Harry Potter e o Círculo Sombrio escrita por JMFlamel


Capítulo 5
O NECRONOMICON REALMENTE EXISTE?




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CAPÍTULO 4

O NECRONOMICON REALMENTE EXISTE?







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"O Necronomicon"

_Como é, professor? _ perguntou Harry.
_Tem certeza? _ Sirius estava espantado.
_Mas esse livro realmente existe, Prof. Dumbledore? _ Rony perguntou, com uma expressão incrédula no rosto _ Mesmo a Bruxidade acredita que ele tenha sido uma invenção do escritor trouxa H. P. Lovecraft, para suas obras.
_Por mais que nos forcemos a não acreditar, meus caros, é verdade. O Necronomicon realmente existe. O Sr. Lovecraft apenas tomou conhecimento dele e o citou em diversas de suas obras, primeiramente no conto “The Hound”, que ele escreveu em 1922 e que foi publicado em 1924. O livro é de autoria de um outro trouxa, um pesquisador ocultista árabe, chamado Abdul Alhazred, apelidado “O Louco”, que o escreveu no ano de 730 d. C., em Damasco. Seu nome dá margem a vários significados, entre eles “Livro dos Nomes Mortos”, “Livro dos Mortos”, “Livro das Leis dos Mortos”, “Livro das Leis Mortas”, “Classificação dos Mortos”, entre outros. O livro também é conhecido pelo nome árabe “Al-Azif”, que significa “Uivo dos Demônios Noturnos”. Ele não é apenas uma compilação de rituais e encantos, embora os contenha e dos mais fortes, perigosos e proibidos. Além disso, também aborda as civilizações antediluvianas e mitologia antiga.
_Mas tenho certeza de que não é atrás de conhecimento que o Círculo deve estar, professor. A não ser, é claro, que esse conhecimento possa ser utilizado para seus planos. _ disse Harry.
_Acredito que sim, Harry. _ disse Dumbledore _ Eu sei disso, porque já estive com aquele livro nas mãos. Ele era muito perigoso e então eu e mais alguns magos, alquimistas e pesquisadores bruxos e trouxas do Ocultismo, inclusive Nicolau Flamel e aquele trouxa espertalhão, Aleister Crowley, concordamos em uma coisa: o Necronomicon seria submetido a um encantamento e seus sete volumes seriam espalhados pelo mundo. O encantamento faria com que a parte que estivesse sendo procurada se afastasse de quem a estivesse procurando. Só que... _ e Dumbledore fez uma pausa, antes de continuar _ ... Havia um único jeito de neutralizar o encanto. Uma bússola mágica.
_Deixe-me adivinhar, Prof. Dumbledore. _ disse Rony _ Para obter a bússola mágica, seria necessário um mapa, não é? _ Dumbledore concordou com um aceno de cabeça e Rony continuou _ E, para formar esse mapa, são necessários os sete objetos que o Círculo está procurando, dos quais eles já têm quatro?
_Exatamente, Rony. Nós codificamos o mapa e submetemo-nos a Feitiços de Memória, para que não nos lembrássemos mais. Porém uma camareira de Crowley ouviu e anotou quais eram os objetos. De alguma forma, essas anotações chegaram ao conhecimento de “Sombra e Escuridão” e eles devem estar à procura da bússola. Os objetos foram espalhados por vários países e são coisas das quais ninguém desconfiaria. Durante o tempo em que fiquei na minha biblioteca particular, consegui desfazer o Feitiço de Memória e agora me lembro de quais eram os sete componentes do mapa. Quatro deles já estão em poder do Círculo.
_Sim. Um busto de Paracelsus, um anel de casamento, um punhal e um selo brasileiro “Olho-de Boi”. Agora falta sabermos quais são os outros três, para que possamos ir atrás deles. _ disse Sirius _ Assim teremos como evitar que caiam nas mãos dos bruxos do Círculo.
_O senhor disse que já teve o Necronomicon em mãos, Prof. Dumbledore. Existem mesmo nele feitiços assim tão terríveis e perigosos? _ Harry perguntou.
_Mais do que vocês possam imaginar, meus jovens. Os sete volumes do Necronomicon nas mãos do Círculo poderiam significar uma grande vantagem em uma possível tentativa de uma nova ascenção da Ordem das Trevas. Temos de encontrar pelo menos um dos três objetos restantes, para que eles não possam encontrar a bússola mágica ou então... _ e Dumbledore novamente deixou a frase na metade.
_Ou então o que, Diretor? _ perguntou Sirius.
_Ou então, construirmos nossa própria bússola, para iniciarmos a procura dos volumes, a fim de encontrá-los antes do Círculo, ao mesmo tempo que procuramos pelos objetos.
_E como poderemos construir a bússola, Prof. Dumbledore? Existem instruções para isso? _ perguntou Rony.
Sim, Rony. Em um volume meio esquecido em um canto da minha biblioteca, encontrei as instruções e os encantamentos necessários. Não será fácil, mas vou conseguir. Ao mesmo tempo, vocês, “Camaleões-Fantasmas”, deverão iniciar uma busca pelos três objetos que ainda restam, os quais estão na Inglaterra.
_E quais são eles, Prof. Dumbledore? _ perguntou Harry.
_São: uma bengala com cabo de marfim, representando uma cabeça de cavalo; uma boneca de porcelana e um colar de ouro branco e esmeraldas colombianas. Aqui estão as fotos dos objetos e os locais onde foram vistos pela última vez.
_O colar é muito bonito, Prof. Dumbledore. _ comentou Sirius, olhando a foto sobre a mesa _ E este é o endereço do antiquário no qual ele foi visto por último, há cerca de três dias atrás?
_Isso mesmo. Bem, acho que já dá para começarmos a trabalhar. Eu vou retornar para Hogwarts e iniciar a montagem da bússola mágica.
_Eu vou procurar a boneca. _ disse Sirius.
_Eu vou atrás da bengala. _ Rony preparou-se para sair.
_OK, gente. _ disse Harry _ Então eu já vou à cata desse colar.
Dumbledore entrou na lareira e saiu, rodopiando, de volta para Hogwarts.Os três também prepararam-se para sair. A bengala havia sido vista por último de posse de um trouxa, residente em Liverpool. Foi para lá que Rony se dirigiu, disfarçado sob um Feitiço de Transfiguração. A boneca estava no Hospital Infantil Great Ormond Street, o mesmo ao qual J. M. Barrie havia doado todos os direitos autorais de seu livro, Peter Pan. Ela havia pertencido a Wendy Moira Angela Darling, quando criança. Estava exposta em uma galeria que homenageava a ela e a seus irmãos, John e Michael. Sirius foi para lá, a pretexto de realizar uma reportagem, mas com a intenção de lançar um fortíssimo Feitiço de Proteção na boneca, para que ninguém do Círculo pudesse retirá-la de lá. O colar estava em Londres, num antiquário trouxa. De posse do endereço, Harry aparatou nas proximidades, transfigurado. Os “Camaleões-Fantasmas” começavam a se movimentar.

Em Liverpool, Rony tocou a campainha da casa do trouxa que era proprietário da bengala, após observá-lo e estudar seus hábitos. Estava transfigurado e munido de uma boa quantidade de libras, a fim de fazer uma oferta pelo objeto. Caso o trouxa não quisesse se desfazer dela, o jeito seria estuporá-lo, substituir a bengala por uma cópia conjurada e lançar um Feitiço de Memória para que ele sequer se lembrasse do ocorrido. Só que nem foi preciso. A porta estava aberta e, pressentindo o perigo, Rony entrou na casa. Ao pisar na sala, mal teve tempo de desaparatar para fora do raio de ação de uma Avada Kedavra. Três bruxos e um trouxa do Círculo encontravam-se no local. O dono da casa estava estendido sobre o tapete, recém-atingido pela Maldição da Morte e um dos bruxos do Círculo tinha nas mãos a bengala, desaparatando enquanto os outros ajeitavam o cenário para que parecesse que o dono tivera um infarto. O bandido trouxa dera o alarme.
Varinha em punho, Rony analisou a situação. Poderia desaparatar e escapar dali ou poderia localizar para onde o bruxo havia desaparatado e tentar recuperar a bengala, o que seria mais difícil. Decidiu-se por uma terceira opção: Lançou uma Bomba Black-Out na sala e localizou pelo Ki a posição de cada um dos bandidos. Uma pressão em um nervo do pescoço de cada um deles e, quando a escuridão se dissipou, ele estava de pé e os três bandidos desacordados à sua volta. Chamou os Aurores locais e, quando eles chegaram, identificou-se.
_Banshee, Inteligência do Ministério. Havia mais um bruxo, que desaparatou. Acredito que esses três, inclusive o trouxa, devem ter alguma informação que se possa aproveitar. Providenciem a transferência imediata deles para Londres, aos cuidados do Chefe da Seção de Aurores, Kingsley Shacklebolt. Obrigado.
Logo que os Aurores recolheram os bandidos, Rony tirou um celular (enfeitiçado, é óbvio) do bolso do casaco e fez uma ligação.
_Harry? Sou eu, Rony... Sim, estou em Liverpool... Não, acabei chegando tarde. Haviam três bruxos e um trouxa. Mataram o dono da bengala e quase me atingiram. Se eu não desaparatasse para fora do raio de ação da “Avada Kedavra”, a esta hora Mione estaria viúva e as crianças sem pai. Mas dois dos bruxos e o trouxa foram levados para interrogatório... Sim, um pouquinho de Veritaserum e creio que poderão nos dizer alguma coisa... Estou retornando para Londres. Até mais.

Great Ormond Street, número 34, Bloomsbury, Londres.

Pela porta principal do hospital pediátrico do mesmo nome, entrou um senhor de cabelos castanhos e óculos, aparentando uns cinqüenta anos, vestindo um Blazer azul-marinho, calças de lã cinza, sapatos pretos reluzentes e camisa azul-clara, com uma gravata vermelha discretamente filetada de dourado. Carregava uma pasta e, dentro dela, uma filmadora.
_Bom dia, Sra. Wentworth. Sou Albert T. Rier.
_Oh, o repórter que veio fazer a matéria sobre a boneca de Wendy. Por favor, me acompanhe. _ e seguiram pelo corredor, até o museu, onde a boneca de porcelana encontrava-se exposta em uma vitrine, ocupando um lugar de honra. Enquanto caminhavam, a Sra. Wentworth continuou _ E a sua revista interessou-se pela boneca, Sr. Rier?
_Sim, Sra. Wentworth. Afinal de contas, a história de Peter Pan é algo de eterno e universal. Ele, por ser um menino que não queria crescer, representa o espírito da eterna juventude, aquela criança que existe dentro de todos nós e que jamais devemos deixar que desapareça.
_Lírico e preciso, Sr. Rier. Essa é exatamente a minha opinião. Sabemos que o Sr. Barrie era amigo da família Darling e, quando escreveu a história de Peter Pan, colocou a jovem e seus dois irmãos, John e Michael, como protagonistas. Eu já li e reli o livro tantas vezes, assim como a seqüência oficial, “Peter Pan Escarlate”, que parece até que eu vivi as histórias. Tanto que (e a Sra. Wentworth sorriu) eu jamais digo que não acredito em fadas, de medo de que alguma morra (“Elas são fortes o suficiente para não morrerem com isso mas, de qualquer modo, é bom conhecer alguém que não teme o desconhecido nem o fantástico”, pensou Sirius).
_E, muito tempo depois que o Sr. Barrie doou os direitos autorais do livro para o hospital, vocês pediram que a família doasse alguns objetos, a fim de compor um museu temático?
_Sim, pedimos. Todos doaram alguma coisa de bom grado. Veja ali, o dedal de Wendy, o ursinho de pelúcia de Michael, a cartola e o guarda-chuva de John...
_... Mas Wendy não levou a boneca para a Terra do Nunca, pelo menos não está no livro.
_Não, Sr. Rier. Mas ela gostava muito da boneca e resolveu doá-la. Há um trecho que o Sr. Barrie não incluiu no livro, no qual Peter elogia a boneca de Wendy, dizendo que ela é quase tão linda quanto a dona. Veja, aqui está o original do trecho. O amor velado entre os dois é algo de lindo.
_Mas, de certa forma, muito triste. Peter não pode render-se a esse sentimento pois isso resultaria em ele ter de deixar de ser o espírito da juventude.
_Realmente. Tanto que essa situação foi abordada por Steven Spielberg, em “Hook, o Retorno do Capitão Gancho”, no qual Peter apaixona-se pela neta de Wendy, Moira, abandonando a Terra do Nunca e acaba sendo adotado por Wendy, casando-se com Moira e esquecendo-se do seu passado.
_Sim, eu me lembro desse filme. E o Capitão Gancho resolve vingar-se, raptando os dois filhos de Peter. Ele depois tem de lembrar-se de tudo, inclusive de como voar. E Sininho revela a ele os sentimentos que escondeu por anos.

Os dois continuaram pelo corredor, em direção à vitrine da boneca, conversando e debatendo sobre os vários significados ocultos na história de Peter Pan, até que um barulho de vidro quebrado alertou-os de que algo estava errado. Correram para o local de onde viera o som, Sirius instintivamente pegando a varinha de dentro do bolso interno do seu Blazer (“Depois apago algumas memórias. O mais importante é evitar que levem aquela boneca daqui”, pensou o bruxo).
Um grupo de cinco pessoas, dois bruxos e três trouxas, estava em frente à vitrine reduzida a cacos. Um deles sobraçava a boneca. Um dos bruxos tirava um objeto do bolso, um chocalho. Sirius deduziu que devia ser uma Chave de Portal.
_ “Estupefaça”!! _ deixando para pensar depois nas conseqüências, Sirius Black lançou um Feitiço Estuporante na direção do bruxo que estava com a Chave de Portal, atingindo-o. O outro apontou a varinha para ele e bradou: “Avada Kedavra”!! Sirius mal teve tempo de dizer: “Agni Chakshu Shiva, bhasmasaya Andhas agha sarpah”!! A aura dourada do Olho de Shiva protegeu a ele e à Sra. Wentworth da morte certa. Porém aquilo lhe custou instantes preciosos. O outro bruxo avisou aos trouxas:
_Já temos o que viemos buscar! Saiamos daqui! _ e, pegando a Chave de Portal do bruxo caído, orientou os trouxas _ Toquem no chocalho, todos juntos. Um, dois e TRÊS!!!
Os quatro desapareceram, deixando para trás o companheiro caído. A Sra. Wentworth estava abismada.
_Por Merlin! _ disse ela _ O que bruxos poderiam querer com uma simples boneca? E como você defletiu aquela “Avada Kedavra”?
_???
_Sou trouxa, mas conheço bruxos e bruxaria, meu caro. Meu falecido esposo era um bruxo abortado. Embora ele não tivesse poderes, possuía um grande conhecimento teórico e era um pesquisador do ocultismo, amigo de Alvo Dumbledore.
_Me pegou, Sra. Wentworth...
_... Melissa. Este é o meu primeiro nome.
_OK, Melissa. Me ajude a arrastar esse cara para um escritório, para que eu possa interrogá-lo. Fique no escritório, pois vou ter de tomar algumas providências para que nada disso vaze. _ e, depois que o bruxo do Círculo havia sido retirado para outra sala, retornou ao corredor _ Gostaria que todos vocês ficassem à minha frente, por favor. Acreditem, vão me agradecer por deletar esses últimos fatos de suas memórias. “Obliviate!!” _ um lampejo azul-esverdeado e as pessoas no corredor ficaram com o olhar desfocado e expressões meio aéreas nos rostos. O Feitiço de Memória fora bem aplicado. Sirius foi para o escritório onde haviam colocado o bruxo do Círculo e tratou de reanimá-lo, apontando para ele sua varinha e dizendo:
_“Enervate”!!
O bruxo abriu os olhos e olhou para o casal à sua frente, com expressão ainda meio abobalhada.
_Q-Quem são vocês?
_Melhor dizer quem é você, escória do Círculo. _ respondeu Sirius.
_É ruim de você me fazer dizer qualquer coisa, cara. Nem deve ser um Auror, com esse ar de professor universitário trouxa. _ e deu um sorrisinho cínico.
_Cara, este realmente não é o seu dia de sorte. _ disse Sirius, dando uma risadinha latida _ Já ouviu falar de Tigershark?
_Tigershark? O...o t-temido “Camaleão-Fantasma”?
_Em carne e osso, bem aqui à sua frente. E você vai me cantar a ópera toda, seu safado.
_Mas nem por sonho! _ disse o bruxo, amedrontado _ Se eu disser qualquer coisa, eles dão um jeito de me matar!
_Você não tem alternativa, cara. _ Sirius pegou um frasco do bolso e, segurando a cabeça do bruxo com uma mão que mais parecia uma garra de aço, pingou rapidamente três gotas pela boca dele.
_Veritaserum? _ perguntou Melissa.
_Exatamente. _ Sirius respondeu.
_Golpe baixo, cara! _ disse o bruxo do Círculo, meio segundo antes do seu olhar ficar desfocado.

Meia hora depois, Sirius estava pronto para levar o bruxo do Círculo para o Ministério.
_Pena que ele não tinha muito o que dizer. _ comentou Melissa.
_E por uma questão de segurança, você também não poderá dizer nada, Melissa. “Obliviate”!! _ a memória de Melissa Wentworth foi apagada e ela nem se lembrou de que a boneca havia sido roubada, pois Sirius conjurou uma cópia e reparou a vitrine, antes de desaparatar (“Mesmo que você seja viúva de um bruxo e conheça o mundo mágico, é melhor que não se lembre de nada do que aconteceu aqui, para sua própria segurança”, pensou Sirius Black). Fizeram a reportagem e Sirius deixou o hospital, pegando o celular e ligando para Harry _ Alô... Harry? Sou eu, Sirius...Não, eles levaram a boneca. Conjurei uma cópia e consertei a vitrine, para que ninguém desconfiasse. Tive de apagar algumas memórias, inclusive da Sra. Melissa Wentworth, a RP do Great Ormond Street Children’s Hospital, com quem fiz a reportagem... É, ela é viúva de um bruxo abortado e conhece Dumbledore... Rony também não conseguiu?... Então é com você, Harry. Se eles levarem o colar, só nos restará a bússola que Dumbledore está construindo... OK, estou retornando para o QG. Até mais.

Com o insucesso de Sirius e Rony, só restava a esperança de que Harry obtivesse o colar. E era em frente à porta do antiquário trouxa que ele estava. Conferiu o endereço e entrou. Foi atendido pelo proprietário, um senhor idoso, de nome Edward Forrest.
_Pois não? _ disse o Sr. Forrest.
_Sr. Forrest? Meu nome é Michael Bennett. _ Harry apresentou-se, sob nome falso e transfigurado _ Vim à procura de um colar que me informaram estar aqui.
_Tenho vários colares antigos, gostaria de vê-los?
_Sim, Sr. Forrest. _ respondeu Harry.
Foram para os fundos da loja, em uma área de segurança. Lá, o Sr. Forrest expôs o seu mostruário, no qual haviam vários colares, um dos quais Harry identificou como o colar de opalas amaldiçoado, que vira na Borgin & Burke’s, quando estava no segundo ano, em uma caixa com tampa de vidro (“Ainda bem que ninguém tocou nele. Preciso tirá-lo daqui e levá-lo para um lugar onde fique em segurança, até que alguém possa quebrar sua maldição”, pensou Harry). O Sr. Forrest disse:
_Bem, são estes os que possuo na loja.
_O que eu estou procurando não está aqui, Sr. Forrest. É um belo colar de ouro branco, adornado de esmeraldas colombianas.
_Oh, que pena, Sr. Bennett. Justamente esse não está mais na loja.
_Roubado?
_Claro que não, Sr. Bennett. Vendido.
_E para quem? Eu gostaria de fazer uma oferta por ele.
_Lamento, mas preservamos o sigilo dos nossos clientes. _ disse o Sr. Forrest.
_Não me deixa outra escolha, Sr. Forrest. “Legilimens”! _ Harry Potter acessou as memórias do Sr. Forrest, apenas descobrindo que o colar havia sido comprado por alguém sem a menor relação com o Círculo. De certa forma ficou mais aliviado, pois sabia que poderia ter acesso àquele colar, dentro de mais alguns dias. Restava fazer algo quanto ao colar amaldiçoado _ E quanto a este colar de opalas, Sr. Forrest? Quanto quer por ele?
_Oh, Sr, Bennett, este colar não está à venda. Sempre que ele é vendido alguém acaba morrendo e ele volta para cá. Ele até parece que está amaldiçoado. O senhor não iria querê-lo.
_Muito pelo contrário, Sr. Forrest. Eu o quero justamente para que ele fique em segurança. _ apagou a memória do antiquário, para que ele não se lembrasse de ter tido a mente acessada, pagou o valor que Edward Forrest pediu pelo colar de opalas e levou-o, dentro da caixa e num embrulho bem fechado. Entrou no banheiro masculino de um restaurante e desaparatou para o Ministério.

Depois de deixar o colar de opalas aos cuidados do Departamento de Mistérios, foi para o seu gabinete, onde teve uma reunião com Rony e Sirius.
_Bem, tanto eu quanto Sirius acabamos dando com os burros na água, pois não conseguimos nada. _ disse Rony.
_E parece que você também não teve tanta sorte assim, não é, Harry? _ Sirius perguntou.
_Não, eu não consegui o colar. Mas o fracasso não foi total. Sei onde ele está, poderei ter acesso a ele nos próximos dias e ainda consegui trazer para cá um outro colar, aquele de opalas amaldiçoado, que vi na Borgin & Burke’s, há muito tempo atrás.
_???
_Lembra-se, Rony, de quando estávamos no segundo ano e eu me atrapalhei com o pó de Flu, indo parar na Travesssa do Tranco? Pois acabei saindo na lareira da Borgin & Burke’s. Lá eu vi aquele colar exposto, com o aviso: “Não toque. Amaldiçoado. Tirou a vida de dezenove donos trouxas até hoje”. Deixei com o pessoal do Departamento de Mistérios, para que tentassem quebrar sua maldição.
_Mas e quanto ao colar de esmeraldas, Harry? _ perguntou Sirius.
_Sim, quando é que você vai ter acesso a ele? _ Rony estava curioso.
_Dentro de três dias. Aliás, Dumbledore deu alguma notícia quanto à bússola?
_Sim, Harry. Hoje à noite ele estará trazendo a segunda bússola para nós. Com isso teremos uma vantagem.
_É verdade. Além de termos como procurar os volumes do Necronomicon, poderemos impedir que eles possam obter a bússola, se pegarmos o colar.
_Você disse que poderá ter acesso ao colar dentro de três dias, Harry. Como vai fazer isso?
_Indo a uma festa de aniversário de casamento. Uma festa, aliás, para a qual vocês também foram convidados.
_Como é? _ disseram em coro Sirius e Rony _ Não me diga que...
_Exatamente. Agora é só aguardar.
_E como saber se alguém do Círculo não vai seguir a mesma pista que você, Harry? _ perguntou Rony.
_Quando sondei a mente do Sr. Forrest, vi que ninguém havia perguntado antes pelo colar. Antes de sair, apaguei a memória dele sobre o comprador. Dificilmente alguém obterá essa informação, a não ser que... Praga! O Sr. Forrest tinha um assistente e ele não estava lá na hora! Precisamos localizá-lo e apagar sua memória, torcendo para que ninguém do Círculo tenha chegado primeiro.
_Eu cuido disso, Harry. Vou procurar pelo assistente do Sr. Forrest e apagar a memória dele. _ disse Sirius, saindo do gabinete e, já no corredor, desaparatando. Logo em seguida, voltou para o Ministério _ Pronto, Harry. Apaguei a memória dele, mas não deu para saber se ele já havia falado com alguém. Infelizmente não sou tão bom em Legilimência quanto você.
_Aah, não precisa encher minha bola, Sirius. Bem, agora é mantermos uma vigilância discreta sobre o local. Na festa, daremos um jeito de obter o colar.

Três dias depois, uma festa estava sendo realizada. Para ela haviam sido convidados vários egressos de Hogwarts, entre eles Dumbledore, os Inseparáveis e suas famílias. Boa música, companhia excelente e um evento importante. Certa hora da festa, um loiro alto que, embora trouxa, estava perfeitamente à vontade em vestes bruxas de gala, pegou uma caixa e disse para sua esposa:
_Minha querida, aceite esta pequena lembrança para marcar mais um ano da felicidade que você me proporciona. _ e, ato contínuo, retirou da caixa um magnífico colar de ouro branco e esmeraldas colombianas, colocando-o no pescoço dela.
_Oh, Duda! É maravilhoso! _ disse Lilá, admirada.
_Não, meu amor. Você é maravilhosa. O colar é apenas um detalhe.
Todos os convidados bateram palmas, marcando a cerimônia.
_Parabéns, Duda. _ disse Harry _ Vocês merecem.
_Obrigado, Harry. _ respondeu o primo _ Realmente, as melhores coisas que aconteceram na minha vida foram me reconciliar com você e conhecer Lilá, não necessariamente nessa ordem.
Os primos riram juntos e logo todos prepararam-se para erguerem suas taças em um brinde. Simone estava ao lado de seus pais.
Foi quando as coisas começaram a acontecer.
Um grupo de uns quinze membros do Círculo aparatou no meio da sala, os bruxos acompanhando os trouxas. Logo cada um deles mantinha uma das mulheres ou uma das crianças sob a mira de uma varinha ou de uma pistola.
_Lavender e Dudley Dursley! _ disse um dos bruxos _ Rápido! Entreguem-nos esse colar ou as mulheres e crianças sofrerão as conseqüências!
Todas as crianças eram vigiadas pelos bandidos do Círculo Sombrio, principalmente Tiago e Lílian Potter, Adriano e Narcisa Malfoy, Julius Longbottom, Clifford e Mafalda Weasley, Sabrina Mason e Randolph Lupin.
_Não podemos jogar com a vida de nossas esposas e filhos, Duda.
_Tem razão, Harry. _ disse Duda _ Tome, bruxo mau. Aqui está o colar.
O bruxo do Círculo recebeu o colar das mãos de Duda, dizendo:
_Sábia decisão, Sr. Dursley. Bastante esperto... para um trouxa. Podemos ir, companheiros. Já temos o colar para “Sombra & Escuridão”.
Os bandidos desaparataram, para um destino ignorado. Depois que eles desapareceram, todos riram e Duda comentou:
_Eles caíram direitinho, Harry.
_Não tinha como não caírem. A cópia é idêntica.
_Confesso que eu fiquei com medo, Harry. _ disse Lilá _ Embora eu tenha o treinamento Ninja básico da época da AD, ministrado pelo Prof. Mason, o de Simone não é tão bom quanto o das outras crianças. Acho que terei de reforçar.
_Estávamos todos bem próximos e em condições de fazer qualquer coisa, caso eles tentassem algo contra as crianças, Lilá. _ disse Harry _ A idéia principal era fazê-los pensarem estar no controle da situação.
_E quanto ao colar verdadeiro, Harry? _ perguntou Duda.
_Irá para um lugar seguro, pode ter certeza disso. Foi uma enorme coincidência ter sido você o comprador do colar, primo.
_Pois é. Quando você me contou sobre a importância dele, fiquei assustado. Mas depois, quando armamos este plano para que eles levassem uma cópia, fiquei mais tranqüilo.
_Então eu já vou indo, jovens, levar este colar para Hogwarts. Lá ele ficará em segurança. _ disse Dumbledore _ Essa outra cópia também é idêntica ao original, Duda. Inclusive, as esmeraldas são verdadeiras. _ e, entregando a Duda um outro colar de ouro branco e esmeraldas colombianas, desaparatou para Hogwarts, voltando logo a seguir.
_Quanto tempo você acha que “Sombra & Escuridão” irão demorar para perceberem que o colar que os patetas levaram é uma cópia? _ perguntou Sirius.
_Acho que não muito. _ Harry respondeu _ “Sombra & Escuridão” não são idiotas e logo perceberão o engodo. Mas o importante era fazê-los pensarem estar levando o colar verdadeiro por tempo suficiente para que pudéssemos colocá-lo em segurança. Não podíamos fazê-lo antes da festa, pois a casa poderia estar sob vigilância daqueles asquerosos.

Com efeito, pouco depois do grupo de bandidos aparatar em um dos esconderijos do Círculo Sombrio, “Escuridão” pegou o colar e examinou-o, atentamente.
_Parece verdadeiro. Mas vamos confirmar, colocando-o junto aos outros seis objetos, para que o mapa se revele. _ o colar foi colocado, em um arranjo pré-estabelecido, junto aos outros seis objetos: o busto de Paracelsus, o anel de casamento, o punhal, o selo brasileiro “Olho-de-Boi”, a bengala e a boneca de porcelana que pertenceu a Wendy Darling. Nada aconteceu.
_Eu deveria ter desconfiado. Uma cópia perfeita. Vocês, montes de estrume de dragão, não suspeitaram de nada quando a missão pareceu estar fácil demais?
_Ora, chefe, quando ameaçamos atingir as crianças eles cederam rapidinho e nos entregaram o colar. O próprio Harry Potter disse que não poderiam jogar com a vida das mulheres e crianças. E eu acho que é verdade. Ninguém resiste quando se ameaça crianças indefesas.
_Imbecil! _ disse “Sombra”, que estava perto _ Será que você não desconfiou , nem por um instante, de que poderia ser um engodo?
_Como assim, chefe? _ perguntou o bruxo, confuso.
_Eu acho que não entrou nessa sua cabeça de trasgo que aquelas não eram simples “crianças indefesas”.
_???
_Cada uma daquelas crianças, seu retardado, mesmo as com cerca de cinco anos, possui treinamento Ninja de nível no mínimo intermediário e é capaz de fazer coisas que vocês sequer imaginariam! _ “Sombra” começava a se irritar.
_É a pura verdade. _ disse “Escuridão” _ Todos foram treinados por seus pais que, por sua vez, foram discípulos de Derek Mason, Mestre Ninja e Guardião das Tradições e da Sucessão de Togakure. Acho que vocês devem se lembrar do que os pais deles fizeram quando ainda alunos de Hogwarts, enfrentando Lord Voldemort em pessoa e seus Death Eaters, primeiro na prisão de Azkaban e depois na ilha sagrada de Avalon, naquela última com os Death Eaters aliados a guerrilheiros terroristas da Al-Qaeda e com a presença do próprio Osama Bin Laden. E, se isso tudo ainda não bastar, seu anencéfalo ruminante, lembre-se do que essas “crianças inocentes e indefesas” fizeram com um grupo de assassinos treinados, há alguns dias atrás, em Genebra. Para qualquer um deles, vencer um bruxo ou um pistoleiro trouxa adulto seria uma brincadeira!
_Mas... mas... pareciam tão assustados e dominados...
_Tudo encenação, seu idiota! _ disse “Escuridão” _ E vocês caíram direitinho! Agora aquele colar deve estar no Ministério ou pior, em Hogwarts. Teremos de encontrar um outro modo de obtê-lo. Ainda bem que temos o nosso “Toupeira” infiltrado nos serviços de segurança trouxas. Ele nos informará de qualquer coisa importante. E para que vocês, comida de Pufosos, jamais esqueçam de que não devem falhar... “AVADA KEDAVRA”!!! _ um lampejo de luz verde e o bruxo caiu ao solo, instantaneamente morto.
_Isso era mesmo necessário, “Escuridão”? _ perguntou “Sombra”, depois que os capangas saíram, assustados.
_Está amolecendo, “Sombra”?
_Não. Só acho que foi um desperdício. Não precisava matá-lo.
_Um exemplo para os outros, “Sombra”. Nos velhos tempos, Lord Voldemort também não o teria perdoado.
_Sim, mas mesmo Lord Voldemort não desperdiçaria a vida de um servo. Uma boa Maldição Cruciatus de média potência já serviria como um alerta. Lembra-se de que Sibila Trelawney e Wormtail já a sentiram na pele por algumas vezes?
_Sim, eu me lembro. Sibila deu aquela mancada há onze anos atrás, comprometendo sua posição de espiã em Hogwarts. Depois, no ano seguinte, Wormtail estava vigiando o Prof. Slughorn e abandonou seu posto para um “encontro romântico” com o “Varapau Ossudo” e isso permitiu que Slughorn fugisse.
_Pois é. E se, com tudo aquilo, Lord Voldemort não os matou, creio que ele, se estivesse no seu lugar, não teria matado este pobre palerma.
_Agora já foi. Paciência. “Defunctum Evanesco”!! _ o corpo do bruxo morto desapareceu, sem deixar vestígios _ Precisamos planejar nosso próximo passo, que deverá ser encontrar um modo daquele colar vir parar em nossas mãos.
_Acha que “Mantis” poderá ajudar?
_Não, acho que não nessa operação, “Sombra”. _ respondeu “Escuridão” _ As atribuições de “Mantis” são de outra esfera. Mas, se ele acabar tendo conhecimento de algo, estou certo de que irá nos informar. Afinal de contas, foi incluído recentemente e deve estar querendo mostrar serviço.
_E quando aquele colar estiver conosco...
_... Obteremos a bússola e iremos atrás do Necronomicon. Mesmo que o feitiço que procuramos esteja em apenas um dos volumes, teremos de encontrar os sete, pois não sabemos em qual deles o feitiço está. E, de qualquer forma, termos o Necronomicon em nosso poder será bastante útil para a nova ascenção da Ordem das Trevas.
_A Bruxidade recobrará sua grandeza.
_E quem se opuser será eliminado.
_Como nos tempos de Lord Voldemort.
_Mas um pouco diferente, “Sombra”. Poderá até haver uma outra figura em torno da qual os bruxos das Trevas remanescentes queiram se agrupar, alguma figura carismática ou de grande poder aparente. Esse bruxo será, aos olhos dos outros, o líder da nova Ordem das Trevas.
_Porém, não será dele o verdadeiro poder. Seremos nós o poder por detrás do trono.
_Exatemente, “Sombra”. Nós dois, “Sombra & Escuridão”, seremos as eminências pardas do regime. Daremos as ordens mas, aparentemente, não seremos mais do que dois meros conselheiros. Mas nosso trabalho não termina por aqui.
_Tem razão. Depois de encontrarmos o volume certo do Necronomicon e o feitiço que queremos, a pessoa certa deverá estar em posição.
_Você sabe onde ela está, “Escuridão”? _ perguntou “Sombra”.
_No momento vive na Moldávia. Mas, na hora certa, acabará vindo para a Inglaterra.
_Acha que Harry Potter poderá nos atrapalhar?
_Harry Potter já nos atrapalha desde que era um bebê, “Sombra”. Mas eu já estou planejando um modo de nos livrarmos dele. Afinal de contas, mandamos recados a todos aqueles que um dia atrapalharam o Círculo Sombrio e eu não quero passar por mentiroso. Todos eles irão nos pagar, principalmente aqueles “Insuportáveis Inseparáveis” e, em especial, Draco Malfoy e Harry Potter. Para aqueles dois a nossa vingança deverá ser terrível.
_E Harry Potter encontrará o seu fim.
_Exato. Para isso eu estou certo de que “Mantis” nos ajudará. E com muito prazer.
_Ainda não sei quem é “Mantis”.
_Por enquanto é melhor que só eu saiba, “Sombra”. Mas não se preocupe. No momento certo você saberá.

No dia seguinte, Harry Potter estava no seu escritório e examinava, com atenção, algumas informações passadas por Anya e via as referências ao informante misterioso, ao qual ela referia-se apenas como “”. Naquele momento, recebeu a visita de Dobby.
_Harry Potter, sua correspondência está se acumulando e Dobby tomou a liberdade de trazê-la para o senhor. _ ato contínuo, o elfo colocou um maço de cartas sobre a mesa de Harry.
_Obrigado, Dobby. Tenho andado meio sem tempo para ler a correspondência, mas vou me redimir dessa falha. Algum recado de casa?
_Gina Potter lhe manda um beijo e os pequenos Lílian e Tiago Potter um grande abraço. Gina Potter quer saber se o senhor vai almoçar em casa hoje.
_Não, Dobby. Hoje almoçarei na cidade. _ disse Harry, assim que bateu os olhos em uma propaganda _ Mas diga a Gina que estarei em casa para o jantar e que hoje eu pego as crianças na escola. Ela pode ir do consultório direto para casa.
_Sim, Harry Potter. Com licença. _ e o elfo doméstico saiu pela porta em direção ao Átrio, para tomar uma lareira para o apartamento dos Potter.
Perto da hora do almoço, Rony chegou para convidá-lo:
_E aí, Harry, vamos almoçar? Gary me disse que abriram um bom restaurante de frutos do mar a umas cinco quadras daqui.
_Não, Rony. Muito obrigado, mas hoje farei algo diferente.
_???
_Você sabe que eu não sou muito fã de “Fast-Food”, mas hoje não terei como resistir aos encantos do McDonald’s de Kensington.
_Por que, Harry?
_Veja esta propaganda.
_Ora, uma propaganda normal de uma lanchonete da rede McDonald’s, onde é anunciado... Caracas, Harry! Você tem razão! Depois você me conta como foi.
_Pode deixar, cara. É, hoje vai ter de ser Big Mac.
A propaganda do McDonald’s trazia o seguinte texto: “Hoje e somente hoje, desconto de 3,14 shillings no valor da oferta especial Nº 1” e, no verso do folheto, uma frase.
“Venha sozinho, com o folheto. ‘’.”

Lanchonete McDonald’s de Kensington, quinze minutos depois.

Vestido como um trouxa comum, usando calças de Tweed, uma camisa cinza, um colete, cinto e sapatos negros, transfigurado em um senhor loiro, de cabelos com entradas, Harry Potter entrou no McDonald’s, dirigindo-se ao balcão e apresentando o folheto. Pagou, pegou o seu pedido e sentou-se a uma das mesas, saboreando o sanduíche e as batatas. Tomou um gole da Coca-Cola Light à sua frente e então ouviu uma voz, vinda da mesa às suas costas:
_Não se vire, Sr. Potter. Também não tente identificar meu Ki, pois eu aprendi como ocultá-lo.
_Você é “”? _ perguntou o bruxo, em voz baixa.
_Sim, Sr. Potter. Eu sou o informante do Círculo, a pessoa que passava as informações para Anastasia Artamonov. Infelizmente não consegui alertá-la a tempo, pois havia alguém que passava informações dos serviços de segurança trouxas para “Sombra & Escuridão”.
_E você tem alguma idéia de quem possa ser, “”?
_Não, Harry, não tenho. Posso chamá-lo de Harry? _ perguntou o informante.
_Não vejo problema algum.
_Obrigado. Eu não sei quem é o “Toupeira” infiltrado nos serviços de segurança trouxas. Somente “Escuridão”conhece sua identidade e a mantém em segredo até mesmo para “Sombra” Diz que é mais seguro assim.
_Não sabe de mais nada a respeito, “”?
_Apenas um codinome, Harry. “Sombra & Escuridão” estavam conversando e eu ouvi, quando “Escuridão” deixou escapar.
_E qual é esse codinome? _ perguntou Harry.
_Ele o chamou de... “Mantis”. O Louva-a-Deus.
_Parece ser bem perigoso.
_Foi ele quem expôs Anya. Eu passava as informações para ela e agora terei de fazer contato com você, Harry Potter. Não que eu reclame disso, pois sei que você é cem por cento confiável. Vamos nos encontrar sempre nos lugares mais inusitados e você deverá estar sempre transfigurado, assim como eu estarei. O sinal de reconhecimento será previamente enviado, bem como o local e a sugestão de disfarce.
_Já vi que terei de redobrar meus cuidados. _ disse Harry.
_É bom, Harry. Mas você tem maiores chances do que Anastasia Artamonov.
_E por que, “π”? _ perguntou o bruxo.
_Embora Anya tenha se formado um ano antes de você na Academia Européia de Aurores e tenha sido uma excelente profissional, ela não passou pelos mesmos perigos que você e seus amigos, os Inseparáveis. Isso desenvolveu em vocês um verdadeiro sexto sentido para o perigo, o que é bastante útil. Seu treinamento Ninja também é bastante avançado, como eu soube através de uma pessoa.
_Quem, “π”?
_Valérie St. Clair Malfoy. _ respondeu o informante _ Eu a conheci, antes de sua morte naquele incidente em Azkaban e ela me disse o quanto vocês eram bons. Poucos meses depois ela morreu, juntamente com seu tio, Lucius.
_Sim, eu me lembro. Draco e Janine foram reconhecer os corpos. Como você a conheceu, “π”?
_Isso agora não vem ao caso, Harry. Bem, já vou indo. Só queria dizer que senti bastante a morte de Anya. Acabamos ficando meio próximos devido a esse trabalho de informações. Até a próxima, Harry.
_Até, “π”.Mantenha contato.
_OK, Harry. Levante-se e saia. Ao passar por mim, não se espante. Estou sob Transfiguração, lembre-se.
Harry levantou-se e saiu, passando por “π” para sair. O informante estava com a cara de ninguém menos que... Humphrey Bogart. (“É, eu acho que isso vai ser o início de uma bela amizade”, pensou ele).

De volta ao QG dos Aurores, Harry estava em seu escritório. Naquele momento, Rony entrou.
_E aí, como foi?
_Creio que rendeu frutos, Rony. Conversei com ““π” e ele disse que eu serei o novo destinatário de suas informações. O mais estranho é que ele me disse que conheceu Valérie.
_Para isso ele só teria duas opções. E como as visitas a Azkaban são rigorosissimamente controladas, deduzimos que ele deve ter sido um prisioneiro que escapou durante aquela rebelião com fuga. Aquele incidente no qual Lucius e Valérie Malfoy morreram.
_Foi o que eu pensei. Bem, já sabemos que ““π” é uma fonte confiável. E já me deu uma informação interessante.
_Qual?
_ ““π” sabe ocultar o seu Ki, o que pressupõe algum tipo de treinamento Ninja. Só resta saber de que nível, embora já dê para saber que é pelo menos intermediário. E ainda estou contando com uma outra possibilidade, a de que “Sombra & Escuridão” também saibam fazê-lo. É o que poderia explicar por que razão nunca foram identificados. Bem, agora é esperar para ver se o Círculo vai dar mais qlgum passo.
_Só tenho medo de uma coisa, Harry.
_Do que, Rony?
_De que, para recuperar o colar de esmeraldas, o Círculo Sombrio planeje algum atentado ou alguma outra forma de nos chantagear para obtê-lo.
_É outra possibilidade na qual temos de pensar, Rony. Mas com o que eles poderiam chantagear o Ministério? Não faço idéia do que eles poderiam inventar mas, de qualquer forma, será bom ficarmos em alerta. Bem, se houver alguma coisa, creio que ““π” dará um jeito de nos avisar.

Os meses seguintes iriam concretizar os piores temores do Auror Ronald Bilius Weasley.


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