Magia Lunar escrita por AlySomerhalder


Capítulo 6
Magia Lunar – Cap 5


Notas iniciais do capítulo

Ah desculpa a demora, estava em semana de prova. Espero cometarios, como tive nos outros, aproporsito obrigado por isso a todas vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/220430/chapter/6

   Virei-me na cama batendo em Nessie, abri os olhos levantando. Decidi acordar Nessie, que levantou bem rapidinho animada pra ver Jacob de novo. Descemos juntas as escadas em direção a cozinha.

“E ai estão elas” Charlie falou olhando para ambas “pensei que não iriam acordar antes de meio dia”

   Fitei o relógio na parede, quase 11h, dormimos demais, mas meu sonho estava tão bom. Eu andava de mãos dadas com Seth por um campo lindo. Ele me erguia nos braços e então me beijava. Ahn, suspirei me sentando na mesa do café, ainda sonolenta.

“Os meninos já ligaram” foi o bastante para todo o sono ir embora. Eu e Nessie esperávamos atentamente que tia Bella continuasse “pensaram que tinham desistido”

“Sem chance” Nessie e eu respondemos juntas.

   Tomamos nosso café e então começou a guerra do banheiro, cedi só porque ainda tinha que escolher a minha roupa. Assim que ela saiu me enfiei no banheiro, tomei banho e vesti a roupa que tinha escolhido (Shorts jeans, uma regata branca simples com um coletinho por cima, all star), arrumei meu cabelo que por mais milagroso que pareça colaborou e ficou direito.

   Passei apenas o básico da maquiagem, eu odiava muita maquiagem e pelo tempo la fora será um dia quente. Em menos de 30min já estávamos prontas. Tempo record.

   Seguimos ate o carro e logo rumamos a La Push. Eu tentava me conter e não pensar nele, mas era incrivelmente complicado. Agora eu sei como Nessie se sente e...

“Vou deixar vocês la e depois vou resolver algumas coisas em Seattle ok?” Bella interrompeu minha linha de raciocínio. Nessie e eu assentimos obvio.

   Trocamos um olhar cúmplice quando sabíamos que tia Bella não olhava. Por um segundo eu me perguntei o que tia Bella iria fazer em Seattle, mas então nos chegamos a reserva.

   Bella seguiu para casa da Emily onde todos ficavam reunidos, cumprimentando-os rapidamente e depois dando meia volta com o carro. Nessie já havia corrido para dentro a procura de Jacob.

   Seth apareceu na porta da varanda só de bermuda, meu coração perdeu uma batida. Ele queria me matar? Meus olhos percorreram cada linha de seu abdômen, corei quando vi que ele percebeu meu olhar. Veio andando ate mim lentamente, parando a um passo de distancia. Seu cheiro invadia meu corpo aquietando meu estomago que insistia em se revirar. Respirei profundamente, me acalmando e memorizando seu cheiro.

Visão Seth Clearwater

   A senti antes mesmo de vê-la. Uma mistura única de baunilha e flores, que se enraizava em minha mente. Voltei à forma humana vestindo minha bermuda rapidamente. Nessie passou correndo por mim na direção do Jacob.

   A vi parada na soleira, seus olhos percorreram meu rosto descendo ate meu abdômen, suas bochechas se ruborizaram quando Ash percebeu que eu notei. Ela ficava tão linda envergonhada que não pude evitar me aproximar.

 “Oi” disse simplesmente

   Minha vontade era passar meus braços em torno de seu corpo e trazê-la para mim, mas não queria assustá-la, sabia o quanto tudo era novo para ela.

“Oi” Ashley me respondeu sorrindo

   Sentamos nos degraus da casa de Emily e aos poucos fui puxando assunto.

“Aqui é realmente bonito” declarou olhando em volta

“Sim é,” confirmei acompanhando seu olhar

“Então... Afinal qual é o seu lugar preferido?” Ashley me surpreendeu “Não diga que não tem um”

   Eu tinha um lugar, um lugar que eu adoraria mostrá-la.

“Que tal eu te levar la?” sugeri e seu sorisso de resposta fez meu coração se acelerar

   Avisei Emily que daríamos uma volta, para caso Bella ligasse.

Visão Ashley Cullen

   Seth me levou ate o que parecia ser o inicio de uma floresta. Ele ia me fazer entrar na mata? Serio? Ainda bem que eu estava de tênis. Começamos a adentrar cada vez mais e floresta e ate agora estava tudo tranqüilo.

   O terreno era mais acidentado nessa parte com pedras mais altas e eu obviamente empaquei, Seth sorriu lindamente pra mim me estendendo a mão. A minha a encontrou sem comando e ele me ajudou a subir. Uma onda elétrica passou por mim vinda de onde ele tocou.

“Podemos parar se você se sentir cansada” sugeriu preocupado

“Ta tudo bem” assegurei e continuamos a subir

   Andamos mais um bocado ate que uma pedra enorme atrapalhou nosso caminho, me preparei para contornar a rocha, mas quando menos esperei, Seth passou o braço por minha cintura, deu um impulso forte no chão. Em menos de um segundo estávamos em cima da pedra. E então do outro lado.

    Percebi um pouco tarde que minha respiração se encontrava completamente desregulada e eu sabia que estava pálida, me sentia tonta. Apertei meus olhos uma vez e quando os abri de novo vi um Seth terrivelmente preocupado me olhando de forma culpada. Seus braços me firmavam em pé enquanto eu tentava recuperar meu equilíbrio.

“Desculpe-me, eu não...” ele começou, mas eu coloquei meu dedo indicador em seus lábios o parando.

   Quase esqueci o que queria dizer quando senti a pele macia e incrivelmente quente sobre meu dedo.

“Eu estou bem, você só me pegou de surpresa, só isso. Então você vai me mostrar o tal lugar ou não?” Questionei sorrindo e tirando meu dedo de seus lábios

    Ele sorriu e continuou me levando pelo caminho inexistente na mata. A trilha já havia acabado há muito tempo e seguíamos apenas por seu senso de direção. Comecei a limpar minha roupa enquanto andava. Ele não precisava me ver toda suja de terra.

   Só percebi que havíamos parado quando bati em Seth, levantei os olhos e me maravilhei com o lugar. Uma campina eu acho, formava um semi circulo com a floresta. A grama alta cintilava com os raios do Sol, que já estava alto no céu, pequenas flores roxas e amarelas saiam no meio das folhas.

   Andei silenciosamente, e apenas observei por algum tempo a beleza do lugar, com medo de quebrar a mágica com a minha voz.

   Seth se aproximou lentamente ate estar de frente comigo, tomou uma de minhas mãos na sua e me guiou ate a sombra de uma grande arvore, se sentando e encostando no tronco. Em um lampejo de consciência – talvez falta dela, decidi que seria mais ousada e ao invés de encostar na arvore eu deitei minha cabeça em seu colo.

   Ele sorriu da maneira mais linda existente e me senti derreter um pouco, suas mãos passearam por meu cabelo me inspirando confiança.

   Em pouco tempo eu estava lhe fazendo dezenas de perguntas sobre sua vida, as quais ele respondia com tanta sinceridade que me impressionava, mas havia uma, uma que começou tudo isso, uma que eu ainda não tive a coragem de questionar.

“O que você cursou na faculdade?”

“Administração” Seth respondeu rápido

“E por que você foi à faculdade? Não que eu não ache legal que tenha ido” preferi me explicar “Mas é que, bem, a maioria dos lobos não pensa muito nisso”

“Eu sempre quis ir à faculdade, mesmo antes de me transformar, só não sabia o que fazer ainda. Quando Jake me disse que tinha vontade de montar uma oficina eu logo pensei nisso, assim poderia ajudá-lo e ao mesmo tempo seria algo que eu gosto”

   Fiquei maravilhada com o qual altruísta ele podia ser, sempre querendo ajudar as pessoas, sendo tão sincero sempre. Senti-me hipócrita por enrolar tanto sem revelar meu real objetivo.

   Seth olhou fundo em meus olhos e parecia estar lendo meus sentimentos.

“Apenas pergunte” ele me encorajou

“Quantas, hum..namoradas..você já teve?” minha voz saiu muito menos confiante do que eu queria.

   Se ele dissesse 7 eu iria ficar realmente irritada. É como eu falo quando volto do shopping com tia Alice, cheia de sacolas e papai pergunta quantas coisas eu comprei.

“Duas” respondeu parecendo sincero

   Não pude evitar arregalar os olhos. Isso era brincadeira? Como um cara lindo, doce, incrível estava por ai sozinho? Qual o problema dessas meninas?

“É serio” ele soltou uma risada, eu ri.

   De repente Seth ficou serio e eu me levantei de seu colo para olhá-lo, ele parecia perplexo com alguma coisa e encarava o vazio.

“Apenas pergunte” repeti sua fala

“Quantos namorados você já teve?” Seth enfatizou palavra você.

“Um, e não foi um termino muito bom” respondi

   Ele viu o termino, que não foi realmente nada bom.

Visão Seth Clearwater

   Sorri-lhe sem nem ao menos perceber

“E suas..ex moram em La Push?”

   Voltei a olhá-la e ela esperava minha resposta com total atenção. Nunca vi alguém tão fofa quando esta enciumada. O fato dela sentir ciúme me encheu de alegria.

“Não, não moram. E mesmo se morassem eu não teria olhos para elas”

   Ashley mordeu seu lábio inferior enquanto as bochechas coravam levemente. Meus olhos se prenderam em sua boca rosada, percebi um tempo depois que estava me aproximando.

   Segurei seu rosto entre minhas mãos suavemente, nossos rostos apenas a centímetros de distancia, distancia que rompemos juntos. Pressionei meus lábios de forma gentil nos dela. Milhares de sentimentos explodiram em mim de uma só vez, nada no mundo poderia se comparar. Suas mãos correram para meu pescoço, entrelaçando meu cabelo e me fazendo arrepiar.

   Envolvi sua cintura enquanto pedia passagem com a língua, seu gosto era ainda melhor que seu cheiro, mas ambos se completavam. Afastamos-nos quando o ar nos faltou, colei nossas testas a olhando fundo nos olhos. Perdi-me em seus olhos cor de mel, me concentrando apenas em seus batimentos acelerados. Não tinha notado que os meus também estavam.

    Aos poucos nos descolamos e confesso que queria estar com ela pra sempre, mas senti a temperatura mudar e logo uma chuva forte esta por vir.

“Acho melhor voltarmos, vai chover daqui a pouco” comentei me levantando e a puxando para cima comigo.

   Ashley olhou em volta, para o céu claro erguendo as sobrancelhas, sorri.

“Confia em mim, extinto de lobo” aleguei e ela não discutiu

   Voltamos a descer pela floresta, eu lhe abri caminho enquanto andávamos, não a assustando dessa vez para pular a pedra.

Visão Ashley Cullen

   Oh meu Deus, eu ainda estava entorpecida. Não pronunciei uma palavra depois do beijo. E que beijo, o melhor da minha vida sem duvida. Tão carinhoso eu ao mesmo tempo tão urgente. Pensei que fosse desmaiar.

   Esse sorrisso bobo continuava em meu rosto apesar de meus maiores esforços para reprimi-lo. Acabei por desisti quando vi que Seth sorria do mesmo jeito. Ele também estava em silencio, mas não era um silencio estranho, nem ao menos constrangedor, era mais como... Um acordo em que ambas as partes se entendiam apenas com o olhar.

   Seth estendeu sua mão para mim quando saímos da mata e eu entrelacei meus dedos aos seus. Aproximamos-nos da casa de Emily e notamos um alvoroço. Aceleramos o passo e vimos Claire deitada no chão, seu braço sangrando, parecia deslocado.

“Tirem a vampira de perto da minha filha” a mãe de Claire gritou apavorada

“Estou ligando para a ambulância” uma voz masculina que eu não consegui ver de quem era soou.

“Se a movermos pode piorar.” Paul falou

   Nem ousei olhar para Quil, sei que ele estaria desesperado

Occimum basilicum – algo em minha mente sussurrou

“O que?” perguntei confusa

Occimum basilicum  –  repetiu a estranha voz

   No segundo seguinte, eu estava correndo pela floresta, procurando uma planta que eu nem sabia existir, que eu nunca havia visto.

   Ouvi os passos de Seth atrás de mim, mas minha mente não deu importância, apenas continuou a sondar a mata, e por mais incrível que pareça, eu a achei. E eu sabia que era, não sei como nem porque, eu só..sabia.

“O que você..?” Seth perguntou segurando meu braço, mas deixando sua pergunta vagar. Se pelo menos eu soubesse essa resposta.

“Vai ajudá-la, eu sei que vai” falei desconexa

   Seth fitou o ramo de folhas na minha mão

“Como?”

“Eu apenas sei que vai dar certo” disse soltando o ar.

“Eu acredito em você.” Seth disse enquanto voltávamos a correr.

   Eu apertei as folhas em minhas mãos e de algum jeito aquilo se transformou numa pasta. Tentei passar por todos, mas Sam bloqueou meu caminho.

“Não é uma brincadeira Ashley” Sam usou o seu tom de Alpha

“Eu não estou brincando Sam”

   Algo no meu tom fez sua expressão mudar e ele me deu passagem imediatamente mandando que todos se afastassem.

   A mãe de Claire gritava coisas como “O que ela vai fazer com a minha filha” ou “Vocês vão acabar machucando-a mais”, tentei não lhe dar ouvidos. Algo dentro de mim sabia exatamente o que fazer.

    Ajoelhei-me ao seu lado e passei a pasta em cima da ferida, minha mão se moveu para cima dela e meus olhos se fecharam sem meu comando. Palavras sem controle jorraram de minha boca em um idioma que eu nunca soube falar mais parecia conhecer.

Terra in potestate mea in hoc grege proposido vires ad adiuvandum me sanabit eam virtus eius.

   De repente eu podia sentir cada um ao meu redor, somente por sua energia. Energia que parecia flutuar ao meu redor, penetrando no meu corpo e se infiltrando na ferida; a curando enquanto eu repetia as palavras estranhas.

   Em uma rajada a energia se expandiu, parecendo voltar ao seu devido lugar. Notei que nem um som se seguiu e eu também não sentia a grama sob mim.

   Abri meus olhos para notar que eu estava levitando e Claire também. Ah, cara. Senti meu queixo cair e meus olhos se arregalarem. Como eu fiz isso? Como eu fiz? E como eu ainda estou fazendo? Com esse pensamento nos duas caímos no chão, dando uma tremenda sorte da grama ser macia e não estarmos tão altas.

   Levantei-me andando pra trás e me afastando de todos que olhavam de mim para Claire, ao mesmo tempo surpresos e impressionados.

“Eu não estou sentindo nada” Claire declarou em alto e bom som para meu alivio, e também desespero. O que diabos eu fiz?

   Quil a ajudou a se sentar e ela puxou devagar o lacre verde feito pela pasta. A sua pele estava intacta, como se nunca nada tivesse havido. Todos se viraram para mim ao mesmo tempo e me senti entrar em desespero.

   Minha respiração saia curta e rápida, andei mais para trás ate que Seth me puxou para um lugar mais distante e envolveu seus braços em meu torno. As lagrimas caiam rápidas e em abundancia.

“ei, pequena, esta tudo bem” ele murmurou me reconfortando, mas eu não conseguia me acalmar.

   Como eu fiz aquilo? Como? E que voz era aquela? Não era eu, ou era? Não, não era, eu não tinha como saber da planta; mas, se eu sabia como usá-la talvez tenha sido eu. Como eu sabia?

“Você não sabe como fez aquilo não é?” Seth perguntou suavemente e tudo que eu pude fazer foi assentir afundando ainda mais a cabeça em seu peito “Tudo bem, foi bom. Você ajudou. Não importa como fez, só que fez e curou a Claire. Não precisa ficar preocupada. Esta tudo bem”

   Não sei exatamente por quantos minutos Seth me segurou repetindo que eu não precisava ter medo e que tudo estava certo. Ele me afastou apenas para me olhar nos olhos, secando a ultima lagrima que insistia em rolar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Magia Lunar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.