O Vírus escrita por Ingrid Fonseca


Capítulo 4
Infectados, explosões e rock’n’roll




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- O que é isso? – Perguntei quase tocando em um aparelhinho pequeno e bem estranho.

                - Não toque nisso! – Xavier gritou e pegou na minha mão.

                - O que é isso? – Nathan perguntou.

                - É apenas uma bomba supersônica que com um toque poderia explodir o hospital inteiro.

                - Maneiro!

                - Eu... Quasei... Toquei... Nessa coisa – Gaguejei.

                - Eu estava brincando a bomba ainda não foi ativada.

                - É como ativamos?

                - Com música – Ele disse sorrindo.

                - Música?

                - É... Escolha uma musica, a bomba terá um banco de dados e tocará a musica bem alto e quando a musica acabar... BUUUUUUUUUUM – Ele riu como um psicopata.

                - Por favor, uma bomba dessas – Nathan disse sorrindo.

                - Garoto da pizza, você não está preparado para usar essa bomba... Acabará explodindo a si mesmo.

                - Eu já usei bombas, é você sabe muito bem, Xavier.

                - Sim, meu caro. Porém, essa bomba não é como as outras... Poderia acabar um edifício inteiro.

                Nathan revirou os olhos.

                - O que eu posso usar? – Perguntei meia sem jeito.

                - Isso é perfeito pra você – Nathan disse me entregando uma “mini-arma” e com um sorriso malicioso.

                - Que merda é essa? ... Xavier,  eu vou querer aquela metralhadora da ultima vez, por favor.

                - Você não deveria usar uma metralhadora em suas mãos delicadas...

                - Por acaso esqueceu no tiro ao lado do seu pé?

                Xavier caiu em gargalhadas.

                Eu estava começando a odeia o Nathan, aquele cretino, assassino, machista... Aquele... imbecil, bobo, idiota, burro... Eu adoraria socar aquele lindo rostinho dele. Bilhões de pessoas no mundo e logo ele sobreviveu?! Deus deveria está me castigando por algo.

                Depois que Xavier nos deu as armas, munições e algumas granadas. Fomos, finalmente, ver o famoso batmóvel.

                - Apresento a vocês a Super Maquina – Ele disse apertando um botão ligando o carro.

                - Isso é a “Super” Maquina? – Kevin zombou.

                - Não julgue o livro pela capa, meu jovem.  Esse carro é o melhor carro do mundo... – Ele abriu a porta do carro e eu entrei.

                Sentei-me na cadeira do motorista e passei as mãos no volante. Havia um painel com vários botões.

                - Já que não gostou do carro, eu irei dirigir.

                - Ah, ótimo! – Xavier abriu um sorriso estranho – Pelo menos, a pequena jornalista tem cabeça para coisa... Enfim, Taynah ensinarei tudo.

                - Está bem.

                Por três dias, Xavier me ensinou tudo que eu precisava saber sobre o Super Maquina. No quarto dia, eu já sabia tudo sobre a Super Maquina. No quinto dia, Nathan e eu fomos á luta.  Depois de cinco dias, fazendo planos e aprendendo sobre a Super Maquina estávamos prontos para fazer o que deveríamos.

                - Testando!  Está tudo funcionando – Xavier disse sobre os fones - Crianças, escutem bem... – Ele abriu um mapa da rua que iríamos colocar as câmeras no telão – Vocês colocaram as câmeras, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui – Ele disse apontando para as esquinas – Assim podemos girar a câmera 180º.

                -Só isso? – Nathan perguntou sarcasticamente.

                - Ah, tragam leite e vejam se tem Doritos.

                - Ótimo! Agora somos o pessoal do supermercado.

                - Não reclame garoto... Está vivo por minha causa.

                - Não estou vivo pela minha mãe – Nathan disse friamente e entrou no carro.

                Eu entrei logo em seguida e coloquei os fones.

                - Xavier, estamos pronto!

                - Boa sorte!

                Xavier levantou a plataforma do carro nos fazendo ir para a garagem.  Eu dei a partida no carro e liguei o GPS. Saímos da garagem indo para a rua. Havia vários dias que eu não via a luz do sol. O sol brilhava com um diamante bruto que cegou os meus olhos por alguns segundos.

                - Precisa de óculos? – Nathan perguntou me entregando um óculos Ray Ban enquanto ele usava um aviador.

                - Obrigada – Disse colocando os óculos – Posso te pergunta uma coisa?

                - Já está perguntando – Ele disse rindo – Mas deixo fazer outra pergunta.

                - Er... – Desliguei os fones – Qual é a de vocês? Você e Xavier?

                - Como assim?

                - Bem... Vocês parecem ser conhecer antes dessa loucura toda... E bem, você não parece ser um simples entregador de pizza...

                - Infectado a sua esquerda – Nathan disse normalmente.

                Eu acelerei um pouco.

                - Você não respondeu a minha pergunta.

                - Ele é meu padrasto... Ele cuidou de mim quando minha mãe faleceu – Nathan disse friamente – É isso que queria sabe?

                Não respondi. Eu não deveria ter me intrometido na vida dele. Era algo pessoal e uma coisa que eu não queria que me perguntasse.

                - Precisamos de um plano... Tem muitos infectados por aqui.

                - Acho que eu tive um – Ele disse mordendo um palito de dente – O que chama a atenção dos infectados além de sangue?

                - Acho que barulho.

                - Isso mesmo! O prédio da Petrobras tem auto falantes no ultimo andar...

                - Cara sua ideia é incrível... – Disse quando raciocinei tudo – E podemos plantar bombas...

                - Essa é a ideia – Ele disse brincando com a bomba (a mesma que Xavier havia mostrado).

                - Você roubou?

                - Só peguei emprestado... Então, eu preciso subir até o terraço.

                - Você? Irei contigo seu bobo.

                Fomos até o prédio da Petrobrás que envolta havia vários infectados. Carreguei à metralhadora e coloquei vários munições nem meu bolso e também algumas granadas. Nathan fez o mesmo.

                - Vamos a luta!

                Saímos do carro dando vários tiros, a maioria acertava na cabeça, mas tínhamos que dá tiro duas vezes.  Depois de dois minutos, acabamos com os infectados que estavam na entrada. Entramos no prédio da Petrobras e damos alguns tiros em infectados uniformizados. Pegamos o elevador – Nathan contou os minutos que levou para subir até o ultimo andar.

                - 2 Minutos – Ele disse com um sorriso satisfatório no rosto enquanto o elevador abria no ultimo andar.

                - Cuidado! – Gritei e dei um tiro em um enorme infectado negro que corria em nossa direção

                - Obrigado.

                - Vai... Não termos muito tempo.

                Ele entrou na sala da direção, conectou alguns fios, configurou a bomba e ligou. Começou a tocar Highway to Hell do AC/ DC no ultimo volume.

                - Eu amo essa maldita musica – Nathan disse rindo.

                - Essa musica tem o que 4 minutos? Vamos, não termos tempo a perde.

                Entramos no elevador e descemos. Nathan cantarolava a musica com muito “sentimento”, eu até cantei as partes que sabia.  Quando o elevador abriu no ultimo andar, vários infectados estavam procurando o som.

                Mirei a metralhadora e atirei loucamente.

                - Die bitches die... – Nathan disse loucamente - I'm on the highway to hell…

                - Precisamos achar outra saída – Disse quando percebi que estávamos encurralados.

                - A musica está no fim! Morremos aqui... Ouvindo Highway to Hell, que irônico.

                - Não morrerei aqui, meu caro... E muito menos irei para o inferno tão cedo. Vamos... – Disse pisoteado nos infectados mortos.

                Atirei em todos os infectados que estavam muito próximos. Conseguimos ir para os fundos.

                - 20 segundos – Nathan alertou.

                - Onde está a saída? – Disse rodando pelo lugar.

                - Malditos! – Nathan disse e atirou nos infectados que nos seguiram – 10 segundos.

                - Achei... – Disse quando vi a placa saída – Venha...

                Disse o puxando. Saímos correndo, Nathan correu na minha frente, estávamos a poucos metros da saída e já podíamos ver a luz do dia. Quando o ultimo som da guitarra saiu, ouvimos uma explosão gigante e demos um pulo para fora. Caindo em cima de uma moita. Senti algo me puxar e abri os olhos, vendo que era Nathan me levando para longe da explosão. Quando ficamos em uma distancia razoável  paramos e olhamos o enorme prédio de 24 andares ir chão a baixo.

                - Devemos fazer isso mais vezes – Nathan disse sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Não ficou tão bom quanto eu esperava --'