Insomnia escrita por Lumar Lefreve


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

oi oi! Eu demorei, eu sei, mas eu estava com bloqueio! Começarei o 6º capt assim que postar aqui, ok? talvez poste hoje
bjbj



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A noite caiu e eu finalmente pude sair daquele porta malas, agora eu teria tempo de entrar na loja de conveniências do posto. Quando abri a porta, o lugar emanava poeira e teias de aranha. Fui andando até que a luz ascendeu. Preparei-me para atacar, mas era apenas um garotinho.

_ posso ajudar moça? – ele tinha uns sete anos, e parecia assustado.

_ quem é o dono daqui?

_ era a minha mãe, mas... – ele começou a soluçar e eu fiquei completamente sem ação.  Eu me ajoelhei ao lado dele e sequei suas lagrimas

_ onde ela está?

_ e-eu não sei, um moço entrou aqui pedindo ajuda, e ele levou minha mãe dizendo que ela era dele, e que era para me deixar morrer.

_ ele estava sozinho?

_ não, estava com uma moça...

_ como ela era? Você se lembra dela não é? – eu sentia que a mulher que levara a mãe desse garotinho era Nikole

_ eu não a vi, só vi a hora que entraram no carro e minha mamãe se foi... – ele recomeçou a chorar, e eu a andar de um lado para o outro, eu não podia deixar ele aqui, se Nikole esteve aqui e o deixara para morrer, ela certamente viria verificar isso e o mataria.

_ como você se chama? – perguntei

_ Liam – ele disse e me olhou com medo

_ Liam... Você quer ir comigo? Procurar sua mãe, eu acho que a mulher que a levou é quem eu procuro. – ele me olhou assustado – eu não vou te machucar, eu quero achar essa mulher que levou sua mãe.

_ tudo bem – ele pegou atrás do balcão um ursinho azul e agarrou aquilo como se sua vida dependesse do ursinho, eu me virei e comecei a ir pro carro, ele aos poucos me alcançou e segurou minha mão. Eu o olhei e suspirei.

Eu abri a porta do carro e o coloquei no banco do passageiro, passei o cinto e fechei a porta.

_ lembra para onde eles foram? – perguntei assim que liguei o carro, ele balançou a cabeça dizendo que não.  Eu voltei pra estrada seguindo para a cidade vizinha, quando passei em frente a um casarão abandonado, o menino se encolheu todo. – qual o problema Liam? O que você sabe sobre essa casa?

_ e-eu não sei, ela me deu medo! – eu estacionei o carro na esquina, e me virei pra ele.

_ não precisa ter medo, você sabe algo sobre ela?

_ não, eu só vi um negocio estranho nela – eu olhei para trás e não havia nada na casa.

_ fique aqui Liam, haja o que houver não saia do carro... Se precisar de mim, toque a buzina – pulei do carro e corri até a casa.  Pulei o portão e corri pelo jardim mal cuidado, assim que entrei senti uma presença estranha, eu não tive tempo de me preparar para o ataque quando alguém me agarrou pelo pescoço e me prendeu na parede ao lado da porta.

_ quem é você? – um garoto perguntou mostrando as presas, era recém-criado, deveria ter uns 17 anos.

_ alguém que é séculos mais velha que você – me soltei dele com facilidade e o segurei pelo colarinho da camisa

_ quem é você? Quem é seu mestre garoto? – eu coloquei as minhas presas para fora, eu o mataria depois daquilo.

_ eu não vou falar! – ele se fez de forte.

_ certo – o larguei no chão e tirei das minhas botas uma estaca e rodei-a nos dedos – ou você fala, ou eu te mato guri! – ele me olhou aterrorizado – vou perguntar novamente, quem é seu mestre? Quem te transformou?

_ N-Nikole – ele gaguejou

_ pra onde ela foi? Anda moleque, pra onde ela foi?

_ e-ela foi pra Los Angeles, atrás de um mago... Eu não sei mais de nada, juro – e logo depois, enfiei uma estaca no peito dele.

Já sabia meu novo destino, sai da casa e voltei para o carro, o pequeno Liam tinha dormido, eu desci o banco e o acomodei melhor. Liguei o carro e segui viagem, eu precisava chegar a Los Angeles o mais rápido possível. Mas havia dois problemas: Hugo e Liam.  O que eu faria com o menino? Eu prometi achar a mãe dele, mas não posso o envolver nisso! E Hugo e Claire? Devo avisá-los? Eu parei numa esquina onde tinha um orelhão, saltei do carro e liguei para casa.

_ Alo?

_ Claire?

_ Lumar! Oi, onde você tá?

_ Eu estou numa cidadezinha depois de Londres, mas liguei para avisar que estou indo pra Los Angeles!

_ L.A? O que você vai fazer lá?

_ Nikole está lá! Eu vou precisar da sua ajuda, vem me encontrar, sem Hugo saber.

_ isso vai ser impossível Lefreve, o que você esta aprontando?

_ Digamos que eu salvei um humano, uma criança... E Nikole esta com a mãe dele, e como eu preciso ir para Los Angeles não sei o que fazer com ele.

_ Lumar Lefreve! Você tá maluca?

_ eu sei Claire, me arrependi, mas eu não tenho outra saída... Levo-o comigo?

_  e se você não achar a mãe desse garoto Lumar? Vai criar ele?

_ Não! Eu o ponho em alguma casa adotiva, sei lá... Eu prometi que acharia a mãe dele. Claire!

_ qual o nome do lugar?

_ estou em Westminster, venha rápido! Procure uma Hillux perto de um casarão abandonado!

_ certo, estou indo! Até daqui a pouco

_ tchau – desliguei o orelhão e voltei para o carro.

- Claire Di Minus Narrando-

Quando desliguei o telefone, Hugo chegou da caçada.

_ ouvi você falando com alguém, quem era? – ele perguntou desconfiado

_ lembra aquela vez que eu conheci um cara e o irmão na boate? Então, era ele! Bom, eu tenho que ir, depois a gente conversa priminho. Tchau – e sai correndo.

- Lumar Lefreve Narrando-

Estava encostada no capo esperando por Claire, depois de alguns minutos ela apareceu.

_ certo, cadê a cria de lixo ambulante?

_ ta no carro dormindo – abri a porta e ela deu uma olhada rápida e depois se virou pra mim

_ tem certeza de que quer ir para Los Angeles e levá-lo?

_ eu tenho que ir Claire, e eu não sei o que fazer com ele!  E Hugo? Como está?

_ insuportável – eu gargalhei

_ é sério, ele fica inquieto, quer vir atrás de você o tempo inteiro, e acho que quando ele sai pra caçar, sai pra te procurar – eu suspirei

_ eu vou acabar com essa historia rápido.  Eu só não sei o que fazer com esse guri

_ mate-o Lefreve!

_ eu não posso...

_ ai não Lumar... Não, não, não! Lefreve!

_ o que? – a olhei com a sobrancelha arqueada

_ você se apegou ao garoto! Ele te lembra a sua filha quando era humana!

_ o que? Claire ta louca? Não me apeguei a ninguém, eu só não posso deixar ele sozinho por aí. Vocês vão cuidar dele?

_ mas é claro que não

_ então pronto, eu vou levar ele comigo! Vamos comigo para o aeroporto, eu te deixo em casa.

_ tudo bem. Poe o guri pro banco de trás – eu peguei Liam e o coloquei deitado no banco de trás.  Assim que entrei no carro, dei partida para Londres, fomos o caminho todo em silencio. Ao chegarmos à rua onde moramos, estacionei na esquina.

_ tem certeza que não quer passar o dia em casa?  Depois você vai

_ não. Hugo não me deixaria ir

_ tem razão...  Eu vou indo, boa sorte!

_ até mais Claire

_ tchau – ela saiu do carro e eu arranquei com o carro indo para o aeroporto comprar passagens para Los Angeles.

- Claire Di Minus narrando-

Assim que entrei no prédio, Hugo apareceu na minha frente.

_ não era o tal Thomas, Claire – eu bufei irritada.

_ larga do meu pé cara, eu não sou a Lumar, ok? Você se mete com ela, não comigo!

_ quem era Claire?

_ ninguém

_ Claire... – eu apertei o pescoço dele e disse

_ não tenho que te dar satisfação. Da minha vida cuido eu – o larguei no saguão e subi para o apartamento.

- Lumar Lefreve narrando-

Cheguei ao aeroporto era quase uma da manhã, comprei passagens para Los Angeles no primeiro voo da noite de amanhã. Logo depois entrei no carro novamente e fui para o hotel mais próximo. O coloquei na cama, peguei alguns lençóis e coloquei nas janelas e fechei as cortinas. Apaguei a luz e me sentei na poltrona perto da porta.

- Liam narrando-

Acordei de manha e a moça que estava comigo estava sentada na poltrona, sem se mexer e sem respirar. O quarto estava escuro, eu me levantei e ia abrir a janela. Mas ela apenas disse

_ não abra essa cortina! – eu a olhei com medo, ela continuava parada.

_ mas tia, eu estou com medo.

_ não abra a cortina moleque! Só sairemos daqui à noite e se você quer viver, não abra essa merda de cortina!

- Lumar Lefreve narrando-

Quando eu fui grossa com o moleque, ele correu de volta para a cama com medo e começou a chorar. Ai, me de paciência!

_ olha Liam, eu vou te falar uma coisinha... Eu não sou legal, ok? Eu só estou contigo porque acho que você vai ser útil, e assim que eu achar sua mãe, você nunca mais vai me ver, ok?

_ mas você era legal – eu bufei

_ eu nunca fui legal, só não estava irritada! Olha, fica quieto ok? Não fale nada até a noite, não saia desse quarto, fique deitado o dia inteiro, veja TV sei lá, só não fala comigo! Eu posso tirar todo seu sangue em um segundo.

_ como? – eu pus minhas presas pra fora e sorri, ele gritou e começou a chorar mais. Eu gargalhei e voltei a me sentar na poltrona. 


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