Pov'S Freddie

Acordei, fiz minha higiene matinal e fui para a cozinha tomar café da manhã. Mal dormi a noite, eu não paro de pensar em tudo o que rolou estes dias. Minha mente não está mais confusa... está raciocinando muito bem. Mas o fato de eu querer terminar com a Carly, e não poder, só por que ela gosta de mim, está me matando!

- Bom dia mãe... - falei (ou melhor, sussurrei), sentando na mesa.

- Nossa! Que alegria meu filho... - ela disse, colocando um sanduíche e um copo de suco na minha frente.

- É, minha mente está uma coisa só...  - falei, comendo.

- São as duas, né meu filho? - ela perguntou, me fazendo uma surpresa.

- Hã... como sabe, mamãe? - perguntei, já curioso.

- As mães sabem o que se passam nos dias dos filhos... e além do mais, já está ficando óbvio. 

- Eu amo a Sam mãe. Mas não posso terminar com a Carly. - falei, colocando a mão na cabeça.

- Por que? - ela perguntou.

- Simples... e se ela gostar de mim?

- E se ela NÃO gostar de você? - ela perguntou.

Agora, eu me sinto um idiota. Por que não pensei nisso antes?

- É mesmo... - minha mãe riu.

- Espero ter ajudado... agora vai para a escola. - ela pegou minha michila.

- Obrigado mãe... - a abracei - Mas achei que você não gostasse da Sam. - a olhei.

- Filho... quando vocês terminaram, eu percebi o quão egoísta eu fui. Não posso mandar em quem você ama. E espero que quem você escolher, te faça muito feliz. - ela me deu um beijo na testa e me, digamos, ''expulsou'' para fora de casa.

Cheguei na escola rapidamente, quando cheguei no ármario a Carly já estava lá... sem a Sam.

- Bom dia! - falei.

- Oii Freddie! - ela me deu um beijo no rosto. Será que eu falo? - Como passou a noite?

- Dormi bem... - menti, me senti sujo, mas não iria falar a ela ''Eu dormi super mal pensando em terminar com você, já que amo outra''.

Antes de ela falar alguma coisa, senti uma mão macia e bem quante, levemente suada tocar meu braço.

- Oi Nerd... Shay. - era a Sam.

- Oiie... - Carly falou.

- Hey Puckett. - a comprimentei.

- Está bem feliz ou é impressão minha? - Carly falou irônica.

- Há há há. - Sam sarcastizou.

O sinal tocou.

- Vou indo... - Sam já foi saindo.

- HEY PESSOAL! - Gibby chegou, correndo.

- Hey. - falamos juntos.

- Espera aí Sam, Vou com você. - e eles saíram.

Deixaram eu e a Carly plantando batata.

- Vamos? - ela perguntou, pegando a minha mão.

- Vamos... - falei, a deixando um pouco mais solta, logo, Carly desfez as mãos dadas.

O resto do dia foi literalmente chato. Acho que foi a aula mas chata que tivemos. Tirando a prova de Português, que tivemos. Tentei chamar a Sam, para ver se ela queria cola ou algo do tipo, mas ela sempre me olhava e fazia um não com a cabeça. Deve ter estudado muito.

- Carly! - gritei o seu nome. Ela, Sam e Gibby estavam conversando no ármario.

- Oi? - ela perguntou.

- Temos que conversar. Podemos aproveitar agora a aula vaga.

Dei uma olhada rápida para a Sam e ela estava com a cabeça baixa.

- Sam... - Gibby a chamou, mas olhando para mim - Vem... vamos deixar eles conversarem. - ele olhou feio para mim, pegou o braço da Sam e a puxou. Ela tentou resistir, mas, como o Gibby tá ''meio fortinho'', perdeu.

- Então... - Carly parecia apressada.

- Carly eu... olha, vamos conversar outra hora, no seu apartamento ok? Esquece. - desisti.

Eu estava saindo e ela me puxou.

- Não, fiquei curiosa. Conta. - e me olhou, com os olhos esbugalhados.

- Tá... er... bem, você g - gosta mesmo de mim? - perguntei, ela me olhou estranha, e abaixou a cabeça rapidamente. Já estava olhando para mim.

- S - sim.  - ela falou, não senti nenhuma firmeza.

- Olha nos meus olhos e diga que me ama. - falei.

Ela me olhou assustada e escapou uma lágrima do seu olho, que caiu rapidamente. Não entendi.

- N - não posso. 

- Carly... - a abracei - Não gosta de mim né?

- M - me desculpa Freddie... fiquei com você...

- Por que sentiu pena de me ver sofrendo? E achou que assim, eu te largaria e ficasse com a Sam?

Ela olhou pra mim, com os olhos vermelhos. 

- C - como sabe? - ela fungou um pouco.

- Dá pra perceber... instinto masculino. - ela riu.

- É... mas... eu espero que não me entenda mal... eu...

- Calma Carly. Eu não sinto mais nada por você!

- Sério? - seu sorriso não podia ser maior - Quero dizer... bem, que bom. Por que eu te considero meu irmão.

- Você também é minha irmã Carls. - a abracei.

- Ótimo, então, vamos contar para o pessoal que terminamos. - ela foi correndo.

- NÃO! CARLY! - gritei, ela voltou.

- Por que?

- Bem... 

- Hã... ah, tá! Quer fazer ciúmes na Sam?

- Sim... - falei, envergonhado.

- Ok então. - ela riu - Mas não sei se isso vai deixá - la feliz.

- Só um pouco... só para eu ver se ela sente o mesmo por mim ainda.

- Ela sente! - Carly falou tão alto, que quase gritou.

- Não posso ter certeza. É uma hipótese. 

- Tudo bem... agora, vamos logo para a minha casa? Quero comer tacos. - ela falou.

- Ok. - disse. E fomos.

Pov'S Sam

- Acho melhor eu ir logo Gibbs. - falei.

Gibby me puxou de lá, quando viu que a Carly e o Freddie iriam começar a conversar sobre algo sério ou sobre o namoro dos dois... bem, como ele e o Spencer estão me ajudando a esquecer o Freddie, manter distância é o principal.

Ele foi puxando assuntos banais sobre qualquer coisa a caminho no Bushwell, estamos tão acostumados que nem percebemos, ele comprou sorvete pra mim e fomos andando.

O tempo até passou rápido. Estava tudo indo ás mil e uma maravilhas até a Carly e o Freddie aparecerem. Já devem ter terminado a conversa.

- Ei! Esperem a gente! - Freddie gritou, paramos e eles nos alcansaram.

- E aí? - Gibby perguntou.

- Hey. - falei, sem ao menos olhar para eles. - Ah, mensagem da minha mãe... vou para casa. - e saí correndo.

- NÃO VAI COMER LÁ EM CASA? E DESDE QUANDO A SUA MÃE ESTÁ NA SUA CASA? - Carly gritou.

- NOVIDADES ACONTECEM! - gritei de volta.