Após a conversa com Thalia, Ártemis ficou pensativa ela sabia que Thalia estava sentindo algo por Apolo e ele também sentia algo por ela, Ártemis tinha certeza por que ela sentia a aura do seu irmão o que definitivamente não era normal.

  -Apolo? Se apaixonar? Que idéia idiota Ártemis pensa direito isso está errado!- Ártemis resmungou sozinha.

  O que importava? Os dois estavam mesmo apaixonados um pelo outro, o que é de se espantar que Apolo podia se apaixonar, ele é o deus dos solteiros isso não fazia sentido algum.

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  Thalia estava no lado oeste da guarda das caçadoras, estava pensativa como se algo estivesse a incomodando, Thalia não podia se apaixonar ela era uma caçadora devia sentir nojo dos homens mas ela estava amando.

  -Thalia para de ser burra! Para de ser idiota! Você não pode amar um homem principalmente Apolo que nem é homem é um deus, o deus dos solteiros você é muito imbecil para pensar isso tira essa idéia da cabeça garota você não ama ninguém, você é uma caçadora isso é ridículo! –Thalia rosnava sozinha fazia caras e bocas e gesticulava com as mãos como se estivesse conversando com alguém.

  Além de ser caçadora ela não devia se apaixonar por um irmão apesar da família olimpiana ser meio maluca isso era inaceitável na concepção dela.

  A caçada tinha parado para o descanso e o almoço, Thalia se serviu e jogou um pouco da comida na fogueira.

  -Zeus!- Disse Thalia oferecendo a comida ao pai.

  Era uma das únicas coisas que a fazia lembrar do acampamento.

  Depois do almoço Thalia se afastou das caçadoras e foi em direção a um regato tomar um pouco d’água. Depois de ter bebido ela lavou o rosto e o pescoço para se refrescar, quando se virou levou um susto Apolo estava parado com cara de bobo.

  -Ai! Apolo por Zeus! Nunca mais faça isso! –Ela colocou a mão no peito.

  -Tudo bem desculpa, quis fazer uma surpresa, mas pelo que eu vi você não gostou. –Apolo deu de ombros.

  -Sai daqui Apolo, você sabe muito bem que Ártemis odeia que você fique perto das caçadoras!

  -Thalia olha me desculpa por ontem não vou fazer de novo, Ártemis deve ter te dado uma bronca não é mesmo?

  -Na verdade... não ela me elogiou. –Thalia sorriu orgulhosa.

  -Mas a mim ela deu uma bronca, alias como sempre. –Apolo jogou o peso do corpo pro outro lado.

  -Já que veio só pra isso, eu te desculpo agora é melhor você ir antes que Ártemis te veja e você leve outra bronca. –Thalia empurrava ele pra floresta.

  -Para com isso garota Ártemis não esta vendo nada.

  -Sério como sabe? Ontem ela deveria estar dormindo mas não foi o que aconteceu.

  -Ta tudo bem eu estou indo, mas antes eu quero te dar outro presente. –Apolo colocou as mãos pra trás.

  -Outro? Você não cansa não?

  -Não! –Apolo fez um bico.

  -Tudo bem, que presente? –Thalia revirou os olhos.

  Apolo chegou mais perto, pegou na cintura de Thalia e olhava firmemente em seus olhos azuis elétricos, como se quisesse prender a atenção dela, o rosto estava a cinco centímetros do dela, Thalia fechou os olhos e Apolo fez o mesmo sabia que tinha conseguido, e quando os lábios se encostaram um choque percorreu o corpo de Apolo e um calor no de Thalia. Eles estavam ali um deus (dos solteiros) e uma semideusa (irmã dele) se beijando como namorados apaixonados, mas um choque de realidade percorreu Thalia, o que fez ela recuar rapidamente, ela olhou para Apolo que estava confuso e lhe deu um tapa no rosto.

  -Idiota! Nunca mais faça isso! –Um raio percorreu o céu enquanto Thalia se afastava.

  Apolo ficou parado tentando organizar seus pensamentos, ele encostou a mão na marca de dedos que Thalia lhe fizera, a pele ali estava queimando, mas Apolo não estava sentindo ele estava extasiado como um adolescente que acabara de dar o primeiro beijo.

  Thalia saiu bufando, pisando duro.

  -Idiota, ele não devia ter feito aquilo, ridículo grande coisa ele ser um deus, eu não me importo com aquele garoto velho, deve ter feito isso a todas mas eu não sou igual as outras, sou diferente e alem de tudo irmã dele. Quem ele pensa que é? Moleque imbecil.

  Thalia passara pelas caçadoras com os olhos faiscando de raiva e parou bem na frente de Ártemis.

  -Seu irmão é um imbecil, é bom ele me deixar em paz antes que eu faça dele pedacinhos de Apolo para se juntar ao avô dele no fundo do Tártaro! –Thalia gritava.

  Ártemis ficou estarrecida com tamanho ódio que subia das entranhas de Thalia, mas ela devia ter passado por isso várias vezes. Ela foi atrás da menina com o olhar sério, quando a encontrou sentada encostada em uma árvore chorando.

  -Apolo atacou de novo? –Disse Ártemis.

  -Teve ajuda para adivinhar? –Retrucou Thalia.

  -Como? –Ártemis estava surpresa.

  -Me desculpe Senhora, não quis ser estúpida, apenas preciso de um tempo sozinha.

  -Tudo bem querida, pense o quanto quiser, vai ser bom pra você organizar suas idéias, fique o quanto quiser nós vamos erguer o acampamento aqui. –Ártemis passou a mão nos cabelos de Thalia.

  -Obrigado Ártemis, eu preciso mesmo pensar. E a propósito você estava certa, eu não posso controlar os meus sentimentos, eles são fortes demais até mesmo pra mim –Thalia fez um pausa.- sempre quis ser durona, parecer que não precisava de ninguém mas apenas me ferrei, olha pra mim agora, pareço uma menininha assustada com medo de fantasmas. –outra pausa. – Por que é assim? Por que Apolo? Isto esta totalmente errado, é uma idiotice sem tamanho, aposto que Afrodite esta brincando comigo, mas que ela saiba que essa brincadeira machuca. –Thalia secou as lagrimas com as mãos e voltou a fitar o chão.

  -Apenas pense criança, nada é de propósito sempre há algo por trás, acredite eu sei, mas não se deixe levar por sentimentos passageiros eles não duram, apenas se dissipam no ar como pó, um dia estão ali, no outro, não existem mais.

  Ártemis se afastou deixando Thalia sozinha.

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  Apolo ainda estava parado feito uma estatua na frente do regato, com cara de bobo.

  -Pai –Ele pode dizer.- Porque minha irmã? E eu me apaixonar? O que esta fazendo Afrodite? Isso não é nada engraçado saiba que temos de conversar.

  Apolo partiu em uma luz dourada.

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   Ártemis estava no meio do fogo cruzado, e como o casal totalmente confusa, como podia seu irmão gêmeo, o solteiro, o galanteador, estar fisgado? Ainda mais por uma irmã semideusa? Não fazia sentido algum.