Apaixonada Pelo Desconhecido escrita por Potato
Notas iniciais do capítulo
Estou programando um capitulo pro natal,sou tão legal huehuehue
POV Isabela.
Abro a porta de casa depois de rodar as chaves nervosamente,sabia que choraria assim que visse mamãe.
O meu cachorrinho pulava em minha perna enquanto eu colocava a mala pra dentro de casa.Eu as havia feito tão rápido que acho que nem coloquei todas as coisas que havia levado dentro,mas não me importei.
Minha mãe começou a gritar o nome do meu cachorro e logo aparaceu na minha visão,que já começava a embaçar só de ouvir a sua voz.
–Filha?O que você está fazendo aqui?Cadê o Eric?
Balanço a cabeça pro lado pro outro enquanto ainda olhava pro chão escondendo meu rosto vermelho e as lagrimas silenciosas caindo.
–Isabela?O que aconteceu.
–Acabou .-eu disse levantando meu rosto.
–Mas filha.
–Mãe.-a chamo em em meio ao choro exagerado que eu já me encontrava.-Não vou falar sobre isso.
–Mas filha,o Eric....
–NÃO FALA AO NOME DELE!-Eu gritei e então meu pai apareceu.
Forcei para que as lágrimas acabassem mas não conseguia.Me agachei no chão ,entre a sala e a sala de jantar .
–O que aconteceu?-meu pai perguntou.
–ELA NÃO QUER FALAR!-Minha mãe grita nervosa.
–Filha...você precisa falar.
–Eu não quero.-eu disse em meio ao soluços.
–Cadê aquele seu diário?-minha mãe perguntou.-Você certamente escreveu nele.
–Elizabeth você vai invadir a privacidade da nossa filha.-meu pai falava enquanto minha mãe abria minha mochila e tirava o caderno com capa rosa e elástico amarelo fluorescente,que ela havia me dado algum tempo atrás.
–Se ela não me contar o que aconteceu eu não vou ter como ajudar!-ela disse folheando as folhas e então parou em uma e começou a ler.
–Desculpa por isso.-papai disse pra mim e se juntou a minha mãe.
Meu cachorro parou na minha frente e me olhou com uma cara de pena.Um animal com pena de mim.Que ridículo.Ele provavelmente queria um pouco de comida.
–Não quero papo agora Smurf-digo pro cachorro depois de limpar meu rosto com a mão.
Sento no chão e apoio minhas costas no sofá.
–Filha,eu sinto muito.-ouço a voz da minha mãe depois de alguns minutos olhando para meu cachorro tentando me fazer sorrir e ouvindo sussurros dos meus pais.
Balanço a cabeça concordando.
–O que você quer fazer agora?-meu pai perguntou.
–Dormir.-olho para eles.
–Ok.-mamãe fala.-Acho que será melhor conversarmos depois mesmo.
–------------------------------------------------------------------
Acordo as duas da manhã e vou direto para cozinha.Estou morrendo de fome.
–Tem lasanha na geladeira.-ouço a voz da minha mãe vindo atrás de mim.
–Não quero lasanha.-disse firme e abro a geladeira tirando de lá todas as coisas que precisaria para um belo brigadeiro de colher.
–Você não irá comer brigadeiro.-ela pegou as coisas que peguei e devolve para a geladeira.-Eu fiz essa lasanha pra você,por que sei que você gosta.
–Agora eu odeio lasanha.-eu disse.
–Já faz duas semanas.-ela disse depois de colocar a lasanha no microondas.
–Não tem nada a ver.
–Então me diz por que não gosta mais de lasanha.
Olho pra a mulher loira com um roupão pesado apoiada na ilha da cozinha com um olhar mortifero.
–Virei vegetariana.-olho para o lado.
–Você comeu carne de porco ontem.
–Foi de última hora.
Ela balança a cabeça concordando e abre o microondas que apitava escandalosamente que a bosta da lasanha estava pronta.
–Já que foi de última hora.-ela tira a lasanha do microondas e coloca na minha frente.-Acho que pode fazer esse sacrifício enquanto a sua mãe querida ainda não sabe nenhuma receita vegetariana.
Concordo com a cabeça enquanto pegava o garfo que ela havia erguido pra mim e então me sento no banquinho ,fico numa altura razoável da ilha e começo a comer.
–Ele volta hoje.
–Eu já disse milhões de vezes que não quero pensar nele.
–E nem falar nele.Eu sei.-ela disse.-Só queria avisar que ele pode te procurar.
–E a minha mão vai procurar a cara dele.-disse depois de mastigar a garfada que havia dado.
–Faça o que quiser.Só não use palavreados.
–Não prometo nada.
–Filha,você sabe o que eu e seu pai pensamos sobre palavrões.Não se rebaixe a esse ponto.
–Só não abra a porta se ele aparecer.-eu disse .
Ela rolou os olhos.
–Não tem como se esconder.Ele sabe onde você estuda.Sabe tudo de você.E tem até seu número.Cadê a menina dura que iria aparecer?-Solto o talher e solto um suspiro.-Um corte de cabelo novo e um cor nova não te fazem nada forte.Quando ele não estava por perto você parecia forte,mas você não falava o nome dele,não falava dele.Como você quer ser forte sem se arriscar?Agora que ele volta para São Paulo você abaixa a bola e tenta se esconder?
–Mãe.Não precisa jogar na minha cara que eu sou fraca.-disse.-Mas eu não estou pronta.Isso não é tão fácil quanto pensei.
–Eu sei que não é.-ela disse como se fosse óbvio.-Mas sei que está pronta.Quando eu li aquilo no seu diário eu sabia que estava pronta para o que viesse,mesmo que se chorasse na frente dele,sei que estaria sendo forte.Só por que a gente chora,não quer dizer que estamos sendo fracos,e eu sei que você anda chorando enquanto toma banho.-Rolo os olhos.
–Sabe como é difícil te chamar pelo nome?-pergunto depois de alguns segundos quieta.
Ela olha para o meu prato e concorda com a cabeça.
–Elizabeth também não é um nome muito bonito.-Ela fez graça.
Sorri de leve.
–Briga mãe.Por tudo.Você tem me apoiado muito nessas ultimas semanas.E eu não sei nem como como fazer para retribuir...
Ela sorriu.-Só seja Forte.E diga que me ama.
Ri.
–Eu te amo mãe.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado.