Once Upon A Time...one Direction And Me escrita por Skye Ledger


Capítulo 9
Capítulo 9- Stand up


Notas iniciais do capítulo

Leitores lindos, obrigada pelos comentários, eles estão me impulsionando a escrever os capítulos mais rápido. Espero que gostem e total One direction na cerimonia de encerramento foi a melhor parte! Bjs



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Voltei para a gravadora em passos largos temendo que o café esfriasse. Assim que penetrei o recinto notei que Danielle e Eleanor pareciam perturbadas. Ambas me lançaram um olhar como se pedissem ajuda. Entreguei os copos a elas e coloquei um ao lado de Carl, sussurrando:

–Eu sei que você também está precisando – ele me deu um sorriso fraco em agradecimento.

O resto do dia se passou em um piscar de olhos, por mais que fosse perturbador ouvir as sandices de Anna depois de um tempo me acostumei daí em diante aprendi a só concordar com a cabeça e sorrir. Quando faltavam menos de uma hora para acabar as gravações Anna tentou fazer Carl buscar um chá para ela, mas ele alegou não poder deixar os garotos sozinhos. Então ela saiu, depois de ter um ataque iminente, para buscar a bebida e chamou o produtor de incompetente folgado.

Logo que ela se foi todos nós relaxamos.

–Nossa como vocês agüentam? – perguntei massageando as têmporas.

–A gente tenta pensar em coisas que nos relaxam – disse Danielle.

–Como joga-la pela janela? – insinuei e todos riram.

–Coisas do tipo –acrescentou Eleanor.

Senti minha bolça vibrar e então percebi que era meu celular. Olhei o numero que aparecia no visor, era desconhecido. Eu obviamente trocara o chip já que afinal o que usava no Brasil não funcionaria na Inglaterra então fui obrigada a comprar outro. Receosa atendi o telefonema.

–Alô? – perguntei.

–Oi Safire – cumprimentou Collin.

–Collin?- franzi as sobrancelhas – não lembro de ter lhe dado meu numero.

–Ah, sim eu adivinhei – eu gargalhei.

–Você adivinhou? Então além de estilista você também é vidente – brinquei.

–O.K. você me pegou, eu falei com o Jack e ele mencionou que tinha lhe dado um cartão e você passou o seu número para ele – fazia sentido.

–Agora eu entendo, você nem sabe quem esta aqui – dei uma pausa dramática- a Anna.

–Deus você está no mesmo cômodo que aquela megera! Pobrezinha, espero que ela não sugue a sua alma como faz com os namorados – revirei os olhos, talvez ela não fosse legal ou inteligente só que isso não a tornava má apenas vazia. O que me fazia remoer na mente o porque do Niall gostar dela. Quer dizer ela é tão sem graça.

–Collin eu até queria falar com você, mas estou na gravadora – expliquei querendo desligar antes da Anna voltar.

–É super rápido, mais rápido que a velocidade da luz – resmunguei impaciente – queria te lembrar do meu desfile, você vai levar alguém?

Fitei Danielle e Eleanor que conversavam alegremente com Carl. Tapei o celular com a mão e indaguei:

–Garotas, vocês querem ir comigo para o desfile do Collin Mitchell? – elas se entre olharam com os olhos esbugalhados. Gritaram assustando o produtor e os garotos que conversavam com ele pelo fone. Me abraçaram e disseram que sim uma dezena de vezes.

Niall, Liam, Zayn, Harry e Louis nos observaram espantados por causa dos berros e nós riamos enquanto eu acertava com Collin quantos convites teria de enviar. Nem me incomodei de pensar em Anna, já que ele detestava ela.

–E Safire – me chamou quando estava prestes a desligar – quero te ver sábado para ajuda-la a começar as buscas – eu esquecera completamente disso, nem lera o diário ainda.

Que tipo de filha era eu que esquecia os próprios pais, Niall mexia com a minha cabeça de um jeito que por vezes esquecia meu próprio nome! A como amor faz de mim uma boba, mas se para te lo devo perder minha agudeza mental então serei eu uma mulher tola, deixarei -me flutuar como uma folha, serei tão submissa quanto o sol é para a lua. Pois o amor, meus caros, foi capaz de quebrar todas as minhas barreiras ideológica, meus sonhos nunca foram tão belos quanto agora com ele. Mas da mesma maneira que me ilumina ilude-me também, cobre meus olhos com essa neblina densa que me cega deixa-me a mercê dessas miragens que ao toque se dissipam e então estou só novamente nessa triste realidade.

–Ta pode ser – respondi catatônica, congelada no tempo espaço observando o teto sem imensidão. Desliguei o celular ainda em um estado meditativo, contorcendo a blusa com minhas mão quase rasgando-a. Um toque quente no me ombro acordou-me.

–Safire? – chamou Niall – você está bem?

–Sim – abri um sorriso torto –só estou pensando.

–O.K. – ele me fitou e ouvi a porta bater atrás de nós. Anna franziu o rosto e fulminou Niall com um olhar, ele voltou para a cabine com os outros meninos. A loira não parecia feliz me encarava de maneira ameaçadora , tinha a impressão de que pularia em meu pescoço a qualquer momento.

Ela se aproximou e sentou ao meu lado, tomou alguns goles do chá, tornou a me olhar. O silencio ocupava a sala, o lugar permanecia em uma quietude anormal. Anna simplesmente continuou a me observar, eu tentava afastar meus olhos dos dela, mas aquelas esferas verdes me atraíram como imã. Ela me fitou, existia uma mensagem subliminar naquilo que era “Não toque em meu namorado” e então sem afastar a visão de mim jogou o chã quente em meu colo.

–Opa – ela falou.

Senti um fervor imenso tocar as minhas coxas e levantei automaticamente fazendo a caneca cair no chão. Todos me olharam atônitos, fuzilei com os olhos Anna, se pudesse teria a matado. Os garotos perceberam o que tinha acontecido e saíram da cabine. Quando estava prestes xinga-la percebi que não estava no Brasil, as coisas aqui não eram como lá.

Me virei, pois sentia meu rosto queimando. Eu estava prestes a chorar e muito, mas não de tristeza e sim de raiva. Se eu fosse embora daquele jeito a Anna perceberia que me atingira, eu não suportaria aquilo. Voltei a olhar para ela e disse com um sorriso doce:

–Tome cuidado da próxima vez, quero dizer, sei que isso é muito comum entre pessoas como você só que mesmo assim né toma cuidado – segurei as lagrimas que por pouco me escapavam.

–O que quer dizer? – quis saber Anna irritada.

–Nada, só que os distúrbios alimentares causam fraquejo nos movimentos e fazem muito mau a saúde – tentei soar o mais claro possível.

–Está insinuando que eu vômito? – fingi cara de inocência.

–Eu não disse isso foi você quem falou – me virei peguei a bolça e acrescentei olhando pelos ombros para Danielle e Eleanor – vejo vocês na sexta as 8:00 horas no saguão do hotel strand palace – abracei elas e dei um tchau para os meninos.

Assim que entrei no banheiro me tranquei em uma das cabines e comecei a chorar, não pude me segurar. Que droga, como tudo pode ser tão bom e ruim ao mesmo tempo? Eu estou nessa cidade incrível, conhecendo pessoas incríveis, mas então por que me sentia tão infeliz? O fato de não ter encontrado a minha mãe poderia ser um deles, mas o que realmente me afligia era que via Niall, falava com ele, saia com ele, mas não podia amar ele. E isso era angustiante, ver alguém por quem está apaixonada beijando outra garota insipida.

Ouvi o ranger de passos no chão, levantei os pés para não ser vista. Olhei o sapato de quem entrava, era um all star branco muito grande para ser uma menina. O estranho bateu em minha cabine e falou:

–É você Safire? – reconheci a voz facilmente.

–O que você quer Harry? – perguntei sem a menor paciência.

–Conversar- respondeu, sua voz rouca era sexy. Eu a amava.

–Não me leve a mal, mas eu não quero conversar – proclamei.

–Eu vi o que a Anna fez e não foi legal – Harry se apoiou na porta.

–A bom eu não sei se você sabe, mas eu amo levar banho de chá. Faz bem pra pele. – sai lentamente e Harry logo se levantou. Lavei o rosto tirando toda a maquiagem borrada.

–Safire, tenho um lugar perfeito para irmos e esquecermos disso - ele colocou o braço em volta de mim.

–A é, e nesse lugar eles não se importam de eu ir com a roupa manchada de chá?- perguntei duvidosa.

–Ninguém vai ver, lá é escuro – cocei o queixo fingindo pensar.

–O.K. – peguei minha bolça e arrumei o cabelo, escutei a porta se abrir e quando me virei vi uma mulher morena de olhos castanhos olhar estranhamente.

–Oi – felicitou Harry.

A moça torceu o nariz e virou as costas correndo rumo a saída. Eu e Harry rimos do constrangimento dela, coitada. Nós descemos de elevador até voltar a entrada, ao sair senti minhas pernas congelarem. O frio assolara toda a região, neve cobria a rua e os telhados de um modo absurdo. Um empregado foi obrigado a sair para tirara-la do chão em frente a porta, já que bloqueava o caminho de quem tentava passar.

Eu não consegui dar nem um passo até o carro de Harry, não estava acostumada a tão demasiada baixa temperatura. Ele notou meu encomodo e colocou o braço a minha volta, corremos. Eu não enxergava nada com todo aquele vento golpeando-me na face, como ele conseguia? Harry abriu a porta do automóvel, e eu entrei sem me importar em quem estivesse vendo.

Apenas examinando o interior pude perceber que aquele carro era caro, e quando digo caro, quer dizer muito mesmo. Os bancos eram tão macios quanto as poltronas do avião, sua quentura impressionante me fez espreguiçar e esquentou minhas nádegas.

–Para onde? – eu perguntei assim que ele entrou no banco do motorista.

–Blue blood bar – respondeu colocando a chave na ignição.

Ele dirigia acelerando cada vez que me via contorcendo o rosto com medo de seus atrevimentos no volante. Passamos alguns minutos sem pronunciar uma palavra se quer, distanciávamos gradativamente da iluminada Londres e entravamos em um ambiente mais quieto rodeado por árvores cobertas de neve.

–Harry, por que você é tão legal comigo? - não sei o que houve na hora, mas eu tive um colapso nervo. Senti que deveria saber o motivo.

–Você é legal e não merece sofrer nas mãos da Anna – Harry desviou o olhar da estrada por alguns segundos e esboçou um sorriso.

–Nossa, que galante de sua parte Sr.Styles –brinquei e ele apertou os olhos tentando enxergar o caminho. Flocos de neve se acumulavam no pára-brisa e Harry tinha de tira-los insistentemente –então me fala, como todo esse seu cavalheirismo por que ainda está solteiro?

–Sabe como é – ele balançou os ombros – estou superando uma garota que namorei no passado, nosso relacionamento era conturbado de mais e então depois disso decidi dar um tempo nos relacionamentos e só ficar mesmo.

–Esperto – pensei alto – talvez eu devesse fazer o mesmo. O que você acha?

–Sei la – ele evitou o meu olhar.

–Como assim “sei la”? – insisti.

–Você não me parece ser o tipo de pessoa que só fica e vai enfrente – Harry tentava não me ofender, o que era gentil da parte dele. Mesmo assim eu queria saber o ele queria dizer.

–Então que tipo sou eu? - ele tornou a me observar.

–O tipo que se apega aos outros – concluiu ele, eu soube sem hesitar que era verdade. Minha maldição era essa, meus sentimentos sempre prevaleciam sobre raciocínio e isso me mata por dentro.

Paramos em frente a uma bar pequeno, meu estômago revirou. Nunca tivera a experiência de beber por um medo irracional de acabar fazendo coisas das quais me arrependeria depois. Mas quer saber que se dane, Harry Styles me convidara para beber, então sociedade não me importa deveras o que diga.

Corremos novamente até entrar, sacodimos a neve da cabeça e ele tirou o sapato batendo o contra o chão. Dele um monte de flocos caíram, eu não me agüentei de rir. Ele me fazia sentir feliz, mesmo depois de ter passado pela situação constrangedora que me fez acabar chorando trancada em uma cabine do banheiro feminino. Sentamos na ponta do balcão.

–Oi Sean – ele bateu na mão do bar men que cumprimentou com a cabeça – essa é a Safire.

–Olá – apertei a mão do homem de braços largos que segurava garrafas de bebidas.

–O que vai querer? – indagou Sean.

–Alguma coisa bem forte – pedi a ele – tem algo para me indicar?

–Na verdade temos um especial chamado soco inglês, quer experimentar? – só pelo nome se podia ver a potencia do drink.

–Pode mandar – falei sem pensar.

–Para mim também – Harry acrescentou.

Ficamos conversando sobre coisas alheias e ele me convidou a assistir uma peça na semana seguinte. Aceitei na hora. Sean voltou com dois copos pequenos, cheios até as extremidades por um liquido azulado. Harry e eu nos olhamos. Quem iria primeiro? Ergui o copo aos céus e falei:

–Á Inglaterra – engoli todo o líquido de uma vez. Senti minha garganta entrar em chamas, meu olhos lacrimejaram e meu pulmão ardeu. Sacodi a cabeça, tentando desembaralhar meus pensamentos – caramba, esse negocio é forte.

Harry fez o mesmo, só que conteve sua reação ou não sentiu tanto impacto como eu que era iniciante nas artes de se embebedar. Pedimos mais uma dose e novamente os efeitos me atingiram dolorosamente, mesmo assim o gosto era bom então não me importei.

Nós nos limitamos a só dois, afinal Harry dirigiria no caminho e mesmo não tendo exagerado no final da noite ao me levantar vi as pessoas se contorcendo estranhamente. Manchas multicores pintando o meu caminho, ao pisar observei ao redor me vi no país das maravilhas rodeada por criaturas excêntricas. Me desequilibrei e Harry me segurou.

–Eu tenho que ir ao banheiro – falei cambaleando até chegar lá. Me agachei na privada e vomitei não só o almoço como resquícios do café da manhã. Me levante limpando a boca e escovando os dentes com o enxáguam-te bocal de minha bolça.

Voltei e Harry que também parecia um pouco bêbado, assim que a musica Charlie Brown do Codplay começou a tocar falou:

–Vamos danças? – eu ri como uma retardada e disse levando os braços ao ar:

–Claro.

Ficamos dançando pesadamente, fora do compasso da musica e cantando com ela. Imagino que tenhamos permanecido horas naquele estado lamentável, até que a bebida diminuiu o efeito em nosso corpo e decidimos ir embora. Acenei para Sean e fiz um sinal para que me ligasse.

O vento não me atingia mais, riamos e cantarolávamos rumo ao carro. Não encontramos nenhum fotografo nos arredores, provavelmente deveriam ter se perdido na tempestade branca que atingia Londres.

A escuridão tomara todo o céu, os faróis estavam ligados assim como a radio que tocava a uma altura ensurdecedora gotta be you. Cantávamos juntos:

–It’s gotta be youuuuuuuuuuuuuu, only youuuuuu!!!! – eu tinha uma péssima voz, mas isso nem importava o que queríamos mesmo era curtir.

Então vi algo escuro e corpulento em nosso caminho, era volumoso e estendia-se no chão. Parecia um tronco de árvore, mas não poderia haver algo como aquilo em uma rua de Londres, mesmo nós que estávamos um pouco distante do centro.

–Harry – o balancei com a mão – tem algo no nosso caminho – ele torceu os olhos, mas então já era tarde de mais e atropelaríamos o cachorro – não um tronco – que dormia na rua se Harry não tivesse virado o carro tentando dar meia volta. Batemos em um grande monte de neve e por sorte nenhum de nós se machucou.

–Você está bem? – perguntei a ele.

–Sim e você?- balancei afirmativa – venha vamos sair – ele pressionou a maçaneta, mas a porta não abria. Tentou empurra-la e de nada adiantou – tenta você – Harry pediu, forcei a porta o máximo que consegui, nada. Tentamos até as portas de trás mas nem essas se abriam.

–Harry – o encarei assustada – estamos presos.





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Notas finais do capítulo

Tchauuuu :)



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