Pov. Natalie.

“bem feito, hahahaha, agora a reputação dela foi por abaixo, seus planos foram junto.” Mas não importava tudo o que pensaria, subiu meu sangue quando Dan correu desesperadamente atrás de Lara, ele nem ligou para mim quando devia parecer que eu tinha me afogado, nunca olhou nos meus olhos diretamente, ele não me atura, não importa o que eu faça nossos clãs são como cão e gato, Dan não gosta de mim, nunca gostou e jamais gostará.

Minha mãe sempre dizia Lucians não choram, se bem que agora ela está presa, e meu pai... “tire suas conclusões faça mais do que tem que ser feito.” Ian gosta dessa frase e eu também, então segui esse conselho e corri atrás de Dan, fui a disparada sem olhar para traz e ligar para o que pensavam de mim com um sorriso no rosto, o problema era outro, o que eu falaria na frente daqueles olhos cor esmeraldas.

1º empurrar Lara na água.

2º abraça-lo. “não... eu passaria de difícil... Se bem que eu já nasci difícil de mais.”

3º dizer toda a verdade sobre Lara, tudo o que ele deve saber.

4º falar o que sinto, dizer sobre mim.

5º arrumar uma desculpa para a nossa família intrometida, ou... “hipóteses”

Mas quando cheguei à beira da praia, perto das lanchas me deparei com o que mais me machucaria, de verdade, naquele momento sentia tudo, ódio, ciúmes, ira e ao mesmo tempo não sentia nada.

Ele ou ela a beijou?

ele gostou?

Eu tive culpa?

O que agora ele vai pensar de mim, de Lara... Eu paralisei, não consegui me mexer, a não ser uma lagrima escorrendo sobre meu rosto.

- ôôô... Garota sai de cima da minha tanga. – um homem gordo, avermelhado por conta do sol forte, óculos apertados e bermudas marcadas, ele segurava uma cerveja, por ódio quase peguei e joguei sobre ele, mas algo me conteu, os braços de Ian seguravam aos meus ombros, quando percebi eu estava sendo carregada pelo meu irmão, acalmados pela Amy e olhada por todos, chorava muito, até Dan olhar para mim, de longe, mas fez toda a diferença.

* * *

- bom, ela ficará um tempo sem muitas palavras ou energia, é uma mistura de sentimentos repentinos. – O medico que me atendeu era alto e magro, e insistia para falar o que aconteceu e causa de eu ficar assim, não soltei uma palavra. – já que sua irmã não quer dizer, é boa a paciência e calma. - ele saiu, e Ian me olhou com firmeza.

-  somos Lucians, Natalie, Lucians – ele saiu.

- Natalie, eu sou mulher, quando chegarmos ao hotel, se quiser me conte. – Amy me abraçou delicadamente. – tem alguém querendo te ver.

Dan apareceu apressado, e sem dizer uma única palavra olhou diretamente nos meus olhos, me abraçou.

- Não fique assim, você é muito mais do que imagina. – disse ele perto dos meus cabelos que raramente ficava embaraçado. Eu disse a mim mesma: “eu superarei. Eu já superei”