Once Upon A Time...one Direction And Me escrita por Skye Ledger


Capítulo 5
Capítulo 5- Stole my heart




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Capítulo 5- Stole my heart

Quando entrei gelei ao ver na sala de estar Tatiane, Patrick e Elizabeth tomando chá em volta de uma pequena mesa. Tati correu ao meu encontro e me abrasou se desculpando pela briga que tivemos mais cedo. Aprofundei na encenação me lamentando por minha atitude.

Safire chamou Patrick irritado precisamos conversar agora. Tatiane poderia nos dar licença? Meu tutor mais ordenava do que pedia. Tati apertou minha mão e subiu rumo ao quarto.

Você nos deu um susto iniciou Elizabeth eu quase tive um ataque cardíaco.

Não sei o porquê, vocês sabiam que aqui era o único lugar que eu podia ir respondi frívola.

E se você tivesse se machucado no caminho? Não atendia as nossas ligações esbravejou Patrick.

Não me culpem por tudo! Meu tom de voz aumentava gradativamente, erguendo se cada vez mais devido à fúria que inundava o meu ser Só fugi por causa da atitude de vocês. Querem cuidar da minha vida fiz questão de dar ênfase a essas palavras e nem ao menos me questionam sobre minha opinião. Vocês acham que vou cometer os mesmos erros que vocês? Ah por favor, mesmo que o fizer ao menos vou viver. Sabe como é ter a mesma rotina insossa por 18 anos? parei para respirar É um saco! Vocês escolhem o que eu como, o que eu visto o que eu faço, até a musica que eu ouço.

Percebi que estava sob o olhar cortante dos dois. Fiquei apavorada nos primeiros segundos, mas então sorri pensando que finalmente tinha vencido meus temores e encontrado minha voz interior. Os minutos de silencio se prolongaram, era evidente que eles não sabiam o que dizer. Bem pensei talvez esse seja o melhor momento para contar tudo, ou quase hesitei um pouco e raciocinei qual seria a melhor chance de ser compreendida melhor obscurecer a parte da minha pequena paixão por Niall conclui mentalmente.

Aproveitando esse momento de honestidade iniciei com as palavras na ponta da língua eu vou para a Inglaterra amanhã. Sabe nesses últimos dias muitas coisas aconteceram fitei-os atentamente inclusive salvei a vida de um daqueles garotos que não entendem nada de musica cospi a frase lembrando a Patrick a maneira rude como chamara o one direction e eles se ofereceram pra me levar a Londres. E eu não preciso de visto já que só é necessário tira lo ao desembarcar não é conveniente?

Mas... mas gaguejou Elizabeth, os olhos fixos em sinal de espanto, as mãos empresavam o peito.

Comecei a me sentir culpada, por mais que Patrick merecesse eu não deveria contar de maneira tão inescrupulosa a ela, pobre senhora, era o mais próximo que já tive de uma mãe. Não deve ser palatável receber uma noticia como essa de modo tão brusco. Mas antes que tivesse chance de revogar o que foi dito, Patrick interviu:

Você está certa meu corpo sofreu um pequeno espasmo ao ouvir isso nenhum livro ou ninguém pode ensinar a arte de viver Ele rangia os dentes vá em frente minha cara, se aventure. Não serei eu a lhe impedir.

Tem certeza? balbuciei esquecendo de absolutamente tudo que a poucos instantes ocorrera. Para meu maior espanto ele estendeu os braços de maneira acolhedora, envolveu-me com estes e sussurrou:

Tenho orgulho de você e sempre terei senti um aperto em meu coração demorei a perceber que já havia crescido. A meu ver sempre será aquele pequeno bebe lindo de apenas 2 kg pelo qual me apaixonei perdidamente assim que o senti pulsante em meu colo por mais que fosse um tanto clichê, tive de admitir quase me afoguei em lágrimas.

...

As paredes brancas que me rodeavam, nunca seriam capazes de conter minhas emoções. Medo, excitação, felicidade, tristeza. Era um turbilhão delas que me importunavam constantemente. Uma grande mala se estendia aberta acima de minha cadeira, roupas e acessórios jogados no chão tornavam o lugar um campo minado para os desprovidos de atenção.

Levantei- me da cama e caminhei pelo corredor, passando por objetos obsoletos usados como decoração, para mim estes sempre deixaram a casa com uma atmosfera fantasmagórica. Enquanto se observava janela a fora carros e prédios, aqui dentro peças antiquadas de telefones e datilógrafos eram postos em pedestais. Parecia que o mundo exterior progredia e mudava, enquanto aqui o tempo permanecia congelado, os ponteiros do relógio não giravam os dias do calendário não mudavam, e os segredos continuavam ocultos entre os tijolos e tabuas.

Safire chamou Elizabeth faça-me um favor e venha aqui.

Segui sua voz até o escritório onde ela se postava próxima a uma prateleira, a analisava, enquanto passava o dedo ossudo pela extremidade dos livros que estavam guardados lá.

Creio que os poucos trajes de inverno que tem não serão suficientes para o extremo inverno europeu falou lentamente por isso tome ela pegou minha mão e colocou sobre esta uma pequena carteira de couro, abatida e gasta pelo tempo. Ao abri-la vi a insígnias de um banco internacional impresso a um cartão dourado.

Um cartão de crédito? o dia ficava melhor a cada segundo que se passava.

Utilize-o com sabedoria e cutucou-me gentilmente compre mais roupas de frio, não quero que congele na Inglaterra sorri e a abracei feliz por tudo estar dando certo Nunca cheguei a lhe contar, mas você tem cidadania dupla.

O que? perguntei desentendida.

Você nasceu na Inglaterra explicou Elizabeth suspirando tome ela me deu meu passaporte, o abri e então percebia que estava escrito: Inglesa/brasileira.

Impossível, eu nunca vi isso antes mas pensando bem, nunca nem tinha aberto meu passaporte antes. Só viajará para o sul e não precisei dele no embarque.

Exatamente retrucou ela agora será que poderia pegar a manta de lã que está em cima de minha cama? Elizabeth parecia um tanto abatida, se acomodou em uma grande poltrona presente no recinto e fechou os olhos. Achei melhor deixar as perguntas para mais tarde.

Claro caminhei saltitante por todo o trajeto, de modo que não percebi o baú velho no meu caminho. Encontrei meu pé nele em um grande estrondo. Quase disse poucas e muitas para aquele pedaço de madeira velho que entrara no meu caminho.

Ao me recompor notei que a tampa havia sido levantado durante meu tropeço e seu conteúdo agora estava revelado. Dizem que a curiosidade mata, se isso fosse verdade aquele momento seria marcado como minha morte. Furtivamente iniciei uma busca entre aqueles papéis amassados marcados por números e nomes incompreensíveis, com toda a certeza Patrick havia os escrito, sua caligrafia era considerável como um garrancho, não se podia ler nadado que ele redigia.

Foi então que algo chamou minha atenção, um envelope pardo marcado com uma letra delicada endereçado a assistência social. Era uma carta datada de quinze anos atrás.


Elizabeth e Patrick,

Fico grata por terem acolhido minha filha em um momento em que eu mesma não pude fazê-lo, e agora vejo o erro terrível que cometi ao larga-la a mercê de um mundo tão tenebroso como o que vivemos. Foi à justiça e piedade que Deus tem diante dos inocentes, que fizeram minha filha chagar ao lar terno de vocês.

Mas agora que amadureci, não consigo passar um dia sem pensar em como ela é, será que parece comigo? Poderia ela amar tanto a Agatha Cristie como eu?

Sei que devem estar conturbados com essa carta, não quero tira-la de vocês, apenas desejo ter a chance de conhece--la e ama-la como vocês tem.

Obriga pela consideração

Linda Carther

PS: Deixo anexado meu endereço peço que, por favor, respondam o mais rápido possível já que este não é fixo.


Nunca me senti tão abatida, uma simples carta fez com que lagrimas começassem a transbordar de meus olhos.

Safire gritou Elizabeth onde você está? peguei todos os envelopes que estavam juntos a aquele, os escondi em meu bolso cobrindo com a camiseta e puxei a manta de cima da cama.

Já estou indo berrei enquanto cambaleava de volta.

Devo admitir que apaziguar meu animo não foi fácil. Eu não sabia o que fazer em relação, deveria perguntar a Elizabeth e Patrick? Não, isso poderia arruinar minha ida a Inglaterra e eu não perderia essa viajem de nenhuma maneira.

Depois de arrumar minhas malas, analisei os envelopes. Todos eram de endereços diferentes: Siena, Paris, Beijing, Kiev. Mas as últimas três eram da Inglaterra, para ser mais exata, Londres. Nunca acreditei em destino, mas depois disso comecei a mudar de ideia. Meu próximo passo foi procura-la no Google, o problema é que os resultados eram superficiais e diversos, por isso decidi me arriscar. Enquanto estivesse em Londres procuraria minha mãe no endereço anexo da carta mais recente.

Deitei-me sobre a cama exausta pelos dias que se passaram tantos acontecimentos ocorridos em um período de tempo tão curto. Eu deveria dormir, já que no dia seguinte pegaria um voo de no mínimo doze horas. Uma sobrecarga de informações foi feita em mim, de modo que não parava de refletir.

De repente captei um som vindo de fora, quando olhei a janela vi pedrinhas sendo lançadas na direção dela. Levantei-me e separei as cortinas lilases. Um vulto branco estava em meu jardim, quando apurei meu olhar percebi que era Niall.

Niall? chamei abobada

Oi ele responde em baixo tom

Espere ai que eu já vou descer disse sem temer já que meus tutores não tinham uma audição boa.

Vesti meu casaco e corri o mais rápido que pude em direção a porta ao sair o encontrei lindo como sempre.

Sei que é tarde, mas eu não consegui dormir e decidi vir aqui vê-la - seu embaraço era encantador.

Não se preocupe, eu também estou com insônia Niall se aproximou e então uma ideia reluziu em minha mente Sabe eu ainda não tive oportunidade de sair com você a noite, que tal se eu te mostrasse o que gosto de fazer de madrugada?

P-Parece legal ele gaguejou o motivo deveria ser o duplo significado que aquelas palavras tinham.

Venha o conduzi até dentro da casa apropósito, como descobriu meu endereço real?

Ah- exclamou Niall eu falei com a sua amiga, Tatiane certo? confirmei com um aceno de cabeça ela me contou onde você mora e me recomendou que chamasse por você na janela com as cortinas roxas sorri, homem sempre é homem. Nunca saberiam diferenciar roxo de lilás.

Espere aqui enquanto eu troco de roupa ofereci um lugar para que ele se sentisse confortável.

Me arrumei de maneira ágil, não queria ficar um minuto sequer longe da criatura perfeita que estava na minha sala de estar. Só de pensar que meu ídolo aguardava por mim já perdia o fôlego. Ah como o amor pode ser cruel, mas ao mesmo tempo tão doce, faz de nós seus servos presos a correntes e mordaças invisíveis que nos enlaçam cada vez mais que vemos nosso amado. Mas se o preço de ser amado é a servidão, então eu seria uma escrava, sucumbiria a este. Agora já me viciara nessa droga chamada de amor.

Eu sentia uma flor desabrochando em meu peito ela aclamava por Niall como se ele fosse seu sol, eu o desejava e muito. Será que ele correspondia a meus sentimentos? Deixei essa pergunta para depois, agora eu iria aproveitar a presença do irlandês de meus sonhos.

Ao sair de casa apontei na direção que íamos e dessa vez Niall não me indagou sobre o automóvel, ele tinha conhecimento de minha preferência por andar.

Aonde vamos? quis saber curioso.

Bom respondi fingindo duvida, eu já tinha ideia de onde ir, mas não queria transparecer isso a ele tem um lugar que eu costumo ir quando estou sem sono.

Você vai lá para pensar também? perguntou

Não exatamente ri para mim mesma, ele não fazia ideia á onde estávamos indo é mais para se dispensar.

Hum Niall levantou uma sobrancelha então você vai lá para não pensar.

Digamos que sim passamos por uma rua em forma de paralelepípedo, o ambiente estava em um silencio absoluto o único ruído era o de nossa conversa e passos.

Não é perigoso ficar andando aqui a essa hora da noite?- percebi que uma névoa de medo recobriu os seus olhos.

Não comentei displicente essa parte da cidade é vazia. Sabe a maioria das pessoas que moram aqui tem a idade bem avançada.

Você quer dizer que são velhos afirmou Niall.

É confirmei risonha.

A nossa frente surgiu uma grande construção, nela letreiros parcialmente luminosos atraiam atenção dos pedestres. Estava escrito: Especial Charlie Chaplin.

Nossa faz tanto tempo que não vou a um cinema antigo Niall disse.

Às vezes na madrugada eu fujo de casa e venho para cá caminhamos em direção da bilheteria pisando em um tapete vermelho Oi Dóris cumprimentei a dona do cinema esse é um amigo meu, o Niall.

Olá querida respondeu á senhora enrugada pelo outro do vidro groso e olá Niall disse ela calorosamente.

Dois ingressos, por favor ela os passou pelo buraco e acrescentou são por minha conta.

Obrigada Dóris, desculpe por Niall ele não fala nossa língua senti-me na obrigação de dizer isso.

Não se preocupe peguei os ingressos e quando estava prestes a me virar ela acrescentou divirtam-se meninos - piscando para mim.

Nós assistimos a um filme do Charlie chamado as Luzes da cidade de 1936. Ao longo que a trama se desenrolava nos divertíamos e riamos com as besteiras que o personagem principal proporcionava. Só então, ao sair do cinema que percebi, Niall havia me feito esquecer tudo em relação a minha mãe.

No caminho de volta ainda conversávamos alegremente sobre o filme, agora a rua estava escura como breu e a única luz provinha de um poste a vinte metros de distancia.

Aposto que corro mais rápido que você brincou ele.

Isso é um desafio? perguntei

Com certeza mesmo com a luz fraca pude perceber que ele estava sorrindo Então acho que eu... e quando menos percebi Niall saiu correndo sem terminar a frase.

Hey gritei você está roubando tirei meu sapato, ficando com os pés protegidos apenas por minha meia calça.

Tentei correr mais que Niall só que ele conseguia me ultrapassar sempre que estava prestes a liderar a corrida, assim que chegamos ao poste parei arfando enquanto me apoiava em sua base de aço.

Ok, você venceu admiti tristonha. Niall segurou minha mão e sorrindo respondeu em um sussurro:

Nós dois vencemos.

Voltamos pra frente de minha casa, o automóvel particular de Niall ainda estava estacionado aguardando sua chegada.

Nossa coitado do motorista fingi agonizar com a situação.

Ele já está acostumado Respondeu simplesmente enquanto balançava os ombros acho que eu te vejo amanhã.

É eu não sabia o que dizer por isso falei a primeira coisa que veio em minha mente que horas você vem me buscar na casa da Tatiane? por alguns instantes ele me fitou nos olhos e só depois de alguns segundos respondeu.

Agora que eu sei onde você mora de verdade, passaremos aqui digamos umas dez horas.

Ok respondi então, tchau.

Tchau, Safire.

E assim ele se foi, deixando-me só com meus pensamentos conturbados. Mas uma coisa eu sabia, nunca esqueceria aquele dia e mesmo que eu tentasse meu coração não permitiria...



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