Love At First Sight escrita por Teud


Capítulo 2
Capítulo 2: Poder de atração


Notas iniciais do capítulo

Aqui está finalmente o segundo cap... Revisado e praticamente corrigido e quentinho do forno... Outra coisa: As partes em itálico são FLASHBACK! Aproveitem!



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Relatos de Makyouvolowschi #1

Eu não entendo o Alex. Ele é todo cheio de frescura! Mas mesmo assim ele é uma gracinha! Meu nome é Makyouvolowschi Makenshiec III, mas todos me chamam de Makyou, pois meu nome é muito comprido. Bem, vou dizer para vocês antes de continuar nosso “romance” o que aconteceu quando eu entrei na casa dele...

–Makyou, deixa eu entrar primeiro, depois você entra, tá? – disse Alex

–Tá! - respondi

Ele entrou em casa e logo uma mulher disse:

–Está seis segundos atrasado!

–Desculpe-me, mãe. – respondeu Alex - Estava ajudando uma garota que caiu inconsciente aqui perto de casa!

–Sim, sim! É verdade! – complementei, usando meus poderes e aparecendo do seu lado.

–AHHH!!! – gritou Alex – Eu disse pra você que...

Todos da casa ficaram com a face estática (N/A: POKER FACE!!!). Depois de um minuto, um homem alto se levantou de sua poltrona e perguntou a mim:

–Garota, qual é a sua relação com o Alexandre?

–He he... Ele é o meu marido! – respondi, agarrando seu braço.

–EI! Pare de mentir! Mal nos conhecemos!

O homem ficou sério.

–Entendo... Você é rápido, filho... Seja feliz...

–Espera, pai! Não é isso que você está pensando! – disse Alex, desesperado.

– Então o que é? - pergunta um garoto meio parecido com o Alex, mas ele era mais alto e provavelmente mais velho.

– Não tem nada entre a gente! - gritou Alex empurrando meus braços - Apenas acabamos de nos conhecer e ela precisa de um lugar pra ficar! Ela... se perdeu... e não sabe como voltar para casa! É só isso! Só quero ajudá-la!

– Está bem, filho. - disse a mão de Alex levantando-se de sua poltrona - Vou dar uma semana para ela. O que acha, amor?

– Hm... por mim tudo bem... - diz o pai de Alex, ainda abalado.

– Mas onde ela vai dormir? - pergunta uma pequena garota distraída com um PS3.

– No seu quarto, não é óbvio! - responde a mãe de Alex

– O QUÊ?! - grita a garota revoltada – Ah, não!

A garota largou o jogo e veio em minha direção com a intenção de me estrangular. Senti um calor em meu peito, me dizendo para matá-la com as minhas habilidades, porém antes que “ela” pudesse acordar, Alex a segurou e disse:

– Por favor, se acalme! Só é uma semana! Talvez nesse tempo vocês possam ser amigas...

– Ela é uma total desconhecida! Não posso confiar nela!! - desconfiou a garota

– Não se preocupe, Mariana. Ela é legal. Confie nela, por mim...

– Tá legal... Se você diz, maninho...

Alex abriu um grande sorriso, abraçou a irmã e a agradeceu:

– Muito obrigado! Obrigado mesmo! Mas será que pode me fazer um outro favor?

– Sim, qual?

– Tranca as portas e janelas do seu quarto até acordar, beleza?

– Tá, maninho...

– He he...

Depois disso, nós sentamos em uma mesa e almoçamos. Após o almoço começaram as apresentações.

– Meu nome é Simone. - diz a mãe de Alex - É um prazer em conhecê-la.

– Muito prazer! - respondi cumprimentando-a - Meu nome é Makyouvolowschi Makenshiec III, mas todos me chamam de apenas Makyou. Minha familia é da Alemanha.

–Alemanha? Então você é alemã? - perguntou Simone

– Sim! - menti

– Então... o que você faz aqui no Brasil?

–Bem, é uma longa história... Vamos temos que continuar as apresentações!

–Meu nome é Pedro. – respondeu de imediato o pai de Alex. – Prazer em conhecê-la.

–Prazer! – disse eu, cumprimentando-o.

–Meu nome é Marcelo! – respondeu o garoto que parece com o Alex – Sou o irmão mais velho do Alexandre!

–Sei... Prazer!

–Meu nome é Mariana. Sou a irmã mais nova do Alex, meu maninho...

–Isso eu já sabia... – declarei

–O que disse?

–Nada, nada! - disfarcei

–Ah, tá... – disse Mariana, pegando um PSP rosa e o ligando.

–Agora que já fizemos as apresentações, estão liberados! Alexandre, não se esqueça do curso! – disse Simone

–Tá, mãe... – respondeu Alex

–Curso? O que é isso? – perguntei

–É tipo uma escola que ensina como “entrar” em escolas técnicas e/ou colégios navais etc.

–“Escola”? “Técnico”? “Colégio Naval?”. Acho que faltou informação na primeira “transferência”... Vou ter que fazer outra... – e o beijei.

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Na minha família, todas as mulheres têm a habilidade de extrair e/ou copiar informações e conhecimentos de qualquer homem do universo ou dimensão através de um beijo na boca! Também podemos sugar energia vital se quisermos... Útil, não? Porém, se eu não tomar cuidado, ou ele vai ficar com uma mente igual a de um bebê, ou morrerá.

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Depois que o soltei, havia pegado mais informações desse planeta, mas... por um motivo estranho não consegui acessar o banco de dados de memórias, pessoas conhecidas e algumas partes de conhecimentos gerais... Que estranho... Geralmente nenhum humano tem bloqueio nos bancos de dados...

Vou explicar o que é “banco de dados”: todos os humanoides têm o cérebro dividido em várias partes, que os cientistas de minha dimensão chamam de “banco de dados cerebral”. Nessas partes do cérebro que são flexíveis, ou seja, são as partes onde se armazenam memórias e conhecimentos gerais, comandam os movimentos gerais do corpo e também onde são produzidos os “sentimentos”. Retornando a história, após eu soltá-lo, Simone e Pedro ficaram de boca aberta. Marcelo deu um semi-abraço no Alex e disse:

–É assim que se faz, pirralho!

–Cala a boca! – ordenou Alex, desfazendo o abraço.

Mariana estava de boca aberta ainda e toda vermelha, provavelmente por causa do beijo. Parece que para os humanos do planeta Terra isso é sinônimo de amor e coisa assim... Que estranho... Quando eu olhei diretamente para ela, esta começou a disfarçar e voltou a jogar o PSP, só que desta vez com toda vontade e fúria.

Alex estava vermelho também, mas ao mesmo tempo estava com raiva de mim. Então me disse:

–Olha só! Todos estão com uma impressão errada de mim por sua causa! Nunca mais faça isso! E fique longe de mim! Agora eu tenho nojo de você!!

Eu gelei na hora. Meu coração parou por uns segundos. Não podia acreditar em tais palavras. Sentei em uma cadeira, coloquei as mãos na frente dos olhos e comecei... a chorar...

–Tsc! Que droga. – reclamou Alex, saindo da cozinha.

–Não fique assim... – disse Simone, sentando ao meu lado e acariciando meus cabelos.

–Chuinf, chuinf... – não conseguia responder. Apenas chorar.

Mariana pausou o jogo e chegou perto de mim, dizendo:

–Não fique triste por causa dele... Ele estava apenas nervoso. Logo a raiva dele passa... Mas também você deu um baita susto nele, não é?

–Na verdade em todos nós. – disse Pedro repentinamente – Mas nós sabemos que você é inocente e não queria magoá-lo...

–Ah! – lembrou-se Mariana – Esqueci das minhas duzentas horas diárias! Até mais, pessoal! – e correu para seu quarto.

–O... o que foi isso? – consegui perguntar

–É que ela é mais viciada em games do que nossa mãe... – disse Marcelo – Ela uma vez se trancou no “quarto secreto dos games” por quinze dias. Quando voltou, estava exausta, faminta e sedenta. Mas em compensação, ela tinha zerado mil quinhentos e noventa e dois jogos...

–O-o quê?! – estranhei – Ela não comeu nem bebeu nada durante esse tempo?

–Ela nunca come ou bebe enquanto está jogando naquele “quarto”...

–Nossa... E quantos ela joga ao mesmo tempo? Pois ela disse duzentas horas diárias, sendo que um vídeo game só registra até as noventa e nove horas!

–Você tem razão. Em função disso, ela joga vários ao mesmo tempo e mesmo assim consegue prestar atenção em todos! A última que eu e nosso pai conseguimos dar uma espiada no “quarto secreto” ela estava jogando cinquenta jogos ao mesmo tempo, não é?

–Sim – respondeu Pedro.

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Depois daquela conversa Marcelo e Pedro foram trabalhar, enquanto eu e Simone fizemos o trabalho em casa juntas. Foi divertido. Então chegou a noite. Alex, Pedro e Marcelo voltaram para casa. Fomos tomar banho um de cada vez. Os homens fizeram fila em um banheiro e eu e Simone fomos ao outro. Mariana ainda estava jogando... Então jantamos, porém sem Mariana. Alex não dizia uma só palavra. Isso só me deixava mais preocupada: será que ele ficará magoado para sempre?

Depois da janta fomos escovar os dentes e finalmente, dormir. Fui ao quarto de Mariana. A porta estava aberta e o quarto estava vazio e silencioso. Meio sombrio até. O silêncio durou até quando Mariana saiu do quarto, chorando. Dei um pulo para trás e gritei:

–Como você foi parar aí? E como conseguiu ficar tanto tempo aí dentro?

–É que =chuinf= tem uma passagem secreta =chuinf= no guarda-roupa =chuinf= que me leva ao =chuinf= ao “quarto secreto”...

–Ah... Mas por que está chorando?

Mariana limpou o rosto e secou as lágrimas.

–Os jogos... foram muito emocionantes... O último que zerei hoje tinha um drama tão bom... que eu acho que nem vou dormir direito...

–Sei... Aonde vou dormir?

–Na minha cama.

–Sério? E você?

–Aqui. – respondeu ela puxando um colchão suspenso debaixo da cama dela. É tipo uma cama reserva para visitas!

–Hum... Tem certeza?

–Sim.

–Obrigada pela hospitalidade!

–Que isso. Eu que agradeço...

Depois ela trocou de roupa. Mariana também me deu uma roupa para eu dormir. Fiquei bastante feliz com sua gentileza, mas algo soava errado. Mesmo assim, não liguei para esse pressentimento, e me deitei. Mariana apagou as luzes e trancou as portas e as janelas. Em seu pensamento ela disse o seguinte:

“He he he... Isso! Assim essa safada não vai pegar meu irmão a noite!”

–Disse alguma coisa? – perguntei, a pegando desprevenida. Algumas vezes consigo ler mentes sem beijar!

–Não, nada! – respondeu Mariana, surpresa. – Vamos dormir...

–Sim!

Então ela deitou e dormimos...

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Acordamos no dia seguinte juntinhos, eu e Alex. Ele já deve ter me perdoado, com certeza. Mas acho que exagerei para sair do quarto da Mari, pois estou me sentindo meio estranha... Mesmo assim estar junto com o Alex na cama é tão quente e gostoso...

–Makyou?! – estranhou Alex, acordando.

–Alex... Eu... – tentei dizer com uma voz doce.

–Se esconde! – sussurrou ele, apressado. Então me cobriu toda com os cobertores e puxou-me para perto dele, dando a ilusão de que somente ele estava deitado na cama.

–Alexandre! Já é de manhã! – grita uma voz de longe. Acho que era Simone.

Ouço passos se aproximando. A dona da voz entra no quarto.

–Mãe?! Já vou levantar! – respondeu Alex, confirmando minha suspeita de que era Simone a dona da voz misteriosa - Poderia me dar licença?

–Sim... Vou preparar o café da manhã... – e então ouvi seus passos se distanciando.

Alex deu um suspiro, levantou da cama e me perguntou:

–Como você saiu do quarto da Mariana? Ele não estava trancado?

–O quarto estava trancado, mas eu posso atravessar paredes!

–O QUÊ??!!!

–Mas isso gasta muita energia! Por isso eu não faço isso toda hora! Eu só queria ficar junto com você...

–Para de conversa fiada! Você só quer se aproveitar de mim como sempre!

–Não diga coisas tão duras! – declarei séria – Eu... estava com frio no quarto da Mariana, então vim para cá pois junto com você é muito mais quente...

–Pare de mentir!

–Não estou mentindo! – tentei beijá-lo para mostrar minhas memórias, mas ele me empurrou com a mão no meu rosto. Caí na cama sentada.

–Saia do meu quarto! Agora!!

–Por quê?

–Vou trocar de roupa... – ele ficou vermelho! Que gracinha!

–Tá legal! Estou saindo...! – eu então saí do quarto.

Quando ele terminou de se arrumar, saiu do quarto com uma mochila nas costas e uma blusa escrita “Olavo Gilat”.

–O que é “Olavo Gilat”? - perguntei

–Minha escola – respondeu Alex.

–Sério? Posso ir também?

–Lógico que não!

–Chuinf, chuinf...

–Não adianta chorar!

–Chuinf, chuinf...

Alex saiu do corredor dos quartos e eu o segui. Comemos café da manhã e depois ele saiu de casa gritando:

–Não me siga!

Fiquei triste. Por que será que ele não quer que vá junto com ele?

Para distrair fiquei caçando insetos e os colocando nos potes de vidro da minha mochila que eu comprei no dia anterior, além de classificá-los com uma fita adesiva escrito sua espécie específica em latim (eu as vi em um livro de biologia que estava no quarto do Alex). Mas cansei quando não encontrei mais nenhum inseto diferente. Então decidi ir a escola do Alex! Com ele tudo é mais divertido!

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Cheguei lá no segundo tempo. Conversei com a diretoria e ela logo reparou no meu “status” social interdimensional. Por isso me deram uniforme e material rapidamente (N/A: Olavo Gilat é uma escola pública do Rio de Janeiro). Quando subi até o segundo andar e entrei na sala do Alex, o professor se espantou:

–V-você...!? Nesta escola?! Por quê?!

–Ora, meu marido está aqui então eu tive que ir para vigiá-lo! – respondi.

–Quem é o seu marido? – perguntou um aluno.

–O Alex, é claro! – respondi – Ele é o mais novo, único e eterno amor da minha vida!

–Não sou não! – gritou Alex, levantando-se – Nem te conheço! Pare de inventar maluquices!

–O quê?! – estranhei – Então você já se esqueceu daquele nosso momento na cama?

–“Momento na cama”? “Momento na cama”?? “Momento na cama”??? – perguntaram todos os alunos da turma com tom desconfiado. Então mudaram suas auras para sombria e disseram: -Você vai ver, seu tarado! – e todos pegaram suas canetas e partiram em direção de Alex, porém eu entrei na frente e disse:

–Não façam isso! Ele não fez nada comigo!

–Será que agora vossa Alteza pode se apresentar para a classe? – perguntou o professor

–Ah! É mesmo! Esqueci disso! – declarei, correndo normalmente para a frente da classe – Meu nome é Makyouvolowschi Makenshiec III, princesa do reino secreto da “Alemanha” chamado Villa di Makenshiec, e estou aqui para ficar junto com meu marido, Alexandre!

Todos os alunos já haviam se sentado e se acalmado, mas mesmo assim continuavam olhando para Alex com olhos psicóticos e desconfiados. Eu não entendia o porquê disto.

Depois de me sentar e assistir a aula, na transição entre as matérias e troca de professores, os alunos vieram à minha mesa e formaram um círculo me cercando e fazendo milhares de perguntas ao mesmo tempo. Alguns tentaram me agarrar “naquelas” partes... Comecei a ficar nervosa e perder minha calma de sempre. Então “ela” disse em minha mente:

“Raios! Isso acabou acontecendo...”

“O quê?”, perguntei a “ela” mentalmente.

“O poder de atração teve sua ‘restrição’ violada porque você se esforçou demais sem minha ajuda... Sua tola!”

“Poder de atração... Espera! Quer dizer que todos da escola estão apaixonados por mim por causa dos ‘feronômios’ da Realeza?”

“Sim...”

Agora eu tinha um grande problema para o meu relacionamento com o Alex, que era esses rivais zumbis. Uma vez hipnotizado pelos feronômios você se torna uma espécie de “zumbi”. Como eu me livro deles?

“Tive uma ideia.”, disse “ela”.

“Qual?”, perguntei curiosa.

“Hu hu... Preste atenção...”


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Notas finais do capítulo

POSTEM REVIEWS!!!PRÓXIMO CAPÍTULO: O Alex não sabe do poder de atração, por isso tentará impedir "nosso" plano, não é, irmã? Mas... quem sabe ele esteja certo? E aquilo em seu peito... é suspeito!



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