Harry estava em um porão. Havia a sua frente um homem que lhe suplicava.

– Por favor... Não...

– Não quero suas súplicas Dawlish. Você fracassou no sequestro da Gonsales e da London e isso foi uma perda de tempo. Quero que vá atrás de Snape em sua casa! - Ordenou Harry com um sibilo. Com um estalo Dawlish sumiu dali deixando Harry sozinho mais uma vez.

(...)

O verdadeiro Harry Potter acordou suado e olhou para o relógio. Eram oito horas da manhã e tinha que se arrumar logo para o jogo. Enquanto se arrumava pensou em seu sonho. Então não pensou mais em seu sonho porque Rony entrou no quarto repentinamente.

– Vamos logo. O jogo vai começar daqui cinco minutos e temos que ir ver a apresentação das garotas - Disse Rony. Harry o seguiu e não teve tempo para tomar café. Com sua Fireboot em punho desceu pelo gramado em direção aos vestiários quase correndo.

Quando chegaram aos vestiários colocaram os uniformes de quadribol e foram até a porta onde viram as arquibancadas; metade vermelha e amarela, e metade azul e branca. Harry se achava animado até o dia anterior, mas agora que estava ali virá que não sentia um pingo de vontade de voar. Se for por causa do seu sonho tão estranho ou por causa da preocupação alarmante com Dumbledore que de repente, chegara a níveis extremos, Harry não sabia dizer.

Queria que a Grifinória vencesse da Corvinal no Quadribol e no grupo de torcida, mas, se via em um dilema complicado de se entender. Harry queria acabar de vez com Voldemort e talvez sem a ajuda de seus melhores amigos e de sua namorada.

Não gostaria de ver nenhum deles morto, pois, essa viagem que fariam um dia para encontrar Voldemort e destrui-lo seria uma tarefa complicada e perigosa.

– Você está bem?- Perguntou Rony. Harry acordou de seu repentino sonho e olhou para o campo. As garotas dançavam e ele nem vira o começo da apresentação.

– Ah... Estou. Só um pouco nervoso... Só isso - Respondeu Harry.

Muitos aplausos acolheram o grupo de torcida da Grifinória quando terminaram a apresentação. Selena, Katie e Alicia vieram na direção de Harry.

– Já vamos colocar os uniformes. - Selena sorriu para Harry. Elas sumiram no vestiário.

– Cara você está com uma cara horrível. O que houve?-perguntou Rony.

– Ha... Tá parecendo a Mione. Convivência é?- Brincou Harry tentando passar a impressão de que estava bem. Rony corou e suas orelhas ficaram vermelhas vivo.

– Não mude de assunto. O que você tem?-perguntou Rony novamente.

– Direi mais tarde - Respondeu Harry que não pensava em dividir seu sonho e suas opiniões só com Rony. Queria dividir com todos os seusmelhoresamigos.

"E agora o time da Corvinal e da Grifinória, entrem em campo", Pediu Lino Jordan. Harry e o time seguiram até o gramado, a passos firmes e expressões sérias.

– Apertem-se as mãos - Pediu Madame Hoch aos capitães, Harry e Cho. Eles se apertaram as mãos e se organizaram nas vassouras.

Madame Hoch tocou o apito e Harry subiu veloz. Foi mais alto que qualquer um dos integrantes do time. Ele viu que Cho estava do outro lado do campo procurando o pomo.

Harry observou o jogo e viu que agolesestava com Katie que passou para Alicia que marcou os dez primeiros pontos.

"E a Grifinória segue com seus dez primeiros pontos. Agora a goles está com Moore... Angel... De novo Moore... Agora vai para Spinnet... Gonsales... Bell... Gonsales e mais dez pontos para Grifinória!".

Harry viu então, algo brilhante como ouro a poucos metros do chocho pareceu ter visto também, pois desceu como uma bala. Harry foi também e agora estavam alinhados. O pomo pareceu ter sentido presença e começou a se movimentar. Harry estava na frente de Cho por milimetros. Eles passaram pelo campo e deu para se escutar os comentários de Lino Jordan.

"Potter e Chang perseguem o pomo de ouro. Um balaço é lançado por Jayson e agora persegue Potter e Chang", anunciou Lino Jordan.

Harry ouviu o barulho do balaço que soava como uma bala. Os gêmeos batedores (Fred e Jorge) perseguiram o balaço. Harry estava a milímetros do pomo quando ouviu algo cair. Olhou para trás e viu que Cho se estatelara no chão. Por sorte estavam a poucos metros do solo.

O pomo parou e Harry sentiu a arquibancada vibrar, pois conseguira capturar o pomo de ouro.

(...)

Estava indo em direção ao castelo e Harry se via mais animado do que o normal.

– Você foi incrível dançando, Mione - Elogiou Rony. Ela corou surpresa, e sorriu.

– E aquela música que você compôs foi realmente boa, Demi - David sorriu de modo galanteador a garota, que baixou os olhos.

– Valeu - Demi ocupou-se em descascar o esmalte de suas unhas enegrecidas.

– Festa na Sala Comunal! - Anunciou Fred passando por eles com seu irmão Jorge.

– Tenho que falar uma coisa com vocês - Falou Harry aos amigos. Eles pareceram confusos, mas o seguiram até a tapeçaria no terceiro andar.

– Para que nos trouxe aqui? Não dá para esperar até amanhã?-perguntou Rony que com certeza queria ir para a festa.

Harry não prestou atenção. Passou três vezes pela tapeçaria pedindo um "lugar calmo para eu e meus amigos". Materializou-se uma porta que Harry abriu e entrou com os amigos. David que foi o último a entrar fechou a porta.

Estavam em um lugar calmo. Era uma sala que tinha um sofá e vários  pufes. Demi e David sentaram no sofá com Rony, enquanto Selena e Harry se sentaram cada um em um pufe e Hermione se sentou na beirada do sofá.

– Que ouve? - Perguntou Hermione a Harry.

– Tive um sonho em que eu estava na mente de Voldemort - Explicou Harry. Nem Hermione interrompeu então ele continuou. - Estava em um porão e conversava com Dawlish que suplicava. Então, Voldemort ordenou para que ele fosse atrás de Snape em sua casa e que o levasse até ele.

– E o que preocupa você?-perguntou Selena.

– Acho que ele quer informações sobre a viagem de Dumbledore - Harry cruzou as mãos à frente do rosto, nervoso.

– Mas ele não pode acabar com Dumbledore, não é? Quero dizer, Voldemort tem medo do Dumbledore e tudo o mais. - Comentou David, despreocupado.

– Mas isso não quer dizer que Voldemort não tenha planos para matar Dumbledore. - Falou Hermione, revirando os olhos.

– Eu não sei... - Começou Demi.

– O que é? - Indagou Harry.

– Será que ele não mandou Draco Malfoy de volta à Hogwarts para nos vigiar? Com certeza Voldemort quer te matar Harry, mas... O medalhão é muito mais importante para ele conseguir isso - Respondeu Demi.

– E Dumbledore? Voldemort com certeza quer a morte dele antes da minha - Supôs Harry.

– Também, mas pense. Voldemort tem muitos motivos para querer o medalhão. Primeiro, porque é herança de Godrico Griffindor. Segundo, porque fornece proteção e terceiro, porque é o único meio para acabar com você sem sofrer dano algum - Selena o encarou de modo tranquilizador.

Harry ficou pensando enquanto o céu se tornava mais escuro anunciando o fim do dia.

– Melhor irmos jantar. Depois vai ter a festa e eu não quero perdê-la - Sugeriu Rony, animado. Hermione ia questionar, mas Harry concordou com Rony.

Ele precisava se divertir um pouco, afinal.