Cassie escrita por And


Capítulo 2
Farewells


Notas iniciais do capítulo

Oi, td bem?? Bem, eu queria mais reviews neh, mas...=((. De qualquer forma, eu escrevi com muito amor e carinha, boa leitura:



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– Cassie, acorda, já está na hora. – abri meus olhos, ouvindo a voz da minha mãe do lado de fora do quarto.


– Não quero acordar. – respondi, voltado a fechar os olhos.


– Não pedi se quer ou não. Tô falando que é para acordar e pronto. – falou ela, com a impaciência nítida na voz. – E não me obrigue vir aqui de novo.


Eu ouvi seus passos se afastarem. Bufei e pisquei algumas vezes para minha visão entrar em foco. Levantei, me arrastando para o banheiro. Tomei um banho e me arrumei, mas não me dando ao trabalho de arrumar minha cama. Peguei minha mala, tendo que segura-la com as duas mãos para conseguir ergue-la, e olhei pela ultima vez para meu quarto.


Desci as escadas, soltei as malas na sala e fui para a cozinha.


– Bom dia. – cumprimentou-me Eddy.


– Bom dia. – grunhi de volta, com a voz embriagada de sono.


– Não vai sentar para comer? – perguntou minha mãe, olhando-me escorada no batente da porta.


– Não. – respondi – Estou sem fome.


– Então vai se sentar lá na sala, e não fica parada aí, feita uma múmia que não dormiu direito.


– Nossa, - falei, sorrindo cinicamente. – Não sabia que múmias dormiam. Achei que elas eram mortas, sabe? Não é Eddy?


– Hã... – ele ficou sem palavras. Sem saber se defendia a voz da razão – a minha-, ou as mulher dele. – É, eu acho que múmia não dorme, não. Mas a Charl – esse apelido sempre me deu vontade de vomitar arco-íris. – já sabia, era só um modo de dizer, né amor?


– É. – respondeu ela, me fuzilando com o olhar.


Sorri cinicamente para ela, fazendo cara de anjinho. Ele ficou com tanta raiva que até os cabelos loiros dela quase ficaram ruivos.


– Charl, se acalme. – interferiu Eddy, passando a mão pelo ombro da minha mãe, e lançando um olhar para mim como se pedisse para eu parar de provoca-la.


– Perdi o apetite. – disse Charlotte, se levantando e subindo as escadas.


– Que bom, - falei, acompanhando seu caminho com o olhar. – Assim sobra mais para... Hum, comer de noite. Yeah.


– Cassie, você não presta. – disse Eddy, cruzando os braços. E eu ri.


– Não tenho culpa se ela é nervosinha. – falei, indo para sala.


– Fica aí. Não quebra nada. Não mexe em nada. Eu vou buscar sua mãe para irmos e já volto, se comporte. – falou ele, subindo as escadas.


– Caramba, eu não sou criança, então não me trate como uma! – exclamei, jogando uma almofada na sua direção, e ele desviou-se.


– Então não se comporte como uma. – retrucou, jogando a almofada de volta.


Bufei, cruzando os braços sobre meu peito. Todos estavam contra mim. Bando de acéfalos que não sabem se divertir. Bando de pessoas que só existem para seguir regras e concordar com tudo.


Ei, eu não vou desperdiçar minha ultima chance de aprontar, né. Não, mesmo. Levantei-me e olhei em direção à escada, vendo se eles não estavam vindo, a porta do quarto permanecia fechada, então fui para a cozinha.


Peguei o pote de sal e o de açúcar, e os troquei. Depois fui em direção à dispensa, peguei as latas de refrigerante e chacoalhei-as, uma por uma, e coloquei-as de volta no lugar. Por fim, peguei o pote de mel, e passei mel no acento das cadeiras.


Fui para a porta da cozinha e fiquei encarando-a, em busca de alguma falha que pudesse denunciar meu plano. A cozinha estava, aparentemente, como a Charlotte havia a deixado. Sorri e fui para sala.


– Vamos logo. – foi só eu me sentar que os dois desceram as escadas. – Não quero que você perca seu voo.


– Tudo bem. – me levantei e peguei minha mala.


– Eu que dirijo, Charl. – disse Eddy, fazendo-me rir.


Uma coisa que era verdade, e que eu não estava exagerando: minha mãe não sabia dirigir, era um perigo no volante. Eu acho que o carinha da autoescola só deu a carteira para ela por que ficou com medo de morrer. Mas minha mãe não concordava, se achava uma pilota profissional.


– Não. O carro é meu. Eu dirijo. – contradisse ela


– Sim, eu sei. Mas... É que... – mas que medroso, não tinha nem coragem de dizer a verdade para a própria mulher.


– Você dirige mal para caramba. E nenhum de nós dois querem morrer. Então, pelo bem da pátria, deixe o Eddy dirigir. – falei.


– Isso não é verdade, né meu amor? – perguntou ela para o Eddy.


– É claro que não. – mentiu ele, sorrindo.


– Então, quem dirige sou eu. – falou ela, por fim.


– Pois então vou de ônibus. – falei, virando as costas e indo em direção à parada de ônibus.


– Cassie McCartor, - falou a voz da Charlotte, extremamente irritada. Eu adorava vê-la irritada. – Dê mais um passo e você vai ver.


Gargalhei. E dei mais um passo, é obvio. Eu me virei para ela e a encarrei, cruzando os braços.


– E então? O que eu vou ver? – perguntei.


– Entra no carro. – falou ela entredentes.


– Ou o quê? – desafiei.


– Você não vai querer que eu perdesse a paciência.


– Você perde todo dia, uma vez a mais, outra a menos, não faz diferença. E, aliás, dessa vez vai ser meio que uma forma de despedida.


– Olha aqui garota, - começou ela, apontando o dedo para mim. – É por isso que você está indo para Itália. Você é uma... Anormal.


– Anormal para mim é elogio. Normalidade é sinônimo de igualdade, e eu não quero ser igual a todos.


– Você é uma peste. Um carma. Uma praga. Um ser ridículo e patético.


– Acabou? – pedi, e ela ficou quieta. – Bem, eu também, infelizmente, sou sua filha. E todos esses defeitos, eu puxei de você. Só que você, na frente das pessoas, você finge ser outra pessoa. Você é uma coisa que eu não sou: falsa. Então dá um tempo. E o Eddy que dirige. – Caminhei em direção aos dois, peguei a chave da mão dela, e coloquei na do Eddy e entrei no carro.


Eles ficaram parados ali, feito duas estatuas, com a boca aberta. Oh Deus, eu mereço.


– Hey, vamos ou vocês vão ficar aí? – perguntei e eles me olharam. – O que é?


– Nada. – minha mãe respondeu, e sentou-se no banco de carona, enquanto o Eddy sentava no do motorista.


Fui olhando cada detalha de New York, eu realmente iria sentir muitas saudades. Ainda estava um pouco escuro, o Sol estava nascendo, já que anda eram cinco e meia da manhã. Algumas empresas e as lojas já estavam abrindo, as ruas estavam estranhamente vazias comparada com os outros momentos do dia. Eu estava segurando meu celular, na esperança que a Anne ligasse logo. Eu precisava pelo menos conversar com ela, me despedir.


Eddy estacionou na estrada do aeroporto, e nós desembarcamos. Assim que entramos no aeroporto, vimos uma criatura loira com uma mecha rosa andando de um lado para o outro, enquanto um garoto com cabelos castanhos e olhos azuis tentava acalma-la.


– Dave, - disse a garota loira. – Eu quero me acalmar, eu vou não me acalmar. Ela disse que o voo dela saia as seis, mas pode ser que ela já tenha embarcado.


– Anne? – chamei, e ela ergueu os olhos para mim.


– Cassie. – ela se jogou em cima de mim, quase me derrubando. – Eu achei que você já tinha embarcado.


– Eu acho, - falou Dave, me abraçando. – Que se você já tivesse embarcado, a Anne teria um ataque.


– Ah, cale a boca. – falou ela para ele, mostrando-lhe a língua.


– Quem mostra a língua quer beijo. – falou ele, sorrindo maliciosamente.


– De você? – perguntou ela, apontado o dedo para o garoto. – Nem morta. Prefiro beijar um sapo.


– Passageiros para La Spezia, Itália, por favor, aproximarem-se para o embarque. – falou a voz feminina automática.


Olhei para a Anne e abracei-a fortemente.


– Vou sentir saudades, loira chata. – falei no ouvido dela, e ela assentiu.


– Eu também.


– Hey, - chamou Dave. – Eu não ganho abraço de despedida, não?


– É claro que ganha. – disse indo abraça-lo. – Promete que vai falar com ela? – perguntei num tom que só ele podia ouvir.


– Sim. Mas não tão logo assim. – respondeu ele, da mesma forma.


Ri e fui abraçar Eddy.


– Até mais criança. – disse ela, só para irrita-me.


– Até mais seu purgante. – falei de volta.


– Tchau Charlotte. – falei para minha mãe, e ela assentiu.


Peguei minha mala e fui em direção ao portão para o embarque.


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Notas finais do capítulo

Comentem ok?? É sério!! =** Bjs



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