Insomnia escrita por Lumar Lefreve
Notas iniciais do capítulo
oi oi! Eu demorei, eu sei, mas eu estava com bloqueio! Começarei o 6º capt assim que postar aqui, ok? talvez poste hoje
bjbj
A noite caiu e eu finalmente pude sair daquele porta malas, agora eu teria tempo de entrar na loja de conveniências do posto. Quando abri a porta, o lugar emanava poeira e teias de aranha. Fui andando até que a luz ascendeu. Preparei-me para atacar, mas era apenas um garotinho.
_ posso ajudar moça? – ele tinha uns sete anos, e parecia assustado.
_ quem é o dono daqui?
_ era a minha mãe, mas... – ele começou a soluçar e eu fiquei completamente sem ação. Eu me ajoelhei ao lado dele e sequei suas lagrimas
_ onde ela está?
_ e-eu não sei, um moço entrou aqui pedindo ajuda, e ele levou minha mãe dizendo que ela era dele, e que era para me deixar morrer.
_ ele estava sozinho?
_ não, estava com uma moça...
_ como ela era? Você se lembra dela não é? – eu sentia que a mulher que levara a mãe desse garotinho era Nikole
_ eu não a vi, só vi a hora que entraram no carro e minha mamãe se foi... – ele recomeçou a chorar, e eu a andar de um lado para o outro, eu não podia deixar ele aqui, se Nikole esteve aqui e o deixara para morrer, ela certamente viria verificar isso e o mataria.
_ como você se chama? – perguntei
_ Liam – ele disse e me olhou com medo
_ Liam... Você quer ir comigo? Procurar sua mãe, eu acho que a mulher que a levou é quem eu procuro. – ele me olhou assustado – eu não vou te machucar, eu quero achar essa mulher que levou sua mãe.
_ tudo bem – ele pegou atrás do balcão um ursinho azul e agarrou aquilo como se sua vida dependesse do ursinho, eu me virei e comecei a ir pro carro, ele aos poucos me alcançou e segurou minha mão. Eu o olhei e suspirei.
Eu abri a porta do carro e o coloquei no banco do passageiro, passei o cinto e fechei a porta.
_ lembra para onde eles foram? – perguntei assim que liguei o carro, ele balançou a cabeça dizendo que não. Eu voltei pra estrada seguindo para a cidade vizinha, quando passei em frente a um casarão abandonado, o menino se encolheu todo. – qual o problema Liam? O que você sabe sobre essa casa?
_ e-eu não sei, ela me deu medo! – eu estacionei o carro na esquina, e me virei pra ele.
_ não precisa ter medo, você sabe algo sobre ela?
_ não, eu só vi um negocio estranho nela – eu olhei para trás e não havia nada na casa.
_ fique aqui Liam, haja o que houver não saia do carro... Se precisar de mim, toque a buzina – pulei do carro e corri até a casa. Pulei o portão e corri pelo jardim mal cuidado, assim que entrei senti uma presença estranha, eu não tive tempo de me preparar para o ataque quando alguém me agarrou pelo pescoço e me prendeu na parede ao lado da porta.
_ quem é você? – um garoto perguntou mostrando as presas, era recém-criado, deveria ter uns 17 anos.
_ alguém que é séculos mais velha que você – me soltei dele com facilidade e o segurei pelo colarinho da camisa
_ quem é você? Quem é seu mestre garoto? – eu coloquei as minhas presas para fora, eu o mataria depois daquilo.
_ eu não vou falar! – ele se fez de forte.
_ certo – o larguei no chão e tirei das minhas botas uma estaca e rodei-a nos dedos – ou você fala, ou eu te mato guri! – ele me olhou aterrorizado – vou perguntar novamente, quem é seu mestre? Quem te transformou?
_ N-Nikole – ele gaguejou
_ pra onde ela foi? Anda moleque, pra onde ela foi?
_ e-ela foi pra Los Angeles, atrás de um mago... Eu não sei mais de nada, juro – e logo depois, enfiei uma estaca no peito dele.
Já sabia meu novo destino, sai da casa e voltei para o carro, o pequeno Liam tinha dormido, eu desci o banco e o acomodei melhor. Liguei o carro e segui viagem, eu precisava chegar a Los Angeles o mais rápido possível. Mas havia dois problemas: Hugo e Liam. O que eu faria com o menino? Eu prometi achar a mãe dele, mas não posso o envolver nisso! E Hugo e Claire? Devo avisá-los? Eu parei numa esquina onde tinha um orelhão, saltei do carro e liguei para casa.
_ Alo?
_ Claire?
_ Lumar! Oi, onde você tá?
_ Eu estou numa cidadezinha depois de Londres, mas liguei para avisar que estou indo pra Los Angeles!
_ L.A? O que você vai fazer lá?
_ Nikole está lá! Eu vou precisar da sua ajuda, vem me encontrar, sem Hugo saber.
_ isso vai ser impossível Lefreve, o que você esta aprontando?
_ Digamos que eu salvei um humano, uma criança... E Nikole esta com a mãe dele, e como eu preciso ir para Los Angeles não sei o que fazer com ele.
_ Lumar Lefreve! Você tá maluca?
_ eu sei Claire, me arrependi, mas eu não tenho outra saída... Levo-o comigo?
_ e se você não achar a mãe desse garoto Lumar? Vai criar ele?
_ Não! Eu o ponho em alguma casa adotiva, sei lá... Eu prometi que acharia a mãe dele. Claire!
_ qual o nome do lugar?
_ estou em Westminster, venha rápido! Procure uma Hillux perto de um casarão abandonado!
_ certo, estou indo! Até daqui a pouco
_ tchau – desliguei o orelhão e voltei para o carro.
- Claire Di Minus Narrando-
Quando desliguei o telefone, Hugo chegou da caçada.
_ ouvi você falando com alguém, quem era? – ele perguntou desconfiado
_ lembra aquela vez que eu conheci um cara e o irmão na boate? Então, era ele! Bom, eu tenho que ir, depois a gente conversa priminho. Tchau – e sai correndo.
- Lumar Lefreve Narrando-
Estava encostada no capo esperando por Claire, depois de alguns minutos ela apareceu.
_ certo, cadê a cria de lixo ambulante?
_ ta no carro dormindo – abri a porta e ela deu uma olhada rápida e depois se virou pra mim
_ tem certeza de que quer ir para Los Angeles e levá-lo?
_ eu tenho que ir Claire, e eu não sei o que fazer com ele! E Hugo? Como está?
_ insuportável – eu gargalhei
_ é sério, ele fica inquieto, quer vir atrás de você o tempo inteiro, e acho que quando ele sai pra caçar, sai pra te procurar – eu suspirei
_ eu vou acabar com essa historia rápido. Eu só não sei o que fazer com esse guri
_ mate-o Lefreve!
_ eu não posso...
_ ai não Lumar... Não, não, não! Lefreve!
_ o que? – a olhei com a sobrancelha arqueada
_ você se apegou ao garoto! Ele te lembra a sua filha quando era humana!
_ o que? Claire ta louca? Não me apeguei a ninguém, eu só não posso deixar ele sozinho por aí. Vocês vão cuidar dele?
_ mas é claro que não
_ então pronto, eu vou levar ele comigo! Vamos comigo para o aeroporto, eu te deixo em casa.
_ tudo bem. Poe o guri pro banco de trás – eu peguei Liam e o coloquei deitado no banco de trás. Assim que entrei no carro, dei partida para Londres, fomos o caminho todo em silencio. Ao chegarmos à rua onde moramos, estacionei na esquina.
_ tem certeza que não quer passar o dia em casa? Depois você vai
_ não. Hugo não me deixaria ir
_ tem razão... Eu vou indo, boa sorte!
_ até mais Claire
_ tchau – ela saiu do carro e eu arranquei com o carro indo para o aeroporto comprar passagens para Los Angeles.
- Claire Di Minus narrando-
Assim que entrei no prédio, Hugo apareceu na minha frente.
_ não era o tal Thomas, Claire – eu bufei irritada.
_ larga do meu pé cara, eu não sou a Lumar, ok? Você se mete com ela, não comigo!
_ quem era Claire?
_ ninguém
_ Claire... – eu apertei o pescoço dele e disse
_ não tenho que te dar satisfação. Da minha vida cuido eu – o larguei no saguão e subi para o apartamento.
- Lumar Lefreve narrando-
Cheguei ao aeroporto era quase uma da manhã, comprei passagens para Los Angeles no primeiro voo da noite de amanhã. Logo depois entrei no carro novamente e fui para o hotel mais próximo. O coloquei na cama, peguei alguns lençóis e coloquei nas janelas e fechei as cortinas. Apaguei a luz e me sentei na poltrona perto da porta.
- Liam narrando-
Acordei de manha e a moça que estava comigo estava sentada na poltrona, sem se mexer e sem respirar. O quarto estava escuro, eu me levantei e ia abrir a janela. Mas ela apenas disse
_ não abra essa cortina! – eu a olhei com medo, ela continuava parada.
_ mas tia, eu estou com medo.
_ não abra a cortina moleque! Só sairemos daqui à noite e se você quer viver, não abra essa merda de cortina!
- Lumar Lefreve narrando-
Quando eu fui grossa com o moleque, ele correu de volta para a cama com medo e começou a chorar. Ai, me de paciência!
_ olha Liam, eu vou te falar uma coisinha... Eu não sou legal, ok? Eu só estou contigo porque acho que você vai ser útil, e assim que eu achar sua mãe, você nunca mais vai me ver, ok?
_ mas você era legal – eu bufei
_ eu nunca fui legal, só não estava irritada! Olha, fica quieto ok? Não fale nada até a noite, não saia desse quarto, fique deitado o dia inteiro, veja TV sei lá, só não fala comigo! Eu posso tirar todo seu sangue em um segundo.
_ como? – eu pus minhas presas pra fora e sorri, ele gritou e começou a chorar mais. Eu gargalhei e voltei a me sentar na poltrona.
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