Once Upon A Time...one Direction And Me escrita por Skye Ledger


Capítulo 13
Capítulo 13- Over again


Notas iniciais do capítulo

Hey gente!!! Por favor comentem se tiverem gostado.



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POV- SAFIRE                                                                                      

Às vezes palavras não ditas doem tanto quanto ofensas ou verdades dolorosas que contamos.

Porque quando não exprimimos o que sentimos em palavras nem em gestos ficamos com a impressão de um vazio em nossa vida, uma possibilidade ou melhor dizendo um caminho que não seguimos por temores internos como, por exemplo, a rejeição. Mas existe uma coisa pior que o ato de ser repudiado e esse é uma ideia que te persegue constantemente te lembrando em cada ação insignificante do dia-a-dia que tudo poderia ter sido diferente.

As pessoas não veem que uma simples frase pode arruinar a vida de alguém e algo que você não diz tem os mesmos efeitos. Desde que sou criança faço de tudo para satisfazer as pessoas a minha volta para que assim um dia se lembrem de mim com ternura. Mas nunca soube se o que eu fazia era certo ou satisfazia- os, pois eles jamais se deram o trabalho de dizer que era suficiente, que eu sou suficiente para eles e isso dói.

 É como ter uma faca cravada no peito em que a torcem e o sangue escorre sem parar descendo em uma cascata e formando uma grande poça em volta de seus pés. Uma hora você sente as suas veias secando e sua força de vontade se esvaindo, com ela se vai a sua alma e o brilho de vida em seus olhos. E assim você deixa de ser alguém especial e se torna quadrada, comum e pacata. Só de pensar na possibilidade de ter uma vida prolixa tenho vontade de chorar, me trancar em um banheiro e esconder-me em um recanto secreto onde todos desconhecessem a localização.

Deve ter sido por isso que convidei Jack para subir comigo, queria um pouco de emoção além do mais eu tenho necessidades...

Ele obviamente aceitou e logo atravessamos juntos na recepção. Pelo rabo do olho percebi que algumas adolescentes sussurravam indignadas quando eu passei por elas, fiz questão de segurar a mão dele só para fazer com que ficassem ainda mais nervosas. E deu certo, o burburinho aumentou. Jack parecia alheio comentando sobre a ultima vez que esteve na França, eu ouvia tudo entrecortado devido à atenção que se dividia entre ele e as garotas que me olhavam e comentavam em voz baixa sem saber disfarçar. Será que elas pensam que eu sou burra?

Ridículo, essa situação toda é absurda. Espero que nenhuma venha falar comigo, porque eu provavelmente serei grossa e eu abomino essa atitude, mas levando em conta o que eu passei hoje acho justificável o meu estado de espírito.

Subimos pelo elevador e parando frente à porta a abri sem cerimônias, para minha sorte a arrumadeira havia organizado e limpado o lugar então eu não passaria vergonha. Indiquei para que entrasse e ele murmurou em admiração.

-Então você quer alguma coisa? – perguntei – andei até o frigobar e o abri examinando as prateleiras – um refrigerante, cerveja, champagne, hum... – olho mais fundo e encontro uma garrafa de vinho tinto que parece caro, ah que se dane não sou eu que vou pagar mesmo. Viro-me apoiada em meus pés– gosta de vinho tinto? – indago, ele sorri levemente e faz afirmativo com a cabeça – sente-se – indico o sofá – vou abrir para nós.

Caminho até a cozinha e abro um armário branco, me surpreendo com a diversidade de copos. Escolho duas taças de cristal e as coloco sob a ilha de porcelanato nero marquina, procuro um saca rolhas e o encontro guardado em uma gaveta abaixo da pia suprida por talheres e utensílios utilizados para uso culinário. Caramba, esse pessoal pensa em tudo.

Abro cuidadosamente e despejo uma quantia média em cada copo, a verdade é que ainda não tenho idade para beber, mas eu não estou vendo nem um policial aqui perto então...

Volto para a sala e encontro Jack sentado no sofá de couro me esperando, entrego-lhe a taça e ele agradece. Tive vontade de aproximar meu nariz da taça e sentir o aroma embriagante que o vinho exalava, mas me contive temendo que a atitude fosse interpretada como soberba. Tomamos um gole e eu disse enquanto saboreava o gosto da bebida em minha boca:

- Hum, eu amo cabernet sauvignon* - ele pareceu abismado com meu comentário.

- Eu não sabia que você era apreciadora de vinho, quero dizer levando em conta a sua idade – o que Jack não sabe é que eu comecei a beber com quinze anos sob a supervisão de meus tutores e só vinho.

- Eu não sou exatamente a maior conhecedora nesse assunto especifico, mas aprecio vinho e sei escolher um de boa qualidade – comento discretamente enquanto dou mais um gole.

- Safire, você tem me surpreendido a cada dia que passa– ele me fita com os olhos intensos e sinto meu corpo mais quente, como se estivéssemos no verão e não no inverno.

Ele se aproxima e mordo meu lábio superior tentando conter o impulso que vem a minha mente, então ele me beija e sinto que há mais atrevimento em sua maneira de me tocar. Suas mãos viajam em minhas costas e de repente apertar a minha bunda. Oh- não isso está indo longe de mais, ele se afasta e nós dois estamos ofegantes. Os cantos de sua boca se curvam e ele fala quase como em uma oração:

- É melhor eu ir – ele me dá um beijo casto e se levanta, faço o mesmo com um pouco envergonhada. Que sorte a minha, Jack é sensato e soube parar. Eu quase entrei em desespero, não sabia com impedi-lo de continuar. Eu gosto dele, mas ainda não quero ir para cama com ele – que tal um encontro? – ele pergunta – um de verdade.

Pego a sua jaqueta e o ajudo a coloca-la.

- Claro – respondo. Não é o Niall, mas ao menos ele não está namorando ou brincando com os meus sentimentos.

- Pode ser um jantar amanhã à noite? – faço um sinal afirmativo com a cabeça tentando parecer empolgada, acho que funciona – te pego as 7:00 – ele me beija na bochecha e vai embora pela porta.

No que eu fui me meter?

POV- NIALL

Assim que sai do estúdio fui procurar Anna, eu tinha que ser sincero com ela e terminar tudo. Cheguei a seu prédio, passei pelo portão enquanto cumprimentava John – o porteiro – e fui direto para o seu apartamento. Olhei para a porta postada a minha frente e respirei fundo, enchi meus pulmões de ar na tentativa de aspirar junto alguma corajem.

 Era possível se escutar a musica que atravessava as paredes com facilidade. Que estranho...

“Você consegue Niall” falei para comigo memo. Ahh! Eu odeio terminar um relacionamento, se ela chorar eu estou ferrado. Vou acabar a consolando em vez de romper nosso namoro. Bati na porta levemente, mas ninguém respondeu. Repeti o processo aumentando a força e diminuindo o intervalo entre as batidas, após alguns segundos ouvi passos em minha direção, mas quem abriu a porta não foi Anna e sim um homem raquítico de olhar penoso com olheiras pretas profundas abaixo dos olhos.

A musica estava muito alta, era algum tipo de Heavy Metal. Atrás da figura a minha frente via-se pessoas passando e dançando de maneira desconcertante. Mas que diabos a Anna está fazendo aqui?

- Posso ajudar? – O homem falou quase caindo em cima de mim, ele estava muito bêbado.

- Eu estou procurando a Anna – eu sabia que ela frequentava essas festas de vez em quando, mas nunca a vi dar uma.

- Ah – ele ergueu os braços em direção ao teto – nossa primorosa anfitriã. Bem meu caro entre – ele fez um sinal com a mão – vou leva-lo até ela.

O estranho me puxou pelo braço fazendo com que eu tropeça-se para dentro de casa, uma fumaça densa empesteava o lugar, o cheiro de cigarro e outras coisas pairava no ar e engasguei ao senti-lo. O ambiente ostentava todas as coisas que eu mais abominei em toda a minha vida: drogas. Que tipo de idiota usa isso? Sério eu nunca entendi o que uma pessoa tem na cabeça para se drogar.

Em cima de todas as superfícies possíveis da casa existiam garrafas depositas, em cima das cadeiras, mesas, pias e até privadas se bobiar.

A cada passo que adentrávamos na casa mais me sentia pesaroso com o que Anna podia estar fazendo. Chegamos ao seu quarto, o estranho abriu a porta e revelou um circulo de pessoas que passavam entre si uma agulha. Corri meu olhar por todos os membros do grupo e nenhum deles era a Anna, soltei um suspiro de alivio. Uma das pessoas percebeu a minha presença e ofereceu à droga estendendo-a com uma mão. Eu olhei com repugnância e balancei a cabeça, mas ela não entendeu e esticou mais o braço em minha direção, só que dessa vez abrindo um sorriso. Quase cai de bunda no chão quando vi os seus dentes, eles eram cinzentos e encardidos. Pareciam podres.

Virei-me horrorizado e sai da sala ofegante e assustado com o que acabara de ver. Arg! Eu preciso achar Anna logo e sair desse lugar. Vasculhei o apartamento todo á sua procura, flagrei atos dos quais já mais esquecerei e com certeza vão perseguir meus sonhos os transformando em pesadelos. Eu estava quase desistindo quando passei pelo banheiro e ouvi o barulho de alguém tossindo. Eu bati na porta. Ninguém respondeu só se podia escutar o ruído continuo de alguém tossindo. Bati mais forte. Nada. Tentei abrir a porta, mas ela estava trancada.

De repente cessou e eu ouvi o barulho de algo caindo ou alguém caindo. Eu não pude me conter, forcei a entrada em desespero. Lancei-me contra a porta, uma vez, duas vezes, três vezes, quatro... Ela continuava lá e meu braço doía. Olhei a minha volta, um bruta montes estava bebendo uma cerveja no canto da sala. Isso me deu uma ideia. Corri até ele e pigarreei para chamar sua atenção, ele se virou me encarando irritado com a interrupção.

- Olhe eu preciso da sua ajuda – roguei a ele – acho que a minha namorada está presa no banheiro. Será que pode abrir a porta para mim? – ele me olhou de cima a baixo e concordou com um aceno quase imperceptível. O cara não parecia drogado ou bêbado, talvez fosse o único dono de si nesse lugar tirando eu.

O levei até a porta e ele com um simples empurram abriu a porta. Assim que vi a cena que se passava a minha frente fiquei com vontade de chorar, o corpo de Anna jazia no chão. Em volta dela estavam espalhadas pílulas de diversas cores e formas diferentes,  em uma mão segurava uma lata de cerveja e na outra uma agulha parecida com a que virá sendo usada pelos convidados.

Ajoelhei-me ao seu lado e coloquei a orelha em sua garganta. Ela respirava, mas o fazia de maneira tão fraca. Saquei o celular do bolso e disquei o número da emergência, minhas mãos tremiam e tudo parecia girar. O homem corpulento que me auxiliara a pouco se encontrava estagnado na soleira da porta em choque, parece que ele não é tão forte quanto aparentava.

Por que ela fez isso? Oh céus por quê? Senti lagrimas transbordarem dos meus olhos. Eu não a amo, mas isso não significa que não me preocupo com ela. Por mais que não seja nenhuma flor que se cheire continua sendo minha namorada. É minha culpa! Se eu tivesse ido com ela ou a protegido mais nada disso teria acontecido. Eu sou um péssimo namorado.

Fiquei pensando nisso até que a emergência chegou e irrompeu pelo apartamento assustando todos, chamei gritando com a voz rouca e eles me charam. Afastaram-me dela e iniciaram a checagem.  Após uns poucos minutos a amarraram em uma maca. As pessoas mesmo drogadas conseguiram discernir que algo ruim havia ocorrido de modo que a festa começou a virar um pandemônio, quando os policias chegaram todos se rebelaram fugindo apressados. Algumas pessoas pulavam pela janela, enquanto outras tentavam se desvencilhar das autoridades. Eu sentei em um canto aturdido, envolvi meus joelhos com os braços e fitei com um olhar vazio o branco da parede.

Depois de alguns minutos me informaram que a levariam para o hospital St. Thomas e que eu poderia ir dentro da ambulância se desejasse. Eu concordei expressamente. Durante todo o trajeto pensei no tempo em que estive com Anna. Desde o dia em que a conheci ao esbarrar com ela na entrada de uma boate até ontem quando gritei furioso com seu comportamento.

Uma parte de mim dizia que era tudo culpa da Anna, mas outra acusava somente a mim. Talvez isso significasse que nós dois tínhamos parte nisso, deveríamos ter cuidado mais um do outro.

Agora era tarde, pois eu não podia continuar preso nesse relacionamento e não me importava o quanto ela fosse lastimar esse rompimento eu tinha que acabar logo com isso.

Mas é claro que teria de zelar por sua recuperação, não posso chegar para ela assim que ficar consciente e dizer “Hey Anna! Nosso relacionamento é uma droga e eu nunca senti nada real por você”. Acho que isso soaria um tanto frio e incessível.

Fique esperando sentado em uma cadeira desconfortável por horas a fim esperando noticias, talvez eu devesse ligar para os meninos.  Não, agora eu preciso ficar sozinho e colocar meus pensamentos no lugar.

POV- SAFIRE

Espreguicei-me enquanto bocejava. AH! Viro a minha cabeça em direção a janela e sorrio com o que vejo, mais um glorioso dia de neve em Londres. Ouço um barulho e então penso que são os pássaros, hum estranho essas aves parecem arrulhar como um celular. Ah droga! Levanto em um salto e corro até a minha bolsa, não está lá. Caminho pela sala e o encontro caído em baixo da mesa, como ele foi parar lá?

- Alô? – atendo o telefone.

- Sou eu – diz Collin.

- Oi Collin! Aonde nós devemos nos encontrar? – o questiono.

- Na verdade eu liguei para desmarcar – ele parece tenso.

- O que aconteceu?

- Safire ligue a TV – eu o fiz apressada. Fui passando nos canais sem entender absolutamente nada.

- Collin eu não estou... – a frase ficou parada incompleta no ar. O jornal de fofocas informava que a modelo e namorada de Niall Horan havia sofrido uma overdose e agora estava internada no hospital St. Thomas – meu Deus – murmuro – Collin o que eu faço agora?

- Vai ver se ele está bem.


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Notas finais do capítulo

Até o próxio capítulo...