Tom’s P.O.V on:

Estava deitado de barriga pra cima, olhando pra o teto. Eram 3h da manhã e eu não consegui dormir de jeito nenhum, suspirei lembrando de quando vi ela de novo. Porque não consigo esquecer aquele rosto, aquele corpo? Sinto falta em tudo nela, tudo.

Quando ficávamos discutindo sobre quem cantava melhor, mesmo eu sabendo que era ela, quando ela roubava meus caps e minhas t-shirts que, nela ficavam como vestidos. Quando ficávamos a noite toda falando sobre música e quando eu prometi que a levaria á um show do Samy Deluxe.Todas noites juntos, sinto falta do seu toque, seu corpo colado no meu e quando ela dizia que me amava.

–tudo bem Tom? - Ria me olhou com os olhos inchados e os cabelos atrapalhados.

–sim - olhei pra ela e voltei a olhar para o teto do meu quarto - porque pergunta? - ela apoiou a cabeça na mão, e o cotovelo na cama.

–não consegue dormir, aconteceu alguma coisa? - neguei com a cabeça - pode falar Tom - insistiu.

–não é nada, é sobre algumas coisas sobre a banda, mais nada - ela suspirou como se estivesse cansada e virou para o outro lado.

Flashback on:

–você é Tom Kaulitz, certo? Dos Tokio Hotel? - uma menina chegou perto de nós, acompanhada por outras. Olhei pra Carla e ela apenas forçou um sorriso, afastando de mim e das meninas.

–pode assinar aqui por favor? - a menina me deu uma caneta e assinei seu braço.Quando terminei de assinar tudo fui falar com Carla, que fumava um cigarro encostada a uma árvore.

–já disse que não é pra fumar - a repreendi, tirando o cigarro de suas mãos - olha desculpa, mas eu…

–não é preciso pedir desculpas - me interrompeu - você tem a sua banda, suas fãs e teu mundo, é um mundo que eu não percebo e não quero fazer parte dele - começou a caminhar e fui atrás dela a puxando para junto do meu corpo.Não podia perdê-la, não agora.

–desculpa - ela suspirou e seus olhos encheram de lágrimas - eu sei que é difícil e está cada vez mais difícil, mas…

–Tom eu… - foi interrompida por um soluço involuntário - eu não sei se consigo ficar contigo assim - meus olhos arderam e os fechei para não chorar ali.A ideia de a ter longe não me agradava, muito pelo contrário, me machucava e doía muito.

–por favor, não fala isso - uma lágrima desceu sobre meu rosto e ela passou a mão sobre o mesmo - não fala isso - ela também chorava e se ela acabasse com tudo ali, acabaria com meu mundo.

–só me promete que as coisas não vão mudar, promete Tom - sua voz suplicava por aquilo.

–eu prometo!

Flashback of:

Não foi isso que aconteceu. As coisas mudaram, eu mal ficava com ela, pois tinha pequena entrevistas e shows na Alemanha. As coisas se tornaram pior quando eu tive que dizer pra ela que iríamos em uma turnê mundial…

PI, PI, PI, PI…O despertador tocou e eu não dei muita importância, Ria foi quem o desligou. Ela levantou e vestiu minha camisa, que não ficou tão bem nela como ficava em Carla.

Entrou no banheiro e eu continuei deitado na cama. Depois de um tempo saiu do banheiro e sorriu pra mim.

–dormiu bem? - assenti mentindo. Não dormi um minuto, pois fiquei pensando em Carla.

–sim, espera aí eu só vou colocar uma roupa e te levo pra casa - ela assentiu e assim fiz. Fiz minha higiene e vesti uma roupa qualquer, peguei na carteira e nas chaves de casa e do carro.Saí de casa com Ria e a levei pra casa dela.

–me liga depois amor - me deu um selinho breve e saiu do carro.Quando estava voltando pra casa a vi, entrando dentro do mesmo Range Rover preto, como ela estava linda com um saia e saltos altos(http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48437624&.locale=pt-br)

Entrei em casa e fui até a cozinha, aonde Bill estava tomando o café da manhã calmamente, enquanto Scott estava deitado no chão da cozinha.

–a Ria? - perguntou de boca cheia.

–já foi - sentei e enchi um copo com suco de laranja - vamos fazer o quê hoje? - ele limpou a boca e começou a falar empolgado.

–estava pensando… - o interrompi.

–daí o cheiro de queimado na casa(direitos de autor) - ri e ele mostrou a língua - vai, diz como tirou as teias de aranha do cérebro - ri mais uma vez.

–idiota - me deu um tapa de leve no braço. Outra coisa que Carla fazia, porque tudo me lembra ela? - eu estava pensando em ir comprar carros novos, sei lá pra dar uma variada.

–ótima ideia! - sorri. Pelo menos com carros poderia me distrair - quando vamos?

–acabamos aqui e vamos, pode ser? - assenti animado.

Terminamos de tomar o café da manhã e fomos em uma concessionária da Audi, carros simplesmente que eu adoro.

Entramos no prédio gigante e uma menina veio falar conosco.

–senhores Kaulitz - sorriu e acenamos - é uma honra fazer negócios com os senhores, por favor, por aqui. Vamos falar com a diretora - olhei para Bill, ísso tudo só podia ser coisa dele.

–eu quis o melhor tratamento - sorriu e girei os olhos. Subimos até o últimos andar, aonde nem foi preciso entrar em lugar nenhum e a diretora saiu de dentro da sala.

–Carla? - Bill estava mais espantado do que eu.Ela caminhava séria mas, quando me viu parou e ficamos nos encarando durante alguns segundos. Ela respirou e retomou aquele ar profissional, caminhando séria e com o nariz empinado.

–Senhores Kaulitz, como é um honra ter vocês aqui - falava com um sorriso no rosto, sorriso que eu sabia muito bem que era forçado.

–ai Carla, tanto profissionalismo assim pra quê? - ela riu de leve - estamos entre amigos.

–sim Bill, mas é meu trabalho - aquela saia justa estava me deixando louco e não sei se iria me controlar durante muito tempo.-Vamos lá ver os carros - ela caminhava com a menina ao lado e eu e Bill estávamos atrás. Eu apenas olhava para seu corpo, silhueta perfeita, pernas lisas e bem torneadas.

–Tom! - me cutucou - disfarça né? - disse baixo, como num sussurro.

Nós escolhemos os carros e amanhã viríamos novamente para fazer o teste-drive. Só de pensar que iria vê-la de novo já era o suficiente pra ficar feliz e sorrindo que nem um idiota.

Fomos para a sala dela que era bem linda e que demonstrava que ele devia ganhar bastante pra ter uma sala assim(http://imageshack.us/photo/my-images/690/402091455122500d855az.jpg/). Era bem escuro, com sofás e cadeiras em preto e os móveis em madeira bem escura.

–vamos tratar de negócios não? - ela sentou na cadeira e em durante toda conversa em apenas observava o jeito de ser. Ela mexia bastante as mãos para falar e ás vezes parava, como se fosse pensar em uma palavra melhor para ser falada - então até amanhã.

Nos despedimos com simples apertos de mãos e quando saímos da sala lá estava aquela menina de antes. Bill sorriu pra ela que devolveu.

Estava vendo TV quando a campainha toca, como ninguém foi atender eu mesmo fui lá. Abri a porta e ela estava lá, meu coração acelerou e fiquei sem palavras.

–posso entrar? - perguntou calma e com a mesma voz suave de sempre. Não consegui dizer nada, apenas ficar ali parado igual a um otário.