Pleasure Hotel escrita por R_Che


Capítulo 1
Prologo


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! :)
Àqueles que não me conhecem, e àqueles que estavam à espera de uma segunda parte de "Love RB". Ela vem! Não me esqueci que a maioria optou por essa opção... mas nos entretantos surgiu-me uma ideia um bocado maluca e fora do vulgar, e decidi então que era agora ou nunca. Espero que gostem, eu acredito que possa ser um bocado confuso ao inicio, mas qualquer dúvida eu terei muito gosto em esclarecer.
Não vos vou prender mais por aqui, só gostava de dizer o seguinte: Sejam meiguinhos, porque eu vou aventurar-me por campos completamente desconhecidos para mim.
Disfrutem... vimo-nos lá em baixo!



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Good Morning LA:

-Abre hoje o primeiro hotel da cadeia Lopez-Pierce “Pleasure” na cidade de Los Angeles.

A inauguração está marcada para as 20 horas e é aberta ao público feminino. Uma das proprietárias mostra-se tremendamente agradada com toda a especulação que a sua revolucionária ideia fez despertar, não só nos Estados Unidos como também a no resto do mundo, ela alega que é “publicidade gratuita”, no entanto não se faz rogar nas respostas: 

“Eu não tenho medo de populares revoltados, eu nem sequer os convidei a vir experimentar, o problema deles é que têm a mente muito pequenina e são uns frustrados que se metem na vida dos outros. Isto é um hotel, não é um motel de estrada para onde os maridos dessas senhoras que se dizem muito sérias levam as prostitutas e f(PIIIII) a noite toda. Elas que tratem do casamento delas e deixem as minhas ideias e da minha mulher em paz.”

Para quem não sabe, este é o primeiro de três hotéis que abrirão portas ao público durante este mês de Maio. Os próximos situar-se-ão em Nova Iorque e São Francisco. A polémica à volta desta ideia tem vindo a desenvolver-se entre várias instituições homofóbicas, onde os argumentos variam entre “falta de pudor e princípios” e “abertura a ideias revolucionárias que podem vir a surgir desta iniciativa por parte de pessoas menos contidas”. Diga-se que esta cadeia de hotéis não será igual a todas as outras, mas sim prima pela designação obrigatória do seu público-alvo. Este é um tipo de hotel dedicado às mulheres lésbicas que procuram parceiras aleatórias para passar a noite. Desengane-se quem acha que estamos a falar de um bordel, pois a ideia é mais rebuscada o que a torna legal aos olhos da lei. Vamos então explicar ao telespectador como funciona este negócio, pegando nas palavras de Santana Lopez:

“é simples… elas chegam lá, pedem uma chave que lhes é dada aleatoriamente, no inicio obviamente haverão quartos por preencher e portanto terão de receber uma chave de um quarto vazio e esperar que a pessoa a quem lhe sai o mesmo número de quarto chegue, e não há regras a partir do que acontece entre essas pessoas nos quartos. Todos sabemos ao que vamos, não vale a pena estar para aqui a divagar.”

Ao ser questionada acerca da segurança desta ideia, Santana Lopez responde:

“Toda a gente se identifica, ninguém recebe chave sem identificação, aliás, são registadas as identificações e o número do quarto que lhes calhou, tanto como a outra integrante do quarto. No que toca a segurança de dados, todas as atividades dentro do hotel são absolutamente sigilosas. Não é como se fossem salas de tortura, pelo contrário, a ideia é que o prazer seja o primeiro nome daquela noite.”

Parece que muita água vai correr debaixo da ponte desta ideia. Então ladys, se querem uma noite diferente, parece que os passos são simples, só precisa de se dirigir a uma destas três cidades e disfrutar. –

R- Certo! Está tudo doido! – disse Rachel enquanto pousava o comando da televisão em cima da mesinha de centro da sala e se levantava no sofá.

Rachel Berry era uma jovem cheia de sonhos, vivia em Los Angeles, mais propriamente em Beverly Hills, desde que terminou o seu percurso pelo ensino secundário, era estudante de UCLA do curso de Línguas e Literaturas e uma amante da escrita. Viveu até aos seus 18 anos, época em que entrou na faculdade, com os seus dois pais numa cidade do estado de Ohio. Era morena, e tinha uns olhos castanhos que exprimiam tudo o que ela queria transparecer, e tudo o que não queria também. Rachel não era muito alta, mas tinha umas pernas longas que desprendiam inveja na maior parte das suas colegas. Ela não era muito sociável, na realidade não tinha muitos amigos, mas culpava a falta de tempo. Viva em Los Angeles há cerca de três anos, e tinha-se concentrado somente em acabar o seu curso que demoraria quatro anos. A pessoa mais próxima de Rachel, com quem ela contava a maior parte das vezes, era um amigo de infância que também tinha vindo de Lima, Noah Puckerman. O rapaz que tivera inicialmente um romance fugaz com a morena, mas que rapidamente ambos perceberam que sendo melhores amigos ganhariam muito mais, tinha um pequeno negócio de limpeza de piscinas em Ohio e decidiu estendê-lo para Los Angeles quando percebeu que a sua melhor amiga se iria mudar para lá. Ambos compartiam casa, e desde que Puck respeitasse os horários de estudo de Rachel, nenhum dos dois teria problemas em fazer a sua vida naquela cidade.

P- É excitante! Já lá passei à porta e aquilo tem bom aspeto.

R- Pois, uma pena que não sejas mulher.

P- Não é pena. É mesmo só um desperdício. Tanta mulher junta eu…

R- Noah por favor, poupa-me. Aquela ideia é degradante.

P- Não me digas que apoias os argumentos homofóbicos? – Puck sabia que aquela era a deixa para soltar a língua de Rachel Berry, e sorriu ao perceber que tinha razão.

R- Como é que tu te atreves a dizer uma coisa dessas? Não me conheces?! Obviamente que não apoio os argumentos homofóbicos, só acho que esta ideia é uma ideia sem fundamento. Deviam fomentar as relações interpessoais com um bocadinho mais de seriedade. Já pensaste nas doenças e nas traições e …

P- Podes parar! Eu sei. Aliás, eu acho que se for para experimentar devia ser agora no início em que está tudo lavadinho.

R- Noah? Qual foi a parte de que aquilo é um hotel lésbico, vulgo, para mulheres, que não percebeste? Tu não podes experimentar nada.

P- Eu não estava a falar de mim, estava a falar de ti.

Rachel olhou para Puck com alguma fúria, mas rapidamente o rapaz lhe deu um abraço, gargalhou e saiu em direção à porta da rua.

P- Vou dar um giro. Ver se encontro mulheres nesta cidade que gostem de …

R- Cála-te! – gritou Rachel apressada. – Demasiada informação!

Quando o rapaz riu e saiu Rachel encontrou-se sozinha a pensar naquela notícia. Obviamente que ela nunca pensaria em ir a um hotel daqueles, inclusive percebendo que dali nunca sairia nada sério.

X

Quinn Fabray estava sentada na esplanada do “Karmel Café” na Melrose Ave. entre Beverly Hills e West Hollywood a ler o Los Angeles Business Journal, quando reparou na noticia da abertura do novo hotel “Pleasure”. Aquela noticia à partida chamou-lhe a atenção, mas mesmo que não tivesse acontecido, uma latina com um sorriso sarcástico no rosto sentou-se despreocupadamente na sua mesa.

S- Já leste? Saímos nos jornais todos hoje.

Q- Tu és completamente louca. Mas tu vais mesmo com esta ideia para a frente?

S- Claro, mas o que é que esperavas?

Q- Que já tivesses desistido antes de alguém se passar da cabeça e dar um tiro na tua. Isto é super polémico.

S- Então Q? Até parece que não sabes que eu adoro polémicas.

Q- Santana, depois não digas que não te avisei. Isto ao menos é legal?

S- É! E estou à tua espera logo à noite na inauguração.

Q- Escusas de esperar. Eu não vou.

S- Porquê?

Q- Tenho coisas combinadas.

S- O que é que tens combinado?

Q- Hás de ter muito a ver com isso.

S- Não aceito um não como resposta. Fico à tua espera logo à noite. Não é nada de especial, só um cocktail de inauguração para amigos e a abertura oficial ao público em geral. – disse a latina enquanto se levantava da mesa preparada para ir embora.

Q- Boa sorte com isso. – respondeu Quinn enquanto recorria o jornal com os olhos.

S- Olha para mim.

Q- Hã? – o tom despreocupado de Quinn fez Santana revirar os olhos.

S- Hoje à noite, às oito. – e apontou o dedo à amiga em tom de advertência.

Q- Sim, sim. – Santana afastou-se e agora foi a vez de Quinn de revirar os olhos. – É que é já a seguir, já lá estou e tudo. – disse para si própria.

Quinn era uma das mulheres mais bonitas que este mundo pode gabar-se de dizer que existe, ela tinha um cabelo loiro curto e um estilo completamente alternativo. A sua vida inteira viver em Los Angeles, é filha de pais ricos e Santana é a sua melhor amiga de infância. Estava no terceiro e último ano do curso de Publicidade em UCLA, mas gabava-se o facto de quase nunca lá ir. Fazia as cadeiras por exame externo e passeava-se todos os dias. No ano em que cumpriu os 20 anos, o seu pai oferecera-lhe o cargo de Relações Públicas na empresa de joias da família, mas ela ao cumprir um ano de trabalho surpreendeu toda a família ao despedir-se e anunciar a abertura da sua empresa de Management de artistas, empresa essa que ela ia abrir com os ordenados e todo o dinheiro que ia pondo de parte desde muito cedo. Quinn era uma mulher inteligente e não era nada fútil, o que lhe permitia ter discernimento para pensar no seu futuro como uma coisa sua e individual, e não como um objeto coletivo da família. O nome Fabray dava-lhe muita credibilidade no mercado e em poucos meses a sua empresa agenciava alguns dos melhores atores de Hollywood. Quinn vivia dos rendimentos da empresa, pois recusara-se a trabalhar enquanto não terminasse o curso, e tão pouco queria perder os melhores anos da sua vida sem se divertir o máximo que podia. O tipo de diversão de Quinn não passava por loucuras e bebedeiras, a loira era muito mais simples e preferia juntar-se com os amigos, ou conhecer pessoas que pudessem trazer alguma coisa de boa à sua vida.


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Notas finais do capítulo

Ora bem...
Sabem aquela conversa do costume do "reviews são importantes"? Pois bem, eu faço parte desse grupo de pessoas que dizem isto!
Não há reviews, não há história! LOL (assim, diretamente! LOL)
Não, mas agora a sério, por favor dêem-me um feedback, porque eu efetivamente acredito que estou a cometer uma loucura com esta história.
Beijinho a todos
p.s: Eu sou portuguesa (de Portugal, digo) e para quem não me conhece, eu escrevo em português de Portugal! (escusam portanto de ficar na dúvida)
twt: @R_Che