Naquela mesma noite, Harry teve uma visão do que não queria... Hermione estava chorando, em um quarto da casa, que ele reconheceu como sendo de Sirius, as lágrimas corriam de forma tão abundante e tão desesperada pelo rosto da amiga, que ele se preocupou.

- Mione...

A garota levantou o rosto para ele, que viu que ela estava com algo em suas mãos. Quando foi chegando mais perto, ele viu o que era... Era uma gravata verde e prata, tinha cheiro de homem, e agora estava encharcada de lágrimas.

- Não... Não fica assim, Mione...

- Harry, não dá... Eu o amo tanto – falou enquanto derramava mais lágrimas.

- Hermione, eu te entendo, eu sei que dói... mas você tem que ser for... – mas Harry nunca coseguira terminar a frase pois uma Hermione chorosa gritou.

- Não, Harry, você não tem ideia de como eu me como eu me sinto! Ele me machucou de mais... Mais do que eu posso me recuperar, tá. Ele me bateu, me jogou no chão, lançou um Crucio em mim, cuspiu em mim, - neste ponto, Hermione já estava soluçando muito – Ele... ele me chamou de nojenta, Harry, “sangue-ruim nojentinha e tola que só consegue ferir a si mesma e nem sabe o que é mentira e o que é fingimento”... Você não entenderia isso, Harry.

Harry não sabia o que dizer, Draco poderia ser cruel quando queria, e ele era um bom ator, muito bom, o único medo de Harry, neste aspecto, era não saber para qual lado ele estava atuando. Tudo o que o moreno queria, mais do que tudo, bater em Draco, fazê-lo sofrer, assim como a sua melhor amiga estava sofrendo...

- A Gina já teve nojo de você, Harry, já?

Harry não aguentava mais ver a amiga deste jeito, ele queria abraça-la, ele queria tirar toda a dor que ela sentia e ficar para si, somando com as que já persistiam...

- Mione, ele... Ele vai ter o que merece!

- Harry – falou a amiga, agora olhando seria para ele enquanto lágrimas intermináveis corriam – Ele falou que nunca riu tanto quanto quando ele tirou a minha virgindade.

Harry sentiu um choque correr em seu corpo. Aquele mauricinho filhinho de um comensal havia tocado a sua melhor amiga e a feito sofrer.... se dependesse de Harry, a dor que ele sentiria não viria só em dobro, mas duraria mais tempo...

- Mi-Mione, eu não acredito nisso... Como você pôde...

- Harry, estávamos namorando faz meses, eu... Eu o amo, muito... Não, eu o amava.

Harry definitivamente não entendia o que a amiga poderia estar passando. Ele entendia o fato de que não querer amar uma pessoa, pois assim, não sofreria, mas não da mesma maneira que ela, para ele era um sacrifício em pró do outro, para ela, era uma necessidade, ela precisava disso para sobreviver, ela TINHA que parar de amá-lo.

- Hermione, você tem eu ser forte, ok... Você vai conseguir superar essa...

- Obrigada, Harry... – disse ela, sorrindo fraco.

Harry se alegrou vendo um sorriso no rosto da morena, mesmo que seja uma um sorriso falso, pelo menos podia querer dizer que ela estava tentando superar. Mesmo tendo seus próprios problemas, Harry soube que Hermione estava em uma situação pior, ela estava méis ferida. Hermione era um animalzinho que precisava de proteção, e de tudo o que ele pudesse para dar-lhe carinho.

- Temos que ser fortes um pelo outro... E seremos... Agora, pode dar um cochilo, que logo teremos que aparatar.

- Aparatar... – disse ela suavemente – Isso é uma coisa que eu gosto. Você então, está em um lugar, e você se concentra por um segundo, pensa nos três D’s, e então, visualiza em sua mente o lugar para onde quer ir... Quando você gira... – Assim, Hermione levanta e começa a girar divagar pelo quarto, sentindo as lágrimas ficando mais escassas – Você está ficando mais leve, e leve e leve.... Então, tudo some por um segundo, e, acredito eu, é uma experiência de quase morte, você não vê nada, você não sente o cheiro de nada, nada.... dói. Então, você se vê em um lugar novo, com um cheiro novo e uma preção nova. Você vê que tem um mundo novo diante de seus olhos, um lugar onde você pode relaxar e viver de novo, uma nova vida, com um novo ânimo e um novo espírito.

Enquanto Hermione ia girando Harry ia andando atrás dela, e quando ela finalmente parou, com esta última palavra, ele a segurou pelos braços e então foi chegando mais perto e mais perto.

- sabe, uma das coisas que mais me doem, é que eu poderia ter sido feliz, sabe, com algum dos outros três caras que eu gostei na minha vida – disse Hermione baixinho, sentindo a aproximação de Harry.

- E esses caras seriam... – Disse Harry se aproximando ainda mais, colando os seus corpos.

- O Rony... – disse ela bem baixo – O Viktor... sinto muito por ele, sabe... Ele realmente gostou de mim, e eu dele... Quase balancei quando o vi na escola...

- E... – disse o moreno.

- O meu primeiro amor... Você, Harry. – disse ela em um sussuro.

Harry ficou feliz em vela falando isso. Já não corava, só estava com a sua pequena boca com formato de coração e o encarando com aqueles lindos olhos cor de mel, completamente sexy.

Quando os seus lábios estavam quase se encostando, para que sentissem, novamente, o gosto amargo e doce de uma antiga e inexplorada paixão, eles ouviram a porta e fechando bruscamente.

- Ron... falou Harry abaixando a cabeça – Ele ainda gosta de você, sabe...

- Ah... – falou Hermione envergonhada – Eu... Eu vou para a cozinha, preparar alguma coisa...

Hermione foi descendo as escadas, envergonhada. Não sabia se podia realmente fazer aquilo, ela amava Draco, mai, muito mai do que podia suportar, mas Harry era o seu amigo, aquele que sempre fora doce e gentil, me fizera rir por tantas vezes, e, inevitavelmente, me fizera chorar também.

Ela não tinha ideia do que estava acontecendo, ou se devia impedir isso ou viver seja lá o que esteja acontecendo. Mas ela realmente ficou feliz em não pensar Draco,pelo menos por um segundo.

- Estupefaça! – ela ouviu uma voz vindo da porta da casa.

Hermione desceu em direção a porta, e conseguiu ver Ron atacando severo snape, que estava, facilmente, bloqueando os feitiços.

- Expelliarmus – Gritou ela, na direção do antigo professor, sem sucesso. – HARRY! Pegue a minha bolsa e deca rápido.

Um minuto depois, Harry aparecera segurando uma pequena bolsinha e vindo com a varinha em punho. O Moreno quase partil para cima de Ranhoso, mas Hermione o segurou pelo braço, e girou.

Estava aparatando.

Quando começou a ver uma imensidão preta, escutou Harry gritar

- Proteja a casa, Monstro!

E ela sentiu algo agarrando a sua perna.

Quando foram aparecer em frente a casa dos Granger, ela aparatou novamente, E eles estavam na floresta do Deão.

Quando pousaram no chão úmido, ela que o que o estava regando era um liquido vermelho e viscoso.

- Harry, o Ron estrunchou!