A Descoberta Da Semideusa escrita por Tia Malu


Capítulo 16
Uma ilha surge.


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal, estou aqui com mais um capítulo, espero que gostem.
Boa leitura ;)



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Depois de ficar tanto tempo desacordada na enfermaria, era de se esperar de que eu estivesse sem sono algum, porém assim que entrei no chalé e fui para o chalé feminino, só tive tempo de tirar os coturnos e me deitar na cama, logo adormecendo rapidamente.

Enquanto dormia, vi novamente as imagens da ilha que eu vira mais cedo, e novamente a mesma coruja estava ao meu lado. A coruja era branca e bem maior do que o normal. Ela olhou para mim e então voltou a olhar para frente quando segui seu olhar vi que ela olhava para a praia do acampamento meio-sangue, quando ela voltou a olhar para mim, foi como se falasse. "Prepare-se, o pior ainda está por vir." Então como antes, a coruja mutante gigante voou para longe, e como antes, eu acordei.

Era uma manhã clara de terça-feira e eu de algum modo sabia que já estava MUITO atrasada para a aula de Arco e Flecha. Me levantei rapidamente e tomei um banho rápido e troquei minhas roupas, vestindo uma calça jeans preta, a blusa laranja do acampamento e calcei novamente meus coturnos. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, peguei minhas armas e meu arco e minha aljava e saí do chalé e fui correndo em direção ao Anfiteatro, aonde iria ocorrer a aula. Mal pensara no que ocorrera na noite anterior, estava concentrada demais em não me atrasar ainda mais para a aula.

Ao chegar no anfiteatro, vi que Quíron já estava ali junto com os outros campistas novatos, a instrução ainda não havia começao e todos estavam ao redor de Quíron e pareciam bem agitados. Me aproximei deles procuranrando saber o que estava acontecendo.

– Ei o que houve? Alguém morreu? - perguntei a Alex, um dos filhos de Hefesto que estava por ali.

– Não, ninguém morreu. A instrução de hoje vai ser prática. Quíron vai nos levar a uma clareira nos bosques e evocar alguns cães infernais - falou ele.

– Ah maravilha. - murmurei, então perguntei a ele novamente. - E isso é seguro?

–Bem, vamos descobrir. - falou ele com uma careta.

Quíron explicava que nos levaria para o bosque para a atividade de Arco e Flecha que seria individual, ele falou que iria invocar Cães Infernais para podermos treinar com eles. E assm que tivéssemos conseguido acabar com pelo menos um deles estaria despensado.

Ao terminar de explicar Quíron nos conduziu em direção aos bosques, e enquanto isso eu seguia ao lado de Jow e Júlia, filha de Apolo, ou como ela gostava de ser chamada Juub's. Quíron nos conduziu até uma das clareiras do bosque e ao chegarmos, notei alguns dos campistas mais velhos por ali. Todos os filhos de Ares, com excessão do Renato é claro, uns quatro irmãos meus, dois filhos de Hades e alguns outros que eu não tive tempo de ver quem era pois Quíron começou a falar.

– Muito bem semideuses. - falou Quíron. - Preparem seus arcos, pois irei invocar os cães. E não se preocupem, se algo der errado temos aqui alguns dos campistas mais velhos para ajudá-los.

– Ah, que maravilha - disse a Taina baixinho ao meu lado. E não me pergunte como ela apareceu do meu lado, pois eu também não fazia a menor ideia.

Quíron fez um gesto estranho com as mãos, e enquanto isso tirei meu arco das costas e peguei o flecha já a colocando na corda do arco pronta para atirar. De repente seis coisas surgiram das sombras. Eram cães maiores do que o normal, o menor dele talvez tivesse dois metros, o maior talvez tivesse uns seis ou sete. O estranho foi que ele ignoraram completamente o campistas mais velhos que estavam ao redor da clareira, eles avançaram diretamente para nós, os novatos. Vários campistas começaram a atirar contra o menor deles, alguns atiravam nos outros, mas nenhum se atrevia a atirar no maior deles. E como ninguém o estava atacando atirei minha primeira flecha contra o maior cão infernal, um mastim negro que assim que sentiu minha flecha atingir seu focinho e fazê-lo sangrar, me olhou com um olhar de puro ódio e avançou contra mim. Pulei para o lado bem na hora em que ele iria abocanhar o local em que eu estivera antes, mas quando não me viu mais ali ficou um tanto confuso. Eu estava no flaco direto do animal e aproveitei que ele ainda estava perdido e comecei a atirar flechas em seu dorso e sua barriga, estranhei que agora estava tudo muito calmo e arrisquei olhar ao redor, e vi então que eu era a única que ainda enfrentava um cão infernal. Os outros campistas haviam dado um passo para trás a fim de me dar espaço, com certeza.

– Ah qual é, isso é sacanagem- reclamei enquanto botava outra flecha na corda e atirava contra o monstro.

O cão infernal tentava a toda hora me acertar, ou com suas patas enormes ou ele tentava me abocanhar mesmo, mas eu estava em movimento o tempo todo e a cada flecha que atirava contra ele saía do lugar em que me encontrava. Estava quase perdendo as esperanças quando notei que o cão já fora acertado demais, então comecei a atirar flechas nele com grande entusiasmo, e quando por fim, atirei a última flecha da minha aljava o montro tombou e virou pó dourado.

– Muito bem, muito bem - falou Quíron, então me lançou um olhar estranho e quando percebeu que eu o vira logo o desviou - Vocês foram muito bem, estão dispensados.

O centauro saiu galopando dali e eu me pus a recolher minhas flechas, já tinha recolhido quase todas, quando escutei alguém falar.

– Uou, parabéns Malu. Mandou bem. - olhei e vi que quem falara fora a Taina.

– Valeu baixinha. - falei piscando para ele, então ao ver o pó dourado de cão infernal, não pude resistir e falei. - Ei olha gente, porpurina!

– Ai ai... Deixa disso Malu, vem vamos para a praia com a gente, todos foram para lá. - falou Gabriel.

– Está bem, to indo - falei botando o arco nas costas junto om a aljava e junto com eles fui para a praia.

*

De fato a praia estava bem cheia, parecia que todos os campistas estavam ali, o que de fato era verdade. Quando cheguei a praia com a Taina, Jow e Gabriel, o infeliz filhos de Afrodite aproveitou a minha distração a puxou o elástico que prendia meu cabelo os fazendo cairem soltos pelas minhas costas, para a minha sorte eles ainda estava lisos ( graças ao milagre da chapinha), então só passei a mão por eles para poder arrumá-los.

– Gabriel! - gritei, e meu irmão, um filho de Poseidon e um filho de Hades que tinham o mesmo nome me olharam e eu apenas balancei negativamente a cabeça informando que não era nada. - É sério, eu ainda mato esse garoto.

– Calma Malu, você sabe como ele é - falou a Taina e eu fiz uma careta.

Logo Taina e Jow estava ou com seus irmãos ou com seus amigos pela praia, e enquanto isso eu andava pela praia observando a paisagem, até que vi uma figura solitária sentada na areia e reconheci o irmão do Renato. Víctor. Fui até ele e como o garoto estava de costas para mim não me viu me aproximar, ao chegar perto dele chutei de leve suas costas e dei um peteleco em sua orelha.

– AI! - reclamou ele, mas então me viu sentar-se ao seu lado e balançou negativamete a cabeça. - Muito amigável você hein, já chega chutando as pessoas.

–É eu sei que sou amigável, sou um doce de pessoa - falei fazendo uma cara de inocente.

– Haham, sei que é um doce de pessoa - falou ele e notei um certo tom de sarcasmo em sua voz.

– Você andou conversando conversando com o Renato é? - perguntei estreitando os olhos.

– Sim, sabe quando estávamos lá na enfermaria tivemos bastante tempo para conversar, e ele me contou algumas coisas que você aprontou com ele - falou ele.

– Você também estava lá na enfermaria quando eu estava... você sabe. - perguntei fazendo uma careta.

– Sim - falou ele então pareceu pensar por um momento e logo perguntou. - É verdade que você empurrou o Renato dentro do lago do Central Park?

– Sim, - respondi tentando não rir ao me lembrar desse dia. - Mais veja bem, eu só fiz isso porque ele me perturbou muito mesmo nos dia.

– Putz, nem quero ver o que você vai fazer se eu ficar te perturbando demais - disse ele com um pequeno sorriso.

–Ah é simples, eu te jogo no lago na primeira oportunidade que eu tiver - falei com um sorriso.

– Haham, tá bom. - falou ele e então puxou de leve meu cabelo.

– EI! - reclamei, mas não pude falar muito mais pous escutei alguém gritar.

– GENTE! Olhem aquilo! - gritou a filha de Hades, Nicole apontando para o mar.

Olhei para onde a garota estava apontando e arfei. Era uma ilha, que definitivamente não estava lá antes. E para piorar era a Ilha em que eu via em meus sonhos.

Uma ilha havia surgido no Estreito de Long Island, e pela expressão dos campistas, isso não era nada bom.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :D



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