Melanie P.O.V

Estava sentada na pequena cafeteria, que não estava muito movimentada, apenas eu e Samantha estávamos na cafeteria localizada no pequeno subúrbio de Stratford. A loira claramente irritada, me dava uma bronca por não ter me visto nos últimos 5 dias no colégio.

– Onde estava? Achei que tinha morrido - Disse Sam um pouco mais calma.

– Quase - murmurei baixinho.

– Como assim? - Perguntou confusa.
Tirei um jornal velho de minha bolsa e coloquei em sua frente. Suas mãos se dirigiram ao jornal, ela o pegou e colocou-o no rosto lendo a assombrosa matéria sobre minha rua.
"A pequena rua localizada no subúrbio de Stratford sofreu uma febre de mortes, aqueles que presenciaram o acontecimento relatam ter sido um garoto da rua, porém se recusaram a entregar o garoto a polícia. As câmeras de segurança da rua foram encontradas quebradas , claramente atingidas por tiros".
Sam ao acabar de ler a matéria tirou o jornal do rosto, seus olhos delineados com lápis de olho escuro me fitaram aterrorizados e logo os pares de olhos se dirigiram as suas enormes unhas pintadas de preto.

– Foi ele não foi? - Perguntou.

– Ele quem? - Me fingi de boba.

– O psicopata da sua rua, o Bieber - Murmurou.
Seu nome me fez estremecer, apenas assenti antes da cafeteria ser invadida por um garoto alto, com uma camisa simpes, calças caídas e tênis supras pretos, ele se sentou em uma mesa afastada da minha, a garçonete jovem com uma saia curta e com os seios quase pulando para fora da minuscula blusa foi atender ele, o garoto a fitou com uma certa malicia nos olhos...

– Mel? Melanie? - Sam me chamava irritada.

– O que foi? - Perguntei dando atenção a ela.

– Aquele não é o Bieber? - Perguntou se referindo ao rapaz que eu fitava.
Estremeci, fitei bem o garoto, seu rosto parecia-me familiar, localizei seus olhos claros, aqueles olhos que eu vi no meu quarto destruido...

– Ai meu deus! E ele - Berrei.

– Calma...- Murmurou Samantha.

– A conta! A conta por favor! - Chamava alguém que poderia me atender.
A garçonete vadia da cafeteria deixou Bieber de lado e se dirigiu até mim e Samantha, infelizmente, Bieber se virou para ver onde a garota foi, seus olhos grandes e castanhos se encontraram com os meus, Sam ao perceber jogou uma nota alta para a garçonete.

– Espera! Me deu 100 doláres - Disse a vadia.

– Fica com o troco - Murmurei.
Puxei Samantha da cadeira, Bieber saiu de sua mesa e se dirigiu até nós, suas mãos pegaram meu punho com força.

– Me larga - Disse fria e curta.
Um sorriso malicioso apareceu em seus lábios nem grossos nem finos, chegaram perto de meu ouvido...

– Não lembra da nossa noite "especial"? - Perguntou malicioso soltando uma risada fraca.
Uma visão veio em minha mente do Bieber tirando minha blusa e mordendo meus lábios com fevor, pisquei meus olhos voltando a realidade.
Arregalei os olhos assustada, estava bêbada, não tinha noção do que estava fazendo.
Um sorriso apareceu novamente em sua face, sua boca se aproximou da minha, ele passou sua língua pelo meu lábio superior e se afastou de mim soltando meus punhos, virei meu olhar para os meus punhos, estavam vermelhos e em breve ficariam roxos.
Meus olhos passaram a lacrimejar, logo cai em lágrimas, eu me sentia suja, por ter deixado ele me embebedar e me tocar daquela forma, Samantha encarava tudo assustada...eu estava decepcionada comigo mesma...

– Mel, é verdade? - Perguntou Sam.

– Sim...- Murmurei fraca.
Samantha não falou mais nada, apenas assentiu, se levantou do chão e se sentou ao meu lado secando minhas lágrimas, Bieber continuava na cafeteria, flertando a garçonete que achou tudo muito normal.
Como poderia ser assim? Tão frio, grosso, rude. Era simplesmente um monstro.
Então esse foi o motivo de não ter metido uma bala no meio da minha testa, me matar com culpa, dezpreso, do pior jeito o possível. Samantha virou seu ohar ao Bieber que fitava-me com um sorriso presunçoso, parecia muito orgulhoso com o que fez a mim.

Samantha me puxou da cadeira e me guiou até seu carro, entrei no banco no passageiro, e ela sem cerimônias entrou no carro ligando-o. Fitei a cafeteria e por alguns e poucos segundos e consegui ver Bieber sem um sorriso no rosto, somente com um olhar superior a todos.
Samantha acelerou o carro, estava claramente nervosa. Limpei meu rosto coberto de lágrimas.

– Vai ficar tudo bem - Ela murmurou.

– Você é uma péssima consoladora - Comentei risonha.
Ela me deu língua sem tirar os olhos da rua, em poucos minutos eu já estava na minha rua, as coisas continuavam intactas. Felizmente Bieber não vivia em minha rua, por que a destruiu? Ainda não havia descoberto isso.

– Ainda quer ficar aqui? - Perguntou Sam fitando minha casa.
Apenas neguei com a cabeça, um sorriso apareceu na face da minha amiga loira, ela meteu o pé no acelerador, infelizmente sua casa era longe, e para que eu lamente mais ainda, a mãe de Sam, Margareth vivia viajando, se não fosse o bastante, Samantha adorava festas e não pouparia-me disso.

Ela estacionou sua Mercedes preta na frente da casa rica dela, sua mãe não estava em casa, e claro que ficaria sozinha lá por um tempo, tive até medo de pensar no que faria hoje se estava sozinha.

Samantha me levou até seu quarto enquanto tagarelava coisas que mal escutava e que não me importava tanto, fui jogada em sua cama de casal, ela se sentou ao meu lado.

- Então, foi bom? - Perguntou ela.

- O que? - Perguntei assustada.

- A sua transa com o Bieber, que eu saiba a senhorita era virgem - Murmurou.

Não conseguia me lembrar de mais nada depois do que Samantha acabará de me falar, realmente eu era virgem, até ontem, ele tinha tirado o que eu queria perder com quem eu amasse, como não soubesse do que havia acontecido, fez de proposito, estragar a vida dos outros, sua especialidade era essa. Ele se alimentava do sofrimento alheio dos outros, fazia mal a todos, até a ele mesmo com seu cigarro, com sua bebida e suas drogas, em pouco tempo, estaria morto se continuasse, não que eu me preocupasse, mas se for para ele me fazer mal, eu também faria mal a ele. 

Justin P.O.V

Eu ainda estava na cafeteria, a garçonete gostosa, Alice, continuava a me encher com suas histórinhas sem sentido sobre sua vida, eu meteria uma bala no  meio de sua testa, se não tivesse tanta gente como testemunha, sua voz me irritava profundamente, tentei parar de pensar no quanto ela era irritante e o único pensamento que envadiu minha mente foi Melanie Brooks. Me arrependi de ter feito aquilo com ela, sempre desejou ser virgem até depois do casamento, mas graças a mim não seria. Tinha motivos para fazer isso tudo que fiz com ela durante esse pouco tempo, mas não deixaria ela descobrir, não muito cedo.

- Justin? Tá me ouvindo? Então, a garota pegou e...- Eu a interrompi.

- Cala a boca caralho - Disse irritado.
Me levantei da cadeira, não tinha mais motivos para continuar naquela merda de cafeteria, estava tentando raciocinar o que eu faria com Melanie, mas Alice não parava de falar, a morena me fitou com lágrimas nos olhos, era mais uma sensível chorona, se tivesse a personalidade de Melanie que não derramaria uma lágrima depois de eu ter falado isso, apenas reclamaria, ótimo, não liguei para Alice, apenas sai da cafeteria e sem pensar muito fui para casa, Pattie me mataria...