O Dia Em Que Tudo Mudou escrita por samurai girl


Capítulo 14
Chuva


Notas iniciais do capítulo

Oi!! ~ Foge das pedras~
Eu sei que demorei horrores e foi preciso uma querida leitora me puxar a orelha para eu postar.
Mas eu acabo me perdendo por vezes com as postagens das minhas fics, vale lembrar que fora esta tenho mais três em andamento.
Ok prometo que irei compensar vocês no capitulo que tentarei postar amanha ou depois.
Agora quero só esclarecer uma coisa... Já recebi algumas mensagens pedindo um Hentai nessa fic. então aproveito para esclarecer de uma vez, essa fic NÃO VAI TER HENTAI. Quem curte o tema tem Save me ou o Despertar de Uma paixão, que tem o que procuram, quem lê aqui apenas procurando um momento Hot, lamento estão na fic errada. hahahhahahahahahhahahaha
Boa leitura



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- Me desculpe Jun. – A voz de Kakashi murmurou ao mesmo tempo em que retirava a venda dos olhos da jovem. Agora sim a conversa entre eles iria começar.


Jun piscou os olhos algumas vezes. Lagrimas ainda caiam. A jovem não sabia se gritava ou continuava chorando. Fugir estava fora de questão uma vez que suas mãos ainda estavam presas na cama onde estava deitada.

Na sua frente Kakashi a olhava com o rosto inexpressivo. Com repudio Jun virou a cara para o lado apenas para não ter que continuar a olhar a face daquele homem que se estava revelando um monstro.

Um monstro que apesar de tudo ela amava.

- Jun... – A voz de Kakashi chamou. Fraca e receosa. – Me perdoe... – Pediu sem convicção. Nem mesmo ele acreditava que fosse ser perdoado.

Jun continuou com o rosto virado. As palavras de Kakashi a estavam irritando. Tudo a estava irritando. Ela recebe daquela forma uma das piores noticias da sua vida depois da morte dos pais e ele ainda lhe pede perdão? Não. Aquilo não era o mesmo que pedir perdão por um copo partido. Era diferente. Kakashi sempre esteve perto apenas para matá-la, e mandado nada mais nem menos que por seu próprio irmão? Se quilo fosse um pesadelo Jun queria acordar. E já. Mas antes ela precisava de respostas.

- Kakashi... – A jovem chamou ainda sem olhar para o rosto do grisalho. Sua garganta doía ao dizer o nome dele. – Aquilo era uma brincadeira, certo? – Jun ainda estava esperançosa que tudo não passasse de uma brincadeira boba, apesar de saber que era real bem real.

Kakashi suspirou e passou uma das mãos pelos cabelos cinzentos, estava nervoso e desesperado. Mas para Jun ficar salva ela precisava saber a verdade e ela saber a verdade significava perde-la mesmo sem nunca a ter tido realmente.

Já não havia volta a dar. O único método aceitável dali em diante seria apenas um.

Verdades atrás de verdades. Por mais duras e dolorosas que elas fossem,

- Lamento Jun, mas tudo o que você ouviu é verdade. – Disse sem emoção. Continuava passando a mão nos cabelos, estava nervoso de mais.

A jovem Hinday inspirou fundo e calmamente virou o rosto para finalmente encarar Kakashi. Nos seus olhos verdes apenas era visível e distinguível a raiva e dor.

Com o lábio tremulo de tanta força que fazia para conter mais e mais as lagrimas que teimavam em fugir de seus olhos. E jovem gritou deixando sair o sufoco que a estava consumindo.

- VOCÊ LAMENTA???  - A raiva tomando conta de Jun, se não fosse pelos pulsos presos sua mão já estaria no rosto de Kakashi. – VOCÊ LAMENTA POR TER MENTIDO OU POR TER ME ENGANADO? OU ENTÃO SERÁ QUE SE ESTÁ LAMENTANDO POR FAZER PARTE DO COMPLÔ DE LUCIAN? – Ainda cheia de raiva as palavras conseguiam ser irônicas.

Com um suspiro Jun fechou os olhos se acalmando. Respirou uma duas e três vezes profundamente e por fim pediu ainda com os olhos fechados.

- Solta meus pulsos. – A voz mais tranquila disfarçava a intensa raiva que ainda a consumia por dentro. Mas Jun sabia que enquanto não estivesse aparentemente calma Kakashi não a soltaria.

O grisalho suspirou profundamente. As palavras de Jun tinham doido. Ele tinha tanto pelo que se desculpar que apenas um lamento não resolvia nada, apenas piorava. Alias naquele momento já nada resolveria aquilo. Jun o odiaria e fim de historia.

- Se eu te soltar promete não fazer nada estúpido? – Kakashi questionou preocupado. Não queria ter que machuca-la.

A jovem rolou os olhos e respondeu sarcasticamente.

- Algo estúpido como tentar fugir de um homem alto forte e com o triplo ou quádruplo da minha força que ainda por cima foi contratado para me matar?

- Isso mesmo. – Kakashi respondeu no mesmo tom sarcástico. Assim aquela resposta doía menos.

- Então pode estar tranquilo, não irei fazer nada de estúpido. – Por fim Jun murmurou deixando de lado aquele sarcasmo agressivo. Solta ou pressa ela não podia nada contra Kakashi.

O grisalho soltou uma golfada de ar para fora. E lentamente desamarrou os pulsos de Jun a deixando por fim solta para sair daquela cama e fazer o que bem entendesse, dentro dos limites daquele quarto claro.

- Finalmente. – A jovem murmurou levantando da cama e mexendo os pulsos. Caminhou para perto de Kakashi e sem dar tempo de reação sua mão voo contra o rosto de Kakashi.

- Eu merecia. – Ele murmurou colocando a mão por cima do rosto dolorido.

- Você merece isso e muito mais. – Jun resmungou começando a caminhar de um lado para o outro. Aquilo ainda não tinha terminado. Tudo ainda estava confuso. Ela precisava saber o motivo de seu próprio irmão a querer morta. O próprio irmão. Que tipo de Pessoa se tinha tornado Lucian afinal?

- Você também merece mais. – Kakashi murmurou ainda esfregando o rosto. Sentou-se na cama e continuou. – Você merece ao menos respostas e eu irei lhe dar isso.

A jovem parou de andar de um lado para o outro e parou de frente para Kakashi, cruzou os braços e decidida questionou.

- Eu quero saber os motivos de Lucian e o motivo de você ter sido escolhido para esse trabalho sujo. – Cuspiu as palavras dolorosamente. Jamais Jun se tinha imaginado numa situação dessas. Saber os motivos de seu irmão a querer morta. Sem duvida pior que seus próprios pesadelos.

- Apenas com uma condição. – Kakashi propôs sem olhar para Jun, naquele momento seus olhos estavam fixos no chão. E terminou. – Vai ter que acreditar nos meus sentimentos por você.

Jun rolou os olhos de raiva. Ele mente, ele engana, ele a quer morta e ainda cobra credibilidade nos sentimentos que diz sentir?  

- Você está pedindo demasiado Kakashi. – A jovem retaliou.

- E ofereço ainda mais. – Kakashi contrariou logo em seguida ainda com os olhos fixos no chão.

A dona dos olhos verdes bufou. Porque Kakashi mesmo errado tinha que dificultar tanto aquilo. Ela só queria respostas e sumir para sempre.

Ainda bufando Jun abaixou-se, colocou um dedo sobre o queixo de Kakashi e o ergueu fazendo o grisalho olha-la nos olhos. Ambos os rostos frente a frente. Ela abriu a boca para falar, mas Kakashi se adiantou e surrou aproximando mais um pouco o rosto do dela.

- Ofereço proteção... – A voz calma e rouca cada vez mais perto de Jun. – E amor. – Sussurrou pausadamente roçando os lábios sedutoramente nos de Jun sem nenhuma oposição por parte da jovem.

.............................

Yuki abriu os olhos sem vontade. A noite ia mais de meio e ainda não tinha pregado olho. Algo a estava incomodando e não eram os mosquitos barulhentos que teimavam em chupar seu sangue. Quem esses insetos pensavam que eram? A versão Edward Cullen voadora?

Na verdade o que atormentava a jovem morena era um rapaz ruivo metido a besta com serias tendências a psicopata. Ela sabia que não tinha sido nem um pouco agradável com Gaara após ele fazer aquela tatuagem ridícula. Mas também nunca imaginou que ele fosse sumir assim. Eram quatro da madrugada e nem sinal do ruivo. E isso estava preocupando Yuki demasiado. A culpa a massacrava e a vontade de sair para procura-lo a esmagava.

- Que droga!!! – Yuki resmungou saindo da cama quentinha. Na rua chovia e trovejava ela não queria sair e ficar molhada. Mas sua consciência e coração a ordenavam sem margem de discussão que ela saísse para procurar e trazer Gaara de volta.

Com rapidez a jovem morena vestiu as primeiras roupas que viu, que no caso não eram nem um pouco próprias para aquela chuva. Pegando a chave do quarto e um pequeno guarda chuva e morena saiu porta a fora disparada.

Agora só havia um problema.

Onde raios ela ia procurar aquele ruivo as quatro da madrugada debaixo de uma chuva intensa e trovoada mais intensa ainda?

Decidida a não desistir sem antes tentar Yuki percorreu a cidade procurando em jardins onde só mesmo um louco estaria tendo em conta a hora e o clima. Procurou em becos escuros acabando por achar mais do que desejava e vendo mais do que devia. Mas nessas horas suas pernas faziam seu serviço devidamente.

CORRER!!!

- Quanto eu apanhar você. – A morena resmungou se abrigando da chuva debaixo de uma enorme arvore.

Sem duvida jamais faria isso por alguém, sair por ai de madrugada debaixo de chuva. Mas por algum motivo ela sentia-se responsável por Gaara, talvez por ter salvado a vida daquele louco uma vez.  Era como se sentisse que agora a vida dele estava em suas mãos.  E aquilo era responsabilidade a mais por alguém que não queria se envolver. Alias, ela já estava envolvida até demais.

Um enorme raio de luz iluminou toda aquela zona e logo em seguida um ruidoso trovão se fez ouvir. A tempestade estava para durar. Mas aquele relâmpago tinha servido para alguma coisa. Com a luminosidade que se fez durante meio segundo a morena conseguiu ver que estava num sitio onde definitivamente não deveria estar.

Apenas a poucos metros de si estava o enorme portão que dava acesso ao cemitério local. E quem raios de boa sanidade mental quer estar perto de um cemitério de madrugada?

Sem pensar duas vezes Yuki se pós em corrida dali para fora, não queria ser atormentada por algum espírito brincalhão. Mas novamente sua vontade estava sendo contrariada por uma luz que se acendeu em sua mente.

Quais as hipóteses de um louco como Gaara estar dentro daquele cemitério?

- Muitas... Muitas hipóteses. – A moreno grunhiu cansada. Quando ela colocasse as mãos em Gaara iria mata-lo se ele ainda não estivesse morto.

Decidia a despachar esse pesadelo e jovem se aproximou do portão enorme e fechado. Sim por ali ela não iria conseguir pular. Andou alguns metros debaixo de chuva perto do murro do lugar e viu que com algum esforço conseguiria pular.

Claro que se fosse apanhada a invadir um cemitério fechado em plena madrugada estaria em sérios problemas.

- Seu traste. – Murmurou de mau humor. Deu alguns passos atrás, tomou balanço e correu alguns metros até chegar ao murro e pulou conseguindo apoiar as mãos no topo.

Depois de muito lutar para puxar seu corpo para cima a jovem estava dentro do cemitério. E aquilo era realmente assustador. Cruzes por todos os lados, campas por onde quer que olhasse e andasse. Esqueletos por debaixo de toda aquela terra que pisava. Provavelmente espíritos malignos sedentos de sangue voando por todos os cantos. E um corpo estendido no chão...

Tudo arrepiante e normal de um cemitério.

- O QUE? – Yuki berrou se dando conta por fim do corpo estendido no chão.

Sem pensar duas vezes ela correu para perto da pessoa. Abaixou-se e apoiou a cabeça da pessoa em sua perna. E nesse exato momento um relâmpago voltou a iluminar aquela zona e arredores dando a luz necessária para Yuki ver que por fim tinha encontrado Gaara.

- Idiota... – A morena murmurou passando a mão pelo rosto do ruivo. Ele estava frio e totalmente ensopado. Deveria estar ali há imenso tempo.

Nervosa a jovem bateu vagarosamente no rosto de Gaara, ela sozinha não o coseguiria tirar dali precisava dele acordado. Com tanto nervosismo Yuki nem tinha reparado que bem ali onde Gaara estava estendido também estava uma campa e uma placa mortuária.

- Acorda, por favor. – A jovem Yamamoto suplicou começando a ficar desesperada. A forte chuva que há muito a tinha ensopado disfarçava as lagrimas que corriam de seus olhos.

Ela realmente estava chorando por aquele louco?

Mais desesperada ainda Yuki voltou a bater no rosto de Gaara. E por fim seu coração se aliviou. Se acontecesse algo com ele logo após ela ter sido tão rude jamais se perdoaria.

- Quer parar de me bater? – A voz fraca de Gaara invadiu os ouvidos de Yuki como uma melodiosa musica.

- Idiota o que você faz num cemitério. – A moreno questionou apertando o rosto do ruivo contra o seu peito. Realmente por algum tempo o desespero a tomou, mas agora tudo ficaria bem. Iriam voltar para o quarto e tomar um duche quente.

- Está me sufocando. – Gaara murmurou com a voz sufocada.

Yuki o soltou totalmente vermelha. Realmente o estava sufocando e logo contra o seu peito?

Ela não podia estar boa da cabeça mesmo.


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Notas finais do capítulo

haahahaha espero que tenham gostado, no próximo irei me focar novamente nos quatro casais.
Desculpem algum possível erro.
Beijos e não esqueçam da vossa opinião.