Louis POV on

Duas semanas se passaram desde o acampamento. Duas semanas desde que Zayn e Annabelle começaram a namorar. Duas semanas desde que Stephanie terminou com Nathan. Duas semanas desde que eu estava cada vez mais próximo á ela e cada vez mais louco por ela.

Sempre fomos muito amigos, embora ela fosse mais íntima do Zayn, mas já tinha um tempo que eu não a queria apenas como uma amiga. Nessas duas semanas, fiquei o mais próximo possível dela, mas não como antigamente. Dessa vez eu estava tendo mais atitude, a provocava e a elogiava. Mas hoje eu iria realmente te-lâ pra mim. O que me fez tomar essa decisão foi ela ter me dito que já não gostava de Nathan como antigamente, e que foi o fato de ser traída que a magoou. Ou seja, achei que tinha chances. Primeiro, ela não sente mais nada por ele. Segundo, nos conhecemos há muito tempo, mas ela também vem me tratando de um jeito diferente. O que eu tinha a perder? Nada.

Com esse pensamento otimista na cabeça eu estava caminhando á caminho de sua casa. Tínhamos combinado de assistir um filme. Obviamente ela tinha chamado Liam, Niall, Harry, Zayn e Annie; mas eu pedi á eles que não fossem. Zayn e Annie disseram que iriam ao cinema junto ao Liam e a Vanessa. E Niall sairia com Natalie, enquanto Harry sairia com Renata. Stephanie me ligou perguntando se eu também faltaria, claro que no começo eu fingi que não só pra provoca-lá, mas depois confirmei que iria.

Cheguei á sua casa e toquei a campanhia. Ouvi um barulho alto e logo depois ela abriu a porta. Usava um shorts jeans curto, o que – obviamente – me fez olhar para suas pernas, e um moletom preto que estava todo sujo de alguma farinha branca. Seu cabelo estava preso num coque bagunçado e suas mãos também estavam sujas com a tal farinha. Mas mesmo assim, ela conseguia ficar linda.

- Belo moletom, Steph. – Falei rindo e apontando para a farinha.

- HÁ HÁ. – Ela riu irônica. – Muito engraçado, Louis.

- Por que está toda suja? – Continuei rindo.

- Porque eu estou fazendo um bolo, mas se você continuar rindo, você não come.

- Então ta. – Falei dando de ombros, para ela pensar que eu não queria o bolo.

- É de cenoura com cobertura de chocolate. – Ela disse com a voz arrastada, como quem não quer nada. Ela sabia que eu gostava desse bolo.

- Tá, tudo bem. Parei de rir. – Me rendi. E ela soltou um sorriso vitorioso.

- Então eu deixo você comer. Agora vem me ajudar. – Ela disse e já foi se encaminhando para a cozinha. Fechei a porta atrás de mim com meu pé e a segui. Quando cheguei à cozinha, estava a maior bagunça, pior que a bagunça que o Niall faz quando tenta cozinhar.

- Meu Deus. O que você fez aqui?!

- Digamos que eu não cozinho sempre. – Ela disse e sorriu tímida.

- Percebe-se. – A provoquei e ri. Em troca recebi um tapa no ombro. – Sua mãe não vai brigar de ver essa bagunça? – Perguntei aquilo só pra saber se seus pais estavam em casa.

- Os meus pais não estão em casa, ele voltam só amanhã. – Ótimo, pensei comigo mesmo. - Até lá eu limpo isso aqui. Agora me ajuda terminar.

- O que você quer que eu faça?

- Bate aquela massa pra mim. Enquanto isso eu vou cortar esse chocolate pra derreter pra cobertura. – Não entendi o que ela quis dizer com “cortar esse chocolate”, mas então ela tirou do armário um tablete muito grosso de chocolate escrito “chocolate ao leite” e pegou uma faca e começou a picotar o chocolate. Ri com aquela cena, porque a faca era muito grande para sua mão, mas resolvi não provocá-la e continuei fazendo o que ela pediu.

- AI! MERDA! – Ela gritou de repente e largou a faca no chão segurando sua mão.

- O que foi? – Perguntei espantado.

- Eu me cortei! Que dor! – Só então vi o corte em seu dedo, que sangrava muito.

- Me deixa ver isso. – Peguei sua mão. – Você tem algum estojo de primeiros socorros ou alguma coisa do tipo?

- Sim, tem lá no banheiro. – Ela respondeu com a voz meio desesperada. – Está doendo muito!

A levei rápido ao banheiro. Ela abaixou a tampa do vaso e se sentou. Abri o armário no qual ela disse que estava a caixa. Achei rapidamente e procurei algo pra estancar o sangramento. Assim que achei, coloquei em sua mão. Esperamos um pouco até o sangue parar completamente, não desviei meu olhar do dela. E quando seus olhos encontravam os meus, ela corava um pouco e olhava pra sua mão, disfarçando. Depois peguei um remédio para limpar a ferida e passei em seu dedo.

- AI LOUIS, ARDE! – Ela gritou.

- Calma, é só mais um pouco. – Tentei acalmá-la. Peguei o remédio e passei de novo. Ela segurou meu braço, o apertando forte pra aliviar a ardência. Depois rapidamente enfaixei seu dedo. – Pronto, acabei.

- Obrigada... – Ela disse e sorriu tímida, depois olhou para baixo.

- De nada, desastrada. – A provoquei.

- Se eu não estivesse machucada, eu te bateria agora.

- Sorte a minha então. – Eu ri.

- Idiota. – Ela riu de leve e se levantou. Caminhou de volta para a cozinha e eu a segui. – Vamos terminar aqui.

- Mas deixa que eu fico com o chocolate, e você bate a massa. – Nós rimos e ela me mostrou a língua.

Assim que terminei de cortar o chocolate, o coloquei para derreter para fazer a cobertura. Stephanie terminou com a massa e a colocou na forma, para assar. Quando a cobertura ficou pronta, esperei esfriar um pouco e depois coloquei um pouco de chocolate em meu dedo e passei na ponta de seu nariz. Comecei a rir com a cena.

- Louis! – Ela exclamou e limpou o chocolate de seu nariz.

Em seguida pegou um pouco de farinha e, antes que eu raciocinasse, ela jogou tudo em meu rosto. Revidei e começamos “uma guerra”. Riámos muito de ver o outro todo sujo de farinha.

- Espera, me deixa ver o bolo. – Ela disse antes que eu jogasse mais farinha nela. Virou as costas e olhou pro forno, então se voltou pra mim novamente. – Daqui a pouco fica pro... – Ela parou de falar porque escorregou na farinha que estava no chão. Antes que ela caísse, a segurei rapidamente pela cintura. Ela voltou seu olhar pra mim. Sua boca estava mais rosada que o normal e seus olhos castanhos estavam arregalados por conta do susto. Mas logo depois eles foram se fechando. Aquela era a hora. Apertei mais seu corpo contra o meu e selei nossos lábios. Não foi um beijo muito romântico, nem muito selvagem. Desejávamos aquilo há muito tempo. Ela levou sua mão á minha nuca e eu apertei mais forte sua cintura. Mas de repente, ela se afastou, me empurrando delicadamente pra trás.

- Louis, eu... Eu não... – Ela olhava pra baixo.

- Não o que, Steph?

- Eu não sei... Eu...

- Você ainda gosta do Nathan. – Afirmei e olhei para baixo.

- Não! – Ela exclamou alto. – É só que...

- Steph, eu te amo. – Ela parou de falar e olhou pra mim. – E não é só como amiga. Você não vê? Sou louco por você. – Cheguei mais perto e peguei sua cintura. – Me dá uma chance. Posso fazer você sentir o mesmo mais pra frente, quem sabe...

- Não, não pode. – Ela me interrompeu. A encarei tentando decifrar seu semblante. – Você não pode porque... Eu já sinto o mesmo. Eu... Também te amo. – Um sorriso se abriu em nossos lábios.

- Então você me dá uma chance? – Ela se aproximou e me beijou. Esse beijo foi mais curto que o primeiro, porém mais provocativo.

- Isso reponde sua pergunta? – Ela soltou um sorriso provocador.

- Hm, eu não sei se entendi direito. Por que você não me beija de novo pra eu ter certeza? – Soltei o mesmo sorriso provocador e ela sorriu, e me beijou de novo. Dessa vez só nos separamos quando começamos a sentir cheiro de queimado. Quando nos demos conta de que era o bolo, já era tarde demais.

- Ah não, queimo! Que droga! – Ela fez bico e eu ri. – Por que você está rindo, Tomlinson? – Ela me olhou brava.

- Você fica linda brava. – Lhe dei um selinho.

- Nem vem. Foi culpa sua que o bolo queimou.

- Minha?

- É. Você ficou... Me distraindo. – Percebi que ela ia dizer “me beijando”.

 - Então meus beijos te distraem? Bom saber disso, Steph. – Ela desviou seu olhar pra baixo.

- Eu não disse que eram seus beijos, okay? – Ela fez pose.

- Então se eu fizer isso... – Beijei seu pescoço. – Não vai ter problema, certo? – Soltei um sorriso provocando-a.

- Certo...

- Então ta. – Peguei em sua cintura e dei mais beijos em seu pescoço. – Não tem problema eu continua então, certo?

- Cer-certo... – Ela gaguejou e eu ri com aquilo. Peguei em seu rosto e beijei sua boca. – Vem, vamos limpar essa bagunça.

Começamos a arrumar as coisas. Obviamente demorou mais do que o necessário, pois eu sempre jogava mais farinha nela, sujando tudo de nojo. Ela ficava brava, eu ria e lhe dava um selinho a cada palavra. Depois que finalmente terminamos, fomos assistir ao filme. Quero dizer: fomos para a sala nos beijar enquanto o filme passava na TV sem prestarmos atenção, porque tínhamos coisas melhores para fazer.