The Carrerist Games-74 Jogos Vorazes escrita por BrunaBarenco


Capítulo 26
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

[ARRUMEI O LINK] HEY! Últimas notas finais, e a quem estou querendo enganar, enrolei esse tempo todo para postar o Epílogo porque não queria me despedir dessa fic. Eu vou repetir muito isso nas notas hoje mas AMO VOCÊS, LEITORES! Obrigada, obrigada, obrigada por me deixar escrever essa fic e obrigada por comentar, mesmo que comparada com outras autoras e com outras fics eu tenha poucos, são todos importantes demais para mim.
Mas deixa de enrolação, eu sei que ninguém vai ler isso tudo aqui LOL vocês querem é ver o final da Diana. ENJOY IT! e leiam as notas finais, please.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/221130/chapter/26

E elas ainda me encaram. Facas. Na cozinha. Brilhantes, amoladas, lindas... O que eu posso fazer com elas? Sei o que posso fazer com elas. Preciso delas. Engoli seco. Elas ainda me chamavam.

–Droga- reclamei enquanto o deixava alguma coisa que nem lembro o que queimar.

–Fala sério que você queimou o café de novo?- Genna chegou correndo, seguida pela minha mãe. Apesar de a minha mãe continuar igualzinha, Genna está muito diferente depois de anos. Ela tem a minha idade, quando fui escolhida para os Jogos. Sua família toda morreu na rebelião, e o mais lógico era que viesse morar com a gente.

Minha mãe se aproxima:

–O que é isso?

Dou de ombros:

–Ah, sei lá, eu... me distraí.

–Sei. Senta lá, deixa que eu faço o café.

Genna prende os cabelos, pensando na escola, pela sua cara de tédio.

–Você tem que parar de tentar cozinhar, Diana.

Suspiro, deixando meus cabelos longos de novo caírem no rosto e fechando os olhos:

–Preciso de um centro de treinamento.

Genna revira os olhos, mas não fala nada. As arenas foram destruídas, vários memoriais foram erguidos, temos um novo presidente, ninguém liga mais para Everdeen. Bem, eles até ligam para ela, mas ela não quer saber. Pelo pouco que sabemos, ela ficou mais louca do que eu. Bom para ela. Mas eu não superei o fato de não treinar mais.

Minha vida está quase normal. Ninguém desconfia de mim, e quase ninguém sabe do quanto desafiei a Capital. Todos estão felizes com a minha vida longe de armas, menos eu.

Saio de casa depois do café, enquanto Genna me avisa que vai faltar a primeira aula por causa do namorado. Ela realmente não aprendeu muito comigo. Todos dizem que a coisa mais deprimente é ser eu, com 20 anos e absolutamente sozinha desde sempre.

Fazia um tempo que eu não saía de casa, e a vizinhança mudou muito. Muitos vitoriosos morreram, tiveram suas casas queimadas e coisas do tipo. Acho que apenas eu e mais alguns continuamos vivos... E no meu caso, sem sair do lugar. Ainda no Distrito 1, que sempre será a minha casa.

Estava prestes a ir embora para casa quando ouvi um barulho agradavelmente familiar... De um boneco sendo estraçalhado, no pequeno jardim inacreditavelmente escuro que separava a antiga casa de Cashmere, minha antiga mentora, e seu irmão Gloss que ganhara os Jogos um ano depois dela.

Já sei. Eu, Diana Baren, vitoriosa que ficou louca por causa de formigas, se rebelou sozinha contra a Capital, enganou Snow e continuou viva e graças aos céus esquecida, essa pessoa (eu) devia ter aprendido a não fazer coisas potencialmente perigosas, como ir atrás desse barulho. Mas é, eu não aprendi, mesmo depois de seis anos. E qual é o problema disso? Eu sou louca. Tenho uma ótima desculpa para fazer coisas sem noção como essa.

Um, hã, garoto estava destroçando um boneco com uma espada. Eu nem sei como se chamam pessoas de 20 anos, garotos ou homens. Que seja. Ele era até razoável, mas precisava seriamente de mais técnica. E era bonito também, não que eu tenha reparado. Na verdade, eu estava invadindo o quintal da casa agora. Devia ter sido vendida durante esse tempo, e uma família feliz havia se mudado para lá. Me encostei na grade, mas ele não percebeu. Finalmente parou, e eu gritei:

–Foi bom mas... Tente segurar a arma do jeito certo- sorrio sarcástica, e por um momento ele pareceu confuso. E eu adoro deixar as pessoas confusas, desconcertadas e por aí vai. Por isso sempre fiz o que quis, então elas nunca sabiam o que dizer de mim.

Mas ele se recuperou rápido:

–Diana Baren... Achei que estivesse morta.

–Para a sorte desse boneco, não estou- pulo a grade e vou até ele, tirando a espada da sua mão.- E é assim que se segura uma espada decentemente.- corto a cabeça do boneco e recobro a razão por alguns segundos- Como você tem uma espada?

Ele ri:

–Achei escondido nas coisas do meu pai. Nãos ei como ele conseguiu ficar com armas mas... tem várias. E alvos e bonecos também.

Meus olhos brilham:

–Arranje um alvo pra mim. Eu preciso esfaquear alguma coisa, e depois do que fiz com os ursinhos de pelúcia minha mãe até vai aceitar.

–Por que eu faria isso? Você é uma maluca que invadiu minha casa e...

–E ensinou como se segura uma espada.- sorri- Nunca faço nada de graça.

–Não pedi que me ensinasse a segurar essa espada, eu só... Queria ver como era treinar.- ele respondeu, ficando vermelho.

–Claro, todo mundo que tem 20 anos quer saber como é treinar... Por isso todo mundo fica por aí treinando errado no quintal de casa.

Ele bufou:

–No fim, estavam certos sobre os carreiristas. Eles são maus, e você também é.

–Falou como uma criança agora- ri, de novo.

Ele pareceu ter uma ideia:

–Tudo bem, eu arranjo um alvo para você. Com uma condição.

–Manda.

–Me ensine a usar todos os tipos de arma que conhece.

Não consigo deixar de ficar surpresa:

–Como assim? Você nunca... treinou?

Para minha surpresa, ele riu:

–Não. Eu nunca treinei.

Acho que pareci muito descontrolada nesse momento, e me contive para não rolar no chão de tanto rir.

–Não tem graça.

–Qual é, é muito engraçado... Ahn, qual seu nome?

Ele sorriu:

–Sirius T. Junior.- (N/A: não consegui pensar em nome nenhum, e essas fics dos Marotos que eu ando lendo estão me influenciando seriamente)

–Coitado, Junior é o fim. E o que é esse “T” aí?- continuo encostada na grade.

O garoto (tenho que lembrar o nome dele) para de sorrir:

–Thor.

Eu consigo não rir. Afinal, ele vai arrumar um alvo para mim. Mas não contenho meu sorrisinho irônico:

–Tudo bem então, senhor T.

–Então... Amanhã você pode começar com... espadas?- T. fala, vacilante. Eu continuou o encarando.

–Francamente, garoto, deixe de ser covarde. Começamos agora, eu preciso desse alvo.

Estou completamente decepcionada. Porque, porque, todas as pessoas (menos a Genna) que eu tento ensinar alguma coisa são horríveis ou alunos muito ruins? T. não era exatamente horrível, tirando o fato de não me ouvir. E eu ainda detesto quando as pessoas não me escutam.

–Já disse mais de dez vezes que está fazendo errado- eu disse, controlando a raiva- Qual é o problema?

–Estou fazendo direito.

–Não, não está.

–Sim, estou.

–NÃO, VOCÊ NÃO ESTÁ!- gritei, por fim, socando o boneco- Olha só, T., desculpe aí, mas eu preciso desse alvo. Eu tentei, mas a sua incompetência não me deixa ensina-lo e...- paro repentinamente. Eu preciso do alvo, e pela cara dele, ele não está a fim de me entregar. Garoto teimoso. Mas preciso arranjar um jeito de fazê-lo pelo menos tentar aprender direito, e eu sei como. Claro que não funcionaria comigo, mas não custa tentar- Que tal uma aposta?

T. tem uma expressão confusa quando mudo de tom tão rapidamente:

–Aposta? É, me parece uma boa ideia.

Continuo sorrindo. Bingo, estava certa:

–Se me vencer, eu faço hã alguma coisa. Que você escolher. Se eu te vencer, pego o alvo e não qualquer outra arma que quiser.

–Parece uma boa.

–E é. Tente entender o que eu tentei ensinar hoje, okay?- pulo a grade de novo- Amanhã eu volto.

–Diana! Só tenho um dia para treinar? Não é justo. Você treinou a vida toda.

Paro, sentando no murinho ao lado do quintal:

–Por que você não treinava?

T. parece meio envergonhado:

–Eu ia ser Pacificador.- responde, simplesmente. Não pergunto mais, apenas dou de ombros.- E então? Só um dia para treinar?

–É claro.

–Não é justo. Você teve mais tempo para treinar e é... Bem, a rainha das facas- T. reclama, enquanto eu desço do muro. Ele está meio vermelho ou é impressão minha?

–Minha vida não foi muito justa também. E quanto à isso... Nada posso fazer se me tornei uma majestade.- sorrio, e caminho até em casa. Fazia algum tempo que não conversava com nenhum estranho. E até que conversar com estranhos não era tão ruim.

_____________________________________________________________________________

–Aonde vai tão cedo?- minha mãe pergunta, depois do café da manhã- E onde estava ontem, Diana?

Dou de ombros:

–Andando por aí.

Ela me encara, os olhos escuros parecendo analisar cada centímetro meu. E não fala mais nada. Genna está com o namorado (!!!) em frente de casa, pronta para ir para escola. Eles saem, e lá vou eu pronta para derrotar um garoto que nunca treinou.

T. está me esperando, sério.

–Não posso treinar nem mais um pouco?

–Tá com medo?- pergunto, rindo, e pegando uma espada- É, faz algum tempo que não pego mesmo numa dessas, eu prefiro as facas...

–Podia responder a minha pergunta?

–Qual delas?

–Você é irritante.

–Isso não foi uma pergunta- respondo, ainda rindo e ele revira os olhos.

–Vamos logo com isso.

Eu venci, é claro. Nas DOZE vezes. Foi bem fácil, na verdade, o nível do antigo Centro de Treinamento era bem maior, isso porque nunca fui a melhor aluna com espadas. São muito pesadas e... Não sei, prefiro as facas. Leves, pequenas, ágeis.

–E o meu alvo?

Ele ri e entra na casa, voltando alguns minutos depois:

–Aqui está.

Pego o alvo da mão dele. É um pouco diferente do que eu costumava usar, mas quem liga. Depois de anos “matando a saudade” de treinar em pelúcias e coisas assim, vai servir perfeitamente.

–Obrigada, T., foi legal te conhecer- digo, já pulando a grade quanto T. me interrompe.

–Espera você não... mesmo que tenha ganhado doze vezes... Não podia continuar me ensinando? Nem se forem só as facas?

–E o que eu ganho com isso?

Ele suspira:

–Você tem sempre que ter uma vantagem, Diana? Não pode fazer isso pelo ato de ajudar alguém?

Eu paro de pular a grade. Faz tempo que eu não ajudo alguém. Quer dizer, ajudei a Genna. E Siller, que acabou de se casar e se mudar para a Capital, aquela ingrata (N/Siller: hey! Não sou ingrata coisa nenhuma!). Sempre me gabei por ser diferente dos carreiristas, e fui assim até na arena. Mas estou sendo uma carreirista de primeira agora:

–Eu hã acho que... Acho que posso fazer isso.

Não preciso dizer o que aconteceu. Depois de muitos ataques de falta de paciência da minha parte, brigas, xingamentos trocados, lutas que em sua grande maioria foram vencidas por mim (obviamente), T. e eu acabamos chegando o mais perto possível de uma vida normal. Sem casamento.

–Por que, por que raios você não quer casar, Diana?- ele perguntava, sempre.

–Todo mundo casa.

–Por isso mesmo.

–Eu não sou todo mundo!

E não, eu não cedi. Genna implorava para que eu cassasse de verdade:

–Vai ser lindo! E eu vou poder ser sua dama!

Mamãe implorava para que eu cassasse:

–Deixa de ser teimosa! Esse garoto te ama!

O pai de T. implorava para eu cassasse:

–Ele está me enlouquecendo por causa disso.

Siller ligava diariamente implorando para eu cassasse:

–Eu preciso visitar o Distrito 1! Sinto falta da vida por aí.

Mas eu não casei. Nem mesmo depois que Draco e Cashmere nasceram.

–Ele precisa de uma família.- minha mãe alegava, desesperada.

–Não preciso fazer uma cerimônia ridícula e cheia de coisas chatas para ter uma família.

E T.? Acho que depois de seis anos ele nem ligava mais.

Siller voltou a morar no Distrito 1, para ser minha vizinha. A filha mais velha dela, Dixie, tinha a idade de Draco. E os dois pareciam bem amigos.

–Imagine se eles se casarem!- ele suspirava, enquanto tomava conta de Aileen, com seus dois anos recém-completados e enquanto eu tentava fazer Cashmere para de gritar porque queria que eu fizesse um penteado no cabelo loiro dela.

–Meus filhos não vão se casar.- respondi, observando os dois brincarem- Isso é muito brega.

Siller revirou os olhos:

–Você não tem jeito.

–Eu sou louca.

–Essa desculpa está ficando velha...- ela riu, levando as duas meninas e me deixando sozinha.

Eu ainda gostava de ficar sozinha. Era uma boa hora para treinar nos meus sete alvos (eram todos que T. tinha) e brincar um pouquinho com as facas. Porque uma vez carreirista, sempre carreirista. E não acredito que disse uma frase brega dessas.

Mesmo que seja a verdade.

HEY, VOCÊ! NÃO VAI EMBORA NÃO, LEIA MINHA NOVA FANFIC, POR FAVOR!



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ENTÃO? Atendendo à pedidos de uma leitora diva que deixa reviews e recomendações, ela teve dois filhos. Yay. Sorry, eu não pude deixar a vida dela cheia de crianças fofinhas, é a Diana, ia ser meio estranho. Mas enfim, DEIXEM REVIEWS, É O ÚLTIMO CAPÍTULO E EU AMO VOCÊS, DEIXEM REVIEWS, EU RESPONDO E LEIO MILHÕES DE VEZES CADA UM. Ufa. Deixem reviews :)
Mas, vamos ao que interessa (ou não). Obrigada à: Jasmine, CloveGraceDelacour, MrsPotter, Kmaria, lorrayne_f, BellaGG, victorgsantos e Anita, pelos reviews.
Obrigada à BellaGG, CloveGraceDelacour e MrsPotter pelas recomendações lindas, eu choro toda vez que leio.
Obrigada à você, leitor fantasma (há, eu sei que você existe), mesmo que não tenha comentado leu, e isso já é quase suficiente.
Minha mãe não queria que eu começasse outra fanfic, mas não consigo viver sem isso aqui lol. Então, me encontrem na outra fic (link no final do capítulo ou abaixo). Obrigada, obrigada, obrigada mesmo, por tudo.
http://www.fanfiction.com.br/historia/252063/Not_Like_The_Rest/
Luv u all,
Bruna