutei algo chamar um "EI" um pouco estridente. Olhei para os meninos mais Rafael e Renato pareciam não ter escutado nada, apenas Leandro estava com uma expressão atenta de quem também acabara de escutar algo. 

- Vocês não escutaram isso? - perguntou Leandro ao Renato e Rafael.

- Tudo o que eu ouvi foi uma coruja piando. - falou Rafael e Renato apenas assentiu.

Assim que ele falou isso comecei a pensar, a coruja era a ave símbolo de Atena e também era uma ave de rapina....

- É claro! - exclamei. - Eu e o Leandro escutamos uma voz nos chmando porque foi a coruja. Ela é o animal símbolo de Atena e também é uma ave de rapina.

- O.K. Deixa ver se eu entendi, você fala com corujas porque sua mãe é Atena -disse Renato. - Mas por que o Leandro também conseguiu entender ela?

- Porque ela é uma ave de rapina. Ele é filho de Zeus, e a ave símbolo de Zeus é uma águia, uma ave de rapina, então segundo meu raciocínio Leandro pode falar com avez de rapina por causa disso. Por isso ele também pode falar com corujas. - falei rapidamente.

- Muito bem dito filha de Atena, eu não teria explicado melhor. - escutei novamente a mesma voz de antes e então uma grande coruja branca apareceu voando e pousou em meu ombro. Quando ela abriu o bico, pensei que fosse piar, mas entendi claramente o que ela quis dizer. - E se eu fosse vocês me esconderia agoa, há algumas dracaenas vindo nesta direção.

Eu e Leandro nos olhamos meio que desesperados então dissemos ao mesmo tempo.

- Se escondam agora! - enquanto isso a coruja voou para a árvore mais próxima.


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