Miya Eu nunca tinha saído da vila, era uma experiência deliciosa, sair, novos ares... Ser kunoiche era muito bom nesse aspecto. Mas algo me dava estímulo de seguir em frente, eu veria Itachi depois de tudo, eu o veria, ele estaria bem, afinal esse comportamento dele só deve ser o estresse, afinal ele tem apenas 14 anos e já comanda um bando de velhos da ANBU. Eu já estava avistando Suna, me localizar no deserto era fácil, o Byakugan ajudava e muito, era usá-lo algumas vezes decorar o caminho e ir. Os muros não estavam tão distantes, eu via com meu Byakugan cada vez mais perto, sem muito esforço, desfiz. O formigamento cobriu meu rosto, logo eu via tudo normal. Quando cheguei na passagem imensa, era uma fenda digamos assim. Não estreita, mas incomoda, não era convidativa, era feia e assustadora, denunciando o medo de toda uma nação que ali vive. Um homem me recebeu, ele me guiou na passagem reta, como se eu precisasse dele para não me perder. -Você é uma Hyuuga, não? Notei pelos seus olhos... Como é o Byakugan? Meus pensamentos foram perdidos, lá vamos nós com as mesmas perguntas de sempre. -Sim, sou uma Hyuuga, me chamo Miya. Nossos olhos sempre nos denunciam, mas eles são a melhor arma que temos, posso ver suas correntes de chakara e atacá-las. Não importa o quanto você treine, todo mundo é vulnerável á nossos ataques. Ele soltou um assobio. -Seu clã então deve ser o melhor da vila. Não respondi, todo mundo sabia que além dos Hyuuga tinha outro clã poderoso, o dos Uchiha, como esse cara podia ser exessão? Esse lugar não rola “fofoquinhas de disse me disse...”? Ele bateu a mão na testa. -Ops... Ainda tem os Uchiha não é? Nossa, a rivalidade deve ser estrondosa, ainda mais você vivendo nesse meio termo de guerras. Bingo! Ele lembrou... Odiava aquele assunto, afinal, eu não tinha mais barreiras, eu era neutra, assim como Itachi.... ********************************************************** Uchiha Itachi. Eu estava no jardim, eu ia muito ali, ver o sol, pensar... Eu sempre sou tão pensativo, às vezes me acho um chato pensador. Me deitei na grama, como fazia quando estava sem nada para fazer, fechei os olhos, eu só a via... O meu amor... Miya. Como eu era covarde comparado a ela, ela enfrentou todo um clã, foi banida dele e ainda por cima, ainda diz que me ama. Como eu pude fazer aquilo com ela? Era para ser apenas um namoro inocente de jovens meio rebeldes, eu não pretendia nem me apaixonar, queria apenas fugir da rotina de certinho, de... Gênio. Eu tentei ser corajoso. “Eu tinha acabado de sair da cachoeira, queria muito ter a mesma dor que Miya iria ter, afinal, era minha culpa, eu tinha seduzido ela e me apaixonado, pelo meu amor por ela, pelo amor dela por mim, eu me sacrificaria. ‘Itachi onde esteve?’ – Meu pai perguntou depois que me viu chegando em casa. ‘Tenho que falar com o senhor, pai.’ – Eu estava decidido a falar com ele. Por Miya. Fomos ate a sala de reuniões, era um salão imenso com uma almofada no lado norte, a almofada dele, eu me ajoelhei depois que ele sentou. ‘Fale o que quer.’ – Ele sempre me olhava com um olhar especial, parecia nem notar Sasuke direito, geralmente os mais velhos perdiam os holofotes quando os mais novos nasciam, aqui era diferente... Merda. ‘Pai, acho que amo a garota dos Hyuuga, a Miya. – Eu não tinha certeza, o que falei era verdade. Ele riu. ‘Você já a beijou filho?’ – Ele estava me perguntando discontraído, como se eu tivesse dado a notícia que fui promovido a presidente ANBU, tremi com a idéia. ‘Sim pai.’ – Claro, o melhor momento da minha vida, ter Miya em meus braços foi... Ele gargalhou estrondosamente. ‘Os pais dela sabem que você a...’ Ele ria. ‘Acho que agora sabem, nos pegaram nos abraçando e...’ Mais gargalhadas. ‘Filho, você é o máximo, realmente um gênio, nada melhor que os Hyuuga irritadiços para se montar um novo ataque, vou comunicar a Madara e... ‘Eu a amo pai!’ – Gritei. – ‘ Não a beijei por plano nenhum, também tenho sentimentos, eu a amo! Agora ele tinha parado de rir. Estava com raiva de mim, era raro, mas dava para ver, era raiva. ‘Como ousa, gritar comigo, por causa de uma menininha chechelenta?’ ‘Não a chame assim!’. Meu rosto latejou, meu pai tinha me dado um tapa bem dado na bochecha direita. Um trovão vez um barulho logo depois. Me levantei, fui para a chuva, esperá-la, tinha certeza de que as coisas com ela seriam piores”. Meu temores estavam certos, ela tinha sido corajosa, agora enfrentaria uma vida difícil. Comprei algumas roupas que a vendedora falaram que combinariam bem para cabelos escuros, mas acho que comprei meio grande, mas Miya saberia usá-las, ela sempre ficava linda com aqueles shorts e o cabelo desfiado nas pontas solto... Era de emocionar. Ri para mim mesmo, nada podia estar mais perfeito. -Itachi? – Madara me chamou. Me levantei e olhei para trás, era ele mesmo, o que ele queria? *********************************************************** Miya. Eu já tinha solucionado tudo pelo meu grupo, os bandidos não eram dificuldade nenhuma, eu já estava no meu quarto, Kyo tinha mandado uma mensagem para a vila, falando do meu desempenho, ainda falou que acrescentou umas coisas que poderiam ate me subir de nível. Será que eu conseguiria? Bom, cumpri minha promessa, eu dei o meu máximo. Eu me deitei, queria e muito voltar, se eu não estivesse tão exausta, iria para Konoha depois de tudo feito... Mas não sou muito fã de dormir ao relento, ainda mais em lugares desconhecidos onde eu poderia ser roubada ou até mesmo surpreendida por animais e outros ladrões, Itachi não ia querer me vendo chegar com nenhuma marca de kunai no braço, ele iria ter um piripaque se me visse com alguma. Ri com a idéia dele se preocupando por um arranhão fundo... “Miya, você está machucada, o meu Deus... Vamos , temos que ir para o hospital...”. Dormi sem sonhos, eu estava exausta. Acordei meio tarde, eu devia mesmo ter usado bastante o Byakugan e a Técnica dos 64 pontos. Arrumei minhas coisas na minha mochila, vesti minha roupa de sair, e coloquei a bandana, soltei e arrumei o cabelo antes de sair. Passei pela cidade, encontrei uma modesta loja de roupas, comprei uma blusa branca, muito mais bonita que eu usava, ela tinha detalhes bordados, gastei um pouco da grana que eu consegui pegar antes de sair. Depois de olhar mais a cidade, Kyo o homem que me recebeu veio se dispidir. -Vejo que gostou do comércio local. -Sim, são muito talentosos em roupas. -Então, espero que tenha uma boa notícia ao chegar em Konoha. -Eu também... Ele riu. -Obrigado pela ajuda. -Não há de que! Corri para o deserto. Eu já tinha decorado mais ou menos a direção então não me cansaria tanto usando o Byakygan. O vento do deserto era mesmo quente, mas ao mesmo tempo, era bom... Seco... Já estava perto... Era noite já, eu não estava mais no deserto, agora eu estava vendo os muros de Konoha. Quando cheguei, as luzes ainda estavam se acendendo, fui diretamente ao Hokage. Bati na porta. -Entre. – A voz rouca do Sandaime ecoou ate mim. Abri a porta, ele me deu um largo sorriso. -Miya, estou orgulhoso, Kyo me disse que você não parece Gennin, acho que vou pensar não é um grupo Chunin para você, mas em uma vaga na ANBU. Era um presente?! Nossa... que eu não acode! -Eu não tenho nem palavras senhor. Ele riu. -Sua nova casa já esta te esperando, aqui está o endereço. Ele me passou um papel. -Como sabe? -Seu pai, pediu para que eu achasse uma casa, eu sei de tudo Miya. E eu a apoio, siga seu coração, acabe com as fronteiras, livre Konoha do sofrimento. Eu ri... Era bom de mais! -Pode ir. – O Sandaime me apontou a porta. Eu estava uma pilha, sai correndo e fui para a cachoeira. Estava ansiosa para contar isso a ele. Quando cheguei o rosto dele não era dos melhores, ele estava... Triste? Tinha marcas leves nos olhos, parecia não ter dormido bem. Engoli a seco. -Itachi... Ele se virou para mim. -Miya, não tenho boas notícias... Terei de partir por alguns... Anos... Vou ter que aprender os truques do Sharingan com Madara... Meu mundo despencou... Ele estava me deixando.