POV Tyler

Ah deuses, estou correndo para o meu chalé, acho que ainda vou chorar muito hoje, pois a imagem de uma Amber desesperada chorando no chão, se minha vontade era abraçá-la e niná-la? Me esforcei muito para não fazer isso. Eu amo Amber ainda, lógico que sim, acho que fiz aquilo em parte por raiva, em parte por ciúmes, mas não como uma vingança, para fazê-la sofrer ou algo assim, não é isso que quero.

Sinceramente eu não esperava o desespero de Amber, achei que ela tinha corrido atrás de mim só para explicar as coisas, não achei que ela gostasse de mim, nem um pouco.

Só sei de uma coisa: vou me afastar, quando ela se decidir, talvez eu esteja aqui, só tenho 16 anos, mas talvez eu nunca vou amar alguém como amo a Amber, talvez eu seja só um idiota apaixonado, não posso dizer.

Vou me afastas de Amber, sem pressioná-la, ela decide, que assim seja.

POV Clarck

Velho, o Tyler tinha que aparecer bem naquela hora? Por favor, na hora que o clima esquentou o idiota vem, e ainda dá uma de chorão, oh, tadinho, já falei que ele deveria queimar em óleo fervendo eternamente? Pois é.

Se ele acha que conseguirá Amber chorando que nem um bobalhão, ele acha, porque chorar eu também sei, e sei também como conquistar uma mulher, coisa que ele aparentemente não sabe nem um pouco.

Nunca vou desistir da Amber, a não ser que ela peça, nunca vou me afastar.

POV Amber

Já estou no meu chalé, Clara e Isabella apareceram na clareira para me trazerem até aqui, elas explicaram a Jason minha situação e ele me deu privacidade.

Fico chorando na maior parte do tempo, pensando em Tyler, sinceramente nem me importei com a reação de Clarck, se ele está magoado por eu ter saído correndo, Tyler co mcerteza está muito mais.

Acabo dormindo.

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Acordo. Antes mesmo de abrir os olhos, sei que tem alguém me observando, sinto o peso de seu olhar.

Abro os olhos lentamente, e encontro o olhar de profundos olhos verde-azulados, os olhos de quem eu tanto fiz sofrer, os olhos de quem eu tanto chorei, seu olhar está sereno, como se fosse um dia qualquer, em que ele vai me levar para passear, ou simplesmente andar pelo Acampamento me apresentando as pessoas.

Quase caio nessa ilusão, como eu queria que fosse um dia qualquer. Mas não é, com certeza não.

-Podemos conversa Amber? – Pergunta Tyler em ma voz firme.

- P-Podemos. – Digo.

-Sem choro? – Pergunta preocupado.

-Depende do que você vai dizer. – Respondo. Sento-me em meu saco de dormir. – Sente aqui, se quiser. – Ele olha receoso. – Tyler, por favor, não te atacar, interprete isso como quiser. – Digo. Por fim, ele se senta.

-Bom Amber, você não decidiu ainda,não é? – Começa ele, droga, começou mal.

Fico em silêncio e abaixo a cabeça.

-Quem cala consente. – Diz ele. – Bem, não quero te pressionar. Está doendo? Está. Estou com raiva? Estou. Estou magoado? Estou. Quero matar o Clarck? Quero. Mas se você beijou ele, - Vou interrompê-lo, ele coloca um dedo em minha boca,- ou pelo menos correspondeu o beijo dele, é porque sente algo por ele, então...

- Quieto Tyler. – Digo em uma voz firme. – Você já falou demais, minha vez.

Explico à ele que eu estava chorando, e Clarck me amparou, conto a ele que eu estava frágil.

-Entenda Tyler, se fosse você no lugar de Clarck, teria sido com você, eu estava sensível demais, e Clarck aproveitou. Eu não me decidi, eu não amo Clarck, eu não escolhi ele. Compreende? – Digo.

Ele não olha nos meus olhos.

-Tyler? – Digo em uma voz frágil.

- Amber, eu já me decidi, vou deixar você respirar, vou me afastar de você, se você quiser o Clarck, vou tentar te esquecer, prometo te deixar em paz enquanto você pensa, e se sua decisão por Clarck, prometo te deixar em paz depois disso, mas se me querer, vou estar aqui, sempre Amber, porque eu te amo. – Diz ele em uma voz embargada.

Começo a chorar, não posso viver sem Tyler, não mais, deuses.

Não vou me envergonhar do que eu vou fazer, acho que não vou me sentir uma vadia. Por fim, abraço Tyler.

Ele luta no começo, mas como não o solto, ele solta seus braços cerrados e me abraça.

- T-Tyler p-por  f-favor n-não me deixe. E-eu te imploro.

-Via ser melhor assim Amber, não quero pressioná-la.

Choro mais ainda, agora é oficial: estou desesperada.

- T-Tyler, pelos deuses, n-não me deixe. – Sussurro.

-Amber, me entenda. – Diz ele, agora emotivo.

-N-não, T-Tyler, j-já perdi gente demais, n-não quero perder v-você.- Digo desesperada.

-Perdão Amber, já me decidi. – Seu queixo treme.

-Tyler, eu escolho v-você, p-por favor. – Tento abraçá-lo, beijá-lo, qualquer coisa que seja, mas ele é mais forte que eu, segura meus braços delicada e fortemente. Ele não está me machucando, pelo menos não à meus braços.

-Não Amber, você só está fazendo isso porque não quer que eu vá, com o tempo você vai se decidir. – Diz ele e se levanta. – Adeus, hm, por enquanto.

Faço a coisa menos lógica possível. Me atiro nele, eu sei que de nada vai adiantar. Mas mesmo assim, o faço.

-Amber, por favor. – Ele me tira delicadamente de suas costas.

- N-n-não m-m-me d-d-deixe. – Gaguejo.

Ele coloca-me delicadamente no saco de dormir e saí pela pelo.

-TYLER. – É a última coisa que grito antes de cair em desespero no saco.