Prologo

– Primeira chamada para o voo 666 da Air France. – Uma voz pré grava, ecoava pelo enorme aeroporto sobrelotado de pessoas.

Era epoca de verão, como tal era muita gente a chegar ao Japão para aproveitar e se divertir nas noites de Tóquio. Tal como muitos aproveitavam e preferiam aproveitar o verão Europeu fugindo dos turistas que chegavam. E com aqueles oito estranhos não era diferente.

– Segunda chamada para o voo 666 da Air France. – A mesma voz pré gravada voltou a ecoar.

Uma jovem de pele clara como se há muito não soubesse o que era o sol e lindos olhos azuis se levantou. Seus cabelos eram loiros, lhe davam um ar de boneca de porcelana. Carregava consigo além das malas uma bonita guitarra preta e vermelha. Ao seu pescoço tinha um colar em forma de caveira, suas roupas igualmente pretas e vermelhas combinavam com o instrumento que carregava, quem a visse juraria que era uma rockeira de nascença.

– Terceira chamada para o voo 666 da Air France. – Novamente a mesma voz ecoou. Era a terceira chamada e última.

– Pelos Deuses estou indo. – Reclamava a jovem enquanto caminhava apressada para a zona de embarque. A multidão de pessoas que iam e vinham não lhe facilitava a tarefa. Se não chegasse rapidamente ia perder o voo.

– Sai da frente anormal – Um jovem de cabelos escuros e olhos negros empurrou com violência.

Era bonito e sedutor. Usava uma camisa branca com os botões praticamente todos desabotoados e umas calças jeans de modo a sua roupa interior ficar um pouco á vista.

A jovem de olhos azuis, que caiu no chão observando o idiota que a tinha derrubado prosseguir caminho como se nada fosse. Irritada e stressada gritou alto para o traste ouvir.

– Eu tenho nome seu anormal. É Yuuki Uzumaki.

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Não muito longe dali, uma jovem de cabelos negros como breu e pele morena, esperava impacientemente que a fila de embarque para o voo 666 da Air France andasse. Resmungava sozinha e soltava pequenos palavrões. Algumas pessoas a olhavam com desdém, não só pelo seu comportamento mas também pelas roupas escuras e inusitadas que usava. Vendo que era observada a rapariga soltou um riso sarcástico.

– Estão olhando para onde suas velhas? – Questionou sem maneiras propositadamente. Detestava ser observada daquela forma.

Aquele local sobrelotado a estava deixando louca, detestava ficar fechada  em sítios cheios de pessoas muito menos. Ou saia dali rápido ou acabaria por dar em louca. Se alegrou ao ver que só faltava um rapaz ruivo e pelos vistos muito bem-parecido para ser a sua vez de embarcar. Só lamentava não lhe ver o rosto e tirar as próprias conclusões acerca do jovem rapaz.

– Yuki Yamamoto – Informou entregando seus documentos para a assistente e embarcou no avião.

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Mais atrás na longa fila que se formava para entrar no voo 666 da Air France, estava um jovem esperando calmo e paciente. Era um jovem bastante elegante, seus cabelos negros eram bastante longos, os olhos eram igualmente negros e profundos. Trajava uma camisa branca com um colete preto por cima. Suas calças eram igualmente brancas. Aparentava ser alguém de sangue nobre pela elegância e postura. A única coisa que deixava claro que aquele jovem não era nem de perto tudo o que aparentava, era o brilho assustador nos seus olhos e a estranha intensidade com que olhava para tudo, como se estivesse constantemente numa luta interior consigo mesmo.

– Perdão senhor. – Uma jovem de cabelos negros disse ofegante com a mão no peito. – Por gentileza me diga se este é o avião que vai para França. – Pediu a jovem ainda ofegante mas já recomposta e com um sorriso tímido no rosto.

– Acalme-se, esta fila é para o avião que deseja. – O rapaz elegante respondeu gentilmente com um sorriso acolhedor. – Porque não espera aqui comigo a nossa vez. Não têm mais ninguém atrás mesmo. – O convite foi feito e ambos sorriram.

– Adoraria senhor. – A jovem com um sorriso tímido aceitou.

– Não me chame senhor, devemos ter a mesma idade. Me chame Kiel Kurogami

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Dentro do avião 666 da Air France estava uma jovem um pouco impaciente devido á longa demora para os passageiros entrarem. Era uma jovem de cabelos castanhos lisos e longos, seus olhos eram de cor verde e a cor de sua pele morena. Tinha uma silhueta elegante, a cintura fina, as pernas longas e esbeltas. Não deveria ter mais de 50kg e 1,70m, usava um vestido listado de azul-marinho e branco. Suas mãos estavam visivelmente bem tratadas e hidratadas, tal como o resto do seu corpo.

A jovem havia entrado logo na primeira chamada para o voo, no entanto estava á espera da descolagem fazia uma eternidade. Já não bastava detestar viajar e locais cheios de multidões como um aeroporto sobrelotado, também tinha que levar uma seca á espera. Não havia paciência que resistisse. O único motivo pelo qual se aventurava neste momento, era seu irmão mais velho. Lucian. Se não fosse para o ver nem teria deixado o sossego da sua casa para vir entrar num pandemónio como este.

– Desculpe jovem, me daria licença para sentar ao seu lado? – Uma voz rouca chamou a atenção da rapariga. Olhou para ver quem lhe falava, e por um segundo ficou sem reação. Estava habituada a coisas esquisitas, mas isto. O homem que lhe pedirá licença tinha os cabelos cinzentos, pareciam naturais, mas não parecia ter idade suficiente para já ter os cabelos assim. Era alto e bem constituído, a blusa azul escura que usava realçava os braços fortes. Os olhos eram castanhos-escuros. Mas sem dúvida o que mais intrigava quem olhasse para esse homem, era a mascara que usava cobrindo a parte inferior do rosto, e a cicatriz que tinha no olho esquerdo.

– Vai-me deixar sentar ou não jovem? – O estranho misterioso e sedutor voltou a insistir.

– Claro. – A jovem simplesmente respondeu.

– Obrigado. – Agradeceu se sentando confortável ao lado da jovem. – Me chamo Hatake kakashi, e você? – Se apresentou sendo visível que sorria por debaixo da mascara escura.

– Jun Hinday.- A jovem se apresentou um pouco desconfortável. Havia algo nesse homem que não a deixava á vontade.

– Prazer Jun, vamos logo que essa viagem vai ser agitada. – Kakashi se mostrava impaciente.

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O que nenhum dos passageiros sabia era que esse avião ia mudar a vida de todos os passageiros para sempre, mas principalmente a vida de oito passageiros em especial.